Entenda o que é traqueostomia

Traqueostomia
A traqueostomia é um procedimento freqüentemente realizado em pacientes
necessitando de ventilação mecânica prolongada. A técnica, nestes pacientes,
apresenta diversas vantagens quando comparada com o tubo orotraqueal,
incluindo maior conforto do paciente, facilidade de remoção de secreções da
árvore traqueobrônquica e manutenção segura da via aérea.

O tubo orotraqueal é mais utilizado quando o paciente vai ficar pouco tempo
respirando com ventilação mecânica, como em cirurgias que requerem anestesia
geral.

O procedimento da traqueostomia é simples. O pescoço do paciente é limpo e
coberto e logo são feitas incisões para expor os anéis cartilaginosos que
formam a parede externa da traquéia. Posteriormente, o cirurgião corta dois
desses anéis e insere uma cânula no orifício.
.




Traqueostomia completada:
1 - Cordas vocais
2 - Cartilagem tireóide
3 - Cartilagem cricóide
4 - Cartilagens traqueais
5 – Balã



 Acesso cirúrgico
O acesso cirúrgico para a traqueostomia pode ser realizado em vários níveis:
Cricotireoidostomia ou cricotireoidotomia é realizada transmembrana
cricotireoidiana.
Traqueostomia alta é realizada acima do ístimo da glândula tireóide.
Traqueostomia transístimica é realizada através do ístimo da tireóide, sendo
necessário a sua secção e sutura.
Traqueostomia baixa é realizada abaixo do ístimo da glândula tireóide que é
tracionado superiormente.
Traqueostomia mediastinal anterior é realizada no mediastino anterior após
uma manubrectomia mediastinal.
Traqueostomia percutânea é realizada a técnica de Seldinger, adaptada para a
traqueostomia ou mini-traqueostomia.


Cânulas de traqueostomia
Cânula de traqueostomia metálica
Cânula de traqueostomia plástica sem balão
Cânula de traqueostomia plástica com balão

Indicações:

1 – Obstrução das vias aéreas superiores, geralmente agudas e graves.

         o    Aspiração de corpos estranhos, alimentos, etc.;
o   Edema de glote;
         o   Traqueostomalácia e colapso traqueal no bócio de grande tamanho;
         o   Fechamento da glote após secção de ambos os nervos laríngicos
             recorrentes;
         o   Tumores que comprimem a laringe, a traquéia etc.

             2 – Alterações da dinâmica respiratória.

         o   Lesão central (trauma craniano com edema bulbar);
         o   Traumas múltiplos de costelas;

             3 – Alterações parenquimatosas do pulmão.

         o   Enfisema associado a pneumonia;
         o   Choque séptico agudo e grave.

Para a perfeita realização destas operações, é preciso que se tenha cuidados
pré-operatórios – usar material adequado, localizar corretamente a traquéia
etc. – e pós-operatórios:

         o   Fixação cuidadosa e adequada da cânula;
         o   Umidificação do ar (por vaporizadores);
         o   Aspiração adequada das secreções;
         o   Limpeza ou troca do mandril com freqüência;
         o   Anti-sepsia rigorosa;
         o   Esvaziamento intermitente dos balões de fixação da cânula.

             Apesar destes cuidados, algumas complicações podem ocorrer,
             como:

         o   Lesão de estruturas adjacentes;
         o   Hemorragia – resvalo de bisturi, gerando incisão incorreta – (o que
             acontece se a traquéia não é bem fixada com pinça
             anteriormente);
         o   Arritmias e paradas cardíacas, se houver lesão do n. vago;
         o   Pneumotórax e pneumomediastino;
         o   Mal posicionamento ou saída da cânula, com a sua incorreta
             fixação – com um espirro do paciente, por exemplo;
         o   Aspiração de corpo estranho;
         o   Infecções (local e respiratória);
         o   Atelectasia pulmonar;
         o   Lesão traumática ou isquêmica da traquéia;
         o   Necrose traqueal;
         o   Estenose traqueal tardia;
         o   Fístula tráqueo-esofágica;
         o   Persistência do orifício, por fibrose etc.
Nas laringectomias, a traquéia é mobilizada e suturada diretamente à pele. Em
outras ocasiões, ela é apenas perfurada, sendo introduzida então uma cânula.

Traqueostomia por meio de cânula

A cânula traqueal é um instrumento especial, que consiste de um tubo cilíndrico
curvo, de metal ou de plástico, usado para criar uma comunicação entre a luz
traqueal e o exterior. É formada por 3 peças:

         o   Uma parte externa, não-removível, que fica presa por um cadarço
             no pescoço do paciente;
         o   Uma parte interna, de diâmetros menores, que deve ser retirada
             freqüentemente para limpeza;
         o   Um mandril de ponta romba, um pouco mais longo, que funciona
             como um guia ou condutor na ocasião da introdução da cânula na
             traquéia.

A cânula de plástico pode ter um balão inflável perto da sua base, que é inflado
para fixação daquela peça, quando se precisa injetar ar sobre pressão no
paciente (respiração artificial).




Na técnica operatória, deve-se posicionar o paciente em decúbito dorsal
horizontal, com uma coxim sob os ombros para hiperextensão do pescoço. O
cirurgião fica à direita do paciente. Emprega-se anestesia local por infiltração,
mas esta pode ser dispensada em emergências.

Tempos operatórios

1o – Faz-se uma incisão em colar ou longitudinalmente, a meio caminho da
cartilagem cricóide e o manúbrio esternal, de 4 a 5 cm, com abertura da pele e
subcutâneo e pinçamento ou cauterização dos vasos que sangrarem. A incisão
longitudinal é usada em emergências. Quase não causa sangramento, mas sua
cicatriz é menos estética. Tem a vantagem de a cânula não cobrir as bordas da
incisão, o que poderia gerar alguma propensão a infecção;

2o – Abre-se a rafe mediana com o afastamento dos músculos pré-tiroideanos e
exposição do istmo da tireóide, que poderá ser afastado cranialmente ou ser
ressecado entre pinças, com sutura das superfícies cruentas;

3o – Abre-se a traquéia, seccionando-se 1 ou 2 anéis, em geral o segundo e o
terceiro, após sua tração anterior com a pinça de Allis ou pequenos ganchos
metálicos. Usar preferencialmente bisturi de ponta curva. Retirar um pequeno
losango da parede anterior da traquéias, suficiente para a introdução da
cânula. Usar aspirador se houver risco de penetração de sangue na traquéia;
4o – Introduz-se a cânula traqueal com cuidado, e munida do respectivo
mandril. Retirar o mesmo, aspirar secreções, verificar a respiração e
introduzir a cânula interna;

5o – Fecha-se a pele e subcutâneo com pontos separados. Não suturar muito
próximo à cânula; apertar a abertura de encontro à mesma;

6o – Fazer curativo com gaze, sob o pavilhão da cânula externa




                          - Bandeja de traqueostomia,

                           - Pacote de campo médio,

                              - Pacote de avental,

                             - Gorros e máscaras,

             - Compressas, gazes e luvas (estéril e procedimento),

                                - Anti-sépticos,

              - Anestésicos Xilocaína a 2% sem vaso constritor,

             - Seringas (para aspirar anestésico e insuflar o cuff),

       - Cânulas de traqueostomia (diversos calibres), com cuff testado,

                      - Fios de sutura, Lâmina de bisturi,

                       - Aspirador e sonda de aspiração,

                                 - Foco de luz,

                            - Cadarço esterelizado.




                                 Procedimento.



   - Manter a permeabilidade da cânula através de aspirações freqüentes e

                    umidificação adequada do ar inspirado,

                            - Manter a cânula fixa,
- Manter o curativo da traqueostomia e o cadarço sempre limpo,

 - observar as condições da incisão cirúrgica, qualquer anormalidade deve ser

                            comunicado ao médico,

         - Controlar e observar condições respiratórias do paciente,

- Desinsuflar cuff por segundos, periodicamente, para evitar lesão de traquéia,

- O cuff deve ser insuflado com ar suficiente apenas para impedir o vazamento

                                 ao seu redor

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Entenda o que é traqueostomia

  • 1. Traqueostomia A traqueostomia é um procedimento freqüentemente realizado em pacientes necessitando de ventilação mecânica prolongada. A técnica, nestes pacientes, apresenta diversas vantagens quando comparada com o tubo orotraqueal, incluindo maior conforto do paciente, facilidade de remoção de secreções da árvore traqueobrônquica e manutenção segura da via aérea. O tubo orotraqueal é mais utilizado quando o paciente vai ficar pouco tempo respirando com ventilação mecânica, como em cirurgias que requerem anestesia geral. O procedimento da traqueostomia é simples. O pescoço do paciente é limpo e coberto e logo são feitas incisões para expor os anéis cartilaginosos que formam a parede externa da traquéia. Posteriormente, o cirurgião corta dois desses anéis e insere uma cânula no orifício.
  • 2. . Traqueostomia completada: 1 - Cordas vocais 2 - Cartilagem tireóide 3 - Cartilagem cricóide 4 - Cartilagens traqueais 5 – Balã Acesso cirúrgico O acesso cirúrgico para a traqueostomia pode ser realizado em vários níveis: Cricotireoidostomia ou cricotireoidotomia é realizada transmembrana cricotireoidiana. Traqueostomia alta é realizada acima do ístimo da glândula tireóide. Traqueostomia transístimica é realizada através do ístimo da tireóide, sendo necessário a sua secção e sutura. Traqueostomia baixa é realizada abaixo do ístimo da glândula tireóide que é tracionado superiormente. Traqueostomia mediastinal anterior é realizada no mediastino anterior após uma manubrectomia mediastinal. Traqueostomia percutânea é realizada a técnica de Seldinger, adaptada para a traqueostomia ou mini-traqueostomia. Cânulas de traqueostomia Cânula de traqueostomia metálica Cânula de traqueostomia plástica sem balão Cânula de traqueostomia plástica com balão Indicações: 1 – Obstrução das vias aéreas superiores, geralmente agudas e graves. o Aspiração de corpos estranhos, alimentos, etc.;
  • 3. o Edema de glote; o Traqueostomalácia e colapso traqueal no bócio de grande tamanho; o Fechamento da glote após secção de ambos os nervos laríngicos recorrentes; o Tumores que comprimem a laringe, a traquéia etc. 2 – Alterações da dinâmica respiratória. o Lesão central (trauma craniano com edema bulbar); o Traumas múltiplos de costelas; 3 – Alterações parenquimatosas do pulmão. o Enfisema associado a pneumonia; o Choque séptico agudo e grave. Para a perfeita realização destas operações, é preciso que se tenha cuidados pré-operatórios – usar material adequado, localizar corretamente a traquéia etc. – e pós-operatórios: o Fixação cuidadosa e adequada da cânula; o Umidificação do ar (por vaporizadores); o Aspiração adequada das secreções; o Limpeza ou troca do mandril com freqüência; o Anti-sepsia rigorosa; o Esvaziamento intermitente dos balões de fixação da cânula. Apesar destes cuidados, algumas complicações podem ocorrer, como: o Lesão de estruturas adjacentes; o Hemorragia – resvalo de bisturi, gerando incisão incorreta – (o que acontece se a traquéia não é bem fixada com pinça anteriormente); o Arritmias e paradas cardíacas, se houver lesão do n. vago; o Pneumotórax e pneumomediastino; o Mal posicionamento ou saída da cânula, com a sua incorreta fixação – com um espirro do paciente, por exemplo; o Aspiração de corpo estranho; o Infecções (local e respiratória); o Atelectasia pulmonar; o Lesão traumática ou isquêmica da traquéia; o Necrose traqueal; o Estenose traqueal tardia; o Fístula tráqueo-esofágica; o Persistência do orifício, por fibrose etc.
  • 4. Nas laringectomias, a traquéia é mobilizada e suturada diretamente à pele. Em outras ocasiões, ela é apenas perfurada, sendo introduzida então uma cânula. Traqueostomia por meio de cânula A cânula traqueal é um instrumento especial, que consiste de um tubo cilíndrico curvo, de metal ou de plástico, usado para criar uma comunicação entre a luz traqueal e o exterior. É formada por 3 peças: o Uma parte externa, não-removível, que fica presa por um cadarço no pescoço do paciente; o Uma parte interna, de diâmetros menores, que deve ser retirada freqüentemente para limpeza; o Um mandril de ponta romba, um pouco mais longo, que funciona como um guia ou condutor na ocasião da introdução da cânula na traquéia. A cânula de plástico pode ter um balão inflável perto da sua base, que é inflado para fixação daquela peça, quando se precisa injetar ar sobre pressão no paciente (respiração artificial). Na técnica operatória, deve-se posicionar o paciente em decúbito dorsal horizontal, com uma coxim sob os ombros para hiperextensão do pescoço. O cirurgião fica à direita do paciente. Emprega-se anestesia local por infiltração, mas esta pode ser dispensada em emergências. Tempos operatórios 1o – Faz-se uma incisão em colar ou longitudinalmente, a meio caminho da cartilagem cricóide e o manúbrio esternal, de 4 a 5 cm, com abertura da pele e subcutâneo e pinçamento ou cauterização dos vasos que sangrarem. A incisão longitudinal é usada em emergências. Quase não causa sangramento, mas sua cicatriz é menos estética. Tem a vantagem de a cânula não cobrir as bordas da incisão, o que poderia gerar alguma propensão a infecção; 2o – Abre-se a rafe mediana com o afastamento dos músculos pré-tiroideanos e exposição do istmo da tireóide, que poderá ser afastado cranialmente ou ser ressecado entre pinças, com sutura das superfícies cruentas; 3o – Abre-se a traquéia, seccionando-se 1 ou 2 anéis, em geral o segundo e o terceiro, após sua tração anterior com a pinça de Allis ou pequenos ganchos metálicos. Usar preferencialmente bisturi de ponta curva. Retirar um pequeno losango da parede anterior da traquéias, suficiente para a introdução da cânula. Usar aspirador se houver risco de penetração de sangue na traquéia;
  • 5. 4o – Introduz-se a cânula traqueal com cuidado, e munida do respectivo mandril. Retirar o mesmo, aspirar secreções, verificar a respiração e introduzir a cânula interna; 5o – Fecha-se a pele e subcutâneo com pontos separados. Não suturar muito próximo à cânula; apertar a abertura de encontro à mesma; 6o – Fazer curativo com gaze, sob o pavilhão da cânula externa - Bandeja de traqueostomia, - Pacote de campo médio, - Pacote de avental, - Gorros e máscaras, - Compressas, gazes e luvas (estéril e procedimento), - Anti-sépticos, - Anestésicos Xilocaína a 2% sem vaso constritor, - Seringas (para aspirar anestésico e insuflar o cuff), - Cânulas de traqueostomia (diversos calibres), com cuff testado, - Fios de sutura, Lâmina de bisturi, - Aspirador e sonda de aspiração, - Foco de luz, - Cadarço esterelizado. Procedimento. - Manter a permeabilidade da cânula através de aspirações freqüentes e umidificação adequada do ar inspirado, - Manter a cânula fixa,
  • 6. - Manter o curativo da traqueostomia e o cadarço sempre limpo, - observar as condições da incisão cirúrgica, qualquer anormalidade deve ser comunicado ao médico, - Controlar e observar condições respiratórias do paciente, - Desinsuflar cuff por segundos, periodicamente, para evitar lesão de traquéia, - O cuff deve ser insuflado com ar suficiente apenas para impedir o vazamento ao seu redor