Aula 4 - Quarto Período - A Idade Média CristãAdriano Pascoa
É o período mais longo, e trágico, da história da Igreja Cristã, cerca de mil anos, metade de toda história até o presente. Dez séculos de distanciamento dos princípios, doutrinas e práticas bíblicas. Quase todas as vozes foram silenciadas (IRs 19:14,18). Esse foi também um período de protestos por uma práxis, na Igreja, que correspondesse aos ditames da Palavra de Deus.
Slides para aula no sexto ano do ensino fundamental ou primeiro ano do ensino médio, ao qual resume de forma sucinta o período medieval, desde sua fundação até sua queda. Pode ser administrado em três horas aulas com atividades.
3. A IGREJA MEDIEVAL
• Na Idade Média, a Igreja Católica
dominava o cenário religioso.
• Detentora do poder espiritual, a Igreja
influenciava o modo de pensar, a
psicologia e as formas de
comportamento na Idade Média.
• A igreja também tinha grande poder
econômico, pois possuía terras em
grande quantidade e até mesmo
servos trabalhando.
• Os monges viviam em mosteiros e
eram responsáveis pela proteção
espiritual da sociedade.
• Passavam grande parte do tempo
rezando e copiando livros e a
bíblia, eram os monges copistas.
4. A ORGANIZAÇÃO DO CLERO
CLERO REGULAR
• Era formado pelos sacerdotes
(monges ou freiras) que viviam
isolados nos mosteiros ou
conventos, obedecendo a uma
regra de vida estabelecida por
sua ordem religiosa.
• Entre as mais importantes
podemos citar a dos
Beneditinos, dos Franciscanos,
Dominicanos e Carmelitas.
• Dedicavam seu tempo à vida
religiosa e à realização de
atividades agrícolas, pastoris,
artesanais e trabalhos
intelectuais.
CLERO SECULAR
• Era formado por sacerdotes que
viviam fora dos mosteiros.
• Para controlá-lo, foi criada uma
hierarquia de cargos e funções que
ia do pároco ao papa e que até
hoje é a mesma. Vejamos:
Papa: cargo mais alto da
hierarquia, considerado o bispo de
Roma, sucessor de São Pedro.
Arcebispo: responsável pela
província eclesiásticas
(agrupamento de dioceses).
Bispo: responsável pela diocese
(várias paróquias).
Pároco: padre responsável pela
paróquia.
6. QUESTÃO DAS INVESTIDURAS
• Problema entre o papa e os imperadores sobre a questão
da nomeação de sacerdotes para cargos eclesiásticos,
que remonta de meados do séc. X quando o imperador
Oto I, do Sacro Império Romano Germânico, passou a
intervir nos assuntos religiosos.
• Ele fundou bispados e abadias, nomeou seus titulares em
troca da proteção que concedia à Igreja controlava as
ações do papa.
• As investiduras do imperador visavam a interesses
pessoais e do reino dando margem à corrupção entre os
membros do clero, pois os bispos e padres colocavam
seu compromisso com o rei acima da fidelidade ao papa.
• Em 1073, o papa Gregório VII, instituiu o celibato e a
proibição da investidura de sacerdotes a cargos
eclesiásticos pelo imperador.
7. • Em reação, o imperador do Sacro Império
aliou-se a 26 bispos alemães proibidos pelo
papa de exercer funções religiosas, rompeu
com o papa e o imperador foi
excomungado, desenvolvendo um conflito
aberto.
• A questão só foi resolvida em 1122 com a
Concordata de Worms, onde o papa faria a
investidura espiritual dos bispos e ao
imperador cabia o poder temporal (juramento
de fidelidade ao bispo ao imperador)
8. HERESIAS E INQUISIÇÃO
• Doutrinas contrárias às ensinadas pela Igreja Católica.
Principais heresias:
Albigenses: acreditavam num deus do bem e do
mal, Cristo era visto como libertador das almas humanas.
Patarinos e Valdenses: questionava a validade dos
sacramentos ministrados por sacerdotes pecadores.
Bogomilismo: acreditavam que a Igreja romana estava
corrompida pela riqueza e o verdadeiro cristianismo
existia apenas na pobreza e na vida simples; combatiam o
culto à virgem Maria, aos santos e às imagens que havia
nas igrejas.
Tribunal da Inquisição
Tribunal eclesiástico criado em 1231 pelo papa Gregório IX, como meio de
descobrir e julgar os hereges, e com penas que variavam do confisco dos
bens, excomunhão e morte na fogueira.
9.
10. Educação
• A educação era para poucos, pois só os filhos dos nobres
estudavam e a Igreja Católica influenciava diversos aspectos
da transmissão da cultura.
• No final do século XII, começaram a surgir as primeiras
universidades, eram corporações, quase sempre ligadas à
Igreja que reuniam mestres e estudantes para o estudo de
determinadas áreas do conhecimento.
• Uma universidade completa tinha faculdades nas áreas de
Teologia (filosofia), artes (ciências e letras), direito e
medicina.
• Principais universidades: Salerno, Paris, Oxford, Cambridge,
Montpellier, Salamanca, Nápoles, Roma e Coimbra.
11. ESTILOS ARQUITETÔNICOS
ROMÂNICO
• Floresceu entre os séculos
XI e XIII.
• Traços simples, grossos
pilares, tetos e arcos em
abóboda, janelas estreitas e
muros reforçados.
• Principais obras: Igreja de
São Miguel (Lucca), e a
catedral de Notre Dame
(Poitiers- França)
12. ESTILO GÓTICO
• Desenvolveu-se entre os
séculos XII e XVI.
• Predominou na França,
Inglaterra e Alemanha.
• Distingue-se do românico
por sua leveza, elegância e
traços verticais.
• Janelas ornamentadas com
vitrais coloridos, permitindo
boa iluminação interior,
paredes finas e altas com
angulosas abóbodas
apoiadas em longos pilares.
• Destaque: Catedrais de
Chatres, Reims e Paris.
13. PINTURA
• Foi dominado por temas
religiosos, concentrando-se na
representação humanizada de santos e
divindades.
• A pintura dos murais, vitrais e
miniaturas adquiriu grande
importância.
• Pintores do período: Giotto e Cimabue
MÚSICA
Na música sacra, destacou-se
o papa Gregário Magno (540-
640), que introduziu o canto
gregoriano, caracterizado por
uma melodia simples e suave
cantada em uníssono por
várias vozes.
Outro nome de destaque foi o
do monge beneditino Guido d
Arezzo (990-1050), que
batizou as sete notas
musicais, aproveitando, para
isso, as sílabas iniciais dos
versos de um hino a São João
Batista.
14. MÚSICA POPULAR
• Na música popular,
destacaram-se as canções dos
trovadores e menestréis,
inspiradas em temas
românticos ou nos feitos
heróicos dos cavaleiros.
• Surgida na França por volta do
século XI, a canção
trovadoresca espalhou-se pelos
reinos europeus (atuais
Inglaterra, Alemanha, Portugal,
Espanha e Itália, entre outros).
• Trovador - nome que se dava
aos compositores e poetas
românticos que criavam obras
de caráter popular.
• Menestrel-cantor ambulante
que acompanhava o trovado
LITERATURA
• A poesia medieval procurou
enaltecer os valores e as
virtudes do cavaleiro: justiça,
amor, prudência e cortesia.
• Na poesia épica, exaltava-se a
ação corajosa dos cavaleiros
em prol da cristandade.
• Na poesia lírica, exaltava-se o
amor cortês dos cavaleiros
em relação às suas damas.
• Entre os grandes nomes da
literatura medieval destaca-se
Dante Alighieri (1265-1321),
autor de “A divina comédia.”
15. CIÊNCIA
• Na Idade Média, a ciência e a
filosofia ainda estavam muito
ligadas. Diversas obras, traduzidas
do árabe e do grego, influenciaram
os estudos da matemática, da
astronomia, da biologia e da
medicina.
• Houve também o aperfeiçoamento
da arte da navegação, com a
utilização da bússola, de mapas, do
astrolábio e outros instrumentos.
• Um dos grandes nomes da ciência
medieval foi o do monge
franciscano Roger Bacon(1214-
1294), que introduziu a observação
da natureza e a experimentação
como métodos básicos do
conhecimento científico.
• Conhecido como "Doutor
Admirável", Bacon desenvolveu
estudos em diversos campos do
saber (geografia, filosofia, física).
FILOSOFIA
• Na filosofia, destacaram-se os
pensadores Santo Agostinho
(século IV) e Santo Tomás de
Aquino (século XIII), que
tinham como interesse
principal harmonizar a fé cristã
com a razão.
• Santo Agostinho foi o
representante de uma
corrente filosófica chamada
patrística.
• Santo Tomás de Aquino
reconstruiu, dentro da ótica
cristã, boa parte das teorias de
Aristóteles.
16. Cultura popular
• O cristianismo fundamentou uma série de elementos culturais que
marcaram as sociedades européias da Idade Média: os
costumes, as normas éticas, a produção literária, o ideal das
figuras heróicas, a criação artística
(música, pintura, escultura, arquitetura etc.)
• Além da cultura oficial, promovida, em grande parte, pelas
autoridades da Igreja e pelos governos feudais, havia também
muitas criações populares.
• Enquanto a cultura oficial era austera e consagrava a divisão social
dominante, a cultura popular era impregnada de humor.
• A cultura popular manifestava-se por meio dos festejos
carnavalescos, das encenações teatrais burlescas
(cômica, satírica), dos gracejos dos "bufões" e "bobos", das
paródias que recriavam trechos da Bíblia (evangelhos, salmos
etc.), das orações e hinos religiosos, das lendas clássicas.
• Nessas atividades, as pessoas representavam seu mundo e
promoviam o riso, divertindo o público e criticando os costumes.
17. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
• História Geral – Raimundo Campos
• História e Vida Integrada – Nelson Piletti e Claudino Piletti.
• História Global – Gilberto Cotrim.
• Nova história Integrada – João Paulo Mesquita e Luiz Estevam
• SUGESTÕES DE FILMES:
• As Bruxas de Salem.
• O Nome da Rosa.