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A Arte Neoclássica

Professor de História em Ministério da Educação
29 de Oct de 2013
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A Arte Neoclássica

  1. Módulo 7 12.º ano A Cultura do Salão A estética do Iluminismo: entre o humor e a razão Neoclassicismo Prof. Carlos Pinheiro
  2. Nova atitude crítica resultante do desenvolvimento científico e filosófico do séc. XVII e do Iluminismo do séc. XVIII. A nova estética tinha por base o estudo e a escolha do mais útil e belo da Natureza e das obras da Antiguidade O regresso à ordem correspondia aos interesses de uma nova ideologia revolucionária que tinha por modelo a Antiguidade Clássica (grega e romana): .
  3. Características: No campo técnico-formal, procurou o virtuosismo e a beleza idealizada dos Antigos, alcançados através de aprendizagens rigorosas, feitas nas academias; No campo conceptual e temático, recorreu a conteúdos elevados (eruditos, abstratos ou morais), baseados na História, na Literatura, na Religião e na Mitologia) A arte deve instruir e dar exemplo: o artista converte-se num educador público ao serviço do povo; Tornou-se a expressão do triunfo das conceções iluministas. Jacques-Louis David (1748–1825) Mars désarmé par Vénus. 1824
  4. De acordo com os ideais iluministas, os arquitetos neoclássicos responderam às necessidades do seu tempo com originalidade e engenho, usando os modelos clássicos dos romanos e dos gregos. Inovaram nos aspetos técnicos realizando pesquisas e experimentações constantes onde conciliaram a estética estrutural e formal clássica com novos sistemas construtivos, novas maquinarias e novos materiais. A arquitetura devia ser verdadeira, isto é, exprimir claramente, do exterior, a sua organização interior. Existia uma maior preparação escolar dos arquitetos neoclássicos, formados no rigor científico das academias. Estas, no final do século XVIII, transformaram-se nas primeiras Escolas Politécnicas. Panteão, Paris
  5. Características da arquitetura neoclássica Utilização de materiais modernos (ladrilho cerâmico, ferro fundido); Sistemas construtivos simples aliados a esquemas mais complexos, estruturados a partir do arco de volta perfeita, de inspiração romana, adaptado aos modernos processos técnicos. Nas plantas, utilizou formas regulares, geométricas e simétricas, com base no quadrado e no círculo; Os volumes eram bem definidos por panos murais lisos que clarificavam a simplicidade e a pureza da forma e da estrutura; Na cobertura generalizou-se, a par do teto plano em madeira ou estuque, o uso de abóbadas de berço ou de aresta, ou cúpulas, sobre as zonas centrais das construções. Panteão, Paris
  6. Características da arquitetura neoclássica Os espaços interiores organizados segundo critérios geométricos e formais, com preocupações de funcionalidade; Era aplicada a gramática formal das ordens clássicas, com os seus pórticos colunados, os seus entablamentos direitos, de frisos lisos ou decorados, e os frontões triangulares com tímpanos esculpidos; Materiais nobres, tradicionais (pedra, mármore, granito, madeiras); Panteão, Paris
  7. Objetivos específicos: • Evidenciar a racionalidade da estrutura e da forma das construções; • Conferir-lhes robustez, nobreza, sobriedade e monumentalidade; Tipologias da arquitetura: • De inspiração clássica, com base na basílica romana ou paleocristã, no Panteão e no templo grego; • Novas tipologias, inventadas para responder às crescentes necessidades da vida social, política e cultural, sobretudo nos espaços urbanos: hospitais, museus, bibliotecas, escolas, cafés, salas de teatro e de ópera, bolsas e bancos, repartições públicas e sedes de governo. Capitólio dos EUA
  8. Panteão de Paris (1755-80) Frontão triangular com tímpano esculpido Cúpula Entablamento direito, de friso decorado Pórtico colunado Ordem clássica
  9. Panteão de Paris (1755-80) Arco de volta perfeita Cúpula assente em tambor Entablamento clássico com decoração vegetalista Colunas coríntias Embutidos de mármore no pavimento
  10. Panteão de Paris (1755-80)
  11. Igreja da Madalena (em francês: Église de la Madeleine), Paris, 1764-1806
  12. Arco do Triunfo, Paris, 1836
  13. Kedleston House (Inglaterra)
  14. Kedleston House (Marble Hall, 1765)
  15. Kenwood House (Inglaterra)
  16. Kenwood House (Biblioteca) – Robert Adam, 1768.
  17. Casa de Somerset (Somerset House) Londres, Inglaterra. William Chambers, 1776-1796.
  18. 1753. Robert Smirk
  19. Porta de Brandemburgo (Berlim, Alemanha). 1789-1791. Carl Gotthard Langhans
  20. Altes Museum (Berlim, Alemanha). Karl Friedrich Schinkel, 1830
  21. Teatro Nacional (Berlim, Alemanha). Karl Friedrich Schinkel, 1818-21
  22. Edifício do Estado-Maior-General (Sampetersburgo, Rússia). Karl Ivanovitch Rossi. 1816-27
  23. Capitólio dos Estados Unidos. 1793-1800. Projeto original de William Thornton, posteriormente modificado por Stephen Hallet, Benjamin Latrobe e, em seguida, Charles Bulfinch.
  24. Porta de Alcalá (Madrid, 1778). Francisco Sabatini
  25. Museu do Prado (Madrid). 1786-1819, Juan de Villanueva,
  26. Hospital Geral de Santo António (Porto) 1770-1824. John Carr
  27. Palácio dos Carrancas (atual Museu Nacional de Soares dos Reis). Porto. Joaquim da Costa Lima Sampaio, 1795
  28. Palácio de São Bento (atual Assembleia da República). Lisboa
  29. Teatro Nacional D. Maria II (Lisboa). 1836-1845, Fortunato Lodi
  30. A pintura neoclássica reagiu, esteticamente, contra o Barroco e o Rococó, redescobrindo o Classicismo como fonte de inspiração . Temas Assuntos históricos; Alegóricos; Mitológicos; Heroicos; Retrato. Características Composição geométrica; Desenho rigoroso e linear; Tratamento muito elaborado da luz e do claro-escuro; Predominância da linha, do contorno e do volume sobre a cor; Cores sóbrias; Tom geral é frio sem grande variação cromática Jacques-Louis David O Juramento dos Horácios
  31. A pintura neoclássica está imbuída de uma função simbólica fazendo apelo ao pensamento, à Razão e não à emoção. A estética é naturalista, imitando a vida e a Natureza mas existe a procura de valores expressivos universais, pela procura da representação ideal da realidade. Apresenta modelos absolutos e perfeitos. Criou-se um conjunto de regras teóricas básicas que originaram o academismo de temas, de técnicas e de formas. Jacques-Louis David. As Sabinas
  32. Jacques-Louis David (1748-1825). O Juramento dos Horácios (1784). Óleo sobre tela. 330 cm x 425 cm.
  33. Jacques-Louis David (1748-1825). A Morte de Sócrates. 1787. Óleo sobre tela. 130 x 196 cm
  34. Jacques-Louis David (1748-1825). A Morte de Marat. 1793. Óleo sobre tela.165 × 128 cm
  35. Jacques-Louis David (1748-1825). Napoleão no Passo de Saint-Bernard. 1801. Óleo sobre tela. 259×221 cm
  36. Jacques-Louis David (1748-1825). Napoleão no Passo de Saint-Bernard. 1801. Óleo sobre tela. 259×221 cm
  37. Jacques-Louis David (1748-1825). A Coroação de Napoleão. 1805-07. Óleo sobre tela. 621×979 cm
  38. Jacques-Louis David (1748–1825). As Sabinas. 1799. Óleo sobre tela. 385 cm. x 522 cm.
  39. Jacques-Louis David (1748–1825. Madame Recamier. 1800. Óleo sobre tela. 173 × 243 cm
  40. Antoine-Jean Gros (1771-1835). Napoleão visitando as vítimas da peste de Jaffa. 1804. Óleo sobre tela. 715 × 523 cm
  41. Antoine-Jean Gros (1771-1835). A batalha de Eylau de 1807.1808. Óleo sobre tela. 521 × 784 cm
  42. Antoine-Jean Gros (1771-1835). A batalha de Aboukir, 25 julho de 1799. 1806. Óleo sobre tela. 578 cm x 968 cm.
  43. Júpiter e Tétis. 1811 .Óleo sobre tela. 327 × 260 cm O sonho de Ossian. 1813. Óleo sobre tela. 348 × 275 cm Jean-Auguste Dominique Ingres (1780–1867)
  44. Jean-Auguste Dominique Ingres O Banho Turco 1862. Óleo sobre tela. 108 × 110 cm
  45. Jean-Auguste Dominique Ingres A Grande Odalisca 1814. Óleo sobre tela. 88.9 cm × 162.56 cm
  46. Júpiter e Tétis. 1808. Óleo sobre tela. 144×189 cm A banhista de Valpinçon. 1808. Óleo sobre tela. 146×98 cm Jean-Auguste Dominique Ingres (1780–1867)
  47. Vieira Portuense (1765-1805) D. Filipa de Vilhena armando seus filhos cavaleiros. 1801. Óleo sobre tela. 150 x 212 cm
  48. Vieira Portuense (1765-1805) Júpiter e Leda. 1798. Óleo sobre tela. 120 x 127 cm
  49. Domingos Sequeira (1768-1837) Retrato de Conde de Farrobo 1813. Óleo sobre tela. 102 × 62 cm
  50. Domingos Sequeira (1768-1837) Mariana Benedita Sequeira 1822. Óleo sobre tela. 84 × 65 cm
  51. Domingos Sequeira (1768-1837) Adoração dos Magos 1828. Óleo sobre tela 100 × 140 cm
  52. Tal como a arquitetura e a pintura a escultura deste período foi realizada segundo o espírito revolucionário do Iluminismo. Temas Históricos; Literários; Mitológicos; Alegóricos. Características Copiou as formas de representação dos modelos clássicos com fidelidade, minúcia, perfeição e sentido estético. Homens e mulheres representados com roupagens e poses semelhantes às dos deuses gregos e romanos. Função de glorificação e publicidade de políticos e de pessoas públicas. Preferência pelo mármore branco, pelas suas propriedades naturais (pureza, limpidez e brilho) e porque se pensava que tinha sido o material eleito dos clássicos. Antonio Canova Psiquê revivida pelo beijo de Eros (pormenor) 1787-1793
  53. Jean-Antoine Houdon (1741-1828) Voltaire. 1781 Com 1,84 m de altura, apresenta uma expressão que denuncia o espírito crítico do retratado no olhar vivo e no sorriso, fugindo, assim às regras clássicas; porém, o pregueado das roupagens à antiga fazem-no parecer um senador romano, o que integra o escultor no neoclassicismo.
  54. Antonio Canova Perseu com a cabeça da Medusa 1800-01.
  55. Antonio Canova Paulina Borghese 1804-08
  56. Antonio Canova Psiquê revivida pelo beijo de Eros 1787-1793
  57. Antonio Canova Psiquê revivida pelo beijo de Eros (pormenor) 1787-1793
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