PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
A Teoria Crítica pelos olhos de Robert Cox
1. ATEORIA CRÍTICA PELOS OLHOS
DE ROBERT W. COX
Social Forces, States and World Orders: Beyond International
Relations Theory
Hugo Daniel da Silva Leite Resende, 2015
Joana Filipa Neves Rodrigues, 2015249430
2. «Cox’s contribution to International Relations theory places the
discipline in a transformational framework. Building on Gramsci’s
ideas and a variety of other sources eclectically, his theory goes
beyond the neorealist statecentric framework and brings out the
connections between material conditions, ideas and institutions in
what he terms the formation of ‘world orders’. (…) Cox identifies
creation of a vibrant civil society, emergence of organic
intellectuals representing the marginalized, development of
community-level solidarity, participatory democracy, non-violent
methods of conflict resolution, pluralism and multilateralism as
key elements of his transformational agenda.»
John S. Moolakkattu in International Studies
3. Método de entendimento das relações de
poder globais.
Encarar
a ordem
mundial
como
um todo
Não
material
ziar um
sistema
mundial
Valorizar
poder
Estatal
Dar
atenção às
forças e
processos
sociais
Basear a teoria unicamente em práticas em mudança e estudos
históricos empíricos, que servirão de base para formulação de
conceitos e hipóteses
4. Perspetivas e propóstios
• Todas as teorias têem uma perspetiva.
• As perspetivas derivam de uma posição no tempo e no espaço social e político.
• Para cada perspetiva o mundo rodeante e a pressão da realidade social levantam
uma série de problemas e questões.
• Surge assim no teórico a problemática associada a uma perspetiva particular da
realidade. Sendo ela restringida e influenciada por um momento histórico
específico.
5. Caminhos da problemática
• O conhecimento/discurso são sempre para alguém e com algum
propósito. Assim, conforme a problemática, surgem dois campos
teóricos com propósitos distintos:
Problem Solving Theory Critical Theory
Resposta direta e
simples aos
problemas. Um guia
para resolver
problemas nos termos
de uma perspetiva
específica, que serve
como ponto de partida
Reflexiva no processo de
teorização, para estar
consciente da perspetiva no
cerne da teoria, e a sua
relação com outras
perspetivas. Aberta á
possibilidade uma perspetiva
válida diferente sob a qual a
problemática é a da criação
de um mundo alternativo.
6. Problem-Solving Theory
• O enquadramento para a ação são as relações socias e de poder dominantes, e
as suas devidas instituições. Presentes num mundo estático e focado no
momento atual.
• O objetivo é fazer estas relações e insituições funcionar sem problemas. Não
concebe o problema como um todo, dividindo-o em várias esferas, ao focar-se na
resolução de uma única esfera, assume todas as outras como sendo estáveis.
• A sua força reside na capacidade de fixar limites e parâmetros para uma área
problemática, ao reduzir a afirmação de um problema específico a um número
limitado de variáveis que são responsáveis por uma examinação relativamente
próxima e precisa.
7. Teoria Crítica
• Crítica no sentido de se distanciar da ordem mundial e dominante e de pôr
em causa essa mesma ordem.
• Questiona as origens e os processos de mudança das relações de poder e
instituições. Oferece, assim, um maior leque de insights e soluções.
• Avalia o enquadramento da problemática que a Problem-Solving Theory dá
como garantido.
8. • Direciona-se ao complexo social e político como um todo.
• O seu ponto de partida é uma esfera particular da atividade humana.
Analisando-a numa construção alargada á qual a esfera inicial é apenas um
fragmento, e procura compreender o processo de mudança em que o todo e
o particular se envolvem.
Only when the whole had been undestrood would the analysis be complet
10. • Critical Theory - Teoria histórica, focada no processo contínuo de
mudança histórica.
• Problem-Solving Theory - Não histórica, pois assume um
presente contínuo (prolongamento de um ponto/momento fixo).
Os factos não podem ser separados da sua
génese social: eles são produtos históricos
e sociais. O mundo que estudamos é
produto de ideias e ação humana.
As teorias tradicionais na sua análise ao
Mundo, fazem-no descartando-o como um
produto da história e da interação social.
11. Realismo
• Modo de pensamento histórico, que remota ao pensamento
de Maquiavel.
• Explica as doutrinas e princípios subjacentes aos
comportamentos Estatais tendo em conta circunstâncias
históricas específicas.
• Compreendem as instituições, teorias e eventos dentro do
seu contexto histórico.
12. Neorrealismo
• Adotam uma visão não histórica/ estática do enquadramento de análise. A
história serve apenas para ilustrar variações em temas recorrentes. Existindo
uma constante em que a substância do futuro será a mesma da do passado.
• As ações dos Estados são, portanto, guiadas por um conceito monolítico de
interesse nacional.
• Forma ideológica abstrata do enquadramento histórico caracterizada em 3
níveis:
1. Natureza do Homem
2. Natureza dos Estados
3. Natureza do Sistema de Estados
13. Marxismo e Teoria Crítica
• A teoria crítica marxista defende que é necessário pensar o
marxismo. Pode portanto, ser considerada, uma teoria político-social
pós marxista.
Pontos de concordância
• Conceito de crítica de Marx
• Conceito de “Reficação” de
Marx.
• Visão de Marx de que a
emancipação do sistema de
crenças que sustenta o
capitalismo ser uma
précondição necessárria para a
mudança radical.
Pontos de discordância
• Ideia do proletariado como
personificação da consciência
de classe e de foco de
mudança revolucionária.
• Afasta-se da adoção de Marx
do efeito positivo da tecnologia
no desenvolvimento da
sociedade.
14. Materialismo Histórixo (Marxismo) em
Habermäs.
• Análise do processo de racionalização mais complexa.
• Relações de produção não são impotentes e iconsequentes no
desenvolvimento das sociedades modernas. “ The development of normative
structures is the pacemaker of social evolution”.
Ações e
correspondentes
racionalidades
Instrumental
Estratégica
Comunicativa/
Prático-moral
15. Materialismo Histórico
To change the world we have to begin with an understanding of the world as
it is. “An empirical philosophy of history”
Para se distanciar da teoria tradicional, a teoria crítica deve afastar-se da ordem
mundial dominante, e questionar-se de como essa ordem se formou.
Cox defende um foco na abrangência total das relações de poder modernas.
The object is to provide both a historical and structural explanation of
power relations.
Dominação
Subordinação
16. Teoria Crítica e o Estruturalismo
• Combinação de análise da sociedade doméstica, estruturas de Estado e organização
de sociedades dentro da ordem internacional económia e militar.
• Esta abordagem permite o desenbolbimento de conhecimento prático, que por sua
vez, permite mudança, ao distinguir os elementos centrais da ordem mundial dos
historicamente contigentes.
• Assim é possível identificar a nossa posição dentro de determinados processos
históricos, o que servirá de base para a transformação do sistema (Cox).
Fundamentação Teórica e Empírica da Teorica Crítica
19. State/Society Complex
• O Neorrealismo está mal equipado para estudar o Estado e/ou a
sociedade.
• O Materialismo histórico oferece-nos um melhor insight nas
dinâmicas de relacionamento entre o inter e intra estado.
• O Materialismo Histórico atenta particularmente nas relações entre
forças produtivas.
20. World Order Models Project (Pluralism)
• Rejeição do realismo político como base empírica para uma teoria das
relações internacionais. A sua análise constrói-se em :
Crença que uma transformação fundamental está a ocorrer a nível global
como causa de ações de indivíduos e mudanças tecnológicas.
Um largo número de problemas políticos foi criado por por estas
transformações.
O estado é um agente inapropriado para lidar com estes problemas.
Há uma necessidade de desenvolver mundos futuros alternativos.
Problema:
Sistema de
Estados
Solução WOMP
Conjunto de normas inter-subjetivas base
para o desenvolvimento de uma nova
cultura e comunidade globais
Ilustra caminhos para mundos futuros
alternativos e fornece um guia de ação
Requer uma mudança fundamental nos
valores humanos
21. “Cox says that three categories of forces interact reciprocally in the
structure - material capabilities, ideas and institutions. He
distinguishes between two types of ideas - shared notions of the
nature of social relations and collective images of social order
held by different groups of people. Institutionalization ‘is a means of
stabilizing and perpetuating a particular order’”
Cox and Sinclair, 1996: 99
22. Hegemony, Imperialism and Social
Forces
• A natureza do imperialismo é historicamente contingente.
• As forças sociais imperialistas resultam mas das forças específicas
com e entre Estados.
• Petras considera que o atual sistema imperialista é dominado pelos
interesses transnacionais capitalistas, e que os estados individuais se
diferenciam tanto pelo poder como pela função.
“Hegemonic power is a product of the material capability/idea/institution
dynamic.”
23. Internacionalização das forças do Estado
e forças produtivas
• As conceções neorrealistas de poder hegemónico, que enfatizam a
concorrência dos interesses nacionais dos Estados soberanos,
começam a quebrar.
BM
FMI
OECD
Pontos-chave
Harmonização da
política transnacional
Internacionalização
da produção
Classe de interesses
globais
Transcende
fronteiras do Estado
24. “Theory is always for someone and
for some purpose” (Cox)
• A Teoria Crítica apresenta-se, assim, como uma teoria
normativa, que procura mudança. Logo, rejeita a imutabilidade
das estruturas. Esta sublinha, também, a existência de
tendências contra-hegemónicas.
25. • “It is a guide to ‘strategic action for bringing about an
alternative order’ rather than a ‘guide to tactical actions’
that sustain the existing order” (Cox, 1996).
• Comente a afirmação explicitando o seu significado e
implicações para os alinhamentos teóricos da Teoria
Crítica.