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CARCINOMA BASOCELULAR
CME: Basal Cell Carcinoma: An Overview of Tumor
Biology and Treatment
David T. Netscher, M.D., and Melvin Spira, M.D.
Plast. Reconst. Surg. 113: 74e, 2004
Basal Cell Carcinoma: An Overview of Tumor
Biology and Treatment • Plast. Recons. Surg. 113: 74e, 2004
INTRODUÇÃO
 Neoplasia epitelial maligna
 Origem na camada basal da epiderme ou lâmina externa
do folículo piloso
 Frequentemente surge em áreas de exposição solar
crónica
 Crescimento lento
 Raramente metastiza (incidência < 0,1%)
 Se tratado inadequadamente, pode causar destruição
tecidular local extensa e morte lenta
Basal Cell Carcinoma: An Overview of Tumor
Biology and Treatment • Plast. Recons. Surg. 113: 74e, 2004
INCIDÊNCIA
Carcinomas cutâneos
700 000 novos casos/ano
20% - Espinocelular
77% - Basocelular
3% - Melanoma/outros
As taxas de Incidência e Mortalidade aumentaram nos EUA.
O nº de casos de CA basocelular duplicou entre 1970 e 1986.
Basal Cell Carcinoma: An Overview of Tumor
Biology and Treatment • Plast. Recons. Surg. 113: 74e, 2004
EPIDEMIOLOGIA
 Pele clara e seca (pele oleosa oferece alguma protecção)
 Olhos azuis ou verdes – Tipo de pele Fritzpatrick I e II
 História de queimadura solar
 Raça de origem Céltica
 Exposição solar (necessário exposição cumulativa >20-30
anos)
Risco elevado:
Basal Cell Carcinoma: An Overview of Tumor
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Distribuição corporal
Totalidade:
 Cabeça: 86%
 Tronco e extremidades: 7%
Áreas anatómicas mais comuns:
 Nariz : 25,5%
 Bochecha: 16%
 Periorbitária: 14%
 Escalpe: 11%
 Periauricular: 11%
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Distribuição corporal
 Pálpebra
Ratio CA basocelular/ espinocelular nas pálpebras: 30:1
(Mais frequente é CA Basocelular; CA espinocelular ocorre em 2% dos casos)
 Pavilhão Auricular Externo
67% - Pálpebra inferior
10% - Canto interno
60% - Espinocelular
40% - Basocelular e
Melanoma
Basal Cell Carcinoma: An Overview of Tumor
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CARCINOGÉNESE
Factor principal: Luz Ultravioleta Alterações DNA
Comprimento de Ondas:
UVA 315-400 nm • 95% alcança a crosta terrestre e
aumenta os efeitos carcinogéneos dos UVB
UVB 290-315 nm • 5% - responsável Queimadura
Solar e degeneração maligna da pele
UVC 200-290 nm • absorvido pela camada de ozono
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CARCINOGÉNESE
 A luz UV causa mutações do gene supressor tumoral p53
56% CA Basocelular : mutações nos 2 alelos p53
 Presença da proteina p53 está relacionada com a
agressividade do CA basocelular
 CA Basocelular são Estroma-dependentes
Não sobrevive sem tecido dérmico. Isto pode explicar o porque metastizam raramente.
Podem demonstrar crescimento local agressivo
 A disseminação local do tumor segue sempre o padrão de
MENOR resistência (é raro a invasão do osso, cartilagem e
músculo; geral/ dissemina ao longo do periósteo,
pericôndrio, fáscia e tarso).
Este padrão de disseminação explica a alta taxa de recorrência nas
pálpebras, orelhas, nariz e escalpe
Basal Cell Carcinoma: An Overview of Tumor
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CARCINOGÉNESE – caso
Caso Clínico: CA Basocelular do nariz
O tumor pode crescer ao longo do
pericôndrio até encontrar uma área de
cartilagens articuladas e depois
extender-se dentro do plano de tecido
mole que separa as cartilagens; o
tumor, uma vez nesse plano, dissemina
extensivamente.
 Os planos de fusão embriológica
são também vulneráveis à
penetração do tumor basocelular.
 O fenónemo da ponta do iceberg
ocorre quando há disseminação do
tumor subclínica extensa, incluindo
o canto interno, filtro, lábio inferior,
sulco nasolabial e áreas pré-
auriculares e pós-auriculares.
Basal Cell Carcinoma: An Overview of Tumor
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Distribuição CA Basocelular
primários e recorrências
Recorrências:
- Prega nasolabial: 18,5%
- Canto medial: 11,1%
- Região pós-auricular: 9,3%
- Região pré-auricular: 6,3%
A taxa de recorrência é mais
alta nestas áreas devido ao
padrão de disseminação do
tumor
Basal Cell Carcinoma: An Overview of Tumor
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CONDIÇÕES PREDISPOSTAS
 Irradiação (incluindo fluoroscopio) Dose mínima é 1000 rads (em outras séries < 450 rads);
 Ingestão Arsênico (o período de latência é longo)
 Imunocomprometidos (corticóides, imunosupressores)
 Exposição a Psoralen
 Cicatrizes ou sequelas de queimaduras
(ocorre em idosos e com exposição solar longa)
Irradiação Cabeça e Pescoço - CA basocelular (+freq)
Irradiação extremidades - CA espinocelular (+freq)
Incidência de tumores cutâneos em transplantados é 20,6% maior que
na população em geral, e é + freq. lesões malignas cutâneas múltiplas
Basal Cell Carcinoma: An Overview of Tumor
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CONDIÇÕES DERMATOLÓGICAS
HEREDITÁRIAS PREDISPOSTAS
 Nevo Sebáceo de Jadassohn
 Poroqueratose
 Síndrome Nevo Basocelular ou Sínd. Gorlin
 Síndrome Bazex
 Xeroderma pigmentoso
 Outras condições hereditárias, com aumento de risco de
desenvolver Ca Basocelular: - Sínd. Rombo; - Albinismo;
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CONDIÇÕES DERMATOLÓGICAS
HEREDITÁRIAS PREDISPOSTAS
Nevo Sebáceo de Jadassohn
Hamartoma congénito que envolve as glândulas sebáceas, epiderme e derme
Surge no couro cabeludo e face
Placa amarelada de alopécia ao nascimento, na adolescência torna-se verrugosa
Tu. Malignos - CBC: 6.8 % ; a 17.2% CEC ; Excisão cirúrgica antes da
puberdade
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Síndrome Nevo Basocelular ou
Sínd. Gorlin
- Autossômico dominante
- Múltiplos nevus
basocelulares
- Quistos mandibulares
- Corrosão palmo-plantar
- Pseudo-hipertelorismo /
bossa frontal / sindactilia
/ espinha bífida
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CLASSIFICAÇÃO CA BASOCELULAR
Difusos
Circunscritos
 Nodular, Sólido
 Nodular, Ulcerativo
 Adenóide
 Cístico
 Hiperqueratose
 Fibroepitelioma de Pinkus
 Pigmentado
 Superficial
 Morpheaform (esclerosante)
 Infiltrativo
 Micronodular
 Epitelioma écrino e apócrino
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CA CIRCUNSCRITOS
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CA CIRCUNSCRITOS
Pigmentado – diagnóstico diferencial com nevo ou
melanoma;
Basal Cell Carcinoma: An Overview of Tumor
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CA DIFUSOS
Características:
• Tipo placa, crescem horizontalmente e com margens
pouco definidas
• Taxa de Recorrência maior que os Circunscritos
(extendem-se insidiosamente na derme, além do bordo
palpável ou visível, o que torna díficil medir com
acuidade a quantidade de tecido aparentemente normal
à volta do tumor que é necessário sacrificicar para
adquirir remoção total)
Basal Cell Carcinoma: An Overview of Tumor
Biology and Treatment • Plast. Recons. Surg. 113: 74e, 2004
CA DIFUSOS
 Superficial
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CA DIFUSOS- Esclerosante
 Placas branco-
amareladas, bordos
mal-definidas
 Tratamento difícil
 Alto nº Recidivas
 Tx ideal: Cirurgia de
Mohs
Basal Cell Carcinoma: An Overview of Tumor
Biology and Treatment • Plast. Recons. Surg. 113: 74e, 2004
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
- Não existem lesões que mascaram CA
basocelular.
- Tricoepitelioma : pode ser confundido
clinica e histologicamente (células da
origem da raiz dos folículos pilosos)
Basal Cell Carcinoma: An Overview of Tumor
Biology and Treatment • Plast. Recons. Surg. 113: 74e, 2004
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
Eczema, Queratose actínica, Psoríase e
Infecções fungais podem ser confundidas com
CA basocelular superficial com hiperqueratose
CA basocelular ulcerativo superficial queratótico no
nariz, antebraço e região frontal
Basal Cell Carcinoma: An Overview of Tumor
Biology and Treatment • Plast. Recons. Surg. 113: 74e, 2004
NOTA
 CA Basoescamoso: foi usado quando a distinção
entre Basal e escamoso era ambígua
 CA Basocelular com diferenciação escamosa:
comportamento é igual ao CA basocelular puro e
não representa passo intermediário com CA
escamoso
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IDENTIFICAÇÃO CLÍNICA
1) Descrição primária: mácula, pápula e placa
2) Descrição Secundária: escamoso, crosta, liquén,
erosivo, ulcerativo e liso
3) Forma: anular, redondo, irregular, serpentioso,
difuso ou eritematoso
4) Tamanho: medidas
5) Localização: específica, tronco, zonas expostas
ao sol, sítio de cirurgia prévia
6) Fixação: fixado aos tecidos profundos ou não
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CLASSIFICAÇÃO EM 4 TIPOS
1 ) NÓDULO – ULCERATIVO
+ freq. Inicia-se como pequeno
nódulo com poucas telangiectasias na
superfície, aumenta de tamanho e
ulceração central; Úlcera roída típica
3) TIPO ESCLEROSANTE
Levemente elevada, firme, placa
amarelada com bordos mal definidos
sobre a pele que continua intacta até
a ulceração final/ ocorrer
2) PIGMENTADO
Similar ao nodular-ulcerativo, mas
escuro
4) SUPERFICIAL
Mancha eritematosa, levemente
infiltrada, rodeada por um bordo fino,
com ulceração superficial
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TRATAMENTO
OBJECTIVOS:
1) Remoção total da lesão
2) Preservação de tecido normal
3) Preservação da função
4) Bom resultado estético
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VARIÁVEIS A CONSIDERAR NO
TRATAMENTO
1) Idade do doente
2) Nº de lesões
3) Tamanho da lesão
4) Definição dos bordos do tumor
5) CA primário versus recorrente
6) Localização anatómica
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VARIÁVEIS A CONSIDERAR NO
TRATAMENTO
1) Idade do doente
Idosos: Geral/ a Radioterapia é reservada só para
lesões largas
2) Nº Lesões
Excisão de múltiplos CA não é o + prático nem o
melhor tratamento
3) Definição dos bordos tumor
Bem-definidos: Alta taxa de cura para todos os
procedimentos - Curetagem, criocirugia, radiação e
excisão cirúrgica
Mal-definidos: Alta taxa de recorrência, devido ao
crescimento subclínico extenso. Tx melhor- Cir. Mohs
Basal Cell Carcinoma: An Overview of Tumor
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VARIÁVEIS A CONSIDERAR NO
TRATAMENTO
4) Tamanho da lesão
» Determinante de curabilidade
Regra geral: a incidência da recorrência do tumor
aumenta significativamente quando o tumor é > 2 cm de
diâmetro, provavelmente devido ao grande grau de
crescimento periférico subclínico
Lesões largas: Excisão cirúrgica e Cirugia micrográfica
de Mohs e Radioterapia (Idosos)
Basal Cell Carcinoma: An Overview of Tumor
Biology and Treatment • Plast. Recons. Surg. 113: 74e, 2004
VARIÁVEIS A CONSIDERAR NO
TRATAMENTO
5) CA primário versus recorrente
O tratamento curativo para CA recorrente é significativa/
+ baixo que o 1º
Cirurgia Mohs com controle histológico exacto, oferece o
melhor tratamento para lesões recorrentes
Radioterapia: Não é aconselhável devido à dificuldaade de
determinar o campo
Basal Cell Carcinoma: An Overview of Tumor
Biology and Treatment • Plast. Recons. Surg. 113: 74e, 2004
VARIÁVEIS A CONSIDERAR NO
TRATAMENTO
6 ) Localização anatómica
ALTO RISCO: Asa Nariz; Pré-auricular e pós-auricular e canto
medial
(Podem demonstrar crescimento subclínico extenso, com extensão
profunda e comportamento biológico agressivo, apesar de aspecto
clínico de padrão nodular)
TX: Cirurgia de Mohs e Excisão cirúrgica com exame
extemporâneo
Basal Cell Carcinoma: An Overview of Tumor
Biology and Treatment • Plast. Recons. Surg. 113: 74e, 2004
VARIÁVEIS A CONSIDERAR NO
TRATAMENTO
6 ) Localização anatómica
Particularidades das áreas anatómicas que podem tornar
um tratamento específico inadequado
• Pálpebras e lábios ( a mobilidade dos tecidos torna
eficaz a curetagem das lesões)
• Áreas ricas em unidades pilosebáceas (escalpe e narina):
pode brotar folículos pilosos e escapar à curetagem
• Nariz distal: a derme profunda é densa e a ilha de tumor
pode não ser removida adequadamente
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Biology and Treatment • Plast. Recons. Surg. 113: 74e, 2004
Margens de exérese com lesão
Excisão incompleta da lesão:
- Taxa de recorrência é 35%
Opções:
1- Não reexcisar
(Estatísticamente só em 50% dos casos reexcisados foi
encontrado tumor)
2- Reexcisar após a cicatrização
Alguns cirurgiões recomendam a reexcisão se margens
envolvidas, porque o CA basocelular recorrente tem
comportamento mais agressivo e é mais dificil de tratar
Outros factores: a atitude do doente e follow-up
Basal Cell Carcinoma: An Overview of Tumor
Biology and Treatment • Plast. Recons. Surg. 113: 74e, 2004
Margens de exérese com lesão
• Dellon recomendou abordagem alternativa:
Demonstrou num estudo prospectivo:
- 93% Recorrência de CA incompletamente, quando > 25% da camada
barreira era irregular
- Não Recorrência, após 5 anos, em lesões com < 25% de irregularidade
da barreira periférica
Proposta:
• Lesões muito irregulares devem ser re-excisadas
• Lesões pouco irregulares devem ser observadas
• Todas as lesões com características histológicas
intermediárias e pouca infiltração linfocítica devem ser re-
excisados
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Biology and Treatment • Plast. Recons. Surg. 113: 74e, 2004
Margens de exérese com lesão
• Não há evidência de persistência do tumor
em excisões incompletas de subtipo
superficial ou nodular se < 1cm, em
qualquer localização anatómica, EXCEPTO
nariz e orelhas.
Basal Cell Carcinoma: An Overview of Tumor
Biology and Treatment • Plast. Recons. Surg. 113: 74e, 2004
TRATAMENTOS PREFERIDOS
 Nodular < 1cm, numa área sem alto risco:
- Curetagem; Criocirurgia; Excisão
 Nodular > 1cm, numa área sem alto risco:
- Excisão;Criocirurgia (lesões < 2cm, provavelmente
combinado com curetagem); Cir.Mohs (lesões > 2 cm)
 Nodular, numa área de alto risco:
- Cirurgia Mohs; Excisão com exame extemporâneo
 Superficial
- Shaving excisão com curetagem, curetagem e
electrodissecação, criocirugia, excisão (não usar em
lesões múltiplas ou lesões largas no tronco)
Basal Cell Carcinoma: An Overview of Tumor
Biology and Treatment • Plast. Recons. Surg. 113: 74e, 2004
TRATAMENTOS PREFERIDOS
Esclerosante, em qualquer localização:
- Cirugia Mohs, excisão com exame extemporâneo
 Padrão de crescimento agressivo, em qualquer
localização:
- Cirugia Mohs, excisão com exame extemporâneo
 Recorrente
- Cirugia Mohs, excisão com exame extemporâneo
 Excisão incompleta:
- Reexcisão e utilização de exame extemporâneo se o
tumor original era difuso; Cirugia Mohs
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MODALIDADES TERAPÊUTICAS
• CURETAGEM
< 2 mm: erradicados a 100%
2-5 mm: taxa de cura de 85%
> 3 cm: taxa de cura de 50%
Reservada SÓ para lesões primárias com < 1cm de
diâmetro, embora existem excelentes resultados para
lesões largas (taxa de cura de 97% com follow-up de 5
anos)
Basal Cell Carcinoma: An Overview of Tumor
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MODALIDADES TERAPÊUTICAS
• Criocirurgia (Requer uma sonda de crio ou spray nitrogénio líquido)
Indicações:
- Tumor com bordos bem definidos nodular ou ulcerado
- Lesões na pálpebra seleccionadas
- Maioria dos tumores sobre osso ou cartilagem,
incluindo a ponta do nariz
Taxa de cura de 97% ( a maioria das lesões < 2 cm)
Taxa de morbilidade é alta
Resultados estéticos imprevisíveis
Complicações: edema durante 1 longo período, perda permanente de
pigmentação, cicatrizes atróficas e hipertróficas e neuropatia da
lesão dos nervos adjacentes, particularmente nos dedos e cotovelo.
Basal Cell Carcinoma: An Overview of Tumor
Biology and Treatment • Plast. Recons. Surg. 113: 74e, 2004
MODALIDADES TERAPÊUTICAS
• Criocirurgia
Desvantagem: FALTA DA VERIFICAÇÃO HISTOLÓGICA
DA ERRADICAÇÃO COMPLETA DO TUMOR
Contra-indicações:
- Tumor esclerosante
- Tumor no escalpe e áreas de alto risco (prega
nasolabial, pré-auricular e pós-auricular)
- No bordo do vermilhão do lábio ou margem livre da
pálpebra >3cm (excepto tumores superficiais)
- Tumores fixados à base do osso ou cartilagem
- Tumores recorrentes
Basal Cell Carcinoma: An Overview of Tumor
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MODALIDADES TERAPÊUTICAS
• Lesões < 1cm
• Tumor com padrão
de crescimento agressivo
• Lesões < 2cm
• Lesões > 2cm
• EXCISÃO CIRÚRGICA
Taxa de cura > 90%
Margem 2 mm
Margem 3 a 5 mm
Margem 10 mm
Margem >10 mm
Basal Cell Carcinoma: An Overview of Tumor
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MODALIDADES TERAPÊUTICAS
• Exame Extemporâneo
Indicações:
• Tumor em área de alto risco
• Tumor esclerosante
• Lesões > 2cm
Basal Cell Carcinoma: An Overview of Tumor
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MODALIDADES TERAPÊUTICAS
• Cirurgia micrográfica de Mohs
Taxas de cura : Primário: 99% Recorrente: 95%
Indicações:
- Tumor recorrente
- Tumor com margens mal definidas
- Tumor em áreas anatómicas de alto risco de recorrência:
periorbitário, periauricular e paranasal
- Tumor em localizações críticas: pálpebras (máximo de
preservação de tecido não envolvido)
- Tumor > 3 cm
Basal Cell Carcinoma: An Overview of Tumor
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MODALIDADES TERAPÊUTICAS
• Radioterapia
- Reservada só Idosos (taxa de
cura de 92%)
- Método seguro, não invasivo
em doentes selecionados, em
áreas com margens negativas
dificeis de obter (nasal,
periauricular e periorbitário)
- Potenciais complicações:
necrose da pele, olho seco,
xerostomia, cicatriz no ducto
lacrimal e depilação
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MODALIDADES TERAPÊUTICAS
• Quimioterapia
- 5- Fluorouracilo ou com retinoides: sem taxa aceitável
de cura
- Imiquimod a 5% tópico: só para lesões superficiais
• Interferon-alpha - Pode ser eficaz em tumores superficiais e
nodulares ulcerativos
• Excisão por Laser - S/ vantagem sobre os outros métodos
• Fototerapia -Nova modalidade terapêutica para doentes com
doença disseminada, como Sínd Gorlin
Basal Cell Carcinoma: An Overview of Tumor
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FOLLOW-UP
• FOLLOW-UP: 5 ANOS (a maioria recorre após 1 a 4 anos)
Periodicidade: depende da severidade do tumor
Características associadas ao aumento da recorrência:
- Lesão com longo tempo de evolução
- Localização numa área de alto risco
- Lesões com largas dimensões
- Lesão com agressividade clínica
- Lesão com histologia agressiva (esclerosante, invasão
perineural, história de exposição a radiação, lesão
recorrente ou tratada inadequadamente)
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FOLLOW-UP
Reconhecimento de recorrência pode ser díficil !
Sinais clínicos indicadores de recorrência:
• escamação
• eritema
• encrostação
• ulceração intermitente dentro da cicatriz prévia
• alargamento da cicatriz com aumento das telangiectasias
• desenvolvimento de pápulas ou nódulos dentro da
cicatriz
•destruição tecidular causando lesão, tais como, a perda de
cílios ou elevação progressiva da asa nasal
Basal Cell Carcinoma: An Overview of Tumor
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FOLLOW-UP
Os doentes com CA basocelular podem
desenvolvem novas lesões basocelular:
1 Ano: 20-33%
5 Anos: 36%
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  • 1. CARCINOMA BASOCELULAR CME: Basal Cell Carcinoma: An Overview of Tumor Biology and Treatment David T. Netscher, M.D., and Melvin Spira, M.D. Plast. Reconst. Surg. 113: 74e, 2004
  • 2. Basal Cell Carcinoma: An Overview of Tumor Biology and Treatment • Plast. Recons. Surg. 113: 74e, 2004 INTRODUÇÃO  Neoplasia epitelial maligna  Origem na camada basal da epiderme ou lâmina externa do folículo piloso  Frequentemente surge em áreas de exposição solar crónica  Crescimento lento  Raramente metastiza (incidência < 0,1%)  Se tratado inadequadamente, pode causar destruição tecidular local extensa e morte lenta
  • 3. Basal Cell Carcinoma: An Overview of Tumor Biology and Treatment • Plast. Recons. Surg. 113: 74e, 2004 INCIDÊNCIA Carcinomas cutâneos 700 000 novos casos/ano 20% - Espinocelular 77% - Basocelular 3% - Melanoma/outros As taxas de Incidência e Mortalidade aumentaram nos EUA. O nº de casos de CA basocelular duplicou entre 1970 e 1986.
  • 4. Basal Cell Carcinoma: An Overview of Tumor Biology and Treatment • Plast. Recons. Surg. 113: 74e, 2004 EPIDEMIOLOGIA  Pele clara e seca (pele oleosa oferece alguma protecção)  Olhos azuis ou verdes – Tipo de pele Fritzpatrick I e II  História de queimadura solar  Raça de origem Céltica  Exposição solar (necessário exposição cumulativa >20-30 anos) Risco elevado:
  • 5. Basal Cell Carcinoma: An Overview of Tumor Biology and Treatment • Plast. Recons. Surg. 113: 74e, 2004 Distribuição corporal Totalidade:  Cabeça: 86%  Tronco e extremidades: 7% Áreas anatómicas mais comuns:  Nariz : 25,5%  Bochecha: 16%  Periorbitária: 14%  Escalpe: 11%  Periauricular: 11%
  • 6. Basal Cell Carcinoma: An Overview of Tumor Biology and Treatment • Plast. Recons. Surg. 113: 74e, 2004 Distribuição corporal  Pálpebra Ratio CA basocelular/ espinocelular nas pálpebras: 30:1 (Mais frequente é CA Basocelular; CA espinocelular ocorre em 2% dos casos)  Pavilhão Auricular Externo 67% - Pálpebra inferior 10% - Canto interno 60% - Espinocelular 40% - Basocelular e Melanoma
  • 7. Basal Cell Carcinoma: An Overview of Tumor Biology and Treatment • Plast. Recons. Surg. 113: 74e, 2004 CARCINOGÉNESE Factor principal: Luz Ultravioleta Alterações DNA Comprimento de Ondas: UVA 315-400 nm • 95% alcança a crosta terrestre e aumenta os efeitos carcinogéneos dos UVB UVB 290-315 nm • 5% - responsável Queimadura Solar e degeneração maligna da pele UVC 200-290 nm • absorvido pela camada de ozono
  • 8. Basal Cell Carcinoma: An Overview of Tumor Biology and Treatment • Plast. Recons. Surg. 113: 74e, 2004 CARCINOGÉNESE  A luz UV causa mutações do gene supressor tumoral p53 56% CA Basocelular : mutações nos 2 alelos p53  Presença da proteina p53 está relacionada com a agressividade do CA basocelular  CA Basocelular são Estroma-dependentes Não sobrevive sem tecido dérmico. Isto pode explicar o porque metastizam raramente. Podem demonstrar crescimento local agressivo  A disseminação local do tumor segue sempre o padrão de MENOR resistência (é raro a invasão do osso, cartilagem e músculo; geral/ dissemina ao longo do periósteo, pericôndrio, fáscia e tarso). Este padrão de disseminação explica a alta taxa de recorrência nas pálpebras, orelhas, nariz e escalpe
  • 9. Basal Cell Carcinoma: An Overview of Tumor Biology and Treatment • Plast. Recons. Surg. 113: 74e, 2004 CARCINOGÉNESE – caso Caso Clínico: CA Basocelular do nariz O tumor pode crescer ao longo do pericôndrio até encontrar uma área de cartilagens articuladas e depois extender-se dentro do plano de tecido mole que separa as cartilagens; o tumor, uma vez nesse plano, dissemina extensivamente.  Os planos de fusão embriológica são também vulneráveis à penetração do tumor basocelular.  O fenónemo da ponta do iceberg ocorre quando há disseminação do tumor subclínica extensa, incluindo o canto interno, filtro, lábio inferior, sulco nasolabial e áreas pré- auriculares e pós-auriculares.
  • 10. Basal Cell Carcinoma: An Overview of Tumor Biology and Treatment • Plast. Recons. Surg. 113: 74e, 2004 Distribuição CA Basocelular primários e recorrências Recorrências: - Prega nasolabial: 18,5% - Canto medial: 11,1% - Região pós-auricular: 9,3% - Região pré-auricular: 6,3% A taxa de recorrência é mais alta nestas áreas devido ao padrão de disseminação do tumor
  • 11. Basal Cell Carcinoma: An Overview of Tumor Biology and Treatment • Plast. Recons. Surg. 113: 74e, 2004 CONDIÇÕES PREDISPOSTAS  Irradiação (incluindo fluoroscopio) Dose mínima é 1000 rads (em outras séries < 450 rads);  Ingestão Arsênico (o período de latência é longo)  Imunocomprometidos (corticóides, imunosupressores)  Exposição a Psoralen  Cicatrizes ou sequelas de queimaduras (ocorre em idosos e com exposição solar longa) Irradiação Cabeça e Pescoço - CA basocelular (+freq) Irradiação extremidades - CA espinocelular (+freq) Incidência de tumores cutâneos em transplantados é 20,6% maior que na população em geral, e é + freq. lesões malignas cutâneas múltiplas
  • 12. Basal Cell Carcinoma: An Overview of Tumor Biology and Treatment • Plast. Recons. Surg. 113: 74e, 2004 CONDIÇÕES DERMATOLÓGICAS HEREDITÁRIAS PREDISPOSTAS  Nevo Sebáceo de Jadassohn  Poroqueratose  Síndrome Nevo Basocelular ou Sínd. Gorlin  Síndrome Bazex  Xeroderma pigmentoso  Outras condições hereditárias, com aumento de risco de desenvolver Ca Basocelular: - Sínd. Rombo; - Albinismo;
  • 13. Basal Cell Carcinoma: An Overview of Tumor Biology and Treatment • Plast. Recons. Surg. 113: 74e, 2004 CONDIÇÕES DERMATOLÓGICAS HEREDITÁRIAS PREDISPOSTAS Nevo Sebáceo de Jadassohn Hamartoma congénito que envolve as glândulas sebáceas, epiderme e derme Surge no couro cabeludo e face Placa amarelada de alopécia ao nascimento, na adolescência torna-se verrugosa Tu. Malignos - CBC: 6.8 % ; a 17.2% CEC ; Excisão cirúrgica antes da puberdade
  • 14. Basal Cell Carcinoma: An Overview of Tumor Biology and Treatment • Plast. Recons. Surg. 113: 74e, 2004 Síndrome Nevo Basocelular ou Sínd. Gorlin - Autossômico dominante - Múltiplos nevus basocelulares - Quistos mandibulares - Corrosão palmo-plantar - Pseudo-hipertelorismo / bossa frontal / sindactilia / espinha bífida
  • 15. Basal Cell Carcinoma: An Overview of Tumor Biology and Treatment • Plast. Recons. Surg. 113: 74e, 2004 CLASSIFICAÇÃO CA BASOCELULAR Difusos Circunscritos  Nodular, Sólido  Nodular, Ulcerativo  Adenóide  Cístico  Hiperqueratose  Fibroepitelioma de Pinkus  Pigmentado  Superficial  Morpheaform (esclerosante)  Infiltrativo  Micronodular  Epitelioma écrino e apócrino
  • 16. Basal Cell Carcinoma: An Overview of Tumor Biology and Treatment • Plast. Recons. Surg. 113: 74e, 2004 CA CIRCUNSCRITOS
  • 17. Basal Cell Carcinoma: An Overview of Tumor Biology and Treatment • Plast. Recons. Surg. 113: 74e, 2004 CA CIRCUNSCRITOS Pigmentado – diagnóstico diferencial com nevo ou melanoma;
  • 18. Basal Cell Carcinoma: An Overview of Tumor Biology and Treatment • Plast. Recons. Surg. 113: 74e, 2004 CA DIFUSOS Características: • Tipo placa, crescem horizontalmente e com margens pouco definidas • Taxa de Recorrência maior que os Circunscritos (extendem-se insidiosamente na derme, além do bordo palpável ou visível, o que torna díficil medir com acuidade a quantidade de tecido aparentemente normal à volta do tumor que é necessário sacrificicar para adquirir remoção total)
  • 19. Basal Cell Carcinoma: An Overview of Tumor Biology and Treatment • Plast. Recons. Surg. 113: 74e, 2004 CA DIFUSOS  Superficial
  • 20. Basal Cell Carcinoma: An Overview of Tumor Biology and Treatment • Plast. Recons. Surg. 113: 74e, 2004 CA DIFUSOS- Esclerosante  Placas branco- amareladas, bordos mal-definidas  Tratamento difícil  Alto nº Recidivas  Tx ideal: Cirurgia de Mohs
  • 21. Basal Cell Carcinoma: An Overview of Tumor Biology and Treatment • Plast. Recons. Surg. 113: 74e, 2004 DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL - Não existem lesões que mascaram CA basocelular. - Tricoepitelioma : pode ser confundido clinica e histologicamente (células da origem da raiz dos folículos pilosos)
  • 22. Basal Cell Carcinoma: An Overview of Tumor Biology and Treatment • Plast. Recons. Surg. 113: 74e, 2004 DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL Eczema, Queratose actínica, Psoríase e Infecções fungais podem ser confundidas com CA basocelular superficial com hiperqueratose CA basocelular ulcerativo superficial queratótico no nariz, antebraço e região frontal
  • 23. Basal Cell Carcinoma: An Overview of Tumor Biology and Treatment • Plast. Recons. Surg. 113: 74e, 2004 NOTA  CA Basoescamoso: foi usado quando a distinção entre Basal e escamoso era ambígua  CA Basocelular com diferenciação escamosa: comportamento é igual ao CA basocelular puro e não representa passo intermediário com CA escamoso
  • 24. Basal Cell Carcinoma: An Overview of Tumor Biology and Treatment • Plast. Recons. Surg. 113: 74e, 2004 IDENTIFICAÇÃO CLÍNICA 1) Descrição primária: mácula, pápula e placa 2) Descrição Secundária: escamoso, crosta, liquén, erosivo, ulcerativo e liso 3) Forma: anular, redondo, irregular, serpentioso, difuso ou eritematoso 4) Tamanho: medidas 5) Localização: específica, tronco, zonas expostas ao sol, sítio de cirurgia prévia 6) Fixação: fixado aos tecidos profundos ou não
  • 25. Basal Cell Carcinoma: An Overview of Tumor Biology and Treatment • Plast. Recons. Surg. 113: 74e, 2004 CLASSIFICAÇÃO EM 4 TIPOS 1 ) NÓDULO – ULCERATIVO + freq. Inicia-se como pequeno nódulo com poucas telangiectasias na superfície, aumenta de tamanho e ulceração central; Úlcera roída típica 3) TIPO ESCLEROSANTE Levemente elevada, firme, placa amarelada com bordos mal definidos sobre a pele que continua intacta até a ulceração final/ ocorrer 2) PIGMENTADO Similar ao nodular-ulcerativo, mas escuro 4) SUPERFICIAL Mancha eritematosa, levemente infiltrada, rodeada por um bordo fino, com ulceração superficial
  • 26. Basal Cell Carcinoma: An Overview of Tumor Biology and Treatment • Plast. Recons. Surg. 113: 74e, 2004 TRATAMENTO OBJECTIVOS: 1) Remoção total da lesão 2) Preservação de tecido normal 3) Preservação da função 4) Bom resultado estético
  • 27. Basal Cell Carcinoma: An Overview of Tumor Biology and Treatment • Plast. Recons. Surg. 113: 74e, 2004 VARIÁVEIS A CONSIDERAR NO TRATAMENTO 1) Idade do doente 2) Nº de lesões 3) Tamanho da lesão 4) Definição dos bordos do tumor 5) CA primário versus recorrente 6) Localização anatómica
  • 28. Basal Cell Carcinoma: An Overview of Tumor Biology and Treatment • Plast. Recons. Surg. 113: 74e, 2004 VARIÁVEIS A CONSIDERAR NO TRATAMENTO 1) Idade do doente Idosos: Geral/ a Radioterapia é reservada só para lesões largas 2) Nº Lesões Excisão de múltiplos CA não é o + prático nem o melhor tratamento 3) Definição dos bordos tumor Bem-definidos: Alta taxa de cura para todos os procedimentos - Curetagem, criocirugia, radiação e excisão cirúrgica Mal-definidos: Alta taxa de recorrência, devido ao crescimento subclínico extenso. Tx melhor- Cir. Mohs
  • 29. Basal Cell Carcinoma: An Overview of Tumor Biology and Treatment • Plast. Recons. Surg. 113: 74e, 2004 VARIÁVEIS A CONSIDERAR NO TRATAMENTO 4) Tamanho da lesão » Determinante de curabilidade Regra geral: a incidência da recorrência do tumor aumenta significativamente quando o tumor é > 2 cm de diâmetro, provavelmente devido ao grande grau de crescimento periférico subclínico Lesões largas: Excisão cirúrgica e Cirugia micrográfica de Mohs e Radioterapia (Idosos)
  • 30. Basal Cell Carcinoma: An Overview of Tumor Biology and Treatment • Plast. Recons. Surg. 113: 74e, 2004 VARIÁVEIS A CONSIDERAR NO TRATAMENTO 5) CA primário versus recorrente O tratamento curativo para CA recorrente é significativa/ + baixo que o 1º Cirurgia Mohs com controle histológico exacto, oferece o melhor tratamento para lesões recorrentes Radioterapia: Não é aconselhável devido à dificuldaade de determinar o campo
  • 31. Basal Cell Carcinoma: An Overview of Tumor Biology and Treatment • Plast. Recons. Surg. 113: 74e, 2004 VARIÁVEIS A CONSIDERAR NO TRATAMENTO 6 ) Localização anatómica ALTO RISCO: Asa Nariz; Pré-auricular e pós-auricular e canto medial (Podem demonstrar crescimento subclínico extenso, com extensão profunda e comportamento biológico agressivo, apesar de aspecto clínico de padrão nodular) TX: Cirurgia de Mohs e Excisão cirúrgica com exame extemporâneo
  • 32. Basal Cell Carcinoma: An Overview of Tumor Biology and Treatment • Plast. Recons. Surg. 113: 74e, 2004 VARIÁVEIS A CONSIDERAR NO TRATAMENTO 6 ) Localização anatómica Particularidades das áreas anatómicas que podem tornar um tratamento específico inadequado • Pálpebras e lábios ( a mobilidade dos tecidos torna eficaz a curetagem das lesões) • Áreas ricas em unidades pilosebáceas (escalpe e narina): pode brotar folículos pilosos e escapar à curetagem • Nariz distal: a derme profunda é densa e a ilha de tumor pode não ser removida adequadamente
  • 33. Basal Cell Carcinoma: An Overview of Tumor Biology and Treatment • Plast. Recons. Surg. 113: 74e, 2004 Margens de exérese com lesão Excisão incompleta da lesão: - Taxa de recorrência é 35% Opções: 1- Não reexcisar (Estatísticamente só em 50% dos casos reexcisados foi encontrado tumor) 2- Reexcisar após a cicatrização Alguns cirurgiões recomendam a reexcisão se margens envolvidas, porque o CA basocelular recorrente tem comportamento mais agressivo e é mais dificil de tratar Outros factores: a atitude do doente e follow-up
  • 34. Basal Cell Carcinoma: An Overview of Tumor Biology and Treatment • Plast. Recons. Surg. 113: 74e, 2004 Margens de exérese com lesão • Dellon recomendou abordagem alternativa: Demonstrou num estudo prospectivo: - 93% Recorrência de CA incompletamente, quando > 25% da camada barreira era irregular - Não Recorrência, após 5 anos, em lesões com < 25% de irregularidade da barreira periférica Proposta: • Lesões muito irregulares devem ser re-excisadas • Lesões pouco irregulares devem ser observadas • Todas as lesões com características histológicas intermediárias e pouca infiltração linfocítica devem ser re- excisados
  • 35. Basal Cell Carcinoma: An Overview of Tumor Biology and Treatment • Plast. Recons. Surg. 113: 74e, 2004 Margens de exérese com lesão • Não há evidência de persistência do tumor em excisões incompletas de subtipo superficial ou nodular se < 1cm, em qualquer localização anatómica, EXCEPTO nariz e orelhas.
  • 36. Basal Cell Carcinoma: An Overview of Tumor Biology and Treatment • Plast. Recons. Surg. 113: 74e, 2004 TRATAMENTOS PREFERIDOS  Nodular < 1cm, numa área sem alto risco: - Curetagem; Criocirurgia; Excisão  Nodular > 1cm, numa área sem alto risco: - Excisão;Criocirurgia (lesões < 2cm, provavelmente combinado com curetagem); Cir.Mohs (lesões > 2 cm)  Nodular, numa área de alto risco: - Cirurgia Mohs; Excisão com exame extemporâneo  Superficial - Shaving excisão com curetagem, curetagem e electrodissecação, criocirugia, excisão (não usar em lesões múltiplas ou lesões largas no tronco)
  • 37. Basal Cell Carcinoma: An Overview of Tumor Biology and Treatment • Plast. Recons. Surg. 113: 74e, 2004 TRATAMENTOS PREFERIDOS Esclerosante, em qualquer localização: - Cirugia Mohs, excisão com exame extemporâneo  Padrão de crescimento agressivo, em qualquer localização: - Cirugia Mohs, excisão com exame extemporâneo  Recorrente - Cirugia Mohs, excisão com exame extemporâneo  Excisão incompleta: - Reexcisão e utilização de exame extemporâneo se o tumor original era difuso; Cirugia Mohs
  • 38. Basal Cell Carcinoma: An Overview of Tumor Biology and Treatment • Plast. Recons. Surg. 113: 74e, 2004 MODALIDADES TERAPÊUTICAS • CURETAGEM < 2 mm: erradicados a 100% 2-5 mm: taxa de cura de 85% > 3 cm: taxa de cura de 50% Reservada SÓ para lesões primárias com < 1cm de diâmetro, embora existem excelentes resultados para lesões largas (taxa de cura de 97% com follow-up de 5 anos)
  • 39. Basal Cell Carcinoma: An Overview of Tumor Biology and Treatment • Plast. Recons. Surg. 113: 74e, 2004 MODALIDADES TERAPÊUTICAS • Criocirurgia (Requer uma sonda de crio ou spray nitrogénio líquido) Indicações: - Tumor com bordos bem definidos nodular ou ulcerado - Lesões na pálpebra seleccionadas - Maioria dos tumores sobre osso ou cartilagem, incluindo a ponta do nariz Taxa de cura de 97% ( a maioria das lesões < 2 cm) Taxa de morbilidade é alta Resultados estéticos imprevisíveis Complicações: edema durante 1 longo período, perda permanente de pigmentação, cicatrizes atróficas e hipertróficas e neuropatia da lesão dos nervos adjacentes, particularmente nos dedos e cotovelo.
  • 40. Basal Cell Carcinoma: An Overview of Tumor Biology and Treatment • Plast. Recons. Surg. 113: 74e, 2004 MODALIDADES TERAPÊUTICAS • Criocirurgia Desvantagem: FALTA DA VERIFICAÇÃO HISTOLÓGICA DA ERRADICAÇÃO COMPLETA DO TUMOR Contra-indicações: - Tumor esclerosante - Tumor no escalpe e áreas de alto risco (prega nasolabial, pré-auricular e pós-auricular) - No bordo do vermilhão do lábio ou margem livre da pálpebra >3cm (excepto tumores superficiais) - Tumores fixados à base do osso ou cartilagem - Tumores recorrentes
  • 41. Basal Cell Carcinoma: An Overview of Tumor Biology and Treatment • Plast. Recons. Surg. 113: 74e, 2004 MODALIDADES TERAPÊUTICAS • Lesões < 1cm • Tumor com padrão de crescimento agressivo • Lesões < 2cm • Lesões > 2cm • EXCISÃO CIRÚRGICA Taxa de cura > 90% Margem 2 mm Margem 3 a 5 mm Margem 10 mm Margem >10 mm
  • 42. Basal Cell Carcinoma: An Overview of Tumor Biology and Treatment • Plast. Recons. Surg. 113: 74e, 2004 MODALIDADES TERAPÊUTICAS • Exame Extemporâneo Indicações: • Tumor em área de alto risco • Tumor esclerosante • Lesões > 2cm
  • 43. Basal Cell Carcinoma: An Overview of Tumor Biology and Treatment • Plast. Recons. Surg. 113: 74e, 2004 MODALIDADES TERAPÊUTICAS • Cirurgia micrográfica de Mohs Taxas de cura : Primário: 99% Recorrente: 95% Indicações: - Tumor recorrente - Tumor com margens mal definidas - Tumor em áreas anatómicas de alto risco de recorrência: periorbitário, periauricular e paranasal - Tumor em localizações críticas: pálpebras (máximo de preservação de tecido não envolvido) - Tumor > 3 cm
  • 44. Basal Cell Carcinoma: An Overview of Tumor Biology and Treatment • Plast. Recons. Surg. 113: 74e, 2004 MODALIDADES TERAPÊUTICAS • Radioterapia - Reservada só Idosos (taxa de cura de 92%) - Método seguro, não invasivo em doentes selecionados, em áreas com margens negativas dificeis de obter (nasal, periauricular e periorbitário) - Potenciais complicações: necrose da pele, olho seco, xerostomia, cicatriz no ducto lacrimal e depilação
  • 45. Basal Cell Carcinoma: An Overview of Tumor Biology and Treatment • Plast. Recons. Surg. 113: 74e, 2004 MODALIDADES TERAPÊUTICAS • Quimioterapia - 5- Fluorouracilo ou com retinoides: sem taxa aceitável de cura - Imiquimod a 5% tópico: só para lesões superficiais • Interferon-alpha - Pode ser eficaz em tumores superficiais e nodulares ulcerativos • Excisão por Laser - S/ vantagem sobre os outros métodos • Fototerapia -Nova modalidade terapêutica para doentes com doença disseminada, como Sínd Gorlin
  • 46. Basal Cell Carcinoma: An Overview of Tumor Biology and Treatment • Plast. Recons. Surg. 113: 74e, 2004 FOLLOW-UP • FOLLOW-UP: 5 ANOS (a maioria recorre após 1 a 4 anos) Periodicidade: depende da severidade do tumor Características associadas ao aumento da recorrência: - Lesão com longo tempo de evolução - Localização numa área de alto risco - Lesões com largas dimensões - Lesão com agressividade clínica - Lesão com histologia agressiva (esclerosante, invasão perineural, história de exposição a radiação, lesão recorrente ou tratada inadequadamente)
  • 47. Basal Cell Carcinoma: An Overview of Tumor Biology and Treatment • Plast. Recons. Surg. 113: 74e, 2004 FOLLOW-UP Reconhecimento de recorrência pode ser díficil ! Sinais clínicos indicadores de recorrência: • escamação • eritema • encrostação • ulceração intermitente dentro da cicatriz prévia • alargamento da cicatriz com aumento das telangiectasias • desenvolvimento de pápulas ou nódulos dentro da cicatriz •destruição tecidular causando lesão, tais como, a perda de cílios ou elevação progressiva da asa nasal
  • 48. Basal Cell Carcinoma: An Overview of Tumor Biology and Treatment • Plast. Recons. Surg. 113: 74e, 2004 FOLLOW-UP Os doentes com CA basocelular podem desenvolvem novas lesões basocelular: 1 Ano: 20-33% 5 Anos: 36%
  • 49. CARCINOMA BASOCELULAR CME: Basal Cell Carcinoma: An Overview of Tumor Biology and Treatment David T. Netscher, M.D., and Melvin Spira, M.D. Plast. Reconst. Surg. 113: 74e, 2004