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UFSM
CAFW-CESNORS
Disciplina Plantas arbóreas frutíferas
Plantas frutíferas nativas
Renato Trevisan
Cerejeira
Eugenia involucrata DC.
Família Myrtaceae
Nomes Populares:
Cerejeira, cerejeira-do-mato, cereja,
araçazeiro, cerejeira-da-terra, cereja-do-rio-
grande.
Sinonímia Botânica:
Phyllocalyx involucratus (DC.) O. Berg,
Phyllocalyx laevigatusO. Berg.
Características Morfológicas
Altura de 5-8m (10-15m na mata),
dotada de copa arredondada;
Tronco ereto e mais ou menos cilíndrico,
de 30-40cm de diâmetro, com casca lisa e
descamante;
Flores isoladas ou em grupos de 3 ou 4.
Folhas solitárias, axilares, longo-pedunculadas.
Fruto drupa piriforme, glabra e brilhante,
coroada pelo cálice persistente, de cor
vermelha ou vinácea-escura, com polpa
carnosa, adocicada e comestível, contendo
1-3 sementes.
Utilização:
Seus frutos são comestíveis e muito
saborosos, aproveitados para confecção de
doces, geléias, licores e também para
consumo in natura.
É amplamente cultivado em pomares
domésticos de toa a região sul do páis. São
também avidamente consumidos pela
avifauna, tornando a planta bastante
interessante para o plantio em áreas
degradadas de preservação permanente
Ocorrência:
Minas Gerais ao Rio Grande do Sul,
principalmente utilizada no paisagismo
principalmente na arborização de ruas
estreitas e sob redes elétricas.
Clima e solo:
•Clima sub-tropical
•Solo permeável, profundo, drenado, rico
em matéria orgânica e fertilidade
Propagação:
•Sementes
•Potencial a enxertia
Instalação e tratos culturais:
•Semelhante às outras frutíferas
•Espaçamento: 5 X 5 m ou 5 x 6m
•Adubação: 10Kg esterco curtido
•200 g sulfato de amônio
Pragas e doenças:
•Formigas
•Moscas das frutas
•Fungos: ferrugem
Pitangueira Eugenia uniflora L.
Família Myrtaceae
Nomes Populares:
Pitanga, pitangueira, pitangueira-
vermelha, pitanga-roxa, pitanga-branca,
pitanga-rósea, pitanga-do-mato.
Sinonímia Botânica:
Eugeniamicheli Lam.,
Stenocalyx micheli (Lam.) O. Berg.,
Stenocalyx brunneus O. Berg.,
Stenocalyx affinis O. Berg.,
Stenocalyx strigousus O. Berg.,
Stenocalyx impunctatus O. Berg.,
Stenocalyx glaber O. Berg.,
Stenocalyx lucidus (Lam.) O. Berg.,
Stenocalyx dasyblastus O. Berg.,
Eugeniacostata Camb.,
Myrtusbrasiliana L.,
Pinia rubra L..,
Pinia penducalata L..,
Eugenia indica Mich.
Características Morfológicas:
Altura de 6-12m, dotada de copa mais ou
menos piramidal. Tronco tortuoso e um pouco
sulcado, de 30-50cm de diâmetro, com casca
descamante em placas irregulares. Folhas
simples, comprimento por 1-3cm de largura.
Embrapa-CPACT
Embrapa-CPACT
Fruto drupa globosa achatada
e sulcada, glabra, brilhante, vermelha,
amarela ou preta quando madura, de
polpa carnosa e comestível, contendo 1-
2 sementes.
Flores:
Solitárias ou em grupos de 2-3 nas
axilas da extremidade dos ramos.
Embrapa-CPACT
Ocorrência:
Ocorre desde Minas Gerais até o Rio
Grande do Sul, na floresta semidecídua do
planalto e da bacia do rio Paraná.
Fenologia:
Floresce durante os meses de
agosto-novembro. Os frutos amadurecem
em outubro-janeiro.
Utilidade:
A madeira é empregada na confecção de
cabos de ferramentas e outros instrumentos
agrícolas.
A árvore é ornamental, podendo ser utilizada
no paisagismo, apesar da inconveniência dos
frutos que em lugares públicos podem causar
sujeira.
É planta amplamente cultivada em pomares
domésticos para a produção de frutos, que são
consumidos ao natural e na forma de suco.
É recomendável seu plantio em
reflorestamentos heterogêneos destinados
à recomposição de áreas degradadas de
preservação permanente, visando
proporcionar alimento à avifauna.
Propagação
•Sementes e enxertia de garfagem
Clima e solo:
•Tropical e subtropical
•Adapta-se a diferentes tipos de solo
Pragas e doenças:
•Formigas, moscas das frutas
•ferrugem
Tratos culturais:
•Semelhante à outras frutíferas
Jaboticabeira Eugenia cauliflora DC.
Sinonímia:
Myrciaria cauliflora (DC.) Berg.
Myrtus cauliflora Mart.,
Família: Myrtacea
Nomes comuns:
Jaboticaba paulista, jaboticaba- açu,
jaboticaba-do-mato, jaboticaba-sabará
CARACTERÍSTICAS GERAIS:
Árvore com 7 m de altura. Tronco
ramificado, de casca fina e muito lisa, que se
descama anualmente em placas.
Folhas glabras, brilhantes, pequenas, de
3 a 5 cm de comprimento, lanceoladas,
avermelhadas quando novas, com glândulas
translúcidas.
Flores :brancas,
pequenas, presas
diretamente no
caule e ramos.
Fruto baga globosa, de até 3 cm de
diâmetro, casca de avermelhada até quase preta
com polpa mucilagenosa, branca, agridoce,
comestível, saborosa, com uma ou duas
sementes.
Espécie perenifólia que ocorre nas
formações florestais do complexo
atlântico e das florestas estacionais
semideciduais do Brasil, Argentina e
Paraguai.
OBSERVAÇÕES ECOLÓGICAS E OCORRÊNCIA
USOS MAIS FREQUENTES
Frutífera consumida ao natural ou
como geléias. A polpa fermentada produz
licor. A casca é adstringente, útil contra
diarréia e irritações da pele. A madeira é
utilizada para utensílios domésticos pela
elevada durabilidade.
Fenologia
Floração de agosto a setembro.
Maturação dos frutos:
Setembro a novembro.
Clima e solo
•Sub-tropical e tropical, precipitações bem
distribuídas;
•Solos profundos, ricos em MO e nutrientes.
Propagação:
•Sementes e enxertia de garfagem
Tratos culturais
•Espaçamento: 5 x 5m, a 8 x 8m
•Adubação: 15 kg esterco curtido no plantio,
200 g superfosfato;
•Adubação de produção: 30 a 50 Kg de
esterco/planta; 250 g/ano (5 partes de sulfato
de amônio, 5 partes de superfosfato e 2 partes
de cloreto de potássio);
•Poda: formação e frutificação
Pragas e doenças
•Formigas;
•Mosca-das-frutas (Anastrepha mombinpreoptans);
•Cochonilha da jabuticabeira ( Capulinea jaboticae);
•Ferrugem da goiabeira (Puccinia psidii)
Feijoa Acca selowiana (Berg) Burr
Família: Myrtaceae
Nomes comuns:
goiabeira do mato, goiabeira serrana,
goiaba abacaxi,feijoa.
•Árvore de porte médio, com folhas
relativamente pequenas e estreitas, com
coloração verde escura na página superior e
prateada na inferior.
Características gerais
Flores com pétalas brancas
comestíveis, com tom arroxeado
internamente, contrastando com os
estames, de cor púrpura
Fruto de coloração verde, com
formato semelhante à goiaba (4-6 cm
comprimento), rico em iodo
OBSERVAÇÕES ECOLÓGICAS E OCORRÊNCIA
•Nativa do sul do Brasil, Uruguai e Paraguai;
•Ocorre em áreas mais altas do RS;
•Cultivada desde 1890 na Riviera Francesa;
•Desde 1900 na Califórnia;
•Desde 1920 na Nova Zelândia;
• Polinização por pássaro
Fenologia
•Floração na primavera
•Colheita no verão
Variedades
•Triumph
•Mammouth
•Gemini
•Apolo (autofértil)
•Preferência por clima sub-tropical, mas
tolera 0ºC (Califórnia);
•Solo preferente areno-argiloso, rico em
matéria orgânica. Não tolera solos ricos
em cálcio
Clima e solo
•Por semente.
•Por enxertia
•Por estaquia e micropropagação (pesquisas)
Propagação
•Espaçamento: 4 x 4m e 5 x 5 m;
•Adubação: 10 Kg esterco e 100 g
superfosfato/cova no plantio;
•Adubação de produção: 30 a 50 Kg de
esterco/planta; 250 g/ano (5 partes de sulfato
de amônio, 5 partes de superfosfato e 2 partes
de cloreto de potássio);
•Poda: formação e frutificação
Tratos culturais
•Pragas:
Cochonilha preta (Saissetia cleae);
– Mosca das frutas;
– Formigas
Doenças:
- Ferrugem (Puccinia psidii)
- Antracnose (sul do Brasil)
Pragas e doenças
•Problema, pois colhe-se com a queda do
fruto
Colheita
Guabijuzeiro
Myrcianthes pungens (Berg.) Legr.
Família Myrtaceae
• Nome popular: guabiju, guabiroba-açu,
guabiju-açu
• Origem: Brasil, Florestas de altitude do
sudeste e sul.
•Árvore com até 20 m;
•Tronco tortuoso e nodoso, casca lisa,
•Folhas com ápice pontiagudo;
•Flores de cor creme
(outubro/novembro);
•Frutos: globosos, roxo-avermelhados, 1
a 2 sementes.
•Colheita: jan/fev.
Características da planta
•Propagação por sementes (1 Kg pode ter
4.000 sementes);
•Frutifica aos 10 anos e com alternância (2
em 2 anos);
•Usado na arborização urbana.
Cultivo
Guabirobeira
Campomanesia xantocarpa O. Berg.
Família Myrtaceae
Origem: Brasil
•Nomes populares: gabirobeira,
gabirova, goiaba-da-serra, guabiroba-
da-mata, guabirova, guariroba, guavira,
Características da planta
•Árvore de porte grande (até 15 m)
•Casca solta (escamas)
.
Tronco ereto
com casca
levemente
sulcada e
copa densa
Floresce abundantemente
durante os meses de outubro e
novembro, as flores são solitárias,
glandulares, axilares ou laterais, de cor
branca com numerosos estames.
Fruto: Arredondados de coloração verde-
amarelada. Polpa esverdeada, suculenta,
envolvendo numerosas sementes. Frutifica de
dezembro a maio.
Propriedades
•Rico em proteínas, carboidratos, niacina, vit.
do complexo B, sais minerais (Fe, P, Ca);
•Medicinais: adstringente, antidiarreica;
•Indicações: cistite, uretrite, diarréia (casca,
frutos, folhas);
•Consumo: em fresco, geléia, licores, sucos,
doces, sorvetes, infusões.
Utilizada na arborização, reflorestamento de áreas
degradadas. A madeira é pesada, textura média, sujeita
ao rachamento na secagem e pouco durável.
É empregada localmente para uso interno em
construção civil e sobretudo lenha e carvão.
Possui anualmente grande quantidade de sementes
viáveis que são amplamente disseminadas pela
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Aula Nativas do Brasil frutas naturais do pais

  • 1. UFSM CAFW-CESNORS Disciplina Plantas arbóreas frutíferas Plantas frutíferas nativas Renato Trevisan
  • 2. Cerejeira Eugenia involucrata DC. Família Myrtaceae Nomes Populares: Cerejeira, cerejeira-do-mato, cereja, araçazeiro, cerejeira-da-terra, cereja-do-rio- grande. Sinonímia Botânica: Phyllocalyx involucratus (DC.) O. Berg, Phyllocalyx laevigatusO. Berg.
  • 3. Características Morfológicas Altura de 5-8m (10-15m na mata), dotada de copa arredondada; Tronco ereto e mais ou menos cilíndrico, de 30-40cm de diâmetro, com casca lisa e descamante; Flores isoladas ou em grupos de 3 ou 4.
  • 4.
  • 5.
  • 6. Folhas solitárias, axilares, longo-pedunculadas.
  • 7. Fruto drupa piriforme, glabra e brilhante, coroada pelo cálice persistente, de cor vermelha ou vinácea-escura, com polpa carnosa, adocicada e comestível, contendo 1-3 sementes.
  • 8.
  • 9.
  • 10. Utilização: Seus frutos são comestíveis e muito saborosos, aproveitados para confecção de doces, geléias, licores e também para consumo in natura. É amplamente cultivado em pomares domésticos de toa a região sul do páis. São também avidamente consumidos pela avifauna, tornando a planta bastante interessante para o plantio em áreas degradadas de preservação permanente
  • 11. Ocorrência: Minas Gerais ao Rio Grande do Sul, principalmente utilizada no paisagismo principalmente na arborização de ruas estreitas e sob redes elétricas.
  • 12. Clima e solo: •Clima sub-tropical •Solo permeável, profundo, drenado, rico em matéria orgânica e fertilidade
  • 14. Instalação e tratos culturais: •Semelhante às outras frutíferas •Espaçamento: 5 X 5 m ou 5 x 6m •Adubação: 10Kg esterco curtido •200 g sulfato de amônio
  • 15. Pragas e doenças: •Formigas •Moscas das frutas •Fungos: ferrugem
  • 16. Pitangueira Eugenia uniflora L. Família Myrtaceae Nomes Populares: Pitanga, pitangueira, pitangueira- vermelha, pitanga-roxa, pitanga-branca, pitanga-rósea, pitanga-do-mato.
  • 17. Sinonímia Botânica: Eugeniamicheli Lam., Stenocalyx micheli (Lam.) O. Berg., Stenocalyx brunneus O. Berg., Stenocalyx affinis O. Berg., Stenocalyx strigousus O. Berg., Stenocalyx impunctatus O. Berg., Stenocalyx glaber O. Berg., Stenocalyx lucidus (Lam.) O. Berg., Stenocalyx dasyblastus O. Berg., Eugeniacostata Camb., Myrtusbrasiliana L., Pinia rubra L.., Pinia penducalata L.., Eugenia indica Mich.
  • 18. Características Morfológicas: Altura de 6-12m, dotada de copa mais ou menos piramidal. Tronco tortuoso e um pouco sulcado, de 30-50cm de diâmetro, com casca descamante em placas irregulares. Folhas simples, comprimento por 1-3cm de largura.
  • 21. Fruto drupa globosa achatada e sulcada, glabra, brilhante, vermelha, amarela ou preta quando madura, de polpa carnosa e comestível, contendo 1- 2 sementes.
  • 22.
  • 23. Flores: Solitárias ou em grupos de 2-3 nas axilas da extremidade dos ramos.
  • 25. Ocorrência: Ocorre desde Minas Gerais até o Rio Grande do Sul, na floresta semidecídua do planalto e da bacia do rio Paraná.
  • 26. Fenologia: Floresce durante os meses de agosto-novembro. Os frutos amadurecem em outubro-janeiro.
  • 27. Utilidade: A madeira é empregada na confecção de cabos de ferramentas e outros instrumentos agrícolas. A árvore é ornamental, podendo ser utilizada no paisagismo, apesar da inconveniência dos frutos que em lugares públicos podem causar sujeira. É planta amplamente cultivada em pomares domésticos para a produção de frutos, que são consumidos ao natural e na forma de suco.
  • 28. É recomendável seu plantio em reflorestamentos heterogêneos destinados à recomposição de áreas degradadas de preservação permanente, visando proporcionar alimento à avifauna.
  • 30.
  • 31. Clima e solo: •Tropical e subtropical •Adapta-se a diferentes tipos de solo
  • 32. Pragas e doenças: •Formigas, moscas das frutas •ferrugem
  • 33.
  • 34.
  • 36. Jaboticabeira Eugenia cauliflora DC. Sinonímia: Myrciaria cauliflora (DC.) Berg. Myrtus cauliflora Mart., Família: Myrtacea Nomes comuns: Jaboticaba paulista, jaboticaba- açu, jaboticaba-do-mato, jaboticaba-sabará
  • 37. CARACTERÍSTICAS GERAIS: Árvore com 7 m de altura. Tronco ramificado, de casca fina e muito lisa, que se descama anualmente em placas. Folhas glabras, brilhantes, pequenas, de 3 a 5 cm de comprimento, lanceoladas, avermelhadas quando novas, com glândulas translúcidas.
  • 38.
  • 40. Fruto baga globosa, de até 3 cm de diâmetro, casca de avermelhada até quase preta com polpa mucilagenosa, branca, agridoce, comestível, saborosa, com uma ou duas sementes.
  • 41.
  • 42. Espécie perenifólia que ocorre nas formações florestais do complexo atlântico e das florestas estacionais semideciduais do Brasil, Argentina e Paraguai. OBSERVAÇÕES ECOLÓGICAS E OCORRÊNCIA
  • 43. USOS MAIS FREQUENTES Frutífera consumida ao natural ou como geléias. A polpa fermentada produz licor. A casca é adstringente, útil contra diarréia e irritações da pele. A madeira é utilizada para utensílios domésticos pela elevada durabilidade.
  • 44. Fenologia Floração de agosto a setembro. Maturação dos frutos: Setembro a novembro.
  • 45. Clima e solo •Sub-tropical e tropical, precipitações bem distribuídas; •Solos profundos, ricos em MO e nutrientes.
  • 47. Tratos culturais •Espaçamento: 5 x 5m, a 8 x 8m •Adubação: 15 kg esterco curtido no plantio, 200 g superfosfato; •Adubação de produção: 30 a 50 Kg de esterco/planta; 250 g/ano (5 partes de sulfato de amônio, 5 partes de superfosfato e 2 partes de cloreto de potássio); •Poda: formação e frutificação
  • 48. Pragas e doenças •Formigas; •Mosca-das-frutas (Anastrepha mombinpreoptans); •Cochonilha da jabuticabeira ( Capulinea jaboticae); •Ferrugem da goiabeira (Puccinia psidii)
  • 49. Feijoa Acca selowiana (Berg) Burr Família: Myrtaceae Nomes comuns: goiabeira do mato, goiabeira serrana, goiaba abacaxi,feijoa.
  • 50. •Árvore de porte médio, com folhas relativamente pequenas e estreitas, com coloração verde escura na página superior e prateada na inferior. Características gerais
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  • 53. Flores com pétalas brancas comestíveis, com tom arroxeado internamente, contrastando com os estames, de cor púrpura
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  • 55. Fruto de coloração verde, com formato semelhante à goiaba (4-6 cm comprimento), rico em iodo
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  • 58. OBSERVAÇÕES ECOLÓGICAS E OCORRÊNCIA •Nativa do sul do Brasil, Uruguai e Paraguai; •Ocorre em áreas mais altas do RS; •Cultivada desde 1890 na Riviera Francesa; •Desde 1900 na Califórnia; •Desde 1920 na Nova Zelândia;
  • 59. • Polinização por pássaro Fenologia •Floração na primavera •Colheita no verão
  • 61. •Preferência por clima sub-tropical, mas tolera 0ºC (Califórnia); •Solo preferente areno-argiloso, rico em matéria orgânica. Não tolera solos ricos em cálcio Clima e solo
  • 62. •Por semente. •Por enxertia •Por estaquia e micropropagação (pesquisas) Propagação
  • 63. •Espaçamento: 4 x 4m e 5 x 5 m; •Adubação: 10 Kg esterco e 100 g superfosfato/cova no plantio; •Adubação de produção: 30 a 50 Kg de esterco/planta; 250 g/ano (5 partes de sulfato de amônio, 5 partes de superfosfato e 2 partes de cloreto de potássio); •Poda: formação e frutificação Tratos culturais
  • 64. •Pragas: Cochonilha preta (Saissetia cleae); – Mosca das frutas; – Formigas Doenças: - Ferrugem (Puccinia psidii) - Antracnose (sul do Brasil) Pragas e doenças
  • 65. •Problema, pois colhe-se com a queda do fruto Colheita
  • 66. Guabijuzeiro Myrcianthes pungens (Berg.) Legr. Família Myrtaceae • Nome popular: guabiju, guabiroba-açu, guabiju-açu • Origem: Brasil, Florestas de altitude do sudeste e sul.
  • 67. •Árvore com até 20 m; •Tronco tortuoso e nodoso, casca lisa, •Folhas com ápice pontiagudo; •Flores de cor creme (outubro/novembro); •Frutos: globosos, roxo-avermelhados, 1 a 2 sementes. •Colheita: jan/fev. Características da planta
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  • 74. •Propagação por sementes (1 Kg pode ter 4.000 sementes); •Frutifica aos 10 anos e com alternância (2 em 2 anos); •Usado na arborização urbana. Cultivo
  • 75. Guabirobeira Campomanesia xantocarpa O. Berg. Família Myrtaceae Origem: Brasil •Nomes populares: gabirobeira, gabirova, goiaba-da-serra, guabiroba- da-mata, guabirova, guariroba, guavira,
  • 76. Características da planta •Árvore de porte grande (até 15 m) •Casca solta (escamas) .
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  • 79. Floresce abundantemente durante os meses de outubro e novembro, as flores são solitárias, glandulares, axilares ou laterais, de cor branca com numerosos estames.
  • 80. Fruto: Arredondados de coloração verde- amarelada. Polpa esverdeada, suculenta, envolvendo numerosas sementes. Frutifica de dezembro a maio.
  • 81. Propriedades •Rico em proteínas, carboidratos, niacina, vit. do complexo B, sais minerais (Fe, P, Ca); •Medicinais: adstringente, antidiarreica; •Indicações: cistite, uretrite, diarréia (casca, frutos, folhas); •Consumo: em fresco, geléia, licores, sucos, doces, sorvetes, infusões.
  • 82. Utilizada na arborização, reflorestamento de áreas degradadas. A madeira é pesada, textura média, sujeita ao rachamento na secagem e pouco durável. É empregada localmente para uso interno em construção civil e sobretudo lenha e carvão. Possui anualmente grande quantidade de sementes viáveis que são amplamente disseminadas pela avifauna.