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Propagação de frutíferas
Universidade Federal do Vale do São Francisco
Campus de Ciências Agrárias
Curso de Engenharia Agronômica
Disciplina: Fruticultura I
Docente responsável: Prof. Dr. Ítalo Herbert Lucena Cavalcante
Italo.cavalcante@univasf.edu.br
Introdução
Propagação Assexuada  uso de estruturas vegetativas
(vegetativa, agâmica)
- Técnica que consiste em reproduzir indivíduos sem modificações
em sua composição genotípica, a partir de partes vegetativas bem
diferenciadas, o que não acontece na propagação sexuada, devido
a recombinação gênica.
- Não há fusão de gametas  reprodução fiel da planta-mãe.
- O grupo de plantas-filha fornecido é denominado de CLONE, que
se caracteriza por ser uniforme e produtivo quando as condições
de clima são favoráveis.
PROPAGAÇÃO VEGETATIVA
Vantagens:
- Rapidez na produção de mudas;
- Reprodução fiel da planta-mãe;
- Multiplicação de plantas que não florescem por motivos de adaptação e
de plantas cujas sementes são estéreis;
- Precocidade das plantas produzidas.
Desvantagens:
- Transmissão de doenças vasculares, bacterianas e viroses;
- Necessidade de plantas matrizes e de instalações adequadas;
- Grande volume de material a transportar e armazenar;
- Taxa de multiplicação é baixa comparada às sementes..
Processos de propagação vegetativa
NATURAIS
utilizam estruturas propagativas
naturalmente produzidas pelas
plantas
ARTIFICIAIS
métodos que não ocorrem
frequentemente na natureza
Divisão celular
Diferenciação em diversos
tecidos vegetais e órgãos
Regeneração
Bulbos (Cebola)
Rizomas (Bananeira)
Estolões ou estolhos (Morangueiro)
Rebentos e filhotes (Abacaxizeiro)
Tubérculos (Batata)
Ciclo sexuado
Semente
Germinação
Fase juvenil
Fase adulta
Propágulo
Propagação por sementes
Maturação
Colheita
Armazenamento
Teste de germinação
Dormência
Germinação
VARIABILIDADE
porta-enxertos
Mamoeiro
Maracujá
Coqueiro
MELHORAMENTO
Propagação por sementes
Ciclo assexuado
Semente
Fase adulta
Propágulo
Germinação
Fase juvenil
Cone de juvenilidade
Alporque de dovialis de ramo juvenil
1. Fase juvenil (juvenilidade) – incapacidade de florescer
Presença de espinho
Geralmente maior capacidade de enraizamento
Alporque de dovialis de ramo adulto
2. Fase adulta – capaz de florescer sob condições
ambientais
Geralmente menor capacidade de enraizamento
Juvenilidade do maracujazeiro)
Obtenção das sementes
Escolha do porta-enxerto
Colheita
Extração Manual de Sementes
Extração Mecânica de Sementes
Secagem das
Sementes
Descascada c/ Casca
Cloro Cobre
Seleção
Descarte
Pacote com
200 cavalinhos selecionados
Transplante do
Cavalinho
ESTAQUIA
ENXERTIA
MERGULHIA
ALPORQUIA
CULTURA DE TECIDOS (Micropropagação)
PROPAGAÇÃO VEGETATIVA
PROPAGAÇÃO VEGETATIVA
ESTAQUIA
HERBÁCEA (TENRA)
SEMI LENHOSA
LENHOSA
ESTAQUIA
Pequenas porções de caule e folhas são colocadas sob
condições que favorecem o enraizamento (leito de enraizamento)
formando uma nova planta
Capacidade de diferenciação dA porção do tecido vegetal 
resultado da interação entre fatores endógenos e do ambiente
Tipo de ferimento que causa a exposição
Formação de raízes adventícias  divisão celular  “calo” 
diferenciação das células em primórdios radiculares
ESTAQUIA
Baseia-se no princípio de que é possível regenerar uma planta a
partir de uma porção de ramo ou folha (regeneração de raízes) ou
de uma porção de raiz (regeneração de ramos).
E A PARTIR DE UM SEGMENTO, É POSSÍVEL ORIGINAR UMA
NOVA PLANTA.
OU SEJA,
ESTAQUIA - aplicações
1. Multiplicação de variedades ou espécies com aptidão para
emitir raízes adventícias;
2. Produção de porta-exertos clonais;
3. Perpetuação de novas variedades oriundas de processo de
melhoramento genético.
ESTAQUIA – vantagens e desvantagens
Vantagens
1. Permite que se obtenham muitas plantas a partir de uma única planta-matriz, em
curto espaço de tempo;
2. É uma técnica de baixo custo e de fácil execução;
3. Não apresenta problemas de incompatibildade entre o enxerto e o porta-enxerto;
4. Plantas produzidas com porta-enxertos, originados de estacas, apresentam maior
uniformidade do que plantas enxertadas sobre mudas oriundas de sementes.
Desvantagens
1. Porém, nem sempre é viável, pois espécies ou cultivares podem apresentar baixo
potencial genético de enraizamento, resultando em pequena porcentagem de
enraizamento;
2. Mesmo que haja formação de raízes, seu desenvolvimento pode ser insuficiente e o
percentual de mudas que sobrevivem após o plantio, pode ser muito baixo. Dar
preferência para outros métodos.
ESTAQUIA - Classificação
Herbácea (Apical)
Semi lenhosa (Medianas)
Lenhosa (Basal)
- Estaca de folhas
- Estaca de caule
ESTAQUIA - Classificação
Figura X. Diferentes tipos de
estacas lenhosas.
A – Estacas normais;
B – Estacas de gema;
C – Estaca de raiz.
Figura X. Estaca de goiabeira
com folhas.
Princípios anatômicos do enraizamento
As raízes formadas na estaca são uma resposta ao traumatismo
produzido pelo corte, no qual deve-se considerar dois aspectos:
1. Desdiferenciação  processo pelo qual células de um tecido já
diferenciado retornam à atividade meristemática e originam um novo
ponto de crescimento;
2. Totipotência  Capacidade de uma só célula originar um novo
indivíduo, uma vez que ela contém toda a informação genética
necessária para reconstituir todas as partes da planta e suas
funções.
Princípios fisiológicos do enraizamento
A emissão de raízes é função de fatores endógenos e das condições
ambientais proporcionadas ao enraizamento.
 o manejo da estaquia requer conhecimento e aplicação
desses princípios.
A formação de raízes adventícias deve-se à interação de fatores
existentes nos tecidos e à translocação de substâncias localizadas nas
folhas e gemas  destacam-se os fitohormônios e outros compostos.
AUXINAS
- São sintetizadas nas gemas apicais e folhas novas, sendo
translocada para a base da planta, por mecanismo de transporte
polar.
- Ápices radiculares também produzem auxinas (acumulação x
substâncias inativadoras de auxina.
AIA – Ácido indolácetico
- Auxina natural;
- Ocorre mínimas quantidades nos tecido vegetais;
- Degradado pelo sistema enzimático AIA-oxidase;
- Foto-instável.
Origem sintética:
AIB – Ácido indolbutírico
- maior atividade para enraizamento;
- mais estável e menor degradação pela AIA-oxidase;
- menor fotodegradação.
ANA – Ácido naftalenoacético
GIBERELINAS
- AG3 (ácido giberélico) – encontrada naturalmente;
- Estimula crecimento do caule, porém podem inibir o enraizamento;
- Inibidores da síntese de giberelinas (SADH – ácido succínico 2,2-
dimetilhidrazida) e a paclobutrazol podem apresentar efeito benéfico no
enraizamento.
CITOCININAS
- Tem efeito estimulador da divisão celular, na presença de auxinas;
- Espécies com elevados teores de citocininas  difícil enraizar;
- Em estacas de raízes  estimular a iniciação às gemas.
- Relação auxina/citocinina baixa estimula a formação de gemas ou primórdios
foliares; alta  estimula formação de raízes.
CO-FATORES DO ENRAIZAMENTO
- Substâncias de ocorrência natural, que atuam sinergicamente com as auxinas
e são necessárias para que ocorra o enraizamento.
- São sintetizados em gemas e folhas jovens.
- Transportados pelo floema, a partir do local de síntese.
- Para muitas espécies a importância de se manter as folhas e gemas em
atividade vegetativa na estaquia.
Plantas quanto ao enraizamento
Grupo I
- Enraizamento fácil: os tecidos da estaca fornecem todas as
substâncias (principalmente auxinas) necessárias à iniciação radicular.
- Enraizamento rápido, desde que em condições ambientais favoráveis
(figueira e videira)
Grupo II
- Enraizamento moderado: presença de diversos co-fatores de
enraizamento, mas auxina é limitante;
- Forte resposta com a aplicação exógena de auxina, ocorre o
enraizamento.
- Ex.: Algumas cultivares de videira e goiabeira
Plantas quanto ao enraizamento
Grupo III
- Enraizamento difícil: um ou mais co-fatores de enraizamento estão
inativos ou ausentes, e a aplicação exógena de auxina não melhora o
enraizamento.
- Pode ocorrer:
– Falta de enzimas necessárias à síntese de indutores de enraizamento;
– Falta de ativadores enzimáticos;
– Presença de enzimas inibitórias;
– Falta de substrato fenólico.
- Ex.: rosáceas  combinar uso de auxinas com a presença de folhas.
ESTAQUIA: fatores ligado às plantas
1. Características genéticas da espécie
2. Fase de desenvolvimento da planta
3. Tipo de estaca (presença ou não de folhas e de gemas)
4. Estado nutricional da planta-matriz
5. Época do ano
6. Sanidade
7. Balanço hormonal
- auxinas e etilenos X giberelinas e citocininas
- reguladores de crescimento (AIB e ANA)
ESTAQUIA: fatores do ambiente
1. Temperatura
2. Umidade (Nebulização intermitente – MIST; Névoa -
FOG)
3. Luz
4. Arejamento
5. Substratos
Câmara úmida
Câmara úmida
Proteção de canteiro
Cerca Viva
Sistemas de resfriamento
Estaca herbácea Estaca enraizada
Estaca herbácea
Jul.- ago.
(inverno)
Estaca lenhosa
Out.-nov.
Técnicas da estaquia
Preparo e manejo das estacas
- Comprimento e diâmetro: varia entre as espécies
- Estacas lenhosas – 20 a 30 cm comprimento x 0,6-2,5 cm 
- Estacas semilenhosas – 7,5 – 15 cm
- Estacas herbáceas – ainda menores
- Presença de folhas em estacas semilenhosas e herbáceas
- Estacas lenhosas com gemas
- Nebulização  taxa transpiratória
- Corte das folhas ao meio.
Estaqueamento
- Em recipientes ou em estruturas de propagação;
- Profundidade variável com o tipo de estaca (dois terços);
- Imersão das estacas em solução fungicida;
- Substratos  garantir a aderência (desidratação).
Técnicas da estaquia
Substratos
- Grande influência (especialmente em espécies de difícil enraizamento);
- Deve proporcionar retenção de água suficiente ara prevenir a dessecação da
base da estaca e, quando saturado, manter uma quantidade adequada de
espaço poroso, para facilitar o fornecimento de O2.
- Substratos que não sejam fontes de inóculo de organismos saprófitos;
- Ex.: vermiculita, areia, casca de arroz.
Técnicas da estaquia
Lesão na base da estaca
- Madeira velha na base  cortes favorecem a formação de calo e de raízes.
Estiolamento
- Ausência de luz  resulta em brotações alongadas, com folhas pequenas e
não expandidas e baixo teor de clorofila.
- Tecidos estiolados  baixos teores de lignina e altos de auxina endógenas e
outro co-fatores do enraizamento.
Anelamento
- Obstrução feita por meio de um corte na região do córtex em ramos da planta-
matriz.
- Estrangulamento  com a torção de um arame em volta do ramo.
- Finalidade: bloqueia a translocação descendente de carboidratos,
fitohormônios e co-fatores do enraizamento, permitindo a acumulação desses
compostos.
Técnicas da estaquia
Tratamento com fitorreguladores
- Aumentar a % de estacas que formam raízes, acelerar sua iniciação, aumentar
o número e a qualidade das raízes formadas e a uniformidade no enraizamento.
- [ ] e métodos de utilização varia com as espécies e tipo de estaca.
- Na forma de pó, solução diluída e solução concentrada.
Uso de nutrientes minerais
- Favorece a condição nutricional da estaca no enraizamento.
- Compostos nitrogenados
- Boro com AIB
- Zinco (aumento no teor de triptofano)
Hormônio via Pó
- Para preparar 500 g da fórmula contendo AIB a 2.000 mg kg-1
- 1000 mg de AIB puro
- Acrescenta-se talco industrial até completar 500 g
- Para homogeinização acrescenta-se álcool etílico ou acetona, até
formar uma pasta
- Homogeiniza-se a mistura com um bastão de vidro e leva-se a uma
estufa à 40oC, até a completa evaporação do solvente.
1 ppm = 1 mg L-1 ou 1 mg kg-1
2.000 ppm = 2.000 mg L-1 ou 2.000 mg kg-1
Resultado de experimento
PRODUÇÃO DE MUDAS VIA ESTAQUIA DE Alternanthera dentata
(Moench) NAS CONDIÇÕES DE BOM JESUS, PIAUÍ
Concentrações de 0, 1000, 3000 e 5000 mg kg-1
-herbáceas apicais (EA)
(10 cm de comprimento, apresentado um
par de folhas definitivas e gema apical);
- semilenhosas (ESL)
(12 cm de comprimento, apresentado um
par de folhas definitivas);
- lenhosas (EL)
(15 cm de comprimento e não
apresentando folhas).
Época chuvosa e seca
E
A
ES
L
E
L
Época Chuvosa
Época Seca
E
L
ESL
E
A
Época Chuvosa
Época Seca
Figura 1. Porcentagem de estacas com raízes [(- - -)
época chuvosa; (___) época seca] de A. dentata em
função das doses de AIB (AIB). Bom Jesus, 2009.
Figura 2. Porcentagem de estacas sobreviventes [(-
- -) época chuvosa; (___) época seca] de A. dentata
em função das doses de AIB (AIB). Bom Jesus,
2009.
Em todas as doses de AIB, os maiores
percentuais de enraizamento foram obtidos na
época chuvosa  média de 98,53%
Época seca  média de 78,74%.
Figura 3. Porcentagem de estacas com raízes [(_____)
estaca apical; (- - -) estaca semilenhosa e (......) estaca
lenhosa] de A. dentata em função das doses de AIB
(AIB). Bom Jesus, 2009.
Quanto ao tipo de estacas:
- EA e ESL  melhores resultados
(Sem diferença estatística)
- ESL a partir da dose de 1000 mg kg-1
pequena superioridade à EA.
- Máxima % na dose de 3000 mg kg-1,
com 98,75%.
1. A melhor dose de AIB para promover o enraizamento de estacas de A. dentata é na
quantidade de 1000 mg kg-1;
2. As estacas herbáceas e semilenhosas são as mais indicadas para a produção de
mudas de A. dentata;
3. A época chuvosa é a mais propícia para a produção de mudas de A. dentata com
melhor qualidade.
Permite enraizar uma porção da planta sem destacá-la da planta-mãe.
Eficiente suprimento de reservas, água e hormônios.
MERGULHIA
SIMPLES / DE PONTA
CONTÍNUA
DE CÊPA / TOPO
AÉREA OU ALPORQUIA
PROPAGAÇÃO VEGETATIVA
MERGULHIA
DE PONTA
SIMPLES
CONTÍNUA
CHINESA OU EM SERPENTINA
DE CÊPA
AÉREA OU ALPORQUIA
Ponta
Simples
Mergulhia de cepa
Mergulhia Natural
Mergulhia aérea (alporquia)
PROPAGAÇÃO VEGETATIVA
ENXERTIA
BORBULHIA
T NORMAL
T INVERTIDO
EM PLACA OU JANELA ABERTA
EM “I” OU JANELA FECHADA
Vídeo Ilustrativo
PROPAGAÇÃO VEGETATIVA
GARFAGEM
GARFAGEM
DE TOPO
Fenda Cheia
Meia Fenda
Inglês Simples
Inglês Complicado
Fenda cheia
Inglês simples
Inglês complicado
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Prosopis ruscifolia (vinal) em Prosopis alba (algarroba branca)
GARFAGEM
Lateral
Sub Enxertia
Sobre Enxertia
Inter Enxertia
Encostia
Lateral
Interenxertia
Encostia
PROPAGAÇÃO VEGETATIVA
Enxertia - garfagem
Porta-enxerto de estaca
Videira enxertada
PROPAGAÇÃO VEGETATIVA
Enxertia - garfagem
Porta-enxerto de Semente
Enxertia de anonáceas, UNESP/Jaboticabal-SP
Borbulhia
O exemplo dos Citros
Borbulha/Enxerto
Tratamento: Captan 500 - a 2 %
Armazenamento- temperatura - 8 oC
Brotação das
borbulhas
Tutoramento
Muda pronta
Tipo:
Haste Única,Palito,
Pavio,Vela.
Raiz Enovelada
Tempo aproximado p/ formação da muda
3 meses 3 meses 3-4 meses
PROPAGAÇÃO VEGETATIVA
Sub enxertia
Sobre enxertia
Substituição de porta enxerto ou de copa
Sub enxertia
Sobre
enxertia
Vídeo Ilustrativo
Planta sobre enxertada e plantio de muda enxertada na mesma
época.
MUDA TURBINADA??
Propagação “in vitro”
Realizada em laboratórios Especializados à partir
de fragmentos Retirados de vegetais (explantes)
Multiplicação em meio artificial
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  • 1. Propagação de frutíferas Universidade Federal do Vale do São Francisco Campus de Ciências Agrárias Curso de Engenharia Agronômica Disciplina: Fruticultura I Docente responsável: Prof. Dr. Ítalo Herbert Lucena Cavalcante Italo.cavalcante@univasf.edu.br
  • 2. Introdução Propagação Assexuada  uso de estruturas vegetativas (vegetativa, agâmica) - Técnica que consiste em reproduzir indivíduos sem modificações em sua composição genotípica, a partir de partes vegetativas bem diferenciadas, o que não acontece na propagação sexuada, devido a recombinação gênica. - Não há fusão de gametas  reprodução fiel da planta-mãe. - O grupo de plantas-filha fornecido é denominado de CLONE, que se caracteriza por ser uniforme e produtivo quando as condições de clima são favoráveis.
  • 3. PROPAGAÇÃO VEGETATIVA Vantagens: - Rapidez na produção de mudas; - Reprodução fiel da planta-mãe; - Multiplicação de plantas que não florescem por motivos de adaptação e de plantas cujas sementes são estéreis; - Precocidade das plantas produzidas. Desvantagens: - Transmissão de doenças vasculares, bacterianas e viroses; - Necessidade de plantas matrizes e de instalações adequadas; - Grande volume de material a transportar e armazenar; - Taxa de multiplicação é baixa comparada às sementes..
  • 4. Processos de propagação vegetativa NATURAIS utilizam estruturas propagativas naturalmente produzidas pelas plantas ARTIFICIAIS métodos que não ocorrem frequentemente na natureza Divisão celular Diferenciação em diversos tecidos vegetais e órgãos Regeneração Bulbos (Cebola) Rizomas (Bananeira) Estolões ou estolhos (Morangueiro) Rebentos e filhotes (Abacaxizeiro) Tubérculos (Batata)
  • 10. Alporque de dovialis de ramo juvenil 1. Fase juvenil (juvenilidade) – incapacidade de florescer Presença de espinho Geralmente maior capacidade de enraizamento
  • 11. Alporque de dovialis de ramo adulto 2. Fase adulta – capaz de florescer sob condições ambientais Geralmente menor capacidade de enraizamento
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  • 34. ESTAQUIA ENXERTIA MERGULHIA ALPORQUIA CULTURA DE TECIDOS (Micropropagação) PROPAGAÇÃO VEGETATIVA
  • 36. ESTAQUIA Pequenas porções de caule e folhas são colocadas sob condições que favorecem o enraizamento (leito de enraizamento) formando uma nova planta Capacidade de diferenciação dA porção do tecido vegetal  resultado da interação entre fatores endógenos e do ambiente Tipo de ferimento que causa a exposição Formação de raízes adventícias  divisão celular  “calo”  diferenciação das células em primórdios radiculares
  • 37. ESTAQUIA Baseia-se no princípio de que é possível regenerar uma planta a partir de uma porção de ramo ou folha (regeneração de raízes) ou de uma porção de raiz (regeneração de ramos). E A PARTIR DE UM SEGMENTO, É POSSÍVEL ORIGINAR UMA NOVA PLANTA. OU SEJA,
  • 38. ESTAQUIA - aplicações 1. Multiplicação de variedades ou espécies com aptidão para emitir raízes adventícias; 2. Produção de porta-exertos clonais; 3. Perpetuação de novas variedades oriundas de processo de melhoramento genético.
  • 39. ESTAQUIA – vantagens e desvantagens Vantagens 1. Permite que se obtenham muitas plantas a partir de uma única planta-matriz, em curto espaço de tempo; 2. É uma técnica de baixo custo e de fácil execução; 3. Não apresenta problemas de incompatibildade entre o enxerto e o porta-enxerto; 4. Plantas produzidas com porta-enxertos, originados de estacas, apresentam maior uniformidade do que plantas enxertadas sobre mudas oriundas de sementes. Desvantagens 1. Porém, nem sempre é viável, pois espécies ou cultivares podem apresentar baixo potencial genético de enraizamento, resultando em pequena porcentagem de enraizamento; 2. Mesmo que haja formação de raízes, seu desenvolvimento pode ser insuficiente e o percentual de mudas que sobrevivem após o plantio, pode ser muito baixo. Dar preferência para outros métodos.
  • 40. ESTAQUIA - Classificação Herbácea (Apical) Semi lenhosa (Medianas) Lenhosa (Basal) - Estaca de folhas - Estaca de caule
  • 41. ESTAQUIA - Classificação Figura X. Diferentes tipos de estacas lenhosas. A – Estacas normais; B – Estacas de gema; C – Estaca de raiz. Figura X. Estaca de goiabeira com folhas.
  • 42. Princípios anatômicos do enraizamento As raízes formadas na estaca são uma resposta ao traumatismo produzido pelo corte, no qual deve-se considerar dois aspectos: 1. Desdiferenciação  processo pelo qual células de um tecido já diferenciado retornam à atividade meristemática e originam um novo ponto de crescimento; 2. Totipotência  Capacidade de uma só célula originar um novo indivíduo, uma vez que ela contém toda a informação genética necessária para reconstituir todas as partes da planta e suas funções.
  • 43. Princípios fisiológicos do enraizamento A emissão de raízes é função de fatores endógenos e das condições ambientais proporcionadas ao enraizamento.  o manejo da estaquia requer conhecimento e aplicação desses princípios. A formação de raízes adventícias deve-se à interação de fatores existentes nos tecidos e à translocação de substâncias localizadas nas folhas e gemas  destacam-se os fitohormônios e outros compostos.
  • 44. AUXINAS - São sintetizadas nas gemas apicais e folhas novas, sendo translocada para a base da planta, por mecanismo de transporte polar. - Ápices radiculares também produzem auxinas (acumulação x substâncias inativadoras de auxina. AIA – Ácido indolácetico - Auxina natural; - Ocorre mínimas quantidades nos tecido vegetais; - Degradado pelo sistema enzimático AIA-oxidase; - Foto-instável.
  • 45. Origem sintética: AIB – Ácido indolbutírico - maior atividade para enraizamento; - mais estável e menor degradação pela AIA-oxidase; - menor fotodegradação. ANA – Ácido naftalenoacético
  • 46. GIBERELINAS - AG3 (ácido giberélico) – encontrada naturalmente; - Estimula crecimento do caule, porém podem inibir o enraizamento; - Inibidores da síntese de giberelinas (SADH – ácido succínico 2,2- dimetilhidrazida) e a paclobutrazol podem apresentar efeito benéfico no enraizamento. CITOCININAS - Tem efeito estimulador da divisão celular, na presença de auxinas; - Espécies com elevados teores de citocininas  difícil enraizar; - Em estacas de raízes  estimular a iniciação às gemas. - Relação auxina/citocinina baixa estimula a formação de gemas ou primórdios foliares; alta  estimula formação de raízes.
  • 47. CO-FATORES DO ENRAIZAMENTO - Substâncias de ocorrência natural, que atuam sinergicamente com as auxinas e são necessárias para que ocorra o enraizamento. - São sintetizados em gemas e folhas jovens. - Transportados pelo floema, a partir do local de síntese. - Para muitas espécies a importância de se manter as folhas e gemas em atividade vegetativa na estaquia.
  • 48. Plantas quanto ao enraizamento Grupo I - Enraizamento fácil: os tecidos da estaca fornecem todas as substâncias (principalmente auxinas) necessárias à iniciação radicular. - Enraizamento rápido, desde que em condições ambientais favoráveis (figueira e videira) Grupo II - Enraizamento moderado: presença de diversos co-fatores de enraizamento, mas auxina é limitante; - Forte resposta com a aplicação exógena de auxina, ocorre o enraizamento. - Ex.: Algumas cultivares de videira e goiabeira
  • 49. Plantas quanto ao enraizamento Grupo III - Enraizamento difícil: um ou mais co-fatores de enraizamento estão inativos ou ausentes, e a aplicação exógena de auxina não melhora o enraizamento. - Pode ocorrer: – Falta de enzimas necessárias à síntese de indutores de enraizamento; – Falta de ativadores enzimáticos; – Presença de enzimas inibitórias; – Falta de substrato fenólico. - Ex.: rosáceas  combinar uso de auxinas com a presença de folhas.
  • 50. ESTAQUIA: fatores ligado às plantas 1. Características genéticas da espécie 2. Fase de desenvolvimento da planta 3. Tipo de estaca (presença ou não de folhas e de gemas) 4. Estado nutricional da planta-matriz 5. Época do ano 6. Sanidade 7. Balanço hormonal - auxinas e etilenos X giberelinas e citocininas - reguladores de crescimento (AIB e ANA)
  • 51. ESTAQUIA: fatores do ambiente 1. Temperatura 2. Umidade (Nebulização intermitente – MIST; Névoa - FOG) 3. Luz 4. Arejamento 5. Substratos
  • 54.
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  • 59.
  • 60.
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  • 66.
  • 69. Técnicas da estaquia Preparo e manejo das estacas - Comprimento e diâmetro: varia entre as espécies - Estacas lenhosas – 20 a 30 cm comprimento x 0,6-2,5 cm  - Estacas semilenhosas – 7,5 – 15 cm - Estacas herbáceas – ainda menores - Presença de folhas em estacas semilenhosas e herbáceas - Estacas lenhosas com gemas - Nebulização  taxa transpiratória - Corte das folhas ao meio. Estaqueamento - Em recipientes ou em estruturas de propagação; - Profundidade variável com o tipo de estaca (dois terços); - Imersão das estacas em solução fungicida; - Substratos  garantir a aderência (desidratação).
  • 70. Técnicas da estaquia Substratos - Grande influência (especialmente em espécies de difícil enraizamento); - Deve proporcionar retenção de água suficiente ara prevenir a dessecação da base da estaca e, quando saturado, manter uma quantidade adequada de espaço poroso, para facilitar o fornecimento de O2. - Substratos que não sejam fontes de inóculo de organismos saprófitos; - Ex.: vermiculita, areia, casca de arroz.
  • 71. Técnicas da estaquia Lesão na base da estaca - Madeira velha na base  cortes favorecem a formação de calo e de raízes. Estiolamento - Ausência de luz  resulta em brotações alongadas, com folhas pequenas e não expandidas e baixo teor de clorofila. - Tecidos estiolados  baixos teores de lignina e altos de auxina endógenas e outro co-fatores do enraizamento. Anelamento - Obstrução feita por meio de um corte na região do córtex em ramos da planta- matriz. - Estrangulamento  com a torção de um arame em volta do ramo. - Finalidade: bloqueia a translocação descendente de carboidratos, fitohormônios e co-fatores do enraizamento, permitindo a acumulação desses compostos.
  • 72. Técnicas da estaquia Tratamento com fitorreguladores - Aumentar a % de estacas que formam raízes, acelerar sua iniciação, aumentar o número e a qualidade das raízes formadas e a uniformidade no enraizamento. - [ ] e métodos de utilização varia com as espécies e tipo de estaca. - Na forma de pó, solução diluída e solução concentrada. Uso de nutrientes minerais - Favorece a condição nutricional da estaca no enraizamento. - Compostos nitrogenados - Boro com AIB - Zinco (aumento no teor de triptofano)
  • 73. Hormônio via Pó - Para preparar 500 g da fórmula contendo AIB a 2.000 mg kg-1 - 1000 mg de AIB puro - Acrescenta-se talco industrial até completar 500 g - Para homogeinização acrescenta-se álcool etílico ou acetona, até formar uma pasta - Homogeiniza-se a mistura com um bastão de vidro e leva-se a uma estufa à 40oC, até a completa evaporação do solvente. 1 ppm = 1 mg L-1 ou 1 mg kg-1 2.000 ppm = 2.000 mg L-1 ou 2.000 mg kg-1
  • 74. Resultado de experimento PRODUÇÃO DE MUDAS VIA ESTAQUIA DE Alternanthera dentata (Moench) NAS CONDIÇÕES DE BOM JESUS, PIAUÍ Concentrações de 0, 1000, 3000 e 5000 mg kg-1 -herbáceas apicais (EA) (10 cm de comprimento, apresentado um par de folhas definitivas e gema apical); - semilenhosas (ESL) (12 cm de comprimento, apresentado um par de folhas definitivas); - lenhosas (EL) (15 cm de comprimento e não apresentando folhas). Época chuvosa e seca
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  • 76.
  • 77.
  • 80. Figura 1. Porcentagem de estacas com raízes [(- - -) época chuvosa; (___) época seca] de A. dentata em função das doses de AIB (AIB). Bom Jesus, 2009. Figura 2. Porcentagem de estacas sobreviventes [(- - -) época chuvosa; (___) época seca] de A. dentata em função das doses de AIB (AIB). Bom Jesus, 2009. Em todas as doses de AIB, os maiores percentuais de enraizamento foram obtidos na época chuvosa  média de 98,53% Época seca  média de 78,74%.
  • 81. Figura 3. Porcentagem de estacas com raízes [(_____) estaca apical; (- - -) estaca semilenhosa e (......) estaca lenhosa] de A. dentata em função das doses de AIB (AIB). Bom Jesus, 2009. Quanto ao tipo de estacas: - EA e ESL  melhores resultados (Sem diferença estatística) - ESL a partir da dose de 1000 mg kg-1 pequena superioridade à EA. - Máxima % na dose de 3000 mg kg-1, com 98,75%. 1. A melhor dose de AIB para promover o enraizamento de estacas de A. dentata é na quantidade de 1000 mg kg-1; 2. As estacas herbáceas e semilenhosas são as mais indicadas para a produção de mudas de A. dentata; 3. A época chuvosa é a mais propícia para a produção de mudas de A. dentata com melhor qualidade.
  • 82. Permite enraizar uma porção da planta sem destacá-la da planta-mãe. Eficiente suprimento de reservas, água e hormônios. MERGULHIA SIMPLES / DE PONTA CONTÍNUA DE CÊPA / TOPO AÉREA OU ALPORQUIA
  • 83. PROPAGAÇÃO VEGETATIVA MERGULHIA DE PONTA SIMPLES CONTÍNUA CHINESA OU EM SERPENTINA DE CÊPA AÉREA OU ALPORQUIA
  • 88.
  • 89.
  • 90.
  • 91.
  • 92.
  • 93.
  • 94.
  • 95.
  • 96.
  • 97.
  • 98.
  • 99. PROPAGAÇÃO VEGETATIVA ENXERTIA BORBULHIA T NORMAL T INVERTIDO EM PLACA OU JANELA ABERTA EM “I” OU JANELA FECHADA
  • 102. GARFAGEM DE TOPO Fenda Cheia Meia Fenda Inglês Simples Inglês Complicado
  • 106. Prosopis ruscifolia (vinal) em Prosopis alba (algarroba branca)
  • 109.
  • 112. PROPAGAÇÃO VEGETATIVA Enxertia - garfagem Porta-enxerto de estaca
  • 113.
  • 114.
  • 115.
  • 116.
  • 117.
  • 118.
  • 119.
  • 121. PROPAGAÇÃO VEGETATIVA Enxertia - garfagem Porta-enxerto de Semente
  • 122.
  • 123.
  • 124.
  • 125.
  • 126.
  • 127. Enxertia de anonáceas, UNESP/Jaboticabal-SP
  • 128.
  • 129.
  • 130.
  • 131.
  • 133. Borbulha/Enxerto Tratamento: Captan 500 - a 2 % Armazenamento- temperatura - 8 oC
  • 134.
  • 135.
  • 136.
  • 137.
  • 138.
  • 139.
  • 140.
  • 141.
  • 142.
  • 143.
  • 147.
  • 149. Tempo aproximado p/ formação da muda 3 meses 3 meses 3-4 meses
  • 151. Substituição de porta enxerto ou de copa
  • 153.
  • 154.
  • 155.
  • 156.
  • 157.
  • 159.
  • 160.
  • 161. Planta sobre enxertada e plantio de muda enxertada na mesma época.
  • 163. Propagação “in vitro” Realizada em laboratórios Especializados à partir de fragmentos Retirados de vegetais (explantes) Multiplicação em meio artificial