SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 74
Vias de acesso
https://traumatologiaeortopedia.com.br
Introdução
• Via de acesso ideal obedecendo aos princípios
essenciais da técnica cirúrgica:
- mínima lesão
- curto tempo de cirurgia
- pequena perda sanguínea
Oferecendo maior e melhor exposição
“a melhor via de acesso para uma cirurgia é
aquela que o cirurgião melhor conhece e
melhor executa.”
Introdução
• Deve-se considerar: posição do paciente, uso
de raio-x, movimentações articulares
necessárias, cobertura de campos cirúrgicos e
a própria incisão.
• Incisão deve ser feia paralela às linhas de
Langer
Via de acesso anterior:
Via de Smith-Petersen
• Indicações:
- Fraturas de pilar anterior do acetábulo
- Redução cirúrgica luxação congênita do quadril
- Osteotomias pélvicas
- Artroplastia total do quadril
- Artrodese do quadril
- Revisão de artroplastia total do quadril
• Vantagens:
- Excelente visão do acetábulo
- Pouca agressão a vascularização da cabeça femural
- Fonte de enxerto ósseo da asa do ilíaco
- Pode ser alongada para distal sobre o eixo da coxa
https://traumatologiaeortopedia.com.br
• Desvantagens
– Ampla dissecção dos mm. Inseridos no ilíaco
– Incidência aumentada de ossificação heterotópica
– Pode ocorrer lesão do cutâneo femoral lateral
Smith-Petersen
Posição do paciente:
• Decubito Supino
• Pode ser utilizado Coxim
Referencia Anatômicas:
• Crista ilíaca, EIAS, Borda lateral da Patela
Acesso:
• Superficial: Musc. Sartorio e tensor da fascia lata.
• Profundo: Reto Femural e Gluteo Medio.
Incisão:
• 10-12 cm
• OBS: Incisão de HUETER - da EIAS à porção inferior
• Incisão inicia-se no 1/3 ventral da crista ilíaca,
cruza a EIAS, dobra para distal acompanhando
o eixo da coxa entre o tensor da fáscia lata e o
sartório
Smith-Petersen
• Fáscia do m. glúteo médio é incisada do
túberculo glúteo até a EIAS, incisão paralela a
coxa para proteger o n. cutâneo femoral
Lateral
• Fáscia é incisada, reto femoral afastado e
ramo ascedente da circunflexa lateral ligado
• Cápsula articular deve ficar exposta, porção
reflexa do reto femoral deve ser incisada para
expor a borda do acetábulo
Smith-Petersen
• Exposição mais ampla destacando o reto femoral
da EIAI
• Ampliação pode ser feita para posterior,
deslocando o glúteo médio da asa do ilíaco
• Para fechar, reinsere-se as origens musculares com
fio de sutura ou parafusos (se fragmento ósseo)
No leito, leve flexão do quadril para redução da
tensão e da dor local
Via ântero-lateral:
Watson-jones
• Indicações:
– Fixação interna da fratura do colo do fêmur
– Tratamento da pseudo-artrose do colo de fêmur
– Artroplastia total do quadril
– Artroplastia parcial
– Artrodese do quadril
https://traumatologiaeortopedia.com.br
• Vantagens:
- Boa exposição acetabular
- Boa exposição do colo e da cabeça femorais
• Desvantagens:
- Inadequada exposição do ilíaco
- Lesão do mecanismo abdutor por secção
parcial do glúteo médio ou lesão do nervo
glúteo superior
Watson-jones
Posição do paciente:
• Decúbito Supino
• Pode ser utilizado Coxim
Referencia Anatômicas:
• Crista ilíaca, EIAS, Grande trocanter, Borda do
musculo vasto lateral
Incisão:
• 2 cm distal e lateral EIAS
Watson-jones
• Incisão curvilínea côncava descrita por Watson-
Jones inicia a 2,5cm da EIAS, cruza o trocanter
maior e segue pela borda anterior do fêmur
• Secção do subcutâneo, da fáscia lata. Afasta
medialmente o tensor e secciona a borda anterior
do glúteo médio em sua inserção
• A desinserção do glúteo mínimo expõe
completamente a cápsula anterior a lateral
• Após capsulectomia, o quadril pode ser luxado
com rotação externa e adução
Acesso transtrocantérico:
Via de Charnley
• Indicações:
- Reconstruções de fraturas acetabulares
- Artrodese do quadril
- Artroplastia total do quadril
- Revisão de artroplastia total do quadril
• Vantagens
- Ampla exposição do quadril
- Permite acesso anterior e posterior do colo femural
- Permite reforço do complexo abdutor por
reinserção lateral e distal do trocanter maior
• Desvantagens
- Incidência alta de complicações relacionadas à
osteotomia (pseudo-artrose, bursite, fadiga da
osteossíntese)
- Não é aconselhável apoio total com carga do
membro operado até a consolidação da osteotomia
- Aumento da incidência de ossificação heterotópica
https://traumatologiaeortopedia.com.br
Charnley
• Pode ser decúbito dorsal ou lateral contralateral
• Incisão retilínea centrada no trocanter maior.
Abre-se a fáscia do tensor da f. lata, identifica-se a
inserção proximal do vasto lateral no trocanter
maior.
• Secção do trocanter com serra oscilante
• O trocanter maior osteotomizados é mobilizado
cranialmente junto com os mm. Glúteo médio e
mínimo
Vias de acesso posterior (póstero-
lateral e posterior)
• Indicações
- Reconstruções de fraturas acetabulares
- Artrodese do quadril
- Fratura e pseudo-artrose do colo femoral
- Artroplastia parciais e totais do quadril
- Revisão de artroplastia total do quadril
• Vantagens:
- Ampla exposição posterior do quadril
– Não interfere nem lesa o mecanismo abdutor
– Facilitação para ampliar exposição proximal e distal
• Desvantagens :
- risco de paralisia e paresia ciática
- Aumento de ossificação heterotópica
- Aumento do índice de luxações nas artroplastias
Via de acesso póstero-lateral:
Gibson
• Segue a diáfise femoral, na ponta do trocanter
maior, curva-se posteriormente (EIPS)
• Fáscia do glúteo é dividida
• Glúteo máximo retraído posteriormente,
rotadores expostos, glúteo médio
anteriormente
• Após abertura da cápsula, luxação é realizada
por flexão, adução e rotação externa do
quadril
ABORDAGEM PÓSTERO-LATERAL
 Moore (abordagem sul)
 Kocher-Langenbeck
 Fácil, seguro e rápido acesso
 Não interferem com o mecanismo abdutor
https://traumatologiaeortopedia.com.br
Via de acesso posterior:
Kocher-Langenbeck
• Indicação:
• Fraturas de Acetabulo:
- Coluna posterior
- Fraturas transversas;
- Algumas Fraturas em dupla coluna ou em T;
Posição do paciente:
• Decúbito lateral
Referencia Anatômicas:
• EIPS, Grande trocanter, diáfise femoral
Incisão:
• 5-8 cm EIPS em direção ao trocanter maior, seguindo
em curva a diáfise femoral.
Via de acesso posterior:
Kocher-Langenbeck
• Primeira descrição de uma abordagem cirúrgica do quadril
• Incisão curvilínea junto a EIPS seguindo pela face posterior
do trocanter maior
• Fáscia lata incisada, m. vasto lateral exposto e divulsão do
glúteo máximo paralelamente a sua orientação
• Exposição dos rotadores curtos com rotação interna do
fêmur
• Piriforme, gêmeo superior, obturador interno e gêmeo
inferior são seccionados (seus tendões devem ser
reparados – proteção do n. ciático)
• Capsulectomia expõe a articulação e luxação com flexão e
rotação interna
Via posterior: Kocher-Langenbeck
• Posição do paciente
Via posterior: Kocher-Langenbeck
• Pontos de reparo
Via posterior: Kocher-Langenbeck
• Incisão
https://traumatologiaeortopedia.com.br
Via posterior: Kocher-Langenbeck
• Plano internervos
Via posterior: Kocher-Langenbeck
• Dissecção superficial
Via posterior: Kocher-Langenbeck
• Dissecção profunda
Via posterior: Kocher-Langenbeck
• Dissecção profunda
Via posterior: Kocher-Langenbeck
• Dissecção profunda
Via posterior: Kocher-Langenbeck
• Fechamento:
- Irrigação e hemostasia;
- Reinserção músculos rotadores com pontos ósseos;
- Glúteo Maximo aproximado com pontos sem tensão;
- Fascia fechada toda extensão.
Via posterior: Kocher-Langenbeck
• Riscos:
- Nervo isquiático  pode ser lesado com afastadores, em variações
anatômicas( passagem nos rotadores laterais e divisões intrapelve em
fibular e tibial)
- Artéria glútea inferior
https://traumatologiaeortopedia.com.br
Acesso medial:
Via de Ludloff
• Indicações:
- Redução luxação congênita do quadril
– Tenotomia do psoas e adutores
– Neurectomia do nervo obturador
– Biópsia ressecção tumoral ao nível do trocanter
menor
– Para artroscopia
• Vantagens:
- melhor exposição da face medial da
articulação
• Desvantagens:
- Exposição limitada sem potencial de
ampliação
- Impossibilidade de luxação do quadril
Via de Ludloff
• Decúbito dorsal, quadril fletido, abduzido e
rotado externamente
• Incisão longitudinal medial na coxa 2 a 3 cm do
tubérculo púbico dirigindo distalmente pela face
lateral do adutor longo.
• Secção da fáscia, acesso entre adutor longo e
adutor breve (anteriormente) e adutor magno e
grácil (posteriormente)
• Abordagem do trocante menor e a cápsula
articular medial
Ilioinguinal: Letournel
• Indicação:
• Lesões da pelve – articulação sacroilíaca, asa ilíaca e sínfise púbica
• Fraturas da coluna anterior;
• Fraturas transversas;
• Algumas Fraturas em dupla coluna ou em T;
 Estruturas de risco:
- Vasos Iliacos Externos - Bexiga
- Arteria Iliaca Interna
- Vasos gluteos
- Nervo Femural
- Vasos linfaticos
- Funiculo espermatico
- Nervo cutaneo lateral
Letournel
Posição do paciente:
• Decúbito Supino
Referencia Anatômicas:
• Crista ilíaca, EIAS, Grande trocanter, Tuberculo
Pubico
Incisão:
• 6-8 cm proximal crista iliaca ate a EIAS
curvando-se ao Tuberculo Pubico
ABORDAGEM ILIOINGUINAL
https://traumatologiaeortopedia.com.br
ABORDAGEM ILIOINGUINAL
ABORDAGEM ILIOINGUINAL
• DISSECÇÃO CIRÚRGICA SUPERFICIAL
 Dissecar TCSC até aponeurose do m. oblíquo externo
 N. cutâneo femoral lateral – margem lateral
 Incisar a aponeurose no sentido das fibras – anel
inguinal superficial até EIAS e afastá-lo medial
 Isolar funículo espermático ou lig redondo e n.
ilioinguinal adjacente
 Dissecar a bainha do reto medialmente
 Descolar o m ilíaco
ABORDAGEM ILIOINGUINAL
ABORDAGEM ILIOINGUINAL
ABORDAGEM ILIOINGUINAL
ABORDAGEM ILIOINGUINAL
ABORDAGEM ILIOINGUINAL
• DISSECÇÃO CIRÚRGICA PROFUNDA
 Desinserir o reto 1 cm acima da sínfise
 Abrir o espaço de Retzius
 Cortar as fibras dos mm. oblíquo interno e transverso
do abdome (parede posterior do canal inguinal)
 Ligar e seccionar vasos epigástricos inferiores – medial
ao anel inguinal profundo
 Empurrar o peritônio para cima (compressa)
https://traumatologiaeortopedia.com.br
ABORDAGEM ILIOINGUINAL
ABORDAGEM ILIOINGUINAL
ABORDAGEM ILIOINGUINAL
ABORDAGEM ILIOINGUINAL
• DISSECÇÃO CIRÚRGICA PROFUNDA
 Isolar os vasos ilíacos externos (bainha)
 Isolar o tendão do iliopsoas com o nervo femoral
 Procurar e isolar os vasos e n. obturatórios – mediais e
posteriores aos vasos
 Lacuna vascular (medial) – vasos ilíacos externos e
lifáticos
 Lacuna muscular (lateral) – m. iliopsoas e nn. femoral e
cutâneo femoral lateral
ABORDAGEM ILIOINGUINAL
ABORDAGEM ILIOINGUINAL
https://traumatologiaeortopedia.com.br
ABORDAGEM ILIOINGUINAL
ABORDAGEM ILIOINGUINAL
• DISSECÇÃO PROFUNDA – JANELA 1
 Abrange a fossa ilíaca interna, art sacroilíaca
(posteriormente) e eminência iliopectínea
(anteriormente)
 Melhor visualizada com flexão do quadril – relaxar o m.
iliopsoas
ABORDAGEM ILIOINGUINAL
• DISSECÇÃO PROFUNDA – JANELA 2
 Entre o m. iliopsoas e n. femoral (lateralmente) e vasos
femorais (medialmente)
 Abrange a borda pélvica e lâmina quadrilátera
ABORDAGEM ILIOINGUINAL
• DISSECÇÃO PROFUNDA – JANELA 3
 Entre o m. reto do abdome (medialmente) e o funículo
espermático ou lig redondo (lateralmente)
 Pode ser feita liberação ipsilateral do reto do abdome
 Abrange o ramo púbico superior e sínfise púbica
Sínfise Púbica:
Pfannenstiel
• Indicações:
• Redução aberta das fraturas/Disjunções
envolvendo a sinfise púbica
• Biopsia
• Infecções nessa região
ABORDAGEM PFANNENSTIEL
• POSIÇÃO DO PACIENTE
 DDH
 Sonda vesical
• PONTOS DE REPARO E INCISÃO
 Ramo púbico superior, tubérculo púbico e sínfise
púbica (espaço!!)
 Incisão encurvada (15 cm) na linha da prega da pele,
centralizada 1 cm acima da sínfise
• PLANO INTERNERVOS
 Reto do abdome não é desnervado
ABORDAGEM PFANNENSTIEL
• DISSECÇÃO CIRÚRGICA SUPERFICIAL
 Incisão TCSC – mesmo sentido da pele
 Ligar e seccionar vasos epigástricos superficiais
 Seccionar bainha do reto transversalmente – 1 cm
acima da sínfise
 Seccionar os retos das inserções na sínfise ou dividí-los
no plano da linha alba
OBS: disjunção da sínfise – um dos retos apresenta
desinserção traumática
Abordagem anterior a sínfise púbica
• Pontos de reparo e incisão Pfannenstiel
• Fig 7-6
https://traumatologiaeortopedia.com.br
ABORDAGEM PFANNENSTIEL
ABORDAGEM PFANNENSTIEL
ABORDAGEM PFANNENSTIEL
ABORDAGEM PFANNENSTIEL
• DISSECÇÃO CIRÚRGICA PROFUNDA
 Rebater os retos
 Dissecar parte posterior da sínfise – afstar a bexiga
(espaço pré-peritoneal de Retzius)
ABORDAGEM PFANNENSTIEL
ABORDAGEM PFANNENSTIEL
• RISCOS
 Bexiga urinária – espaço de Retzius
 Lesão após trauma – aderências
Asa do Iliaco
• Retirada de enxerto autologo
https://traumatologiaeortopedia.com.br

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Mais procurados (20)

Complicações Decorrentes de Fraturas
Complicações Decorrentes de FraturasComplicações Decorrentes de Fraturas
Complicações Decorrentes de Fraturas
 
Traumas dos Membros Inferiores
Traumas dos Membros InferioresTraumas dos Membros Inferiores
Traumas dos Membros Inferiores
 
Trauma dos Membros Superiores
Trauma dos Membros SuperioresTrauma dos Membros Superiores
Trauma dos Membros Superiores
 
Fratura umero proximal
Fratura umero proximalFratura umero proximal
Fratura umero proximal
 
Aula Imobilizações
Aula ImobilizaçõesAula Imobilizações
Aula Imobilizações
 
Sistema muscular Parte 1
Sistema muscular Parte 1Sistema muscular Parte 1
Sistema muscular Parte 1
 
Luxação da Patela
Luxação da PatelaLuxação da Patela
Luxação da Patela
 
Aula fratura do úmero proximal
Aula fratura do úmero proximalAula fratura do úmero proximal
Aula fratura do úmero proximal
 
Síndrome do impacto
Síndrome do impactoSíndrome do impacto
Síndrome do impacto
 
Fratura de Plâto Tibial Dr Omar Mohamad M. Abdallah
Fratura de Plâto Tibial Dr Omar Mohamad M. Abdallah Fratura de Plâto Tibial Dr Omar Mohamad M. Abdallah
Fratura de Plâto Tibial Dr Omar Mohamad M. Abdallah
 
Fraturas do femur distal
Fraturas do femur distalFraturas do femur distal
Fraturas do femur distal
 
Osteonecrose do joelho
Osteonecrose do joelhoOsteonecrose do joelho
Osteonecrose do joelho
 
Fraturas em Idade Pediatrica
Fraturas em Idade PediatricaFraturas em Idade Pediatrica
Fraturas em Idade Pediatrica
 
ANATOMIA E CINESIOLOGIA DO OMBRO.pptx
ANATOMIA E CINESIOLOGIA DO OMBRO.pptxANATOMIA E CINESIOLOGIA DO OMBRO.pptx
ANATOMIA E CINESIOLOGIA DO OMBRO.pptx
 
Fratura peritrocanterica
Fratura peritrocantericaFratura peritrocanterica
Fratura peritrocanterica
 
Motricidade
MotricidadeMotricidade
Motricidade
 
LesõEs Do Manguito Rotador (Mr)
LesõEs Do Manguito Rotador (Mr)LesõEs Do Manguito Rotador (Mr)
LesõEs Do Manguito Rotador (Mr)
 
Traumatologia2
Traumatologia2Traumatologia2
Traumatologia2
 
Biomecânica das fraturas
Biomecânica das fraturasBiomecânica das fraturas
Biomecânica das fraturas
 
Aula 02 radiologia - anatomia do esqueleto apendicular - carpo
Aula 02   radiologia - anatomia do esqueleto apendicular - carpoAula 02   radiologia - anatomia do esqueleto apendicular - carpo
Aula 02 radiologia - anatomia do esqueleto apendicular - carpo
 

Semelhante a Vias-de-acesso-Quadril.ppt

aulasindromeimpactoemr-150727185401-lva1-app6892.pdf
aulasindromeimpactoemr-150727185401-lva1-app6892.pdfaulasindromeimpactoemr-150727185401-lva1-app6892.pdf
aulasindromeimpactoemr-150727185401-lva1-app6892.pdf
ssuser1c7b51
 

Semelhante a Vias-de-acesso-Quadril.ppt (20)

Fraturas diafisária de úmero
Fraturas diafisária de úmeroFraturas diafisária de úmero
Fraturas diafisária de úmero
 
Ruptura distal do tendao do biceps
Ruptura distal do tendao do bicepsRuptura distal do tendao do biceps
Ruptura distal do tendao do biceps
 
02 - Técnicas cirúrgicas de amputação.pdf
02 - Técnicas cirúrgicas de amputação.pdf02 - Técnicas cirúrgicas de amputação.pdf
02 - Técnicas cirúrgicas de amputação.pdf
 
Ultrassom do manguito rotador
Ultrassom do manguito rotadorUltrassom do manguito rotador
Ultrassom do manguito rotador
 
Lesao manguito e impacto
Lesao manguito e impactoLesao manguito e impacto
Lesao manguito e impacto
 
Ultrassom Joelho
Ultrassom JoelhoUltrassom Joelho
Ultrassom Joelho
 
aulasindromeimpactoemr-150727185401-lva1-app6892.pdf
aulasindromeimpactoemr-150727185401-lva1-app6892.pdfaulasindromeimpactoemr-150727185401-lva1-app6892.pdf
aulasindromeimpactoemr-150727185401-lva1-app6892.pdf
 
01 monitoria da cintura escapular
01   monitoria da cintura escapular01   monitoria da cintura escapular
01 monitoria da cintura escapular
 
Aula 10_Biomecanica e Cinesiologia ombro, cotovelo, punho e dedos - 3 horas.pdf
Aula 10_Biomecanica e Cinesiologia ombro, cotovelo, punho e dedos - 3 horas.pdfAula 10_Biomecanica e Cinesiologia ombro, cotovelo, punho e dedos - 3 horas.pdf
Aula 10_Biomecanica e Cinesiologia ombro, cotovelo, punho e dedos - 3 horas.pdf
 
drcaiotraumamembrosuperior-140922142752-phpapp02.pptx
drcaiotraumamembrosuperior-140922142752-phpapp02.pptxdrcaiotraumamembrosuperior-140922142752-phpapp02.pptx
drcaiotraumamembrosuperior-140922142752-phpapp02.pptx
 
Artrologia
ArtrologiaArtrologia
Artrologia
 
Halux valgo
Halux valgoHalux valgo
Halux valgo
 
Pontos fracos da parede abdominal
Pontos fracos da parede abdominal Pontos fracos da parede abdominal
Pontos fracos da parede abdominal
 
Tendinopatias do cotovelo
Tendinopatias do cotoveloTendinopatias do cotovelo
Tendinopatias do cotovelo
 
Anatomia Palpatória da coxa e joelho
Anatomia Palpatória da coxa e joelhoAnatomia Palpatória da coxa e joelho
Anatomia Palpatória da coxa e joelho
 
8- INCIDENCIAS RADIOLOGICAS DE OMBRO E CINTURA ESCAPULAR-1-1.pdf
8- INCIDENCIAS RADIOLOGICAS DE OMBRO E CINTURA ESCAPULAR-1-1.pdf8- INCIDENCIAS RADIOLOGICAS DE OMBRO E CINTURA ESCAPULAR-1-1.pdf
8- INCIDENCIAS RADIOLOGICAS DE OMBRO E CINTURA ESCAPULAR-1-1.pdf
 
Músculos atualização2
Músculos   atualização2Músculos   atualização2
Músculos atualização2
 
Anatomia do quadril
Anatomia do quadril Anatomia do quadril
Anatomia do quadril
 
Prótese do Joelho - Marcos George S Leão - SBCJAM
Prótese do Joelho - Marcos George S Leão - SBCJAMPrótese do Joelho - Marcos George S Leão - SBCJAM
Prótese do Joelho - Marcos George S Leão - SBCJAM
 
Como tratar a condropatia patelo-femoral ?
Como tratar a condropatia patelo-femoral ?Como tratar a condropatia patelo-femoral ?
Como tratar a condropatia patelo-femoral ?
 

Vias-de-acesso-Quadril.ppt

  • 2. Introdução • Via de acesso ideal obedecendo aos princípios essenciais da técnica cirúrgica: - mínima lesão - curto tempo de cirurgia - pequena perda sanguínea Oferecendo maior e melhor exposição “a melhor via de acesso para uma cirurgia é aquela que o cirurgião melhor conhece e melhor executa.”
  • 3. Introdução • Deve-se considerar: posição do paciente, uso de raio-x, movimentações articulares necessárias, cobertura de campos cirúrgicos e a própria incisão. • Incisão deve ser feia paralela às linhas de Langer
  • 4. Via de acesso anterior: Via de Smith-Petersen • Indicações: - Fraturas de pilar anterior do acetábulo - Redução cirúrgica luxação congênita do quadril - Osteotomias pélvicas - Artroplastia total do quadril - Artrodese do quadril - Revisão de artroplastia total do quadril
  • 5.
  • 6. • Vantagens: - Excelente visão do acetábulo - Pouca agressão a vascularização da cabeça femural - Fonte de enxerto ósseo da asa do ilíaco - Pode ser alongada para distal sobre o eixo da coxa https://traumatologiaeortopedia.com.br
  • 7. • Desvantagens – Ampla dissecção dos mm. Inseridos no ilíaco – Incidência aumentada de ossificação heterotópica – Pode ocorrer lesão do cutâneo femoral lateral
  • 8. Smith-Petersen Posição do paciente: • Decubito Supino • Pode ser utilizado Coxim Referencia Anatômicas: • Crista ilíaca, EIAS, Borda lateral da Patela Acesso: • Superficial: Musc. Sartorio e tensor da fascia lata. • Profundo: Reto Femural e Gluteo Medio. Incisão: • 10-12 cm • OBS: Incisão de HUETER - da EIAS à porção inferior
  • 9. • Incisão inicia-se no 1/3 ventral da crista ilíaca, cruza a EIAS, dobra para distal acompanhando o eixo da coxa entre o tensor da fáscia lata e o sartório
  • 10.
  • 11. Smith-Petersen • Fáscia do m. glúteo médio é incisada do túberculo glúteo até a EIAS, incisão paralela a coxa para proteger o n. cutâneo femoral Lateral • Fáscia é incisada, reto femoral afastado e ramo ascedente da circunflexa lateral ligado • Cápsula articular deve ficar exposta, porção reflexa do reto femoral deve ser incisada para expor a borda do acetábulo
  • 12. Smith-Petersen • Exposição mais ampla destacando o reto femoral da EIAI • Ampliação pode ser feita para posterior, deslocando o glúteo médio da asa do ilíaco • Para fechar, reinsere-se as origens musculares com fio de sutura ou parafusos (se fragmento ósseo) No leito, leve flexão do quadril para redução da tensão e da dor local
  • 13. Via ântero-lateral: Watson-jones • Indicações: – Fixação interna da fratura do colo do fêmur – Tratamento da pseudo-artrose do colo de fêmur – Artroplastia total do quadril – Artroplastia parcial – Artrodese do quadril https://traumatologiaeortopedia.com.br
  • 14. • Vantagens: - Boa exposição acetabular - Boa exposição do colo e da cabeça femorais • Desvantagens: - Inadequada exposição do ilíaco - Lesão do mecanismo abdutor por secção parcial do glúteo médio ou lesão do nervo glúteo superior
  • 15. Watson-jones Posição do paciente: • Decúbito Supino • Pode ser utilizado Coxim Referencia Anatômicas: • Crista ilíaca, EIAS, Grande trocanter, Borda do musculo vasto lateral Incisão: • 2 cm distal e lateral EIAS
  • 16. Watson-jones • Incisão curvilínea côncava descrita por Watson- Jones inicia a 2,5cm da EIAS, cruza o trocanter maior e segue pela borda anterior do fêmur • Secção do subcutâneo, da fáscia lata. Afasta medialmente o tensor e secciona a borda anterior do glúteo médio em sua inserção • A desinserção do glúteo mínimo expõe completamente a cápsula anterior a lateral • Após capsulectomia, o quadril pode ser luxado com rotação externa e adução
  • 17.
  • 18. Acesso transtrocantérico: Via de Charnley • Indicações: - Reconstruções de fraturas acetabulares - Artrodese do quadril - Artroplastia total do quadril - Revisão de artroplastia total do quadril
  • 19. • Vantagens - Ampla exposição do quadril - Permite acesso anterior e posterior do colo femural - Permite reforço do complexo abdutor por reinserção lateral e distal do trocanter maior • Desvantagens - Incidência alta de complicações relacionadas à osteotomia (pseudo-artrose, bursite, fadiga da osteossíntese) - Não é aconselhável apoio total com carga do membro operado até a consolidação da osteotomia - Aumento da incidência de ossificação heterotópica https://traumatologiaeortopedia.com.br
  • 20. Charnley • Pode ser decúbito dorsal ou lateral contralateral • Incisão retilínea centrada no trocanter maior. Abre-se a fáscia do tensor da f. lata, identifica-se a inserção proximal do vasto lateral no trocanter maior. • Secção do trocanter com serra oscilante • O trocanter maior osteotomizados é mobilizado cranialmente junto com os mm. Glúteo médio e mínimo
  • 21.
  • 22. Vias de acesso posterior (póstero- lateral e posterior) • Indicações - Reconstruções de fraturas acetabulares - Artrodese do quadril - Fratura e pseudo-artrose do colo femoral - Artroplastia parciais e totais do quadril - Revisão de artroplastia total do quadril
  • 23. • Vantagens: - Ampla exposição posterior do quadril – Não interfere nem lesa o mecanismo abdutor – Facilitação para ampliar exposição proximal e distal • Desvantagens : - risco de paralisia e paresia ciática - Aumento de ossificação heterotópica - Aumento do índice de luxações nas artroplastias
  • 24. Via de acesso póstero-lateral: Gibson • Segue a diáfise femoral, na ponta do trocanter maior, curva-se posteriormente (EIPS) • Fáscia do glúteo é dividida • Glúteo máximo retraído posteriormente, rotadores expostos, glúteo médio anteriormente • Após abertura da cápsula, luxação é realizada por flexão, adução e rotação externa do quadril
  • 25.
  • 26. ABORDAGEM PÓSTERO-LATERAL  Moore (abordagem sul)  Kocher-Langenbeck  Fácil, seguro e rápido acesso  Não interferem com o mecanismo abdutor https://traumatologiaeortopedia.com.br
  • 27. Via de acesso posterior: Kocher-Langenbeck • Indicação: • Fraturas de Acetabulo: - Coluna posterior - Fraturas transversas; - Algumas Fraturas em dupla coluna ou em T; Posição do paciente: • Decúbito lateral Referencia Anatômicas: • EIPS, Grande trocanter, diáfise femoral Incisão: • 5-8 cm EIPS em direção ao trocanter maior, seguindo em curva a diáfise femoral.
  • 28. Via de acesso posterior: Kocher-Langenbeck • Primeira descrição de uma abordagem cirúrgica do quadril • Incisão curvilínea junto a EIPS seguindo pela face posterior do trocanter maior • Fáscia lata incisada, m. vasto lateral exposto e divulsão do glúteo máximo paralelamente a sua orientação • Exposição dos rotadores curtos com rotação interna do fêmur • Piriforme, gêmeo superior, obturador interno e gêmeo inferior são seccionados (seus tendões devem ser reparados – proteção do n. ciático) • Capsulectomia expõe a articulação e luxação com flexão e rotação interna
  • 29.
  • 30. Via posterior: Kocher-Langenbeck • Posição do paciente
  • 32. Via posterior: Kocher-Langenbeck • Incisão https://traumatologiaeortopedia.com.br
  • 34. Via posterior: Kocher-Langenbeck • Dissecção superficial
  • 35. Via posterior: Kocher-Langenbeck • Dissecção profunda
  • 36. Via posterior: Kocher-Langenbeck • Dissecção profunda
  • 37. Via posterior: Kocher-Langenbeck • Dissecção profunda
  • 38. Via posterior: Kocher-Langenbeck • Fechamento: - Irrigação e hemostasia; - Reinserção músculos rotadores com pontos ósseos; - Glúteo Maximo aproximado com pontos sem tensão; - Fascia fechada toda extensão.
  • 39. Via posterior: Kocher-Langenbeck • Riscos: - Nervo isquiático  pode ser lesado com afastadores, em variações anatômicas( passagem nos rotadores laterais e divisões intrapelve em fibular e tibial) - Artéria glútea inferior https://traumatologiaeortopedia.com.br
  • 40. Acesso medial: Via de Ludloff • Indicações: - Redução luxação congênita do quadril – Tenotomia do psoas e adutores – Neurectomia do nervo obturador – Biópsia ressecção tumoral ao nível do trocanter menor – Para artroscopia
  • 41. • Vantagens: - melhor exposição da face medial da articulação • Desvantagens: - Exposição limitada sem potencial de ampliação - Impossibilidade de luxação do quadril
  • 42. Via de Ludloff • Decúbito dorsal, quadril fletido, abduzido e rotado externamente • Incisão longitudinal medial na coxa 2 a 3 cm do tubérculo púbico dirigindo distalmente pela face lateral do adutor longo. • Secção da fáscia, acesso entre adutor longo e adutor breve (anteriormente) e adutor magno e grácil (posteriormente) • Abordagem do trocante menor e a cápsula articular medial
  • 43.
  • 44. Ilioinguinal: Letournel • Indicação: • Lesões da pelve – articulação sacroilíaca, asa ilíaca e sínfise púbica • Fraturas da coluna anterior; • Fraturas transversas; • Algumas Fraturas em dupla coluna ou em T;  Estruturas de risco: - Vasos Iliacos Externos - Bexiga - Arteria Iliaca Interna - Vasos gluteos - Nervo Femural - Vasos linfaticos - Funiculo espermatico - Nervo cutaneo lateral
  • 45. Letournel Posição do paciente: • Decúbito Supino Referencia Anatômicas: • Crista ilíaca, EIAS, Grande trocanter, Tuberculo Pubico Incisão: • 6-8 cm proximal crista iliaca ate a EIAS curvando-se ao Tuberculo Pubico
  • 48. ABORDAGEM ILIOINGUINAL • DISSECÇÃO CIRÚRGICA SUPERFICIAL  Dissecar TCSC até aponeurose do m. oblíquo externo  N. cutâneo femoral lateral – margem lateral  Incisar a aponeurose no sentido das fibras – anel inguinal superficial até EIAS e afastá-lo medial  Isolar funículo espermático ou lig redondo e n. ilioinguinal adjacente  Dissecar a bainha do reto medialmente  Descolar o m ilíaco
  • 53. ABORDAGEM ILIOINGUINAL • DISSECÇÃO CIRÚRGICA PROFUNDA  Desinserir o reto 1 cm acima da sínfise  Abrir o espaço de Retzius  Cortar as fibras dos mm. oblíquo interno e transverso do abdome (parede posterior do canal inguinal)  Ligar e seccionar vasos epigástricos inferiores – medial ao anel inguinal profundo  Empurrar o peritônio para cima (compressa) https://traumatologiaeortopedia.com.br
  • 57. ABORDAGEM ILIOINGUINAL • DISSECÇÃO CIRÚRGICA PROFUNDA  Isolar os vasos ilíacos externos (bainha)  Isolar o tendão do iliopsoas com o nervo femoral  Procurar e isolar os vasos e n. obturatórios – mediais e posteriores aos vasos  Lacuna vascular (medial) – vasos ilíacos externos e lifáticos  Lacuna muscular (lateral) – m. iliopsoas e nn. femoral e cutâneo femoral lateral
  • 61. ABORDAGEM ILIOINGUINAL • DISSECÇÃO PROFUNDA – JANELA 1  Abrange a fossa ilíaca interna, art sacroilíaca (posteriormente) e eminência iliopectínea (anteriormente)  Melhor visualizada com flexão do quadril – relaxar o m. iliopsoas
  • 62. ABORDAGEM ILIOINGUINAL • DISSECÇÃO PROFUNDA – JANELA 2  Entre o m. iliopsoas e n. femoral (lateralmente) e vasos femorais (medialmente)  Abrange a borda pélvica e lâmina quadrilátera
  • 63. ABORDAGEM ILIOINGUINAL • DISSECÇÃO PROFUNDA – JANELA 3  Entre o m. reto do abdome (medialmente) e o funículo espermático ou lig redondo (lateralmente)  Pode ser feita liberação ipsilateral do reto do abdome  Abrange o ramo púbico superior e sínfise púbica
  • 64. Sínfise Púbica: Pfannenstiel • Indicações: • Redução aberta das fraturas/Disjunções envolvendo a sinfise púbica • Biopsia • Infecções nessa região
  • 65. ABORDAGEM PFANNENSTIEL • POSIÇÃO DO PACIENTE  DDH  Sonda vesical • PONTOS DE REPARO E INCISÃO  Ramo púbico superior, tubérculo púbico e sínfise púbica (espaço!!)  Incisão encurvada (15 cm) na linha da prega da pele, centralizada 1 cm acima da sínfise • PLANO INTERNERVOS  Reto do abdome não é desnervado
  • 66. ABORDAGEM PFANNENSTIEL • DISSECÇÃO CIRÚRGICA SUPERFICIAL  Incisão TCSC – mesmo sentido da pele  Ligar e seccionar vasos epigástricos superficiais  Seccionar bainha do reto transversalmente – 1 cm acima da sínfise  Seccionar os retos das inserções na sínfise ou dividí-los no plano da linha alba OBS: disjunção da sínfise – um dos retos apresenta desinserção traumática
  • 67. Abordagem anterior a sínfise púbica • Pontos de reparo e incisão Pfannenstiel • Fig 7-6 https://traumatologiaeortopedia.com.br
  • 71. ABORDAGEM PFANNENSTIEL • DISSECÇÃO CIRÚRGICA PROFUNDA  Rebater os retos  Dissecar parte posterior da sínfise – afstar a bexiga (espaço pré-peritoneal de Retzius)
  • 73. ABORDAGEM PFANNENSTIEL • RISCOS  Bexiga urinária – espaço de Retzius  Lesão após trauma – aderências
  • 74. Asa do Iliaco • Retirada de enxerto autologo https://traumatologiaeortopedia.com.br