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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO
PROGRAMA DE DOUTORADO INTEGRADO EM ZOOTECNIA
DEPARTAMENTO DE ZOOTECNIA
Microbiologia da silagem
Docente: Prof. Adriana Guim
Discente Gláucia Moraes
Junho de 2016
Introdução
• A história de preservação de alimentos é tão antiga quanto a história
do homem – INÍCIO no Egito Antigo
No Velho Testamento encontra-se a
seguinte afirmativa: "os bois e os
jumentos jovens comeram forragem
verde salgada e curtida" (Isaías 30:24).
O historiador romano escreveu: "os
Teutônicos estocaram forragem verde
em um poço e cobriram com esterco".
Introdução
• A ENSILAGEM se tornou popular no final do século XIX (em
1867) quando o fazendeiro francês publicou seu primeiro
livro sobre silagem.
• No ano seguinte, o livro foi publicado em inglês nos EUA e
a “nova” técnica foi sendo expandida pelos fazendeiros
Silo tipo torre, construído em 1915 nas
imediações da Escola Agrícola de Lavras
Introdução
• Fatores importantes que estimularam a disseminação da ensilagem
Aumento no conhecimento bioquímico e microbiológico dos
processos fermentativos
Desenvolvimento da engenharia agrícola
Grande expansão da cultura de milho como forrageira
Introdução
• Tempos modernos...
• O domínio da tecnologia de preservação é de extrema importância
para a agricultor moderno
Possibilita a produção das forragens na estação mais favoráveis do
ano , para uso a qualquer tempo, de acordo com a necessidade.
Introdução
O processo de ensilagem...
Consiste na conservação, em ambiente ácido, de alimentos úmidos ou
parcialmente secos, de forma anaeróbica, que causa uma depleção na
respiração celular e consequente favorecimento da proliferação de
bactérias láticas.
Introdução
Em outras palavras...
A silagem representa a massa produzida pela fermentação anaeróbia
da planta, onde bactérias fermentam os açúcares da forragem
controlam o desenvolvimento de microrganismos indesejáveis
responsáveis pelas perdas do valor nutritivos da massa ensilada,
durante a fermentação e após a abertura do silo.
Introdução
• As forrageiras apresentam originalmente
população epífita de microrganismos
Auxiliam na FERMENTAÇÃO
• Plantas invasoras – apresentam fungos
indesejáveis
Impedem boa fermentação
Prejudica na qualidade da silagem
Objetivo
Mostrar as características da microbiologia da ensilagem, desde a sua
classificação até suas rotas fermentativas
Microbiologia
• A composição microbiológica do material ensilado tem grande
influência sobre a qualidade da silagem produzida.
Plantas forrageiras
Epífitas
Microbiologia
• População epífita
Pode varia de 10² 107 microrganismos/grama de MS
Maioria aeróbia estrita
Varia de acordo com a espécie forrageira
Estágio de maturação da planta
Condições ambientais de T°, UR, radiação solar
Corte, secagem no campo e picagem
Tende a aumentar
o nº da microflora
Microbiologia
• As bactérias ácido láticas (BAL)
Espécies de grande importância para o processo de ensilagem
Multiplicação rápida com o corte e picagem da planta
Lin et al. (1992)
População mil vezes menor aos seus
competidores, fungos e enterobactérias
Elevada quantidade em partes danificadas das plantas
 Resposta de defesa da planta a microrganismos patogênicos
(McDonald, 1991)
Bactérias ácido láticas (BAL)
• Uma característica distintiva das bactérias ácido lácticas é a sua
tolerância a acidez alta.
pH para o crescimento: 4,0 a 6,8
Espécies, Pediococcus
damnosus
crescer a pH 3,5
Estreptococos acidificam o meio a
um pH de 4,5 a 5,0
pH mínimo para crescimento
e fermentação difere entre as
linhagens
Bactérias ácido láticas (BAL)
• Temperaturas para crescimento das bactérias ácido láticas:
5°C - 50°C  Suportam
25°C – 40°C  deal para seu desenvolvimento
Mesófilas
McDONALD et al., (1991)
Bactérias ácido láticas (BAL)
• Principal produto da fermentação
Ácido lático
• Seis gêneros são associados à silagem
• Classificadas em:
Homoláticas  principais produtoras de ácido lático
Heterolática  produtoras de ác. lático, etanol e ácido acético e CO2Mais eficientes em termos de produção de ácido lático e perda de energia
BAL - gênero Lactobacillus
• Espécies eficientes em controlar a deterioração
• Homoláticas obrigatórias
• Utilizam HexosesGrupo 1
• Heteroláticas facultativas
• Utilizam Hexoses e pentosesGrupo 2
• Heteroláticas obrigatórias
• Utilizam HexosesGrupo 3
BAL - gênero Lactobacillus
GRUPO 1:
• Formadas por homofermentativas obrigatórias
• Fermentam açúcares (hexoses) à ácido lático
glicose ou frutose + 2ADP + Pi  2 lactato + 2 ATP + 2 H2O
• Não fermentam pentoses por não possuírem a enzima
fosfoquetolase.
• Ex. L. lactis, L. acidophilus, L. bovis, etc.
BAL - gênero Lactobacillus
GRUPO 2:
• Formadas por heterofermentativas facultativas
• Utilizam a mesma rota do Grupo 1  hexoses
• Fermentam pentoses
(enzimas aldolase e fosfoquetolase)
• Ex. L. plantarum, L. casei, L. skei, L. curvatus, etc.
BAL - gênero Lactobacillus
GRUPO 3:
• Formadas por heterofermentativas obrigatórias
• Fermentam hexoses formando outros produtos
glicose + ADP + Pi  Lactato + Etanol/ác. acético + CO2 + H2O
• Ex. Ex. L. buchneri, L. fermentum, L. reuteri, etc.
BAL
• Lactobacilus plantarum (heterofermentativas
facultativa) uma das primeiras espécies
estudada em silagens, por apresentar
características ideais para microrganismos de
silagem
A maior parte das BAL são pertencentes aos dois últimos grupos
(heterofermentativas facultativas e obrigatórias).
Cresc. Vigoroso
Capacidade de
competir e dominar
Rota homolática
Produção de elevadas
qtn de ác. lático
(McDonald; Henderson; Heron, 1991).
BAL
• Lactobacillus buchneri (heterofermentativas
obrigatórias) foi descoberta a partir de estudos
de exposição aeróbia em silagens de alfafa e
milho, onde observou-se que as silagens de
alfafa apresentavam resistência natural à
deterioração.
A maior parte das BAL são pertencentes aos dois últimos grupos
(heterofermentativas facultativas e obrigatórias).
Na ausência de O2  produzem ácido acético
Inibe a atv. De fungos e leveduras
(McDonald; Henderson; Heron, 1991).
BAL
Ainda sobre a Lactobacillus buchneri...
• Não fermentam glicose até etanol  não possuem a enzima
acetaldeído desidrogenase
• Tem afinidade de metabolizar ácido lático em pH 3,8
• Habilidade em converter o ácido lático em ácido acético em pH
próximo de 5,8.
Essa última conversão ocorre perdas de matéria seca na forma de
CO2 (1 a 2% MS).
(McDonald; Henderson; Heron, 1991).
Fermentação homolática de hexoses
glicose ou frutose +
2ADP + Pi
2 lactato + 2 ATP + 2
H2O
Frutose -6 fosfato
2 gliceraldeído 3P
2 Piruvatos
2 Lactato
Frutose Glicose
Re-oxidação do NADH
Fermentação homolática de hexoses
• Streptococci
• Pediococos
• Alguns Lactobacilos
Os principais produtos é o
ácido láctico
Via
glicolítica
Muitas destas bactérias possuem
a capacidade para gerar outros
produtos a partir de piruvato,
acetato, CO2, formato, etanol,
acetoína, etc.
Produção de outros produtos...
Glicose
indisponível
Baixas [ F-1,6-P]
Desidrogenase
de lactato
HomofermentativaHeterofermentativa
Etanol, acetato e formato
Fermentação Heterolática de hexoses
• Leuconostocs e alguns lactobacilos realizam fermentação
heteroláticas
• Os produtos dependem do substrato utilizado (hexose)
A quantidade de açúcares afetam o resultado da fermentação
Glicose
Frutose Mesma via
glicolítica
Degradados pela via 6-
fosfogluconato
Gliceraldeído-3-fosfato e
fosfato de acetil
• Glicose + ADP +Pi  Lactato + etanol + CO2+ 2ATP + H2O
• 3 Frutose + 2ADP + 2Pi lactato + acetato + 2 Mannitol + CO2 + 2 ATP + H2O
• Glicose + 2frutose + 2ADP + 2Pi  Lactato + acetato + 2 manitol + CO2 + ATP +
H2O
Fermentação de Pentoses
BAL
heterofermentativas /homofermentativas
são capazes de fermentar vários tipos de
açúcares pentoses.
Devido a presença de
enzimas necessárias
para fermentação
Fermentação de ácidos orgânicos
• Além do ácido lático, algumas bactérias fermentam ácidos orgânicos
•
Acetato
Lactato
Principais
produtos
E. Faecalis 
Fermentam Malato
E. faecium 
Fermentam Citrato
Fermentação de compostos nitrogenados
• As BAL praticamente não degradam proteína
• Tem habilidades limitadas para síntese de aminoácidos
Capturam aas do ambiente para o seu crescimento
Enterobactérias
• Afetam a qualidade da forragem
• São gram-negativas
• Não produz esporos
• Aeróbias facultativas
• Fermentam CHOs à ácido acético
(Em menor escala: Lactato e etano)
Mc Donald et al., 1991
As enterobactérias de silagens
gra (-) não esporogênica,
anaeróbias facultativas,
móveis, não patogênicas em
forma de bastonete
Enterobactérias
• Principal produto da fermentação  ácido acético
Queda lenta do pH no material
• Eleva as perdas de matéria seca durante o processo
• Reduz o consumo da silagem pelos animais – odor cetona
Enterobactérias
• Inibição Fermentação intensa das BAL
pH enterobactéria  6 – 7
pH BAL < 4,5
• Geralmente alta quantidade de enterobatcérias é ensilada
• Permanece ativa entre 12 e 24 horas da ensilagem
• Perde população -
Origem e desenvolvimento de
enterobactérias
• Plantas apresentam populações de microrganismos agregadas
• As enterobactérias são encontradas em pequeno numero nas plantas
forrageiras
• Em gramíneas chegam a 104 g-1 ou + do que 105 g-1 nos 1º dias de
ensilagem
• O emurchecimento reduz a população
Origem e desenvolvimento de
enterobactérias
• Permanece ativa até 24 horas da ensilagem – após perde população
Porém ...
• Podem persistir: Quando a fermentação é atrasada ou quando ácido
fórmico é aplicado
Elevando a deterioração aeróbia
Origem e desenvolvimento de
enterobactérias
• Permanece ativa até 24 horas da ensilagem – após perde população
Porém ...
• Podem persistir: Quando a fermentação é atrasada ou quando ácido
fórmico é aplicado
Elevando a deterioração aeróbia
A sua presença é indesejável uma vez que competem com as bactérias de
ácido láctico por nutrientes. Eles também produzem endotoxinas e pode ser
responsável por grande parte da amônia produzida durante a ensilagem.
Origem e desenvolvimento de
enterobactérias
• São diferentes espécies de acordo com a fase:
Erwinia herbicola e Ralmella aquitilis
Escherichia coli e Serraria fonticola
Forragem fresca
Início da fermentação
Hafnia alvei
Após a ensilagem
Origem e desenvolvimento de
enterobactérias
• Pesquisas mostram que espécies de enterobactérias predominante na
massa verde NÃO se encontram na massa ensilada
(Schocken-Iturrino et al., 2005)
Fermentação dos CHO – enterobacterias
• A Escherichia fermenta os CHOs
lactato
acetato
succinato
formato e
etanol
Altos níveis de fertilizantes nitrogenados tem efeito prejudicial sobre o
potencial de utilização de uma cultura para silagem
• Situações:
Baixo [CHO fermentável] + aumento [proteína e poder tampão]
• Queda lenta do pH e pH final elevado
• Favorecem as enterobacterias – persistência
Fermentação dos compostos Nitrogenados –
enterobactérias
Enterobactérias têm baixa atividade proteolítica, mas
podem desaminar e descarboxilar alguns aminoácidos, e a
maioria das espécies pode reduzir o nitrato.
Clostridium
• Bactérias gram-positivas
• Esporulantes
• Móveis
• Fermentam açúcares, ácidos orgânicos e proteínas
Clostridium
• Se desenvolvem em pequenos nichos criados por microrganismo
aeróbios (leveduras e bacilos) que usam o ácido lático e aas
• Reduzindo o O2
• Elevando o pH
Ambiente ideal para o
crescimento dos clostrídeos
Clostridium
• A presença em silagens é resultado da contaminação do solo
• Baixo nº em plantas verdes
Planta inteira Grão seco reconstituído
Clostridium
• Após o fechamento do silo  clostrídeos se multiplicam rapidamente
Crescimento ideal: fluido das células vegetais
Maior crescimento: Estágio tardio de ensilagem e seus produtos
metabólitos
Quanto mais velha a silagem  maior a proporção de clostrídeos
Clostridium
Alta T°
(>30°)
Fatores que
favorecem o
crescimento
Baixa
MS
(<30%)
Favorece
quando pH
>4,6
Baixo
CHOs
Alto
poder
tampão
Clostridium
• Podem ser divididos em dois grupos:
• Clostrideos sacarolíticos
• Ex. C. butyricum
• Clostrídeos proteolíticos
• Ex. C. sporogene
Mix  C. perfringens
Há perdas até 50% de MS e até 20% de energia
Aumento do
pH
Reduz o
valor
nutricional
Quebra de
ácidos
aminados
Perdas por
fermentação
Seus esporos podem contaminar o leite
Crescimento de clostridios
é indesejável destrói de ácido láctico
Emmental, Gouda, Edam e C. tyrobutyricum
Queijos
duros
Clostridium
• Frutose e glicose podem ser fermentadas
• O substrato vai depender da espécie do clostrídeo
• Ex. C tyrobutyricum apenas fermentam lactato na presença de
acetato.
Açúcares e lactato Fonte de energia
O piruvato produzindo  butirato +
CO2 + H+
Clostridium
• O ácido butírico possue propriedades antifúngica
• Poderia aumentar a estabilidade da silagem em exposição ao ar,
porém seu odor limita o consumo
Principais fatores que podem suprimir o crescimento de
clostrídios durante a ensilagem:
pH óptimo para o seu crescimento é de 7,0 a 7,4: não tolera
condições ácidas
Ácido láctico produzido baixar
o pH até um nível crítico o seu
crescimento será inibido
pH de 4,2 é
considerado
suficiente
Eles são inibidos a um pH mais elevado do que com ácidos
orgânicos e inorgânicos
Fermentação de compostos nitrogenados
O mecanismo mais comum de
catabolismo de AA é a fermentação de
pares de aminoácidos
(reação Stickland).
Fermentação de alanina e glicina
Ácido acético, amônia e dióxido de
carbono
Fungos
• São aclorofilados
• Eu ou heterotróficos
• Não formando tecidos especializado e sistemas de órgãos como as
plantas e animais superiores
• Crescimento:
Célula simples
Leveduras – colônias filamentosas (Mofos)
Deterioração
aeróbia
Fungos
• Obtenção de nutrientes para seu desempenho:
Secreção de enzimas celulares  proteases, lipases, amilases e
celulases.
As leveduras utilizam os açúcares e produtos da fermentação
Fungos degradam gama de nutrientes (CHOs e lignina)
Capacidade de “quebrar” complexos orgânicos,
mas não monômeros simples.
Fungos
• A presença de leveduras em silagens  1932
• Tornou-se importante  1964
• Importante papel na deterioração da silagem quando exposta ao ar
• A maioria das leveduras encontradas em forragens verdes não são
fermentativas (Ex. generos Ctyptococcus, Torulopsis)
As leveduras envolvidas com a deterioração aeróbia podem ser classificadas
em dois grupos:
• As espécies que utilizam ácidos orgânicos
 Cândida, Endomycopsis, Hansenula e Pichia)
• As espécie que consomem açúcares
 Do gênero Torulopsis
JONSSON & PAHLOW, (1984)
• As leveduras
• Capazes de se desenvolverem em  [ ] O2
• Ambientes com pH muito ácido (pH < 4,0)
• Ocorre a sucessão de populações ao longo das etapas
de ensilagem McDONALD et al. (1991)
Fungos
• As leveduras são capazes de produzir lactato e acetato pela
fermentação de açúcares
• Sua presença é indesejável
1. Associado a deterioração aeróbia
2. Competem com as BAL pelo substrato
Fungos filamentosos
• São pouco significativos para a fermentação
• Contribui muito para as perdas de superfície
No caso de descarregamento e compactação e vedação
inadequada
• Na presença de O2, metabolizam os açúcares residuais ou ácidos
orgânicos formados
Elevado pH
Contaminação por micotoxinas – prejudiciais ao animal e o homem e causa
perdas econômicas
Fungos filamentosos
• Podem degradar proteína
Produzindo NH3
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do valor nutricional e de toxidade das silagens
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Microbiologia da silagem aula glaucia

  • 1. UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO PROGRAMA DE DOUTORADO INTEGRADO EM ZOOTECNIA DEPARTAMENTO DE ZOOTECNIA Microbiologia da silagem Docente: Prof. Adriana Guim Discente Gláucia Moraes Junho de 2016
  • 2. Introdução • A história de preservação de alimentos é tão antiga quanto a história do homem – INÍCIO no Egito Antigo No Velho Testamento encontra-se a seguinte afirmativa: "os bois e os jumentos jovens comeram forragem verde salgada e curtida" (Isaías 30:24). O historiador romano escreveu: "os Teutônicos estocaram forragem verde em um poço e cobriram com esterco".
  • 3. Introdução • A ENSILAGEM se tornou popular no final do século XIX (em 1867) quando o fazendeiro francês publicou seu primeiro livro sobre silagem. • No ano seguinte, o livro foi publicado em inglês nos EUA e a “nova” técnica foi sendo expandida pelos fazendeiros Silo tipo torre, construído em 1915 nas imediações da Escola Agrícola de Lavras
  • 4. Introdução • Fatores importantes que estimularam a disseminação da ensilagem Aumento no conhecimento bioquímico e microbiológico dos processos fermentativos Desenvolvimento da engenharia agrícola Grande expansão da cultura de milho como forrageira
  • 5. Introdução • Tempos modernos... • O domínio da tecnologia de preservação é de extrema importância para a agricultor moderno Possibilita a produção das forragens na estação mais favoráveis do ano , para uso a qualquer tempo, de acordo com a necessidade.
  • 6. Introdução O processo de ensilagem... Consiste na conservação, em ambiente ácido, de alimentos úmidos ou parcialmente secos, de forma anaeróbica, que causa uma depleção na respiração celular e consequente favorecimento da proliferação de bactérias láticas.
  • 7. Introdução Em outras palavras... A silagem representa a massa produzida pela fermentação anaeróbia da planta, onde bactérias fermentam os açúcares da forragem controlam o desenvolvimento de microrganismos indesejáveis responsáveis pelas perdas do valor nutritivos da massa ensilada, durante a fermentação e após a abertura do silo.
  • 8. Introdução • As forrageiras apresentam originalmente população epífita de microrganismos Auxiliam na FERMENTAÇÃO • Plantas invasoras – apresentam fungos indesejáveis Impedem boa fermentação Prejudica na qualidade da silagem
  • 9. Objetivo Mostrar as características da microbiologia da ensilagem, desde a sua classificação até suas rotas fermentativas
  • 10. Microbiologia • A composição microbiológica do material ensilado tem grande influência sobre a qualidade da silagem produzida. Plantas forrageiras Epífitas
  • 11. Microbiologia • População epífita Pode varia de 10² 107 microrganismos/grama de MS Maioria aeróbia estrita Varia de acordo com a espécie forrageira Estágio de maturação da planta Condições ambientais de T°, UR, radiação solar Corte, secagem no campo e picagem Tende a aumentar o nº da microflora
  • 12. Microbiologia • As bactérias ácido láticas (BAL) Espécies de grande importância para o processo de ensilagem Multiplicação rápida com o corte e picagem da planta Lin et al. (1992) População mil vezes menor aos seus competidores, fungos e enterobactérias Elevada quantidade em partes danificadas das plantas  Resposta de defesa da planta a microrganismos patogênicos (McDonald, 1991)
  • 13. Bactérias ácido láticas (BAL) • Uma característica distintiva das bactérias ácido lácticas é a sua tolerância a acidez alta. pH para o crescimento: 4,0 a 6,8 Espécies, Pediococcus damnosus crescer a pH 3,5 Estreptococos acidificam o meio a um pH de 4,5 a 5,0 pH mínimo para crescimento e fermentação difere entre as linhagens
  • 14. Bactérias ácido láticas (BAL) • Temperaturas para crescimento das bactérias ácido láticas: 5°C - 50°C  Suportam 25°C – 40°C  deal para seu desenvolvimento Mesófilas McDONALD et al., (1991)
  • 15. Bactérias ácido láticas (BAL) • Principal produto da fermentação Ácido lático • Seis gêneros são associados à silagem • Classificadas em: Homoláticas  principais produtoras de ácido lático Heterolática  produtoras de ác. lático, etanol e ácido acético e CO2Mais eficientes em termos de produção de ácido lático e perda de energia
  • 16.
  • 17. BAL - gênero Lactobacillus • Espécies eficientes em controlar a deterioração • Homoláticas obrigatórias • Utilizam HexosesGrupo 1 • Heteroláticas facultativas • Utilizam Hexoses e pentosesGrupo 2 • Heteroláticas obrigatórias • Utilizam HexosesGrupo 3
  • 18. BAL - gênero Lactobacillus GRUPO 1: • Formadas por homofermentativas obrigatórias • Fermentam açúcares (hexoses) à ácido lático glicose ou frutose + 2ADP + Pi  2 lactato + 2 ATP + 2 H2O • Não fermentam pentoses por não possuírem a enzima fosfoquetolase. • Ex. L. lactis, L. acidophilus, L. bovis, etc.
  • 19. BAL - gênero Lactobacillus GRUPO 2: • Formadas por heterofermentativas facultativas • Utilizam a mesma rota do Grupo 1  hexoses • Fermentam pentoses (enzimas aldolase e fosfoquetolase) • Ex. L. plantarum, L. casei, L. skei, L. curvatus, etc.
  • 20. BAL - gênero Lactobacillus GRUPO 3: • Formadas por heterofermentativas obrigatórias • Fermentam hexoses formando outros produtos glicose + ADP + Pi  Lactato + Etanol/ác. acético + CO2 + H2O • Ex. Ex. L. buchneri, L. fermentum, L. reuteri, etc.
  • 21. BAL • Lactobacilus plantarum (heterofermentativas facultativa) uma das primeiras espécies estudada em silagens, por apresentar características ideais para microrganismos de silagem A maior parte das BAL são pertencentes aos dois últimos grupos (heterofermentativas facultativas e obrigatórias). Cresc. Vigoroso Capacidade de competir e dominar Rota homolática Produção de elevadas qtn de ác. lático (McDonald; Henderson; Heron, 1991).
  • 22. BAL • Lactobacillus buchneri (heterofermentativas obrigatórias) foi descoberta a partir de estudos de exposição aeróbia em silagens de alfafa e milho, onde observou-se que as silagens de alfafa apresentavam resistência natural à deterioração. A maior parte das BAL são pertencentes aos dois últimos grupos (heterofermentativas facultativas e obrigatórias). Na ausência de O2  produzem ácido acético Inibe a atv. De fungos e leveduras (McDonald; Henderson; Heron, 1991).
  • 23. BAL Ainda sobre a Lactobacillus buchneri... • Não fermentam glicose até etanol  não possuem a enzima acetaldeído desidrogenase • Tem afinidade de metabolizar ácido lático em pH 3,8 • Habilidade em converter o ácido lático em ácido acético em pH próximo de 5,8. Essa última conversão ocorre perdas de matéria seca na forma de CO2 (1 a 2% MS). (McDonald; Henderson; Heron, 1991).
  • 24. Fermentação homolática de hexoses glicose ou frutose + 2ADP + Pi 2 lactato + 2 ATP + 2 H2O Frutose -6 fosfato 2 gliceraldeído 3P 2 Piruvatos 2 Lactato Frutose Glicose Re-oxidação do NADH
  • 25. Fermentação homolática de hexoses • Streptococci • Pediococos • Alguns Lactobacilos Os principais produtos é o ácido láctico Via glicolítica Muitas destas bactérias possuem a capacidade para gerar outros produtos a partir de piruvato, acetato, CO2, formato, etanol, acetoína, etc.
  • 26. Produção de outros produtos... Glicose indisponível Baixas [ F-1,6-P] Desidrogenase de lactato HomofermentativaHeterofermentativa Etanol, acetato e formato
  • 27.
  • 28. Fermentação Heterolática de hexoses • Leuconostocs e alguns lactobacilos realizam fermentação heteroláticas • Os produtos dependem do substrato utilizado (hexose) A quantidade de açúcares afetam o resultado da fermentação Glicose Frutose Mesma via glicolítica Degradados pela via 6- fosfogluconato Gliceraldeído-3-fosfato e fosfato de acetil
  • 29. • Glicose + ADP +Pi  Lactato + etanol + CO2+ 2ATP + H2O • 3 Frutose + 2ADP + 2Pi lactato + acetato + 2 Mannitol + CO2 + 2 ATP + H2O • Glicose + 2frutose + 2ADP + 2Pi  Lactato + acetato + 2 manitol + CO2 + ATP + H2O
  • 30. Fermentação de Pentoses BAL heterofermentativas /homofermentativas são capazes de fermentar vários tipos de açúcares pentoses. Devido a presença de enzimas necessárias para fermentação
  • 31.
  • 32. Fermentação de ácidos orgânicos • Além do ácido lático, algumas bactérias fermentam ácidos orgânicos • Acetato Lactato Principais produtos E. Faecalis  Fermentam Malato E. faecium  Fermentam Citrato
  • 33. Fermentação de compostos nitrogenados • As BAL praticamente não degradam proteína • Tem habilidades limitadas para síntese de aminoácidos Capturam aas do ambiente para o seu crescimento
  • 34. Enterobactérias • Afetam a qualidade da forragem • São gram-negativas • Não produz esporos • Aeróbias facultativas • Fermentam CHOs à ácido acético (Em menor escala: Lactato e etano) Mc Donald et al., 1991 As enterobactérias de silagens gra (-) não esporogênica, anaeróbias facultativas, móveis, não patogênicas em forma de bastonete
  • 35. Enterobactérias • Principal produto da fermentação  ácido acético Queda lenta do pH no material • Eleva as perdas de matéria seca durante o processo • Reduz o consumo da silagem pelos animais – odor cetona
  • 36. Enterobactérias • Inibição Fermentação intensa das BAL pH enterobactéria  6 – 7 pH BAL < 4,5 • Geralmente alta quantidade de enterobatcérias é ensilada • Permanece ativa entre 12 e 24 horas da ensilagem • Perde população -
  • 37. Origem e desenvolvimento de enterobactérias • Plantas apresentam populações de microrganismos agregadas • As enterobactérias são encontradas em pequeno numero nas plantas forrageiras • Em gramíneas chegam a 104 g-1 ou + do que 105 g-1 nos 1º dias de ensilagem • O emurchecimento reduz a população
  • 38. Origem e desenvolvimento de enterobactérias • Permanece ativa até 24 horas da ensilagem – após perde população Porém ... • Podem persistir: Quando a fermentação é atrasada ou quando ácido fórmico é aplicado Elevando a deterioração aeróbia
  • 39. Origem e desenvolvimento de enterobactérias • Permanece ativa até 24 horas da ensilagem – após perde população Porém ... • Podem persistir: Quando a fermentação é atrasada ou quando ácido fórmico é aplicado Elevando a deterioração aeróbia A sua presença é indesejável uma vez que competem com as bactérias de ácido láctico por nutrientes. Eles também produzem endotoxinas e pode ser responsável por grande parte da amônia produzida durante a ensilagem.
  • 40. Origem e desenvolvimento de enterobactérias • São diferentes espécies de acordo com a fase: Erwinia herbicola e Ralmella aquitilis Escherichia coli e Serraria fonticola Forragem fresca Início da fermentação Hafnia alvei Após a ensilagem
  • 41. Origem e desenvolvimento de enterobactérias • Pesquisas mostram que espécies de enterobactérias predominante na massa verde NÃO se encontram na massa ensilada (Schocken-Iturrino et al., 2005)
  • 42. Fermentação dos CHO – enterobacterias • A Escherichia fermenta os CHOs lactato acetato succinato formato e etanol
  • 43. Altos níveis de fertilizantes nitrogenados tem efeito prejudicial sobre o potencial de utilização de uma cultura para silagem • Situações: Baixo [CHO fermentável] + aumento [proteína e poder tampão] • Queda lenta do pH e pH final elevado • Favorecem as enterobacterias – persistência Fermentação dos compostos Nitrogenados – enterobactérias Enterobactérias têm baixa atividade proteolítica, mas podem desaminar e descarboxilar alguns aminoácidos, e a maioria das espécies pode reduzir o nitrato.
  • 44. Clostridium • Bactérias gram-positivas • Esporulantes • Móveis • Fermentam açúcares, ácidos orgânicos e proteínas
  • 45. Clostridium • Se desenvolvem em pequenos nichos criados por microrganismo aeróbios (leveduras e bacilos) que usam o ácido lático e aas • Reduzindo o O2 • Elevando o pH Ambiente ideal para o crescimento dos clostrídeos
  • 46. Clostridium • A presença em silagens é resultado da contaminação do solo • Baixo nº em plantas verdes Planta inteira Grão seco reconstituído
  • 47. Clostridium • Após o fechamento do silo  clostrídeos se multiplicam rapidamente Crescimento ideal: fluido das células vegetais Maior crescimento: Estágio tardio de ensilagem e seus produtos metabólitos Quanto mais velha a silagem  maior a proporção de clostrídeos
  • 48. Clostridium Alta T° (>30°) Fatores que favorecem o crescimento Baixa MS (<30%) Favorece quando pH >4,6 Baixo CHOs Alto poder tampão
  • 49. Clostridium • Podem ser divididos em dois grupos: • Clostrideos sacarolíticos • Ex. C. butyricum • Clostrídeos proteolíticos • Ex. C. sporogene Mix  C. perfringens Há perdas até 50% de MS e até 20% de energia
  • 50. Aumento do pH Reduz o valor nutricional Quebra de ácidos aminados Perdas por fermentação Seus esporos podem contaminar o leite Crescimento de clostridios é indesejável destrói de ácido láctico Emmental, Gouda, Edam e C. tyrobutyricum Queijos duros
  • 51. Clostridium • Frutose e glicose podem ser fermentadas • O substrato vai depender da espécie do clostrídeo • Ex. C tyrobutyricum apenas fermentam lactato na presença de acetato. Açúcares e lactato Fonte de energia O piruvato produzindo  butirato + CO2 + H+
  • 52. Clostridium • O ácido butírico possue propriedades antifúngica • Poderia aumentar a estabilidade da silagem em exposição ao ar, porém seu odor limita o consumo
  • 53. Principais fatores que podem suprimir o crescimento de clostrídios durante a ensilagem: pH óptimo para o seu crescimento é de 7,0 a 7,4: não tolera condições ácidas Ácido láctico produzido baixar o pH até um nível crítico o seu crescimento será inibido pH de 4,2 é considerado suficiente Eles são inibidos a um pH mais elevado do que com ácidos orgânicos e inorgânicos
  • 54. Fermentação de compostos nitrogenados O mecanismo mais comum de catabolismo de AA é a fermentação de pares de aminoácidos (reação Stickland). Fermentação de alanina e glicina Ácido acético, amônia e dióxido de carbono
  • 55. Fungos • São aclorofilados • Eu ou heterotróficos • Não formando tecidos especializado e sistemas de órgãos como as plantas e animais superiores • Crescimento: Célula simples Leveduras – colônias filamentosas (Mofos) Deterioração aeróbia
  • 56. Fungos • Obtenção de nutrientes para seu desempenho: Secreção de enzimas celulares  proteases, lipases, amilases e celulases. As leveduras utilizam os açúcares e produtos da fermentação Fungos degradam gama de nutrientes (CHOs e lignina) Capacidade de “quebrar” complexos orgânicos, mas não monômeros simples.
  • 57. Fungos • A presença de leveduras em silagens  1932 • Tornou-se importante  1964 • Importante papel na deterioração da silagem quando exposta ao ar • A maioria das leveduras encontradas em forragens verdes não são fermentativas (Ex. generos Ctyptococcus, Torulopsis)
  • 58. As leveduras envolvidas com a deterioração aeróbia podem ser classificadas em dois grupos: • As espécies que utilizam ácidos orgânicos  Cândida, Endomycopsis, Hansenula e Pichia) • As espécie que consomem açúcares  Do gênero Torulopsis JONSSON & PAHLOW, (1984) • As leveduras • Capazes de se desenvolverem em  [ ] O2 • Ambientes com pH muito ácido (pH < 4,0) • Ocorre a sucessão de populações ao longo das etapas de ensilagem McDONALD et al. (1991)
  • 59. Fungos • As leveduras são capazes de produzir lactato e acetato pela fermentação de açúcares • Sua presença é indesejável 1. Associado a deterioração aeróbia 2. Competem com as BAL pelo substrato
  • 60. Fungos filamentosos • São pouco significativos para a fermentação • Contribui muito para as perdas de superfície No caso de descarregamento e compactação e vedação inadequada • Na presença de O2, metabolizam os açúcares residuais ou ácidos orgânicos formados Elevado pH
  • 61. Contaminação por micotoxinas – prejudiciais ao animal e o homem e causa perdas econômicas Fungos filamentosos • Podem degradar proteína Produzindo NH3 Aspergillus, Penicillium e Fusarium – produzem toxinas – causas frequentes do valor nutricional e de toxidade das silagens Ação tamponante Neutraliza os ácido formados impedindo o abaixamento do pH

Notas do Editor

  1. Apesar do conhecimento antigo da ENSILAGEM como técnica de conservação
  2. Em outras palavras ....
  3. Entre tanto, como já mencionado, o ácido acético promove a inibição da atividade de fungos e leveduras em meio aeróbio, ou seja, após a abertura do silo (Wuinberg; Muck, 1996)
  4. Bacilos tbm produzem peq qtn de butiradto
  5. O clostrídios proteolítica podem degradar seletivamente muitos aminoácidos.