Este documento descreve a arte e cultura do estilo Rococó na Europa entre os séculos XVII e XVIII. Detalha as características arquitetônicas, pictóricas e escultóricas do Rococó na Itália, Europa Central e do Norte, Espanha e Portugal, com ênfase nos principais artistas e obras de cada região.
3. Itália
• Arquitectura
– O Barroco continua a ser o estilo preferido (séculos XVII e
XVIII)
– Rococó
• Limita-se à decoração de interior e à pintura decorativa mural a
fresco, nas igrejas e palácios
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4. Itália
• Pintores
– Giambattista Tiepolo (1696-1770)
• Principais características:
– cores claras e límpidas e o brilho do
colorido é de tradição veneziana.
– A exuberância e a alegria da composição
aliam-se a uma imaginação rica e a um
talento particular na expressão visual,
típicos de uma arte palaciana.
– Trabalha na Alemanha e em Espanha
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6. Itália
• Pintura sobre tela
– Invenção veneziana desta época
é a vedute, pintura de género
que descreve a panorâmica da
cidade.
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CANALETTO
Tamisa e a cidade de Londres visto de
Richmond house
1747
Óleo sobre tela, 105 x 117,5 cm
Goodwood house, West Sussex
7. Itália
• Principais pintores
– o veneziano António Canale, dito
Canaletto (1697-1768),
• pintor minucioso da realidade e dos
cenários urbanos com panorâmicas
grandiosas.
• Arte é requintada, subtil e minuciosa, com
um rigor construtivo de grande pureza e
sobriedade, destacando-se o seu
tratamento da luminosidade;
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11. Itália
– Francesco Guardi (1712-93)
• conhecido pelos seus caprichos líricos, paisagens
imaginárias onde se mistura o real e o surreal.
• Nas suas obras, a arquitectura é fantasista e a cor e
luminosidade que a envolvem são delicadamente
etéreas e quase impressionistas.
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14. Itália
• Escultura
– Relevo
– Principais artistas:
• Giacomo Serpotta (1652-1732)
– às marcas do Barroco romano juntou formas claramente rococó
• Fillipo Valle (1697-1768)
– conhecido pelo alto-relevo de A Anunciação, na Igreja de Santo
Inácio, em Roma.
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18. Europa Central e do Norte
• Países germânicos
– seguidores da Igreja Católica
– que o Rococó foi melhor aplicado, quer nos seus princípios
estilísticos - peculiaridade das artes ornamentais -, quer no
número de construções, devido ao poder político e
religioso dos príncipes e bispos que governavam as suas
cortes.
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19. Europa Central e do Norte
• Arquitectura
– exteriores sóbrios e elegantes
– interiores construídos ou reconstruídos nesta
época
– decoração ornamentação em branco e dourado,
repleta de pinturas murais, num conjunto
exuberante, alegre, próprio de ambientes festivos.
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20. Europa Central e do Norte
• Na Suécia e na Inglaterra
– Rococó
• Sobretudo na decoração de interiores e nas artes
decorativas.
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21. Europa Central e do Norte
• Na Inglaterra
– Pintura
• Influenciada por Watteau e Fragonard.
– Temas:
• desenvolvimento próprio no retrato,
• representação de animais e crianças,
• na caricatura,
• na pintura social
• na paisagem.
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22. Europa Central e do Norte
• Principais artistas:
– William Hogart (1697-1764)
• cultivou a beleza rococó quer na forma
harmoniosa das suas figuras, quer na
valorização das ambiências; as suas
caricaturas são também abundantes;
– Thomas Gainsborough (c. 1727-88)
• retratista e paisagista de delicado
colorido e elegância sensível.
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28. Espanha
• Influências
– Churriguerismo (excesso de decoração)
– obras de artistas franceses e italianos emigrados:
• italianos F. Juvara que projectou o Palácio Real de
Madrid, G. Sacchetti (c. 1764) que o terminou e Tiepolo
que o decorou .
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29. Espanha
• A arquitectura religiosa
– Mantém as características barroca, mas sobrecarregada de
ornamentação.
• Pintura
– as mesmas influências fizeram-se sentir em Luís Paret y
Alcázar.
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30. 30
PARET Y ALCAZÁR, Luis
O jantar de Charles III
c. 1788
Óleo sobre madeira, 50 x 64 cm
Museu do Prado, Madrid
31. Espanha
• No relevo
– obra mais carismática entre o Barroco e o Rococó
• Retábulo Transparente da Catedral de Toledo, de Narciso Tomé
(1690-1742).
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34. Portugal
• Sofre a influência alemã
– grande difusão das gravuras
– surgiu no Norte, fixando-se em Braga e em toda a zona do
Minho e Douro.
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35. Portugal
• Arquitectura
– André Ribeiro Soares da Silva (1720-69)
• Características
– ornamentação excessiva e flamejante, com conchas e
vegetação fantásticas, na fachada e no interior, e de uma
correlação perfeita entre Natureza/arquitectura.
• Exemplo
– Edifício da Câmara e na Casa do Raio, em Braga,
– Capela de Santa Maria Madalena, na Falperra.
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41. Portugal
• Principais Construções
– Santuário da Nossa Senhora dos Remédios, em Lamego,
• As esculturas da escadaria, das fontes e dos jardins, com alusões
mitológicas, dão-lhe o toque da sensualidade rocaille.
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42. Portugal
• O Palácio de Queluz
– apresenta uma estrutura barroca complexa, com
decoração rococó (balaustradas e estatuária)
– fachada do pavilhão poente, ao gosto neoclássico:
• construído entre 1747 e 1789 pela mão de Mateus Vicente de
Oliveira (1706-86) e continuado por Robillion (?-1782) que
também decorou os interiores e delineou os jardins.
– Após o terramoto, e dada a necessidade de reconstruir
com rapidez, economia e pouca mão-de-obra, surgiu um
estilo mais sóbrio - o estilo pombalino.
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47. Portugal
• Escultura
– segunda metade do século XVIII,
– representada pelos escultores da chamada "Escola de
Mafra"
– Machado de Castro (1731-1822),
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48. Portugal
• Machado de Castro
– o maior escultor português deste período:
• autor da estátua equestre de D. José I, no Terreiro do Paço, em
Lisboa.
• Obra, muito vasta e variada, encontrou a sua máxima originalidade
nas figurinhas de barro para os seus famosos presépios:
– Em Lisboa, conhecem-se o da Sé patriarcal, o de S. Vicente, o da
Estrela e o do Marquês de Belas, para além de outros elaborados
para a família real.
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51. Portugal
• Talha (1750 e 1785)
– 2 tendências:
• uma a norte, com formas dinâmicas e volumosas e uma
decoração aparatosa e fantasista, como a que prevaleceu nas
oficinas de Braga;
• outra a sul, mais austera e simples, assente sobre lisas estruturas
arquitectónicas que prenunciam o Neoclássico.
– A talha dourada não foi empregue apenas em igrejas, mas
também em mobiliário, coches e bibliotecas.
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52. Portugal
• Pintura
– A pintura rococó não teve a importância da pintura
barroca.
– Surge sobretudo na:
• pintura de retábulos,
• de tectos
• de retratos.
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53. Portugal
• Estilisticamente
– sintomas esmorecidos do Barroco, acrescidos de alguns
modelos trazidos ,do Rococó francês.
– Constituiu uma arte menos galante que a francesa mas
que, todavia, teve aceitação no seu tempo.
– Os esquemas de composição foram copiados de gravuras
que lhes serviram de ponto de partida. Neles se destaca a
movimentação ágil das figuras, de gestos delicados,
compondo cenas dinâmicas de um cromatismo suave e
esmaecido.
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54. Portugal
• Principais pintores
– Pedro Alexandrino (1730-1810):
• Era o fa presto, por aceitar qualquer tipo de encomenda e a
executar com rapidez.
• Praticou vários géneros de pintura
• Decorador de igrejas, em Lisboa, após o terramoto, e de tectos
como os do Palácio de Queluz.
• O seu desenho é ágil e o colorido agradável e suave.
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57. Portugal
• Pintura de tectos:
– Pascoal Parente (italiano), em 1760
• cúpula da Igreja do Seminário de Coimbra
– Giovanni Grossi (1719-81).
• tecto da nave da Igreja de Santa Catarina, em Lisboa
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