O documento discute a história do cristianismo entre os séculos 11 e 15, período marcado por:
1) O cisma de 1054 que dividiu a igreja em católica e ortodoxa;
2) Os concílios ecumênicos que regulavam a vida eclesiástica;
3) A queda de Constantinopla em 1453 que marcou o fim da Idade Média e o avanço otomano.
Série: O Conflito - Palestra 08. Igreja Adventista do Sétimo Dia
História do Cristianismo Sécs XI-XIV
1. HISTÓRIA DO CRISTIANISMO 11ª AULA
OBJETIVOS
O 1º cisma do catolicismo ocidental – dois Papas
A pré-reforma 1054 a 1453
16º e 17º Concílios
Queda de Constantinopla
EBD - ESCOLA BÍBLICA DISCIPULADORA
1º semestre de 2023 – facilitadores: Yuri Eloi e Francisco Tudela
2. Períodos da História daIgreja
• ANTIGA (5 a.C – 590 d.C)
• O avanço do Cristianismo no Império (até o ano 100)
• A luta da igreja primitiva para sobreviver (100 - 313)
• A instauração da Igreja Católica Imperial (313 - 500)
•MEDIEVAL (590 - 1517)
• Surge a Igreja Latino-Teutônica (590 - 800)
• Avanços e retrocessos nas relações entre Igreja e Estado (800 - 1054)
• A supremacia da papado (1054 - 1305)
• O ocaso medieval e o renascimento moderno (1309 - 1517)
• MODERNA (1517 e depois…)
4. OS CONCÍLIOS ECUMÊNICOS
Os Concílios ficaram conhecidos pelos nomes das cidades onde
se realizaram e visavam reger a vida eclesiástica e secular.
Houve 21 Concílios Gerais da Igreja em 4 períodos
1. 8 Concílios do Primeiro Milênio: Niceia I (325), Constantinopla I (381), Éfeso
(431), Calcedônia (451), Constantinopla II (553), Constantinopla III (680-681),
Niceia II (787), Constantinopla IV (869-870).
2. 7 Concílios Medievais: Latrão I (1123), Latrão II (1139), Latrão III (1179), Latrão IV
(1215), Lyon I (1245), Lyon II (1274), Vienne (1311-1312).
3. 4 Concílios da Reforma: Constança (1414-1418), Basileia-Ferrara-Florença-Roma
(1431-1445), Latrão V (1512-1517), Trento (1545-1548/1551-1552/1562-1563).
4. 2 Concílios da Idade Moderna: Vaticano I (1869-1870), Vaticano II (1962-1965).
5. UMA BREVE VOLTA NO TEMPO
• Em 313 os cristãos deixam de ser perseguidos;
• Em 380 o cristianismo se torna religião oficial. Partir daí verifica-se que:
Os templos pagãos começam a ser destruídos;
Cristãos são contratados como funcionários do governo;
Cristãos são dispensados do serviço militar;
As igrejas foram isentas de impostos;
O domingo se tornou um dia oficial de descanso.
6. O LADO BOM DA UNIÃO ENTRE IGREJA E ESTADO
• Cristãos deixaram de ser mortos;
• mais pessoas foram influenciadas pelo cristianismo;
• o cristianismo influenciou a elaboração de leis, forçando o Estado a dar maior
atenção aos direitos das pessoas;
• a posição social das mulheres se elevou muito;
• foram abolidos castigos por celibato e falta de filhos;
• houve a criminalização do adultério e o fim do concubinato;
• erradicou a matança pelos gladiadores, e o assassinato de crianças foi proibido;
• a moralidade pública foi influenciada pelos cristãos.
7. O LADO NEGATIVO DA UNIÃO – COMO O
CRISTIANISMO “ANDOU PARA TRÁS”
• os cristãos foram intolerantes com suas leis em relação aos
pagãos;
• houve secularização do cristianismo, e alguns líderes se
dedicaram mais ao enriquecimento da igreja;
• incentivos temporais para profissão de fé atraíram muita
gente;
• Benesses, poder e riquezas deixaram parte do clero
orgulhoso;
• o desenvolvimento hierárquico não foi tão saudável;
• mais heresias e movimentos extremados surgiram na
tentativa de ter mais santidade ou justiça, por exemplo.
8. BREVE PANORAMA MUNDIAL – SÉCULOS XII A XIV
Entre os séculos XII e XIV houve grande crescimento econômico
pela ampliação da oferta de gêneros agrícolas e o desenvolvimento das cidades.
Com isso há o desenvolvimento das atividades comerciais, o afrouxamento das
relações servis em algumas regiões, a monetarização da economia e a
consolidação de uma nova classe social - a burguesia;
No século XIV, ocorreram várias crises de natureza econômica, demográfica,
política e religiosa, chamadas coletivamente de “Crise do século XIV”. Acontece
também a Guerra dos Cem anos e também eclodiu a Peste Negra.
No campo religioso o papado atinge seu apogeu mas também começa a
declinar, enfrentando sua mais séria crise;
Neste período aparecem vários clérigos propondo reformas religiosas.
9. Divisões no Cristianismo
• No ano 395, Teodósio divide o Império Romano em dois, com jurisdições
distintas: no Oriente havia o Imperador e no Ocidente havia o Papa.
• Em 1054 há uma separação (cisma) entre estes dois ramos do cristianismo que
persiste até hoje: Igreja Católica Apostólica Romana (Ocidental) e Igreja
Ortodoxa (Oriental);
• Na Igreja Ocidental, por sua vez, houve cismas temporários na administração
papal, incluindo o “Cativeiro de Avignon” e o Grande Cisma, em que, num
determinado momento houve simultaneamente 3 autoridades papais.
10. Divergências entre Ocidentais e Orientais
• No ano 395, Teodósio divide o império romano em dois, com jurisdições
diferentes: o oriente com um Imperador e o ocidente com um papa.
• Devido às diferenças culturais, a oriental era mais mística, a ocidental
incorporava práticas pagãs. Entre 325 e 451 surgem controvérsias teológicas:
a. Sobre o celibato;
b. Sobre o uso de barba, que se torna obrigatória no Oriente;
c. Sobre a natureza e procedência do Espírito Santo;
d. Sobre o idioma: Ocidente usava o idioma latino, Oriente usava o grego;
e. Divergência no calendário e data da celebração da Páscoa;
f. A interferência do papa e do imperador Carlos Magno nos assuntos do Oriente,
e a tentativa do papa Nicolau I interferir na nomeação do patriarca
g. Uso de imagens (controvérsia iconoclasta);
11. O Cisma da Igreja Oriental
• Em 1054, Roma coloca no altar da catedral de Santa Sofia o decreto de
excomunhão do patriarca e seus seguidores.
• No mesmo ano veio a resposta do oriente, com a anatematização do papa de
Roma e seus seguidores.
• A excomunhão mútua só foi suspensa em 07/12/1965,
durante o Concílio Vaticano II, pelo papa Paulo VI e
pelo patriarca Atenágoras.
13. Quadro comparativo entre Católicos e Ortodoxos (não exaustivo)
CATÓLICOS ORTODOXOS
NOME Igreja Catolica Apostólica Romana
Igreja Católica Ortodoxa ou Igreja Ortodoxa
Orienta
LÍDER ESPIRITUAL Papa Primus inter pares (Primeiro entre Iguais)
NOME DO LÍDER Papa Francisco Bartolomeu I de Constantinopla
SEDE Roma
Constantinopla, Alexandria, Jerusalém, Antioquia
(Síria), Moscou, Tblisi (Geórgia), Bucareste
(Romênia), Sófia (Bulgária) e Belgrado (Sérvia).
MEMBROS 1,313 bilhão 220 milhões
ESPÍRITO SANTO O Espírito Santo procede do Pai e do Filho O Espírito Santo procede somente do Pai
INFALIBILIDADE DO LÍDER Aceita Nega
PURGATÓRIO Acredita Não acredita
CELIBATO Obrigatório para sacerdotes Facultativo para sacerdotes (antes da ordenação)
CALENDÁRIO Gregoriano Juliano
CRUZ Uma barra horizontal Três barras Horizontais
EUCARISTIA Hóstia - pão sem fermento Pão com fermento
BARBA Padres não usam Padres usam barba
IMAGENS DOS SANTOS Permite imagens Não permite imagens, mas aceita pinturas
14. A QUEDA DE CONSTANTINOPLA
FIM DA IDADE MÉDIA – INÍCIO DA IDADE MODERNA
• A Queda de Constantinopla foi a captura da capital do Império Bizantino pelo exército
invasor otomano concluída em 29 de maio de 1453;
• Os atacantes foram comandados pelo Sultão Maomé II (Mehmed II), que tinha entre
19 e 21 anos de idade;
• O Sultão Mehmed II entrou em Constantinopla, foi à igreja de Santa Sofia, pôs a
basílica sob sua proteção e ordenou que fosse transformada em Mesquita. Cerca de
sessenta e cinco horas mais tarde, retornou à basílica
para as preces rituais do meio-dia;
• Logo a cidade de Constantinopla receberia o nome
de Istambul (nome que significa “na cidade”) e
se tornaria a sede do Império Otomano.
• Obs. A Grã Bombarda era feita de bronze, tinha
oito metros de comprimento, pesava sete toneladas.
Foi arrastada por 60 bois e atirava balas de 550 quilos.
15. Voltando ao OCIDENTE ...
• Em 476 Roma foi conquistada pelos Bárbaros.
• Em dezembro de 800, o Papa Leão III coroou o rei franco Carlos Magno como
Imperador, surgindo o chamado Sacro Império Romano-Germânico - complexo
de territórios multiétnico localizado na Europa Central (inclui territórios dos
Reinos da Alemanha, Boêmia (Rep. Tcheca), Borgonha (França), o Reino Itálico e
outros.
• No século X iniciam-se grandes divergências entre algumas ordens religiosas,
com destaque aos movimentos de contestação do poder temporal da Igreja.
• Na França, na abadia de Cluny, monges Beneditinos, formavam um mosteiro
que se dedicava a seguir às ordens papais, sem interferência da nobreza.
• Questionavam, também, a simonia (venda de indulgências e sacramentos),
além da vida suntuosa de alguns bispos.
16. Controvérsia entre Teocracia e a Hierocracia
• No contexto medieval, Teocracia (de Theokratos, governo de Deus), o rei ou
Imperador é considerado o eleito, ou ungido do Senhor e, desta forma, seu
governo e autoridade vêm diretamente de Deus - o rei só responde a Deus.
Obs. é diferente da ideia de Teocracia em Israel no período dos Juízes.
• Hierocracia (de Hierokratos, governo do sagrado) é um sistema de governo no
qual os homens da Igreja têm autoridade acima da dos reis e governantes,
interferindo decisivamente nas tomadas de decisão e políticas do reino.
• Há uma disputa de poder entre os Papas e os Imperadores do Sacro Império
Romano Germânico.
PARTILHA 44:
Você acha correto o Estado interferir no funcionamento das igrejas? Seria correto o
Estado estabelecer regras para nomeação/consagração de líderes religiosos? E as
regras para abertura e funcionamento dos templos?
17. Investidura Laica e Reforma Gregoriana
• No Império, após o clero fazer a eleição de bispos, era necessária
a investidura laica, quando o rei (ou seu representante) investia
o dignatário com os símbolos da dignidade espiritual,
o báculo (cajado) e o anel.
• O Dictatus Papae (“preceitos do papa”) foi o documento
máximo da Reforma Gregoriana, através do qual foi afirmada a primazia da
Igreja e do Papa em relação ao Império, governos e governantes seculares
(Gregorio VII – 1020-1085) – Obs. Ele havia sido monge no mosteiro de Cluny.
• A publicação do Dictatus Papae, gerou uma forte reação da parte Imperial, e
dali em diante eclodiria a chamada “Querela das investiduras”, disputa na qual
as autoridades papal e imperial opuseram-se diretamente, em busca da
supremacia.
18. Caminhada/Penitência de Canossa
• O Imperador Henrique IV (1056-1105), visando
demonstrar superioridade, fez a nomeação de um
arcebispo sem considerar a indicação do papa
Gregório VII;
• Em 1077, o papa Gregório excomungou
Henrique IV e o destituiu da autoridade Imperial,
o que foi aceito por parte da nobreza imperial;
Obs. alguns principados alemães aproveitaram para se declarar independentes.
• O Imperador, em risco de perder toda sua posição, submeteu-se ao papa,
efetuando a "Caminhada de Canossa", em que permaneceu três dias e três
noites, de joelhos, às portas do castelo, com frio e neve, vestido como um
monge, com uma túnica de lã e descalço para poder conseguir o perdão papal;
19. A concordata de Worms (1122)
• A disputa prossegue: Em 1080, o imperador instituiu Clemente III como papa, que
não seria reconhecido, e entraria para a história como um “antipapa”.
• Gregório VII faleceu em 1085 mas os papas seguintes continuaram com a Reforma
Gregoriana.
• Imperador Henrique V (filho de Henrique IV) continuou discordando na questão da
investidura dos bispos e tentou invadir a Itália e impor seus Antipapas.
• Somente com o papa Calixto II, em 1122, se chegava ao fim a Querela das
Investiduras.
• O imperador Henrique V, e o papa assinaram um tratado pondo fim às disputas
quanto ao poder.
• O acordo foi a Dieta ou Concordata de Worms, sendo definido que bispos e abades
passavam a receber do papa o poder espiritual simbolizado pelo báculo e o anel.
20. PAPA INOCÊNCIO III (1160-1216) – Apogeu do poder papal
• Eleito papa em 1198;
• Expandiu sua influência por toda a Europa, criando uma "feudalidade papal" e se
tornando suserano da Inglaterra, Portugal, Aragão, Dinamarca, Polônia, Boêmia,
Hungria, Dalmácia e de vários outros territórios;
• Convocou o mais importante concílio da Idade Média, o Quarto Concílio de Latrão
(onde se tratou do dogma da transubstanciação, da doutrina que “fora da Igreja
não há salvação”, da obrigatoriedade da confissão anual e outras questões);
• Pela primeira vez na história, o Papa se denominou “Vigário de Deus” na terra, em
vez de “Vigários de Pedro” (vigário = substituto).
21. O GRANDE CISMA DO OCIDENTE (CISMA PAPAL OU GRANDE CISMA) - 1378 A 1417
• Papa Bonifácio VIII (1235 a 1303) teve uma grande disputa de poder com o
Filipe IV, Rei da França.
• Felipe IV (o Belo) buscava expandir suas fronteiras e poder real.
• As dificuldades financeiras levaram Felipe IV a cobrar impostos da Igreja
Católica.
• O Papa Bonifácio VIII ameaçou o rei de excomunhão e, através da Bula Unam
Sanctam, reafirmou a autoridade da Igreja sobre os homens.
• Com o agravamento da situação, Felipe IV, convocou a Assembleia dos Estados
Gerais, que reunia membros do clero, da nobreza e dos comerciantes que
acabou autorizando os impostos.
PARTILHA 45:
Você acha correto o Estado cobrar impostos das igrejas?
22. O Grande cisma e cativeiro de Avinhão (Avignon)
• Com a morte de Bonifácio VIII, o rei interferiu na sucessão papal escolhendo
Clemente V e transferindo o papado para Avignon, na França.
• Durante 70 anos (1307-1377) o papa esteve sob a tutela dos reis franceses,
aumentado a crise na igreja católica.
• O papado se dividiu, com eleições de pontífices em Pisa e Roma determinando
excomunhões e perseguições. Isso ficou conhecido como o “Cisma do
Ocidente”. A crise só terminou em 1417, com a eleição de Martinho V, no
Concílio de Constança.
Veremos a seguir
como ocorreu esta
conciliação:
23. MOVIMENTO CONCILIAR
• No Concílio regional de Pisa (1409) havia 2 papas: Bento XIII em Avignon e
Gregório XII em Roma.
• Foram depostos Bento XIII e Gregório XII e eleito Alexandre V como papa
legítimo – mas os dois papas anteriores decidiram não abandonar seus postos.
• Com isso a Igreja Romana possuía três papas, e não apenas dois.
• Com a morte do papa Alexandre V, em 1410, sucedeu-o João XIII.
• Concílio de Constança (1414-1418): Gregório XII abdicou e, depois de
negociações, Bento XIII e João XIII foram depostos em 1415.
• Martinho V foi eleito o novo papa e, de quebra, o Concílio ainda condenou as
ideias de Wycliffe e condenou Huss.
24. O DECLÍNIO DO PAPADO
• Há diversas razões, incluindo morais, econômicas, políticas e religiosas.
• Apesar da exigência do celibato, muitos clérigos tiveram concubinas, se
envolveram com mulheres de suas congregações ou tinham vida de luxúria;
• Muitos tinham que lidar com a questão dos filhos nascidos dessas uniões,
alguns davam mais atenção aos filhos do que às suas funções clericais;
• Impostos papais se tornaram uma carga pesada para o povo e governantes;
• Perda de prestígio com o Cativeiro de Avignon e o Grande Cisma Ocidental;
• Começam surgir ideias de estados nacionais, em oposição à ideia de soberania
universal existentes nos impérios e igreja católica;
• Os reis garantiam a segurança da população utilizando seus exércitos;
• A classe média dava dinheiro ao rei visando garantir sua segurança);
• Busca pelo misticismo, em contraposição ao formalismo religioso.
26. Precursores da Reforma – PEDRO VALDO - (c. 1140 – c. 1205).
• Foi um rico comerciante de Lyon, no sudeste da França, que entre
os anos 1160 e 1176 teve uma profunda experiência de conversão.
• Valdo reteve apenas o suficiente para dar de comer aos pobres e
necessitados, e restituir o que devia àqueles aos quais havia
defraudado.
• Traduziu (ou pagou pela tradução) do Novo Testamento para o franco-provençal,
língua local na época. Por isso, ele é reconhecido como sendo o mentor da primeira
tradução da Bíblia em uma "linguagem moderna" que não fosse o latim.
• Com cópias de parte da Bíblia na língua popular e já acompanhado de vários
discípulos, Valdo se dedicou a ensinar o Evangelho abertamente ao povo.
• De modo geral, Valdo e seus seguidores (Valdenses) pregavam o retorno às Escrituras,
o batismo de adultos, uma vida de simplicidade e austeridade moral, e o desapego
aos bens materiais.
27. Precursores da Reforma – JOHN WYCLIFFE (1328–1384)
• Professor de Oxford que queria reformar a Igreja romana;
• criticou a riqueza do papa e a vida luxuosa de muitos padres, bispos e
religiosos, que eram sustentadas com o dinheiro do povo;
• condenou o dogma do purgatório, o uso de relíquias, as romarias,
a venda de indulgências e o ensino da infalibilidade papal;
• Defendeu que a igreja é o corpo de Cristo – cuja cabeça é Cristo (não o papa);
• Organizou grupos de pregadores itinerantes, que mais tarde foram chamados
lolardos;
• ensinou que o celibato dos padres era uma abominação, porque produziu
imoralidade, várias aberrações sexuais, abortos e infanticídios.
• Combateu a transubstanciação, que os elementos da ceia permaneciam sem
alteração e que Cristo estava espiritualmente presente sendo percebido pela fé.
• Para apoiar suas ideias traduziu o NT para o inglês.
28. Precursores da Reforma – JOHN HUSS (1328–1384)
• Defendia que a Bíblia como regra suprema de fé.
• Afirmava que o pecador era justificado pela fé, e não por obras nem
penitências ou qualquer outro meio que não a graça de Deus.
• Com isso despertou toda a ira das autoridades eclesiásticas que o cercavam.
• Foi chamado de herege porque orou em voz alta.
• Defendia a doutrina do sacerdócio universal dos crentes, em que qualquer pessoa, redimida
pelo sangue de Cristo, poderia orar diretamente a Deus, o Pai, sem a mediação sacramental e
eclesial.
• Foi condenado à morte em 6 de julho de 1415, sendo queimado vivo na periferia de
Constança.
• “Vocês hoje estão queimando um ganso (o significado de Huss é ‘ganso’, na língua boêmia),
mas dentro de um século, encontrar-se-ão com um cisne. E esse cisne vocês não poderão
queimar.” Martinho Lutero, mais de 100 anos depois, é identificado com tal profecia.
29. Hussitas
• Os hussitas, seguidores de Jan Huss, como foram conhecidos, seriam perseguidos,
parcialmente sob o pretexto de perseguição religiosa. O movimento acabou associado à
guerra de independência da Boêmia, combatida pelos reis germânicos Venceslau e
Sigismundo
• Obs. um século após a morte de Huss, mais de 90% das terras rurais boêmias eram Hussitas.
• O grupo Hussita mais radical, conhecido como Taborita, rejeitava tudo na fé e na prática da
Igreja Romana que não se encontrasse na Bíblia.
• Do grupo Taborita saiu um grupo menor que formou aquilo que ficou conhecido como a
Unitas Fratrum (Irmãos Unidos), ou Irmãos Boêmios, em meados do séc. XV.
• Deste grupo saiu a Igreja Morávia, que existe até hoje.
• Uma curiosidade do grupo é que a fé dos irmãos morávios motivou John Wesley a iniciar seu
ministério.
• Os ensinos de Huss também serviram de inspiração para Lutero, quando enfrentou
problemas semelhantes na Alemanha em seus dias.
30. 16° Gregório XII e
Martinho V
Constança
ano 1414 e
1418
Condenação de John Wycliffe e de Jan Hus.
Decreta a supremacia do concílio sobre o Papa
(posteriormente o ab-rogado).
Eleição do Papa Martinho V.
17° Eugênio IV Basileia-
Ferrara-
Florença
Ano 1431
a 1432
Sanciona o cânon católico (relação oficial dos livros
da Bíblia).
Tenta nova união com as Igrejas Orientais Ortodoxas.
Reconhecimento no romano pontífice de poderes
sobre a Igreja Universal.
Ratifica a figura do Purgatório.
PARTILHA 46:
O que deve ter mais valor: as decisões das assembleias/concílios ou o texto bíblico?
Considere a seguinte afirmação de famoso apologeta católico: “a autoridade das Escrituras
depende da autoridade da Igreja, pois é somente pelo ensino autorizado da Igreja que
sabemos quais livros são apropriadamente chamados de Sagradas Escrituras”.
32. CONCLUSÃO
• Iniciam-se os movimentos contra o distanciamento da igreja dos princípios do evangelho de
Jesus Cristo.
• No próximo assunto veremos o ápice destes movimento com a Reforma de Martinho Lutero.
Salmos 44:1-3
1 - Com os nossos próprios ouvidos ouvimos, ó Deus; os nossos antepassados nos contaram os
feitos que realizaste no tempo deles, nos dias da antiguidade.
2 - Com a tua própria mão expulsaste as nações para estabelecer os nossos antepassados;
arruinaste povos e fizeste prosperar os nossos antepassados.
3 - Não foi pela espada que conquistaram a terra, nem pela força do braço
que alcançaram a vitória; foi pela tua mão direita, pelo teu braço, e
pela luz do teu rosto, por causa do teu amor para com eles.
DEUS CONTINUA SENDO O SENHOR DA HISTÓRIA!
33. 1. HISTÓRIA DO CRISTIANISMO – Shelley B. L. - Ed Shedd– 1ª Edição 2004
2. UMA HISTÓRIA ILUSTRADA DO CRISTIANISMO – Gonzales J. L. – Ed Vida Nova - 1995
3. HISTÓRIA DO CRISTIANISMO – COLLINS&MATTHEW – Ed. Loyola - 2000
4. HISTÓRIA DA IGREJA – Walton R.C. – Ed Vida História do Cristianismo, Shelley, Bruce L., 1927, Ed. Shedd
5. Textos Bíblicos extraídos da Bíblia Sagrada NVI; São Paulo; Ed. Vida; 2001
6. Bíblia De Estudo NVI, Barker; São Paulo; Ed. Vida; 2003
7. Reflexões extraídas da World Wide Web
8. Vídeo – aula: A Historia do Cristianismo Como Você Nunca Viu – Igreja Evangélica Batista de Campo Grande e
Seminário Batista Sul Mato-grossense - 2020
9. Bible Project