1. O documento discute várias teorias contemporâneas sobre inteligência, incluindo a Teoria das Inteligências Múltiplas de Gardner e a Teoria Triárquica da Inteligência de Sternberg.
2. A Teoria das Inteligências Múltiplas de Gardner propõe que a inteligência não é um construto unitário e sim múltiplo, identificando sete tipos de inteligência.
3. A Teoria Triárquica de Sternberg vê a inteligência como composta por habilidades analíticas, práticas e
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Teoria Inteligências Múltiplas
1. Os Processos Cognitivos:
A Inteligência
Parte II
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2. ABORDAGENS CONTEMPORÂNEAS
As pesquisas mais recentes em desenvolvimento
cognitivo e neuropsicologia sugerem que as
habilidades cognitivas são mais diferenciadas e
mais específicas do que anteriormente se acreditava
Alguns Neurologistas têm documentado que o sistema
nervoso humano não é um órgão com propósito
único nem tão pouco é infinitamente plástico.
Acredita-se, hoje, que o sistema nervoso seja
altamente diferenciado e que diferentes centros
neurais processem diferentes tipos de
informação ( Gardner, 1987).
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3. 1. A Teoria das Inteligências Múltiplas
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4. Gardner: Teoria das Inteligências Múltiplas
Howard Gardner, psicólogo da Universidade de
Harvard, questiona a tradicional visão da inteligência,
uma visão que enfatiza as habilidades linguística e
lógico-matemética.
Para Gardner, todos os indivíduos normais são
capazes de uma actuação em pelo menos sete
áreas intelectuais diferentes e, até certo ponto,
independentes:
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5.
Sugere que não existem habilidades gerais;
Questiona a possibilidade de medir a
inteligência através de testes de papel e lápis;
Atribui enorme importância às diversas
actuações valorizadas em culturas diferentes;
Define inteligência como a habilidade para
resolver problemas ou criar produtos que
sejam significativos em um ou mais ambientes
culturais.
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6. O “g” não é o centro da inteligência
A Teoria de Gardner é uma alternativa para o
conceito de inteligência como uma capacidade
inata, geral e única, que permite aos indivíduos
uma performance, maior ou menor, em
qualquer área de actuação.
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7. Insatisfeito com a idéia de QI e com visões
unitárias de inteligência, Gardner oferece um
novo contributo ao conceito de inteligência
repensando-o à luz das origens biológicas da
habilidade para resolver problemas.
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8. A Origem do conceito de inteligência
Através da avaliação das diferentes condutas de
profissionais em diversas culturas e do conjunto
de habilidades dos seres humanos na procura de
soluções culturalmente apropriadas para os seus
problemas, Gardner trabalhou no sentido inverso
ao desenvolvimento, retroagindo para
eventualmente chegar às inteligências que
deram origem a tais realizações.
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9. Na sua pesquisa, Gardner estudou
também:
1. O desenvolvimento de diferentes
habilidades em crianças normais e
crianças sobredotadas;
2. Adultos com lesões cerebrais e como estes
não perdem a intensidade da sua produção
intelectual, mas sim uma ou algumas
habilidades, sem que outras habilidades
sejam sequer atingidas;
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10. 3. Populações ditas excepcionais, tais como
idiot-savants e autistas, sendo que os primeiros
podem dispor de apenas uma competência,
sendo bastante incapazes nas demais funções
cerebrais, enquanto as crianças autistas
apresentam ausências nas suas habilidades
intelectuais;
4. Como se processou o desenvolvimento
cognitivo através dos milénios.
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11. Influências de Gardner
Gardner é um psicólogo
construtivista muito influenciado
por Piaget.
Todavia, enquanto Piaget acreditava que todos os
aspectos da simbolização partem de uma mesma
função semiótica, Gardner acredita que os
processos psicológicos independentes são
empregados quando o indivíduo lida com símbolos
linguísticos, numéricos, gestuais ou outros.
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12. Influências de Gardner
Segundo Gardner uma criança pode ter um
desempenho precoce numa área (o que Piaget
chamaria de pensamento formal) e estar na média
ou mesmo abaixo da média noutra (o equivalente,
por exemplo, ao estágio sensório-motor).
O desenvolvimento cognitivo é uma capacidade cada
vez maior de entender e expressar o significado
em vários sistemas simbólicos utilizados num
contexto cultural, sugerindo a inexistência de uma
ligação necessária entre a capacidade de
desenvolvimento numa área e noutra.
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13. Influências de Gardner
Num plano de análise psicológico, cada área ou
domínio tem seu sistema simbólico próprio; num
plano sociológico de estudo, cada domínio
caracteriza-se pelo desenvolvimento de
competências valorizadas em culturas
específicas.
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14. As Inteligências Múltiplas
Gardner identificou as inteligências: linguística,
lógico-matemática, espacial, musical, cinestésica,
interpessoal, intrapessoal e naturalista (ver livro)
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15. As Inteligências Múltiplas
Gardner postula que essas competências
intelectuais são relativamente independentes,
têm sua origem e limites genéticos próprios e
substratos neuroanatómicos específicos e
dispõem de processos cognitivos próprios.
Os seres humanos dispõem de graus variados de cada
uma das inteligências e maneiras diferentes de as
combinar e organizar: cada um faz uso das capacidades
intelectuais para resolver problemas e criar.
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16. Concluindo
Gardner afirma que as inteligências são, até certo
ponto, independentes, no entanto, raramente
funcionam isoladamente:
Embora algumas ocupações exemplifiquem uma
inteligência, na maioria dos casos as ocupações
ilustram bem a necessidade de uma
combinação de inteligências. (Exemplo, um
cirurgião necessita da acuidade da inteligência
espacial combinada com a destreza da
cinestésica.)
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18. Inteligência e Cultura
Gardner propõe que todos os indivíduos
possuem, como parte de sua bagagem genética,
certas habilidades básicas em todas as
inteligências.
Todavia, a linha de desenvolvimento de cada
inteligência, será determinada tanto por factores
genéticos e neurobiológicos, como por condições
ambientais.
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19. Inteligência e Cultura
Com a sua definição de inteligência como a
habilidade para resolver problemas ou criar
produtos que são significativos num ou mais
ambientes culturais, Gardner sugere que alguns
talentos só se desenvolvem porque são
valorizados pelo ambiente.
Segundo Gardner cada cultura valoriza certos
talentos que devem ser dominados por uma
quantidade de indivíduos e, depois, passados
para a geração seguinte.
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20.
Qual é a principal diferença da teoria de Garden
face às anterior visão sobre a inteligência?
Em que consiste o modelo da teoria de
Gardner?
Em que medida a cultura se apresenta como um
conceito central na sua teoria?
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21. 2. A Teoria Triárquica da Inteligência
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22. A Teoria Triárquica da Inteligência
Robert Sternberg caracteriza a inteligência
como uma capacidade composta por
habilidades analítico-abstractas, práticas e
criativas que nos ajudam a resolver vários
problemas (ver livro)
Sternberg possui igualmente uma visão que
contraria a ideia da existência de um factor
hereditário que determine o desenvolvimento
da inteligência.
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23. 1. Inteligência Componencial
Capacidade de pensar analítica e
abstractamente e de processar informação de
modo eficaz.
Esta inteligência é composta da capacidade de
adquirir, reter, recuperar e transferir
informações, de planear acções e tomar
decisões, de resolver problemas abstractos e
concrectos baseandose no raciocínio lógico e
analítico e de transformar ideias em
desempenhos.
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24. 2. Inteligência Experiencial
Capacidade de formular novas ideias,
combinar com rapidez factos e informações
aparentemente sem relação.
Esta inteligência possui a capacidade de
resolver novos problemas: as pessoas capazes
de reconhecer os aspectos centrais de novos
problemas possuem intuição. Se apresentam
soluções originais para esses problemas
revelam criatividade.
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25. 2. Inteligência Experencial
Sternberg, ao contrário de Gardner, não é contra
os testes e QI, apenas considera que estes
deveriam ter em conta:
a) Capacidade de encontrar soluções para
problemas novos - pensamento divergente;
b) Resolver problemas de modo rápido e
automático tarefas conhecidas – pensamento
convergente.
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26. 3. Inteligência Contextual
Designa a capacidade de adaptação ao
contexto sociocultural, às circunstâncias em
que os indivíduos vivem;
É próprio das pessoas que sabem funcionar
adequadamente no interior do seu meio habitual
– adaptação/remodelação.
As pessoas exibem diferentes habilidades,
possuem um tipo de inteligência contextual:
inteligência prática.
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27. Interacção das três Dimensões
Sternberg não partilha da ideia
segundo a qual há inteligências
separadas: algumas das
inteligências de Gardner são
meramente talentos que as
pessoas possuem de forma
diferenciada.
Para Sternberg é necessário
atribuir maior importância aos
tipos de inteligência que não
variam entre culturas.
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29. Conceito de Inteligência Emocional (IE)
“Qualquer um pode zangar-se isso é fácil. Mas, zangar-
se com a pessoa certa, na medida certa, na hora certa,
pelo motivo certo e da maneira certa não é fácil.”
ARISTÓTELES, Ética a Nicómaco
A inteligência emocional é um paradigma novo
na psicologia contemporânea: não são apenas
as capacidades cognitivas que determinam as
nossas acções, muitas vezes são guiadas pelas
nossas emoções – texto de Punset.
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30. Conceito de IE
A inteligência emocional é uma capacidade
multifacetada de adaptação e gestão das emoções
perante situações novas, sendo que a sua medição
pode ser artificialmente classificado através de
testes padronizados para o efeito. (Q.E.)
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31. O contributo da IE para o sucesso
A pedra basilar da inteligência emocional é a
autoconsciência, i.e., o reconhecimento de um
sentimento enquanto ele decorre.
Os sentimentos aparecem por sinais intuitivos sob
a forma de impulsos límbicos, vindos dos
"balizadores somáticos" (Damásio) - alertam para o
perigo potencial
Segundo Goleman, "a chave para tomar boas
decisões pessoais é ouvir os sentimentos" e não
suprimi-los, eles possuem significado.
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32. O contributo da IE para o sucesso
Controlar as emoções é a chave para o bem estar
emocional. Há sentimentos que destabilizam
emocioalmente as pessoas, como raiva, ansiedade ou
melancolia e que podem ser combatidos (ex. praticar
exercício físico, jogos, etc.)
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33. O contributo da IE para o sucesso
Uma pessoa com IE é capaz de possuir maior
determinação e autoconfiança que uma pessoa
intelectualmente brilhante.
Existem pessoas cognitivamente muito dotadas, mas
que, por falta de automotivação e de autoconfiança,
fracassam na vida real.
Conhecer as emoções e saber fazer um uso
adequado das mesmas, dimensionando-as para
cumprir aos nossos objectivos, é uma das chaves
para o sucesso!
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34. Elementos básicos da IE
1. Conhecer os seus sentimentos e saber utilizá-los
para tomar decisões na vida.
2. Ser capaz de gerir a sua vida emocional evitando
que seja o domine – ficar paralisado por uma emoção.
3. Persistir face a situações adversas direccionado os
seus impulsos de modo a atingir os seus objectivos/fins.
4. Interpretar e compreender as emoções das outras
pessoas antes de estas lhe transmitirem o que sentem.
5. Gerir sentimentos nas relações humanas com
perícia e harmonia – ultrapassar objstáculos emocionais.
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