2. • Os objetivos do Barroco em França são:
- Seduzir os súbditos para a grandeza e glória do Rei-Sol;
- Transformar o Rei e a Corte no protagonista e palco.
• Na arquitetura civil, o exemplo são os palácios, como o de Versalhes.
3. Características da Arquitetura Francesa
• Na arquitetura de palácios e civil:
- estruturas clássicas: arco de volta perfeita com pilastras adossadas,
rematadas ou não por frontões triangulares;
- plantas em U ou duplo U;
- fachadas recuadas, ladeadas por corpos avançados simétricos;
- linhas ou planos horizontais com corpos cúbicos ou paralelepipédicos;
- organização retilínea;
- edifícios voltados para o interior, onde se organizam os magníficos
jardins;
- interiores extremamente decorados e brilhantes com materiais
ornamentais ricos e variados: mármores, bronzes, cristais, pinturas
coloridas, faixas em talha dourada ou gesso dourado em florões.
4.
5. • Na arquitetura religiosa distinguem-se dois períodos:
• A primeira metade do século XVII, em que praticamente não se
verificam novas construções, ou pelo menos de traçado barroco;
• A partir da 2º metade do século em que se adotam as formas
onduladas na fachada, segundo o gosto Jesuítico maneirista. Nesta
fase:
- quebra-se a tradição clássica;
- introduzem-se aletas a ligar os corpos;
- acentua-se a verticalidade pela elevação das cúpulas;
- quebra-se o traçado retilíneo dos frontões;
- os interiores tornam-se mais decorados e apelativos à
espiritualidade.
• Principais arquitetos: Louis Le Vau, Jules Mansart e François Mansart,
Claude Perrault e Jacques Le Mercier.
6. A escultura
Apresenta:
- influência renascentista;
- acentuado cunho classicista, na organização e na idealização das formas;
- temas mitológicos que servem de base a conjuntos escultóricos;
- realismo no tratamento da figura, principalmente dos bustos que são
verdadeiros retratos;
- tratamento por vezes dramático, aproximando-se
da expressividade berniniana;
- realização de conjuntos escultóricos ou figuras
individualizadas para colocação em mausoléus,
como os dos Cardeais Richelieu e Bérulle.
Túmulo do Cardeal Richelieu
De François Girardon
7. • Principais escultores franceses:
• François Girardon;
• Pierre Puget;
• François Duquesnoy
• Antoine Coysevox (autor de bustos
reais);
• Jean Baptiste Tuby (fez obras em
bronze);
• Jacques Sarrazin (autor da estátua
funerária do Cardeal Bérulle).
8.
9.
10. • A pintura francesa deste período
dividiu-se em dois movimentos
distintos:
1. Segue a tradição classicista
na forma, na composição e no
tratamento das figuras. Tratou
temas mitológicos, retratos e
paisagens;
2. Recebe a influência dos
pintores romanos do Barroco,
em particular de Caravaggio.
Tratou temas religiosos.
A pintura
Paisagem de Claude Lorrain
11. • O primeiro movimento teve como principais representantes, Nicolas
Poussin, Claude Lorrain, Louis Le Nain, Charles Le Brun, Pierre
Mignard e Philippe de Champaigne. As suas obras representam
paisagens harmoniosas e de beleza idealizada; cenas do quotidiano
campesino ou retratos da Corte.
12. • O segundo movimento teve em Georges de La Tour o mais caravaggista
de todos. As suas pinturas são marcadas pela luz amarela da vela ou de
candelabro.
15. • O Barroco irradiou a partir de Itália para o resto da Europa, apresentando
soluções distintas nas zonas geográficas de acordo com as zonas
geográficas e as tradições culturais, históricas e religiosas desses locais.
• Na Alemanha, no império Austro-Húngaro e na Flandres é a exuberância
que predomina; na Escandinávia e Holanda, fruto da reforma luterana, o
Barroco foi mais austero.
16. • Enquanto que a Arquitetura flamenga se abriu à influência do Barroco por
imposição de Espanha e adotou as linhas sinuosas e irregulares do estilo
romano, de que é exemplo a Igreja de S. Miguel de Lovaina; a Arquitetura
Holandesa mantém-se fiel à permanência classicista, mostrando-se
indiferente à nova gramática decorativa.
• A partir de 1630, talvez por influência da Inglaterra, desenvolveu-se um
estilo sóbrio, simples, de características clássicas, cujo exemplo é o
Palácio do Príncipe de Nassau (governante do território do recife, ocupado
aos portugueses), atualmente transformado em museu. Neste edifício
foram adotadas as linhas renascentistas de tradição palladiana.
17. • Enquanto que a Arquitetura flamenga se abriu à influência do Barroco por
imposição de Espanha e adotou as linhas sinuosas e irregulares do estilo
romano, de que é exemplo a Igreja de S. Miguel de Lovaina; a Arquitetura
Holandesa mantém-se fiel à permanência classicista, mostrando-se
indiferente à nova gramática decorativa.
• A partir de 1630, talvez por influência da Inglaterra, desenvolveu-se um
estilo sóbrio, simples, de características clássicas, cujo exemplo é o
Palácio do Príncipe de Nassau (governante do território do recife, ocupado
aos portugueses), atualmente transformado em museu. Neste edifício
foram adotadas as linhas renascentistas de tradição palladiana.
18. • Na Holanda, em resultado do Calvinismo, não existe praticamente
escultura deste período. Apenas alguns bustos retratando os defuntos.
• No entanto, a pintura do século XVII da Flandres adquire um enorme
fulgor no tratamento de temas tão diversos como a religião, a mitologia e
a história. As pinturas são requintadas, sensuais e faustosas, mostrando
composições vibrantes de cromatismo, transparência e brilho.
19. • A pintura holandesa serve os propósitos do nacionalismo recente. Os
valores nacionalistas de amor à terra e ao lar; o gosto pela simplicidade; o
protestantismo puritano; o amor pelas instituições republicanas, servem de
mote aos pintores e, de tema à pintura.
• As naturezas-mortas assumem também um lugar destacado na decoração
de cozinhas ou salas de trabalho. William Heda atingiu uma perícia tal que
o espectador mal resiste à tentativa de agarrar os objetos, como em: “A
sobremesa” ou “Tabuleiro de Xadrez” de Baugin.
20. • A pintura holandesa serve os propósitos do nacionalismo recente. Os
valores nacionalistas de amor à terra e ao lar; o gosto pela simplicidade; o
protestantismo puritano; o amor pelas instituições republicanas, servem de
mote aos pintores e, de tema à pintura.
• As naturezas-mortas assumem também um lugar destacado na decoração
de cozinhas ou salas de trabalho. William Heda atingiu uma perícia tal que
o espectador mal resiste à tentativa de agarrar os objetos, como em: “A
sobremesa” ou “Tabuleiro de Xadrez” de Baugin.
21. • Peter Paul Rubens, foi o pintor oficial e
o diplomata mais influente da corte do
rei de Espanha nos Países Baixos.
• A sua pintura é requintada, sensual e
luxuosa.
• Trabalhou temas variados, desde os
religiosos aos profanos.
22. • Vermeer utiliza tons quentes e simultaneamente frios, propiciando um
suave contraste entre zonas de sombra e de claridade.
• As suas obras são de tal modo minuciosas que o ambiente nos conta a
história de forma física, mas também psicológica.
23. • O gesto delicado das figuras; o
pormenor do ornamento; o ar
sereno e concentrado das
personagens, contribui para nos
fazer penetrar na ação e dela
fazer parte integrante.
24. • Rembrandt, foi o pintor holandês mais conhecido.
• Pintou retratos individuais e de grupo, cenas bíblicas e outras.
• Fez uma pintura introspetiva e psicológica na forma e no tratamento da
luz, influenciado pelo tenebrismo de Caravaggio.
26. • Localização temporal e período de vigência: Séculos XVII – XVIII.
• Contextualização política: União dinástica dos estados ibéricos, sob um
regime de características absolutistas.
• Antecedentes:
• Morte de D. Sebastião em Alcácer-Quibir sem deixar descendentes
• Subida ao trono de Portugal do rei Filipe II de Espanha com o título de
Filipe I
• Contextualização religiosa:
• Criação da Companhia de Jesus por Inácio de Loyola (Espanhol) em
1539 e consequente expansão dos ideais jesuíticos pela Península
Ibérica.
• Adesão dos dois países aos objetivos da Contra-Reforma Católica.
27. • O Barroco em Espanha foi bem aceite, talvez devido à tradição cristã e ao
absolutismo monárquico, misturados, com a influência árabe, o que originou
o churriguerismo.
• A pintura barroca espanhola sofreu a influência italiana, cultivando formas
pictóricas laicas e religiosas.
• O artista mais destacado foi Diego Velázquez, pintor oficial da corte.
28. • Durante quase um século, a arquitetura espanhola e também a
portuguesa mantiveram as características maneiristas no traçado. As
obras marcadamente barrocas só serão construídas no século XVIII.
• São exemplos deste período a fachada da Catedral de Santiago de
Compostela de Fernando Casas Y Novoa de 1738-50 e a Plaza Mayor de
Salamanca de Alberto Churriguera de 1728-55.
29. • Características do barroco em Espanha:
• Arquitetura monumental exemplificada pelo Palácio do Escorial obra
de Juan de Herrera. Influenciado pelas linhas clássicas, apresenta
conceção geometrizante.
• Reproduz, segundo alguns autores, o antigo palácio do rei Salomão.
30. • Em Portugal, a arquitetura de
palácios, solares e igrejas misturou
características internacionais com
elementos nacionais.
• Foi feita por portugueses e por
estrangeiros cá radicados, como no
caso
• de Nicolau Nasoni, que conjugou
as características barrocas italianas
com o gosto português e a
expressão própria da pedra
granítica.
• Exemplos dignos de nota são: a
Igreja do Bom Jesus de Matosinhos
e a Igreja e Torre dos Clérigos
31.
32. • Ao longo do séc. XVII, especialmente após a Restauração, surgem na
arquitetura portuguesa formas barrocas que contrastam com a
permanência das linhas maneiristas.
• Devido às graves dificuldades financeiras, foi praticamente impossível
aderir à exuberância ornamental do barroco de influência italiana. Por
outro lado o dinamismo do barroco confrontava-se com a tradição de
uma arquitetura estática.
• Por ação de alguns artistas como João Antunes, vão sendo
experimentados novos espaços arquitetónicos, onde se ensaia o
barroco.
• O azulejo representa na nova gramática decorativa um papel importante.
Faz-se uso desses materiais para ultrapassar as limitações económicas
e dotar as igrejas e mesmo os palácios de belos painéis decorativos.
• A verdadeira profusão ornamental só se desenvolve nos inícios do
século XVIII, depois do surgimento do ouro do Brasil.
33. • Será durante o reinado de D. João V que florescerá a talha dourada e
também a pintura oficial.
• A escultura portuguesa deste período limita-se a alguns exemplares de
estátuas equestres, como a de D. José, e figuras sacras realizadas por
Frei Cipriano da Cruz como a expressiva Pietá. O maior vulto da escultura
do século XVIII foi, sem dúvida, Machado de Castro, já no período
seguinte.
34. • Na pintura da 1ª fase (séc. XVII) assumiram particular destaque:
• André Reinoso que criou obras de gestos expressivos, executando
figuras enquadradas numa composição teatral;
• Domingos Vieira (O escuro) retratista de contrastes claro-escuro;
• Josefa de Óbidos ou de Ayala, marcadamente influenciada por
Caravaggio e que realizou obras de grande intensidade mística, mas
de sensibilidade apurada.
• Da 2ª fase (finais do séc. XVII, inícios do XVIII), destacaram-se:
• André Gonçalves, cujas obras são marcadas por intensos contrastes
cromáticos e grandes movimentações;
• Vieira Lusitano, cujo gosto vai para uma paleta mais clara,
característica da tradição portuguesa.
35. Retrato de D. Isabel de Moura, Domingos Vieira Sagrada Família, Vieira Lusitano