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1ª FORMAÇÃO ESTADUAL PARA FORMADORES DO
PROGRAMA ALFABETIZA PARÁ
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS NO PROCESSO DE
LETRAMENTO E ALFABETIZAÇÃO DAS
CRIANÇAS
BELÉM-PA
2023
OBJETIVO GERAL
Refletir sobre elementos constituintes da
prática pedagógica no processo de
letramento e alfabetização das crianças.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
● Refletir sobre o resultado da avaliação de fluência em leitura
diagnóstica para construção de intervenções;
● Apresentar os fundamentos e contribuições da coleção
Veredas;
● Possibilitar o entendimento sobre a importância da
organização da rotina de sala de aula como elemento
pedagógico norteador;
● Entender a concepção de alfabetização na perspectiva do
letramento;
● Intervir a partir das hipóteses de escrita e leitura;
● Propor estratégias de ensino de leitura e apropriação do SEA
com base na adaptação de atividades para diferenciar e
diversificar em uma perspectiva de heterogeneidade.
AGENDA DA FORMAÇÃO
● Acolhida;
● Retomando os resultados da Avaliação Diagnóstica de
Fluência Leitora para planejar intervenções;
● O Direito da Criança ser Alfabetizada;
● Alfabetizar na perspectiva do letramento;
● Apropriação do sistema de escrita alfabética e
estratégias para o desenvolvimento do leitor a partir da
exploração do texto;
● O papel da consciência fonológica para o
aprendizado da escrita alfabética.
ENSINAR É INSPIRAR HISTÓRIAS
AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA DE FLUÊNCIA EM LEITURA
Fonte: CAEd/UFJF Produção: PARC/ABC (2023).
AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA DE FLUÊNCIA EM LEITURA
O QUE CARACTERIZA CADA PERFIL LEITOR?
1. Leitor fluente: aquele estudante que, além de ter domínio
do sistema de escrita alfabética e dos signos da língua,
orais e escritos, apresenta leitura automatizada e é capaz
de, a partir do texto, construir sentidos para o que lê.
2. Leitor iniciante: aquele estudante que já se apropriou do
sistema de escrita alfabética, porém ainda não dominou
por completo a base ortográfica da língua e, por isso, ainda
não consegue ler fluentemente.
3. Pré-leitor: estudante que ainda não desenvolveu todas as
habilidades necessárias para realizar uma leitura oral ou
para realizá-la sem muito esforço. Subdivide-se em 4
níveis:
AVALIAÇÃO DE FLUÊNCIA EM LEITURA
PRÉ-LEITOR:
- Nível 1: o estudante não realizou a leitura OU o estudante disse letras,
sílabas ou palavras que não constavam no item, não conseguindo, ainda,
relacionar a sonoridade da letra, sílaba ou palavra aos grafemas. 30%
- Nível 2: o estudante nomeou letras isoladas ao tentar ler as palavras
constantes no item, ou seja, identifica letras. Esse estudante já consegue
relacionar a sonoridade das letras à sua representação gráfica, mas ainda
realiza uma leitura individual de cada elemento do código alfabético dentro
de cada palavra, realizando uma soletração. 18%
- Nível 3: estudante silabou ao realizar a leitura das palavras constantes no
item. Esse estudante consegue ler algumas palavras isoladas, porém, como
isso exige muito esforço, só o faz de modo muito lento e silabando, não
fazendo, ao final, a leitura global da palavra lida. 6%
- Nível 4: o estudante leu corretamente até 10 palavras e 5 pseudopalavras
constantes no item. 25%
Fonte: CAEd/UFJF (2023)
AVALIAÇÃO DE FLUÊNCIA EM LEITURA
A COLEÇÃO VEREDAS DA LEITURA E DA ESCRITA
A ROTINA PARA O CICLO DE ALFABETIZAÇÃO
ROTINA
Qual a importância da organização das atividades de
ensino de Língua Portuguesa na rotina?
A organização do tempo pedagógico garante que
cada eixo de ensino seja contemplado, sendo
importante ao professor refletir sobre o que ensina,
por que ensina e que tempo (etapa e duração)
precisa para ensinar o que ensina.
Planejando a partir da rotina
Como organizar o desenvolvimento das habilidades de
modo a garantir a alfabetização através da rotina
escolar, desenvolvendo as práticas de linguagem:
leitura, oralidade, análise linguística e produção
textual?
SUGESTÃO DE ROTINA
Vamos enveredar na Rotina?!
Rotina e aprendizagem
Para que todas as crianças tenham o
direito de aprender garantido
durante os anos iniciais do ensino
fundamental, precisamos organizar bem
as atividades e trabalhar cotidianamente
de maneira sistematizada (WEISZ, 2006).
Para tanto, devemos dar atenção especial à
organização e otimização do tempo em sala
de aula.
O direito de ser
alfabetizado
Art. 205. A educação, direito de
todos e dever do Estado e da
família, será promovida e
incentivada com a colaboração
da sociedade, visando ao pleno
desenvolvimento da pessoa, seu
preparo para o exercício da
cidadania e sua qualificação
para o trabalho.
Constituição de 1988
A escola é obrigatória para as crianças. Dentre outros
direitos, é prioritário o ensino da leitura e escrita, tal
como previsto no artigo 32 da Lei 9.394 da LDB:
I - o desenvolvimento da capacidade
de aprender, tendo como meios
básicos o pleno domínio da leitura ,
da escrita e do cálculo;
II - a compreensão do ambiente
natural e social, do sistema político,
da tecnologia, das artes e dos
valores em que se fundamenta a
sociedade;
Artigo32 O ensino fundamental obrigatório com duração de 9 (nove) anos,
gratuito na escola pública, iniciando-se aos 6 (seis) anos de idade,
terá por objetivo a formação básica do cidadão, mediante:
III - o desenvolvimento da capacidade de
aprendizagem, tendo em vista a aquisição
de conhecimentos e habilidades e a
formação de atitudes e valores;
IV - o fortalecimento dos vínculos de família,
dos laços de solidariedade humana e de
tolerância recíproca em que se assenta a
vida social.
BNCC A Base Nacional Comum
Curricular (BNCC) define que a
alfabetização das crianças
deverá ocorrer até o segundo
ano do ensino fundamental,
com o objetivo de garantir o
direito fundamental de
aprender a lere escrever.
O Compromisso Nacional Criança Alfabetizada, em regime
de colaboração entre União, Estados, Distrito Federal e
Municípios, almeja, por meio da conjugação dos esforços,
garantir o direito à alfabetização de todas as crianças do
país. O foco é garantir que 100% das crianças brasileiras
estejam alfabetizadas ao final do 2° ano do Ensino
Fundamental; além da recomposição das aprendizagens,
com foco na alfabetização, de 100% das crianças
matriculadas no 3°, 4° e 5° ano, afetadas pela pandemia.
As competências e
habilidades como
direito para as
crianças serem
alfabetizadas
O que é uma
criança
alfabetizada?
QUESTÕES INICIAIS
Como acompanhar
as aprendizagens?
Que práticas são
indispensáveis no
dia a dia da sala de
aula para a garantia
das aprendizagens?
Quais
aprendizagens são
necessárias?
Quais dificuldades
são mais
encontradas no
processo?
?
Alfaletrar:
alfabetizar letrando e
letrar alfabetizando
RETOMANDO CONCEITOS…
ALFALETRAR
Para um começo de conversa sobre
Aprendizagem Inicial da Língua
Escrita e de leitura de crianças dos
anos iniciais do ensino fundamental
é imprescindível destacar dois
conceitos fundamentais:
Alfabetização e Letramento.
APRENDIZAGEM INICIAL DA LÍNGUA ESCRITA
ALFABETIZAÇÃO LETRAMENTO
DIMENSÃO TÉCNICA
Apropriação da tecnologia
escrita; Domínio do
Sistema de Escrita
Alfabética - SEA
Análise linguística.
DIMENSÃO FUNÇÃO SOCIAL
Leitura, oralidade e escrita
de textos da prática social
ALFALETRAR
A BNCC assume a centralidade do texto
como unidade de trabalho e as perspectivas
enunciativo-discursivas na abordagem, de
forma a sempre relacionar os textos a seus
contextos de produção e o desenvolvimento
de habilidades ao uso significativo da
linguagem em atividades de leitura, escuta
e produção de textos em várias mídias e
semioses.
Texto
BRASIL, 2018, p.67.
Nessa perspectiva, é de suma importância considerar a função
social dos textos utilizados no âmbito escolar. Tendo em vista
proporcionar aos alunos situações de aprendizagem com textos
reais – e não exclusivamente elaborados para o trabalho
escolar, mas que possam ter sentido dentro e fora da escola. Tais
como:
“Não basta saber ler que Eva viu a
uva. É preciso compreender qual a
posição que Eva ocupa no seu
contexto social, quem trabalha para
produzir a uva e quem lucra com esse
trabalho.”
— Paulo Freire
ARTICULAÇÕES COM O
DOCUMENTO
CURRICULAR DO PARÁ
● Como utilizar o material didático complementar
considerando os elementos constitutivos da prática
pedagógica em letramento e alfabetização?
● Quais elementos são observáveis?
● Que práticas de linguagens podem ser observadas?
● Que gêneros textuais estão presentes?
OLHANDO A COLEÇÃO VEREDAS DA LEITURA E DA
ESCRITA
Atividades de Sistematização
Vivências pedagógicas a partir do
trabalho com texto
Aprendizagem inicial da escrita
Uso como
dispositivo didático
de diferentes
gêneros textuais
As práticas e
usos sociais da
língua escrita.
Práticas sociais
de leitura
Práticas
sociais de
produção de
textos
Letramento
Aprendizagem inicial da escrita
Conhecimento de
letras
O domínio do
funcionamento do
sistema de escrita
alfabético
Desenvolvimento
Psicogenético
Consciência
fonológica
Alfabetização
1º ASPECTOS SOCIODISCURSIVOS DO
GÊNERO TEXTUAL
AS ESTRATÉGIAS PARA PROMOÇÃO DA FLUÊNCIA
1ª ESTRATÉGIA : MODELAGEM DA LEITURA
Rasinski (2003) defende que uma estratégia para ensinar aos alunos de
que fluência em leitura não é ler depressa, é fazer leituras modelo
para eles, ou seja, a modelagem da leitura feita por um leitor fluente,
neste caso o(a) professor(a) ou outro par experiente nesse aspecto.
Para que esta ação surta os efeitos desejados, o(a) professor(a) deverá
ler com expressividade, ou seja, recorrendo aos recursos prosódicos(...)
como a entoação, o aumento ou diminuição do ritmo, o aumento ou
diminuição do volume, o tom, a suavidade etc., confrontando essas
características com o sentido do texto e, desta forma, levando os alunos
a compreenderem o que necessitam fazer para tentarem ler com
expressividades semelhantes. (RASINSKI, 2003).
ESTRATÉGIAS PARA A PROMOÇÃO DE
FLUÊNCIA
AS ESTRATÉGIAS PARA PROMOÇÃO DA FLUÊNCIA
A leitura em eco envolve a modelação por um leitor fluente aos
alunos e o encorajamento para reler ou ecoar o mesmo texto,
com apoio quando necessário. Na leitura em eco, o aluno,
imediatamente, faz eco ou imita a leitura de um leitor
proficiente. Ao fazê-lo, o aluno ganha confiança na leitura oral,
torna-se proficiente na leitura de textos que seriam de elevado
grau de dificuldade para ler sozinho. Os alunos também podem
ter dificuldade com o vocabulário dos textos. A leitura em eco os
ajuda a reconhecer novas palavras e a ler em um ritmo que é
melhor para a compreensão. Se os alunos lerem num ritmo
muito lento ou muito rápido, provavelmente terão dificuldade em
compreender o que estão lendo.
2ª ESTRATÉGIA: LEITURA EM ECO
ESTRATÉGIAS PARA A PROMOÇÃO DE
FLUÊNCIA
PRÉ-LEITOR:
- Nível 1: o estudante não realizou a leitura OU o estudante disse letras,
sílabas ou palavras que não constavam no item, não conseguindo, ainda,
relacionar a sonoridade da letra, sílaba ou palavra aos grafemas. 30%
- Nível 2: o estudante nomeou letras isoladas ao tentar ler as palavras
constantes no item, ou seja, identifica letras. Esse estudante já consegue
relacionar a sonoridade das letras à sua representação gráfica, mas ainda
realiza uma leitura individual de cada elemento do código alfabético dentro
de cada palavra, realizando uma soletração. 18%
- Nível 3: estudante silabou ao realizar a leitura das palavras constantes no
item. Esse estudante consegue ler algumas palavras isoladas, porém, como
isso exige muito esforço, só o faz de modo muito lento e silabando, não
fazendo, ao final, a leitura global da palavra lida. 6%
- Nível 4: o estudante leu corretamente até 10 palavras e 5 pseudopalavras
constantes no item. 25%
Fonte: CAEd/UFJF (2023)
AGRUPAMENTOS POR NÍVEIS DE LEITURA
● Aprende que a palavra oral é uma cadeia sonora
independente de seu significado e passível de ser
segmentada em pequenas unidades.
● Aprende que cada uma dessas pequenas unidades
sonoras da palavra é representada por formas visuais
específicas - as letras.
O que a criança aprende quando se
apropria do sistema de escrita
alfabética?
Descobrir o fato de que as palavras são formadas por
fonemas (sons menores do que a sílaba) e que os
fonemas, por sua vez, são representados por
grafemas (letras):
● Escrevemos com letras
● Letras notam som
É pela interação entre aluno e professor,
proporcionando experiências com a língua escrita
possibilitando reflexões, de forma sistemática e
explícita, que a criança vai compreendendo o
princípio alfabético.
Princípio alfabético
Apropriação do SEA
Reconhecer as letras do
alfabeto.
Um conjunto de 10
propriedades relativas à
notação alfabética.
Ter conhecimento do
nível de compreensão da
escrita em que se
encontram as crianças
para subsidiar a ação
educativa.
Propriedades do SEA
Diagnosticar
Princípio alfabético
Considerar o nível de
desenvolvimento que a
criança já chegou e
estimular para avançar.
Mediação do professor
Crianças
Professores
Habilidades da BNCC
(EF01LP05) Reconhecer o
sistema de escrita alfabética
como representação dos sons
da fala.
(EF01LP06) Segmentar
oralmente palavras em sílabas.
(EF01LP07) Identificar
fonemas e sua representação
por letras.
(EF01LP08) Relacionar
elementos sonoros (sílabas,
fonemas, partes de palavras)
com sua representação escrita.
(EF01LP13) Comparar palavras,
identificando semelhanças e
diferenças entre sons de sílabas
iniciais.
(EF01LP13) Comparar palavras,
identificando semelhanças e
diferenças entre sons de sílabas
iniciais, mediais e finais.
(EF02LP02) Segmentar palavras
em sílabas e remover e substituir
sílabas iniciais, mediais e finais
para criar novas palavras.
Quais
intervenções/atividades
devemos priorizar para as
crianças avançarem no
nível de escrita e de
leitura?
O papel da consciência
fonológica para o
aprendizado da escrita
alfabética.
Consciência fonológica
É o conhecimento
consciente de analisar e
manipular os sons que
compõem as palavras.
Palavra
Menor unidade de
sentido.
Sílaba
Segmentos sonoros que
formam palavras.
Níveis da consciência fonológica
1 2
Rima
Composição sequencial de
sons que combinam no
final das palavras.
3
Aliteração
palavras que compartilham o
mesmo som no início
das palavras.
Fonêmica
Segmentos sonoros que
formam palavras.
Níveis da consciência fonológica
4
5
OPERAÇÕES DE MANIPULAÇÃO DAS
UNIDADES SONORAS
A operação cognitiva que o
indivíduo realiza sobre as unidades
sonoras no ensino da escrita
alfabética.
L
Que tal ampliarmos o nosso
repertório de intervenções?!
2º ANÁLISE LINGUÍSTICA NO INTERIOR DO
TEXTO E DAS PALAVRAS
CONSCIÊNCIA DE PALAVRA
● Identificar ou dizer palavras maiores que outras;
● Segmentar e contar palavras;
● Identificar a primeira e última palavra de uma
frase ou texto;
● Identificar uma palavra dentro de outra.
Batendo palma eu vou dizer
O meu nome para você aprender
Batendo palma eu vou falar
O meu nome sei que você vai gostar
(EF01LP06) Segmentar oralmente palavras em sílabas.
CONSCIÊNCIA DE SÍLABA
● Identificar palavras com sílabas iguais;
● Dizer palavras com a mesma sílaba de uma palavra
ouvida;
● Segmentar palavras em sílabas;
● Contar quantas sílabas uma palavra contém.
● Sintetizar sílabas para formar uma palavra;
● Adicionar, substituir ou subtrair uma sílaba de uma
palavra ouvida;
● Isolar a sílaba inicial de um palavra;
● Inverter a ordem das sílabas de uma palavra.
CONSCIÊNCIA DE RIMA E ALITERAÇÃO
● Identificar palavras com unidades iguais;
● Separar palavras com unidades iguais;
● Dizer palavras com a mesma unidade de uma
palavra ouvida.
MEU NOME TEM UMA RIMA
UMA RIMA MEU NOME TEM
ESSA RIMA É SÓ MINHA
INVENTE A SUA TAMBÉM
CONSCIÊNCIA FONÊMICA
● Identificar palavras com fonemas iguais;
● Dizer palavras com o mesmo fonema de uma palavra
ouvida;
● Segmentar palavras em fonemas representado por letras;
● Contar quantos fonemas uma palavra contém;
● Sintetizar fonemas para formar uma palavra;
● Adicionar, substituir ou subtrair um fonema de uma
palavra ouvida;
● Isolar um fonema inicial de um palavra;
● Inverter a ordem dos fonemas de uma palavra.
PRÉ-LEITOR:
- Nível 1: o estudante não realizou a leitura OU o estudante disse letras,
sílabas ou palavras que não constavam no item, não conseguindo, ainda,
relacionar a sonoridade da letra, sílaba ou palavra aos grafemas. 30%
- Nível 2: o estudante nomeou letras isoladas ao tentar ler as palavras
constantes no item, ou seja, identifica letras. Esse estudante já consegue
relacionar a sonoridade das letras à sua representação gráfica, mas ainda
realiza uma leitura individual de cada elemento do código alfabético dentro
de cada palavra, realizando uma soletração. 18%
- Nível 3: estudante silabou ao realizar a leitura das palavras constantes no
item. Esse estudante consegue ler algumas palavras isoladas, porém, como
isso exige muito esforço, só o faz de modo muito lento e silabando, não
fazendo, ao final, a leitura global da palavra lida. 6%
- Nível 4: o estudante leu corretamente até 10 palavras e 5 pseudopalavras
constantes no item. 25%
Fonte: CAEd/UFJF (2023)
AGRUPAMENTOS POR NÍVEIS DE LEITURA
AS ESTRATÉGIAS PARA PROMOÇÃO DA FLUÊNCIA
3ª ESTRATÉGIA : LEITURAS REPETIDAS
A prática da leitura é de extrema importância para o desenvolvimento da
automaticidade e da prosódia. Samuels (1979) defende a estratégia de
colocar alunos com grandes dificuldades de leitura a lerem excertos
(trechos) de um texto várias vezes, até atingirem um predeterminado
nível de fluência. Uma vez atingido essa fluência, os alunos avançavam
para outro excerto. Ele observou que pela prática repetida os alunos
desenvolviam fluência. O exercício com o mesmo texto promove
também a motivação para a leitura, pois o(a) aluno(a) se sente seguro e
confiante e tem a percepção da sua evolução enquanto leitor(a).
Esta estratégia é a mais frequentemente reconhecida como
potenciadora do desenvolvimento da fluência de leitura e da
compreensão da leitura, para os(as) leitores(as) aprendizes e com
dificuldades de leitura.
ESTRATÉGIAS PARA A PROMOÇÃO DE
FLUÊNCIA
AS ESTRATÉGIAS PARA PROMOÇÃO DA FLUÊNCIA
4ª ESTRATÉGIA: LEITURA ASSISTIDA
A leitura assistida é uma forma de leitura em que um leitor lê um
texto enquanto simultaneamente o ouve ler. Para os leitores
aprendizes ou com dificuldades de leitura, ouvir ler um texto de
forma fluente ao mesmo tempo que o leem é uma estratégia
facilitadora do desenvolvimento da fluência de leitura.
A leitura assistida pode ser vista como a ferramenta que
permite passar da modelagem da leitura para a leitura
independente. Esta estratégia deve ser usada para fornecer apoio
ao leitor, ajudando-o a tornar-se fluente, pois a leitura com apoio
permite que o leitor tenha ajuda quando precisa e, também, que
tenha a oportunidade de conversar sobre o texto lido.
AS ESTRATÉGIAS PARA PROMOÇÃO DA FLUÊNCIA
5ª ESTRATÉGIA : LEITURA EM CORO/LEITURA EM GRUPO
A leitura em coro consiste na leitura oral e em uníssono do
mesmo texto lido por toda a turma ou por um grupo de
alunos(as). A leitura em coro ajuda a desenvolver a fluência, a
autoconfiança e a motivação deles(as). Como leem juntos em voz
alta, aqueles que normalmente se sentem desconfortáveis ou
nervosos ao ler encontram no grupo o suporte interno para a
leitura. Este variante da leitura assistida proporciona aos leitores
menos qualificados a oportunidade de praticar e receber suporte
antes de serem convidados(as) a ler por conta própria.
“ O que as crianças aprendem não ocorre
como um resultado automático do que
lhes é ensinado. Ao contrário, isso se deve
em grande parte à própria realização das
crianças como consequência de suas
atividades e de nossos recursos.”
Loris Malaguzzi, 1999, p. 76.
RETOMANDO OS OBJETIVOS…
● Refletir sobre o resultado da avaliação de fluência em leitura
diagnóstica para construção de intervenções;
● Apresentar os fundamentos e contribuições da coleção
Veredas;
● Possibilitar o entendimento sobre a importância da
organização da rotina de sala de aula como elemento
pedagógico norteador;
● Entender a concepção de alfabetização na perspectiva do
letramento;
● Intervir a partir das hipóteses de escrita e leitura;
● Propor estratégias de ensino de leitura e apropriação do SEA
com base na adaptação de atividades para diferenciar e
diversificar em uma perspectiva de heterogeneidade.
ESTRATÉGIA PEDAGÓGICA | Pré-leitor
—PAULOFREIRE
“Não é no silêncio que os
homens se fazem, mas na
palavra, no trabalho, na
ação-reflexão”
AVALIAÇÃO ON-
LINE
Leiam o qrcode e realizem avaliação
da formação.
OBRIGADA!
Você tem algum questionamento?
vanessamartins@abemcomum.org
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Vanessa Martins e Márcia Mendes
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INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de Professor

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INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de Professor

  • 1.
  • 2. 1ª FORMAÇÃO ESTADUAL PARA FORMADORES DO PROGRAMA ALFABETIZA PARÁ PRÁTICAS PEDAGÓGICAS NO PROCESSO DE LETRAMENTO E ALFABETIZAÇÃO DAS CRIANÇAS BELÉM-PA 2023
  • 3. OBJETIVO GERAL Refletir sobre elementos constituintes da prática pedagógica no processo de letramento e alfabetização das crianças.
  • 4. OBJETIVOS ESPECÍFICOS ● Refletir sobre o resultado da avaliação de fluência em leitura diagnóstica para construção de intervenções; ● Apresentar os fundamentos e contribuições da coleção Veredas; ● Possibilitar o entendimento sobre a importância da organização da rotina de sala de aula como elemento pedagógico norteador; ● Entender a concepção de alfabetização na perspectiva do letramento; ● Intervir a partir das hipóteses de escrita e leitura; ● Propor estratégias de ensino de leitura e apropriação do SEA com base na adaptação de atividades para diferenciar e diversificar em uma perspectiva de heterogeneidade.
  • 5. AGENDA DA FORMAÇÃO ● Acolhida; ● Retomando os resultados da Avaliação Diagnóstica de Fluência Leitora para planejar intervenções; ● O Direito da Criança ser Alfabetizada; ● Alfabetizar na perspectiva do letramento; ● Apropriação do sistema de escrita alfabética e estratégias para o desenvolvimento do leitor a partir da exploração do texto; ● O papel da consciência fonológica para o aprendizado da escrita alfabética.
  • 6. ENSINAR É INSPIRAR HISTÓRIAS
  • 7. AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA DE FLUÊNCIA EM LEITURA Fonte: CAEd/UFJF Produção: PARC/ABC (2023).
  • 8. AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA DE FLUÊNCIA EM LEITURA
  • 9. O QUE CARACTERIZA CADA PERFIL LEITOR? 1. Leitor fluente: aquele estudante que, além de ter domínio do sistema de escrita alfabética e dos signos da língua, orais e escritos, apresenta leitura automatizada e é capaz de, a partir do texto, construir sentidos para o que lê. 2. Leitor iniciante: aquele estudante que já se apropriou do sistema de escrita alfabética, porém ainda não dominou por completo a base ortográfica da língua e, por isso, ainda não consegue ler fluentemente. 3. Pré-leitor: estudante que ainda não desenvolveu todas as habilidades necessárias para realizar uma leitura oral ou para realizá-la sem muito esforço. Subdivide-se em 4 níveis: AVALIAÇÃO DE FLUÊNCIA EM LEITURA
  • 10. PRÉ-LEITOR: - Nível 1: o estudante não realizou a leitura OU o estudante disse letras, sílabas ou palavras que não constavam no item, não conseguindo, ainda, relacionar a sonoridade da letra, sílaba ou palavra aos grafemas. 30% - Nível 2: o estudante nomeou letras isoladas ao tentar ler as palavras constantes no item, ou seja, identifica letras. Esse estudante já consegue relacionar a sonoridade das letras à sua representação gráfica, mas ainda realiza uma leitura individual de cada elemento do código alfabético dentro de cada palavra, realizando uma soletração. 18% - Nível 3: estudante silabou ao realizar a leitura das palavras constantes no item. Esse estudante consegue ler algumas palavras isoladas, porém, como isso exige muito esforço, só o faz de modo muito lento e silabando, não fazendo, ao final, a leitura global da palavra lida. 6% - Nível 4: o estudante leu corretamente até 10 palavras e 5 pseudopalavras constantes no item. 25% Fonte: CAEd/UFJF (2023) AVALIAÇÃO DE FLUÊNCIA EM LEITURA
  • 11. A COLEÇÃO VEREDAS DA LEITURA E DA ESCRITA
  • 12. A ROTINA PARA O CICLO DE ALFABETIZAÇÃO ROTINA Qual a importância da organização das atividades de ensino de Língua Portuguesa na rotina? A organização do tempo pedagógico garante que cada eixo de ensino seja contemplado, sendo importante ao professor refletir sobre o que ensina, por que ensina e que tempo (etapa e duração) precisa para ensinar o que ensina.
  • 13. Planejando a partir da rotina Como organizar o desenvolvimento das habilidades de modo a garantir a alfabetização através da rotina escolar, desenvolvendo as práticas de linguagem: leitura, oralidade, análise linguística e produção textual?
  • 14. SUGESTÃO DE ROTINA Vamos enveredar na Rotina?!
  • 15. Rotina e aprendizagem Para que todas as crianças tenham o direito de aprender garantido durante os anos iniciais do ensino fundamental, precisamos organizar bem as atividades e trabalhar cotidianamente de maneira sistematizada (WEISZ, 2006). Para tanto, devemos dar atenção especial à organização e otimização do tempo em sala de aula.
  • 16. O direito de ser alfabetizado
  • 17. Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. Constituição de 1988
  • 18. A escola é obrigatória para as crianças. Dentre outros direitos, é prioritário o ensino da leitura e escrita, tal como previsto no artigo 32 da Lei 9.394 da LDB: I - o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o pleno domínio da leitura , da escrita e do cálculo; II - a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade; Artigo32 O ensino fundamental obrigatório com duração de 9 (nove) anos, gratuito na escola pública, iniciando-se aos 6 (seis) anos de idade, terá por objetivo a formação básica do cidadão, mediante: III - o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição de conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores; IV - o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e de tolerância recíproca em que se assenta a vida social.
  • 19. BNCC A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) define que a alfabetização das crianças deverá ocorrer até o segundo ano do ensino fundamental, com o objetivo de garantir o direito fundamental de aprender a lere escrever.
  • 20. O Compromisso Nacional Criança Alfabetizada, em regime de colaboração entre União, Estados, Distrito Federal e Municípios, almeja, por meio da conjugação dos esforços, garantir o direito à alfabetização de todas as crianças do país. O foco é garantir que 100% das crianças brasileiras estejam alfabetizadas ao final do 2° ano do Ensino Fundamental; além da recomposição das aprendizagens, com foco na alfabetização, de 100% das crianças matriculadas no 3°, 4° e 5° ano, afetadas pela pandemia.
  • 21. As competências e habilidades como direito para as crianças serem alfabetizadas
  • 22.
  • 23. O que é uma criança alfabetizada? QUESTÕES INICIAIS Como acompanhar as aprendizagens? Que práticas são indispensáveis no dia a dia da sala de aula para a garantia das aprendizagens? Quais aprendizagens são necessárias? Quais dificuldades são mais encontradas no processo? ?
  • 24. Alfaletrar: alfabetizar letrando e letrar alfabetizando RETOMANDO CONCEITOS…
  • 25. ALFALETRAR Para um começo de conversa sobre Aprendizagem Inicial da Língua Escrita e de leitura de crianças dos anos iniciais do ensino fundamental é imprescindível destacar dois conceitos fundamentais: Alfabetização e Letramento.
  • 26. APRENDIZAGEM INICIAL DA LÍNGUA ESCRITA ALFABETIZAÇÃO LETRAMENTO DIMENSÃO TÉCNICA Apropriação da tecnologia escrita; Domínio do Sistema de Escrita Alfabética - SEA Análise linguística. DIMENSÃO FUNÇÃO SOCIAL Leitura, oralidade e escrita de textos da prática social ALFALETRAR
  • 27. A BNCC assume a centralidade do texto como unidade de trabalho e as perspectivas enunciativo-discursivas na abordagem, de forma a sempre relacionar os textos a seus contextos de produção e o desenvolvimento de habilidades ao uso significativo da linguagem em atividades de leitura, escuta e produção de textos em várias mídias e semioses. Texto BRASIL, 2018, p.67.
  • 28. Nessa perspectiva, é de suma importância considerar a função social dos textos utilizados no âmbito escolar. Tendo em vista proporcionar aos alunos situações de aprendizagem com textos reais – e não exclusivamente elaborados para o trabalho escolar, mas que possam ter sentido dentro e fora da escola. Tais como:
  • 29. “Não basta saber ler que Eva viu a uva. É preciso compreender qual a posição que Eva ocupa no seu contexto social, quem trabalha para produzir a uva e quem lucra com esse trabalho.” — Paulo Freire
  • 31. ● Como utilizar o material didático complementar considerando os elementos constitutivos da prática pedagógica em letramento e alfabetização? ● Quais elementos são observáveis? ● Que práticas de linguagens podem ser observadas? ● Que gêneros textuais estão presentes? OLHANDO A COLEÇÃO VEREDAS DA LEITURA E DA ESCRITA
  • 32.
  • 33.
  • 34.
  • 35. Atividades de Sistematização Vivências pedagógicas a partir do trabalho com texto
  • 36. Aprendizagem inicial da escrita Uso como dispositivo didático de diferentes gêneros textuais As práticas e usos sociais da língua escrita. Práticas sociais de leitura Práticas sociais de produção de textos Letramento
  • 37. Aprendizagem inicial da escrita Conhecimento de letras O domínio do funcionamento do sistema de escrita alfabético Desenvolvimento Psicogenético Consciência fonológica Alfabetização
  • 38. 1º ASPECTOS SOCIODISCURSIVOS DO GÊNERO TEXTUAL
  • 39. AS ESTRATÉGIAS PARA PROMOÇÃO DA FLUÊNCIA 1ª ESTRATÉGIA : MODELAGEM DA LEITURA Rasinski (2003) defende que uma estratégia para ensinar aos alunos de que fluência em leitura não é ler depressa, é fazer leituras modelo para eles, ou seja, a modelagem da leitura feita por um leitor fluente, neste caso o(a) professor(a) ou outro par experiente nesse aspecto. Para que esta ação surta os efeitos desejados, o(a) professor(a) deverá ler com expressividade, ou seja, recorrendo aos recursos prosódicos(...) como a entoação, o aumento ou diminuição do ritmo, o aumento ou diminuição do volume, o tom, a suavidade etc., confrontando essas características com o sentido do texto e, desta forma, levando os alunos a compreenderem o que necessitam fazer para tentarem ler com expressividades semelhantes. (RASINSKI, 2003). ESTRATÉGIAS PARA A PROMOÇÃO DE FLUÊNCIA
  • 40. AS ESTRATÉGIAS PARA PROMOÇÃO DA FLUÊNCIA A leitura em eco envolve a modelação por um leitor fluente aos alunos e o encorajamento para reler ou ecoar o mesmo texto, com apoio quando necessário. Na leitura em eco, o aluno, imediatamente, faz eco ou imita a leitura de um leitor proficiente. Ao fazê-lo, o aluno ganha confiança na leitura oral, torna-se proficiente na leitura de textos que seriam de elevado grau de dificuldade para ler sozinho. Os alunos também podem ter dificuldade com o vocabulário dos textos. A leitura em eco os ajuda a reconhecer novas palavras e a ler em um ritmo que é melhor para a compreensão. Se os alunos lerem num ritmo muito lento ou muito rápido, provavelmente terão dificuldade em compreender o que estão lendo. 2ª ESTRATÉGIA: LEITURA EM ECO ESTRATÉGIAS PARA A PROMOÇÃO DE FLUÊNCIA
  • 41. PRÉ-LEITOR: - Nível 1: o estudante não realizou a leitura OU o estudante disse letras, sílabas ou palavras que não constavam no item, não conseguindo, ainda, relacionar a sonoridade da letra, sílaba ou palavra aos grafemas. 30% - Nível 2: o estudante nomeou letras isoladas ao tentar ler as palavras constantes no item, ou seja, identifica letras. Esse estudante já consegue relacionar a sonoridade das letras à sua representação gráfica, mas ainda realiza uma leitura individual de cada elemento do código alfabético dentro de cada palavra, realizando uma soletração. 18% - Nível 3: estudante silabou ao realizar a leitura das palavras constantes no item. Esse estudante consegue ler algumas palavras isoladas, porém, como isso exige muito esforço, só o faz de modo muito lento e silabando, não fazendo, ao final, a leitura global da palavra lida. 6% - Nível 4: o estudante leu corretamente até 10 palavras e 5 pseudopalavras constantes no item. 25% Fonte: CAEd/UFJF (2023) AGRUPAMENTOS POR NÍVEIS DE LEITURA
  • 42. ● Aprende que a palavra oral é uma cadeia sonora independente de seu significado e passível de ser segmentada em pequenas unidades. ● Aprende que cada uma dessas pequenas unidades sonoras da palavra é representada por formas visuais específicas - as letras. O que a criança aprende quando se apropria do sistema de escrita alfabética?
  • 43. Descobrir o fato de que as palavras são formadas por fonemas (sons menores do que a sílaba) e que os fonemas, por sua vez, são representados por grafemas (letras): ● Escrevemos com letras ● Letras notam som É pela interação entre aluno e professor, proporcionando experiências com a língua escrita possibilitando reflexões, de forma sistemática e explícita, que a criança vai compreendendo o princípio alfabético. Princípio alfabético
  • 44. Apropriação do SEA Reconhecer as letras do alfabeto. Um conjunto de 10 propriedades relativas à notação alfabética. Ter conhecimento do nível de compreensão da escrita em que se encontram as crianças para subsidiar a ação educativa. Propriedades do SEA Diagnosticar Princípio alfabético Considerar o nível de desenvolvimento que a criança já chegou e estimular para avançar. Mediação do professor Crianças Professores
  • 45. Habilidades da BNCC (EF01LP05) Reconhecer o sistema de escrita alfabética como representação dos sons da fala. (EF01LP06) Segmentar oralmente palavras em sílabas. (EF01LP07) Identificar fonemas e sua representação por letras. (EF01LP08) Relacionar elementos sonoros (sílabas, fonemas, partes de palavras) com sua representação escrita. (EF01LP13) Comparar palavras, identificando semelhanças e diferenças entre sons de sílabas iniciais. (EF01LP13) Comparar palavras, identificando semelhanças e diferenças entre sons de sílabas iniciais, mediais e finais. (EF02LP02) Segmentar palavras em sílabas e remover e substituir sílabas iniciais, mediais e finais para criar novas palavras.
  • 46. Quais intervenções/atividades devemos priorizar para as crianças avançarem no nível de escrita e de leitura?
  • 47. O papel da consciência fonológica para o aprendizado da escrita alfabética.
  • 48. Consciência fonológica É o conhecimento consciente de analisar e manipular os sons que compõem as palavras.
  • 49. Palavra Menor unidade de sentido. Sílaba Segmentos sonoros que formam palavras. Níveis da consciência fonológica 1 2 Rima Composição sequencial de sons que combinam no final das palavras. 3
  • 50. Aliteração palavras que compartilham o mesmo som no início das palavras. Fonêmica Segmentos sonoros que formam palavras. Níveis da consciência fonológica 4 5
  • 51. OPERAÇÕES DE MANIPULAÇÃO DAS UNIDADES SONORAS A operação cognitiva que o indivíduo realiza sobre as unidades sonoras no ensino da escrita alfabética. L Que tal ampliarmos o nosso repertório de intervenções?!
  • 52. 2º ANÁLISE LINGUÍSTICA NO INTERIOR DO TEXTO E DAS PALAVRAS
  • 53. CONSCIÊNCIA DE PALAVRA ● Identificar ou dizer palavras maiores que outras; ● Segmentar e contar palavras; ● Identificar a primeira e última palavra de uma frase ou texto; ● Identificar uma palavra dentro de outra.
  • 54. Batendo palma eu vou dizer O meu nome para você aprender Batendo palma eu vou falar O meu nome sei que você vai gostar (EF01LP06) Segmentar oralmente palavras em sílabas.
  • 55. CONSCIÊNCIA DE SÍLABA ● Identificar palavras com sílabas iguais; ● Dizer palavras com a mesma sílaba de uma palavra ouvida; ● Segmentar palavras em sílabas; ● Contar quantas sílabas uma palavra contém. ● Sintetizar sílabas para formar uma palavra; ● Adicionar, substituir ou subtrair uma sílaba de uma palavra ouvida; ● Isolar a sílaba inicial de um palavra; ● Inverter a ordem das sílabas de uma palavra.
  • 56. CONSCIÊNCIA DE RIMA E ALITERAÇÃO ● Identificar palavras com unidades iguais; ● Separar palavras com unidades iguais; ● Dizer palavras com a mesma unidade de uma palavra ouvida. MEU NOME TEM UMA RIMA UMA RIMA MEU NOME TEM ESSA RIMA É SÓ MINHA INVENTE A SUA TAMBÉM
  • 57. CONSCIÊNCIA FONÊMICA ● Identificar palavras com fonemas iguais; ● Dizer palavras com o mesmo fonema de uma palavra ouvida; ● Segmentar palavras em fonemas representado por letras; ● Contar quantos fonemas uma palavra contém; ● Sintetizar fonemas para formar uma palavra; ● Adicionar, substituir ou subtrair um fonema de uma palavra ouvida; ● Isolar um fonema inicial de um palavra; ● Inverter a ordem dos fonemas de uma palavra.
  • 58. PRÉ-LEITOR: - Nível 1: o estudante não realizou a leitura OU o estudante disse letras, sílabas ou palavras que não constavam no item, não conseguindo, ainda, relacionar a sonoridade da letra, sílaba ou palavra aos grafemas. 30% - Nível 2: o estudante nomeou letras isoladas ao tentar ler as palavras constantes no item, ou seja, identifica letras. Esse estudante já consegue relacionar a sonoridade das letras à sua representação gráfica, mas ainda realiza uma leitura individual de cada elemento do código alfabético dentro de cada palavra, realizando uma soletração. 18% - Nível 3: estudante silabou ao realizar a leitura das palavras constantes no item. Esse estudante consegue ler algumas palavras isoladas, porém, como isso exige muito esforço, só o faz de modo muito lento e silabando, não fazendo, ao final, a leitura global da palavra lida. 6% - Nível 4: o estudante leu corretamente até 10 palavras e 5 pseudopalavras constantes no item. 25% Fonte: CAEd/UFJF (2023) AGRUPAMENTOS POR NÍVEIS DE LEITURA
  • 59. AS ESTRATÉGIAS PARA PROMOÇÃO DA FLUÊNCIA 3ª ESTRATÉGIA : LEITURAS REPETIDAS A prática da leitura é de extrema importância para o desenvolvimento da automaticidade e da prosódia. Samuels (1979) defende a estratégia de colocar alunos com grandes dificuldades de leitura a lerem excertos (trechos) de um texto várias vezes, até atingirem um predeterminado nível de fluência. Uma vez atingido essa fluência, os alunos avançavam para outro excerto. Ele observou que pela prática repetida os alunos desenvolviam fluência. O exercício com o mesmo texto promove também a motivação para a leitura, pois o(a) aluno(a) se sente seguro e confiante e tem a percepção da sua evolução enquanto leitor(a). Esta estratégia é a mais frequentemente reconhecida como potenciadora do desenvolvimento da fluência de leitura e da compreensão da leitura, para os(as) leitores(as) aprendizes e com dificuldades de leitura. ESTRATÉGIAS PARA A PROMOÇÃO DE FLUÊNCIA
  • 60. AS ESTRATÉGIAS PARA PROMOÇÃO DA FLUÊNCIA 4ª ESTRATÉGIA: LEITURA ASSISTIDA A leitura assistida é uma forma de leitura em que um leitor lê um texto enquanto simultaneamente o ouve ler. Para os leitores aprendizes ou com dificuldades de leitura, ouvir ler um texto de forma fluente ao mesmo tempo que o leem é uma estratégia facilitadora do desenvolvimento da fluência de leitura. A leitura assistida pode ser vista como a ferramenta que permite passar da modelagem da leitura para a leitura independente. Esta estratégia deve ser usada para fornecer apoio ao leitor, ajudando-o a tornar-se fluente, pois a leitura com apoio permite que o leitor tenha ajuda quando precisa e, também, que tenha a oportunidade de conversar sobre o texto lido.
  • 61. AS ESTRATÉGIAS PARA PROMOÇÃO DA FLUÊNCIA 5ª ESTRATÉGIA : LEITURA EM CORO/LEITURA EM GRUPO A leitura em coro consiste na leitura oral e em uníssono do mesmo texto lido por toda a turma ou por um grupo de alunos(as). A leitura em coro ajuda a desenvolver a fluência, a autoconfiança e a motivação deles(as). Como leem juntos em voz alta, aqueles que normalmente se sentem desconfortáveis ou nervosos ao ler encontram no grupo o suporte interno para a leitura. Este variante da leitura assistida proporciona aos leitores menos qualificados a oportunidade de praticar e receber suporte antes de serem convidados(as) a ler por conta própria.
  • 62. “ O que as crianças aprendem não ocorre como um resultado automático do que lhes é ensinado. Ao contrário, isso se deve em grande parte à própria realização das crianças como consequência de suas atividades e de nossos recursos.” Loris Malaguzzi, 1999, p. 76.
  • 63. RETOMANDO OS OBJETIVOS… ● Refletir sobre o resultado da avaliação de fluência em leitura diagnóstica para construção de intervenções; ● Apresentar os fundamentos e contribuições da coleção Veredas; ● Possibilitar o entendimento sobre a importância da organização da rotina de sala de aula como elemento pedagógico norteador; ● Entender a concepção de alfabetização na perspectiva do letramento; ● Intervir a partir das hipóteses de escrita e leitura; ● Propor estratégias de ensino de leitura e apropriação do SEA com base na adaptação de atividades para diferenciar e diversificar em uma perspectiva de heterogeneidade.
  • 64. ESTRATÉGIA PEDAGÓGICA | Pré-leitor —PAULOFREIRE “Não é no silêncio que os homens se fazem, mas na palavra, no trabalho, na ação-reflexão”
  • 65. AVALIAÇÃO ON- LINE Leiam o qrcode e realizem avaliação da formação.
  • 66. OBRIGADA! Você tem algum questionamento? vanessamartins@abemcomum.org marciamendes@abemcomum.org Vanessa Martins e Márcia Mendes Consultoras de Expansão PARC