2. Habilidades Médicas
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Paciente na enfermaria com diagnóstico de Mal de
Alzheimer. Recusa alimentação e a família está
apreensiva. As melhores enfermeiras do serviço já
foram chamadas para puncionar o acesso periférico,
sem sucesso. Restou o senhor, doutor, para resolver
de vez a questão!!!!
38. ACESSO VENOSO CENTRAL
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Definição
Define-se por canulação venosa central o
posicionamento de um dispositivo apropriado de
acesso vascular cuja extremidade atinja a veia cava
superior ou inferior, independentemente do local da
inserção periférica.
39. INDICAÇÕES
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• Monitorização hemodinâmica (PVC)
• Marcapasso transvenoso
• Nutrição parenteral, infusão de
quimioterápicos e drogas vasoativas
• Hemodiálise, plasmaférese
• Impossibilidade de acesso periférico
• Infusão de grandes volumes
40. CONTRAINDICAÇÕES
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• Infecção, ferimentos e queimaduras
• Anatomia local distorcida
• Extremos de peso
• Vasculites
• Canulação prévia de longo termo
• Injeção prévia de agentes esclerosantes
• Lesão vascular distal
45. ULTRASSOM
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Pneumotórax Após Punção da Veia Jugular Guiada por
Ultrassom para Acesso Venoso Central em Radiologia
Intervencionista: quatro anos de experiência.
(Pneumothorax Following Ultrasound-Guided Jugular Vein
Puncture for Central Venous Access in Interventional Radiology: 4
Years of Experience).
Oner B, Karam AR, Surapaneni P, Phillips DA. Journal of
Intensive Care Medicine, 18/07/2011
Um total 1.262 punções venosas jugulares guiadas por
ultrassonografia para acesso venoso central foram realizados em
um total de 1.066 pacientes entre 01 julho de 2004 e 30 de junho
de 2008. Os autores concluem sugerindo que uma taxa
extremamente baixa de pneumotórax com a ultra-sonografia
para obtenção do acesso venoso central (0% no estudo), a
rotina radiografia de tórax pós-procedimento para excluir
pneumotórax pode ser dispensada, a menos que seja suspeita por
parte do operador, ou se o paciente se torna sintomático.
46. EQUIPAMENTO
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• Cateter de acesso central duplo lúmen
• Guia metálico
• Fixadores do cateter
• Agulha introdutora do guia 18G + seringa de 5ml
• Seringa e agulha para anestesia local
• Bisturi 11 e dilatador
• Campos estéreis, incluindo um fenestrado
• Material para sutura (pinça, porta agulha, tesoura)
• Fio mononylon 3-0
48. EQUIPAMENTO
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• Cuba para soro fisiológico
• Gazes, compressas, campos cirúrgicos
• Lidocaína 2% sem vasoconstritor
• Clorexidina ou iodopovidona
• Avental e luvas estéreis, máscara, gorro e
óculos de proteção
49. PROCEDIMENTO
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Preparação:
Do material: dispostos de fácil acesso ao operador em
mesa de Mayo ou similar.
Do ambiente: iluminado e com bastante espaço para mobilidade
do operador em caso de intercorrência.
Do paciente: posição supina, em Trendelenburg nas abordagens
subclávia e jugular. Coxim interescapular no acesso
subclávio e lateralização da cabeça. Desconectar
o ventilador não mais que 15 segundos.
Do operador: higienização e paramentação com gorro, óculos,
máscara e avental estéril.
50. PROCEDIMENTO
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Higienização do paciente
Limpeza com solução de clorexidina (ou iodopovidona) esfregada
com gaze ou esponja por pelo menos 30 segundos e deixar agir
por 2 minutos, não se deve limpar ou remover o excesso.
52. VEIA SUBCLÁVIA
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Identificar pontos de referência
• Na abordagem subclávia, o local de inserção é o ponto de
interseção do terço medial (ou proximal) e médio da clavícula.
• a veia subclávia é mais superficial que a artéria: não aprofunde...
• a agulha deve ser apontada para a fúrcula esternal.
57. QUE LADO?
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Preferência ao lado direito:
• Cúpula pleural D é mais baixa (menor risco de
pneumotórax, especialmente na punção de subclávia)
• O trajeto até o átrio direito é mais retilíneo (menor
possibilidade de mau posicionamento do cateter,
especialmente pela jugular interna)
• Ducto torácico desemboca na subclávia esquerda
(menor risco de quilotórax)
66. ACESSO SUBCLÁVIO
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Vantagens
• Anatomia relativamente fixa.
• No estado de choque hipovolêmico: não
colaba!
• O local é relativamente imóvel, permitindo a
manutenção de um curativo fixo e estéril, com menor
perda acidental de cateteres.
67. ACESSO SUBCLÁVIO
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Desvantagens
• Apresenta alto risco de complicações graves e
mesmo fatais (pneumotórax, hemotórax).
• O local não é compressível manualmente
• Um alto grau de experiência em punções venosas
centrais é necessário para minimizar as complicações.
68. ACESSO SUBCLÁVIO
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Complicações
• Punção acidental de artéria subclávia, hematomas,
sangramentos.
• Pneumotórax / hemotórax.
• Quilotórax (especialmente nas punções do lado
esquerdo).
• Embolia aérea.
• Trombose, flebite, sépse.
• Má-posição do cateter.
• Lesão cardíaca pelo cateter.
69. VEIA JUGULAR INTERNA
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Identificar pontos de referência
• Na abordagem jugular, o local de inserção é o ápice do triângulo
formado pelas cabeças do músculo esternocleidomastóideo tendo
como base a clavícula.
• A veia jugular é lateral em relação a Carótida
• A agulha deve ser apontada para o mamilo ipsilateral.
72. ACESSO JUGULAR INTERNO
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Vantagens
• Menor risco de complicações graves em relação
à subclávia.
• É relativamente superficial, o local é
compressível manualmente e o acesso ao vaso e
estruturas subjacentes é fácil
• Em discrasias sangüíneas de moderada gravidade,
sua punção é possível
• Durante a ressuscitação cardiorrespiratória pode
ser canulada por pessoa treinada
73. ACESSO JUGULAR INTERNO
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Desvantagens
• A punção é difícil em pessoas com pescoço
curto e em obesos.
• A anatomia da jugular é menos fixa.
• Na hipovolemia a jugular tende a colabar
• O local é muito móvel, dificultando a manutenção
de um curativo seco e estéril, bem como facilitando
a perda do cateter por tração acidental
74. ACESSO JUGULAR INTERNO
74
Complicações
• Punção acidental de carótida, formação de hematomas.
• Punção acidental de traquéia, lesão de nervo
recorrente laríngeo.
• Embolia aérea, pneumotórax.
• Trombose, flebite, sépse.
• Má-posição, perda e embolia do cateter.
• Lesão cardíaca pelo cateter.
75. CUIDADOS PÓS PUNÇÃO
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• Após conectar SF0.9%, abaixar o frasco para permitir
refluxo de sangue
• Auscultar pulmão
• Solicitar RX de tórax. A extremidade do cateter deve
estar na veia cava superior
• Curativo
79. TÉCNICA
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• A veia pode ser canulada até cerca de 5cm abaixo
do ligamento inguinal.
• O membro inferior deve ser levemente abduzido
• A agulha é introduzida cranialmente, num ângulo
de 45º em relação à pele, em direção ao umbigo
• Distância de 0,5cm medialmente à artéria femoral.
80. ACESSO FEMORAL
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Vantagens:
• superficial e de fácil acesso
• menor risco de complicação e sem
complicações fatais (da técnica)
• permite cateteres calibrosos
• pode ser realizado na PCR
81. ACESSO FEMORAL
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Desvantagens:
• Local móvel e úmido, potencialmente
contaminado
• Maior risco de complicação infecciosa e
trombótica
Complicações:
• Punção inadvertida de artéria femoral, hematomas.
• Trombose, flebite, sépse.
83. DISCRASIAS SANGUINEAS
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• Preferir os locais de possível compressão manual
e fácil acesso cirúrgico, como a femoral e jugular.
• Pacientes com TAP/TTPA alargado fazer 2 bolsas
de PFC e vit. K 10mg EV imediatamente antes do
procedimento se o acesso for fundamental para
garantir a vida do paciente, por ex., hemodiálise de
urgência
87. NÃO ESQUECER!!!
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• Acesso central é um procedimento cirúrgico.
Como tal devem ser observadas as normas de
assepsia e anti-sepsia, exceto em casos
de extrema urgência. Descreva o procedimento.
• Em pacientes intubados desconectar ventilador
por no máximo 15s.
• Realizar o teste de refluxo de sangue.
• Solicitar Rx tórax após realizar os acessos superiores.