1) O documento descreve a evolução da democracia no mundo ocidental desde o final do século XIX, incluindo a passagem da monarquia para a república e do sufrágio censitário para o universal.
2) Também discute as autocracias que resistiam na Europa Central e Oriental, oprimindo várias nacionalidades.
3) Finalmente, aborda a unificação da Itália e da Alemanha.
1. A EVOLUÇÃO DEMOCRÁTICA
Demoliberalismo: Sistema político vigente no mundo ocidental, desde as últimas
décadas do século XIX. Confere grande valor à representação da Nação, alargando
o sufrágio e reforçando o poder dos Parlamentos.
Países: Grã-Bretanha, França, Portugal…
Passagem da Monarquia à República:
A monarquia constitucional era o regime predominante no mundo
ocidental.
Neste período, o Liberalismo tendeu a limitar o poder dos monarcas.
Tal limitação do poder dos governantes afigurava-se o meio mais seguro
de garantir a concórdia, a prosperidade, o funcionamento das
instituições democráticas.
Com os seus governantes eleitos e temporários, considerava-se a
República o regime politico mais democrático e livre, na medida em que
todos os seus órgãos resultavam da escolha da Nação soberana.
Algumas Repúblicas enveredaram pela via do Parlamentarismo.
Sufrágio Censitário ao Sufrágio Universal:
A passagem do Liberalismo à Democracia Representativa concretizou-se
com a instituição do sufrágio universal, quando as restrições financeiras
ao exercício da cidadania deixaram de existir.
O alargamento do corpo eleitoral fez-se à custa da diminuição da idade
de voto (21 anos).
Apesar de todas as inegáveis conquistas promotoras da liberdade e da
igualdade politicas, a verdade é que a democracia representativa teve
os seus excluídos: Mulheres, Negros e Analfabetos não podiam exercer
o direito do voto.
Autocracias: Os Estados autoritários resistiam na Europa Central e Oriental:
Império Alemão, Austro-Húngaro e Russo, cujo poder se fundamentava na
autocracia, no conservadorismo e na submissão das nacionalidades.
2. Soberano concentra em si todos os poderes.
Rigidez e conservadorismo:
Importância excessiva da Nobreza e do Clero, que ocupam os cargos
mais altos.
Não há liberdade religiosa.
Submissão das nacionalidades:
Impérios europeus dominavam múltiplos povos aos quais não
reconheciam direitos – Repressão política.
Imperio Alemão – Chanceler Bismarck e a política de germanização.
Restantes impérios oprimiam as minorias.
Desrespeito do princípio das nacionalidades.
A submissão de todas aquelas nacionalidades pelos impérios
autoritários da Europa Central e Oriental e as consequentes
aspirações de liberdade vão ter grande importância no despoletar na
1ª Guerra Mundial.
Unificação Alemã e Italiana:
Itália: O reordenamento territorial europeu promovido pelo Congresso de
Viena deixou a Itália dividida em sete estados. A vontade era de unifica-la que
através do movimento Risorgimento tal aconteceu, em 1861, quando Vítor
Emanuel II é proclamado rei de Itália. Em 1871, Roma é proclamada capital do
reino da Itália e pela 1ª vez desde a queda do Império Romano toda a Itália esta
unida sob a mesma bandeira.
Alemanha: A criação da Confederação Germânica foi a solução política
encontrada pelo Congresso de Viena para reorganizar os territórios alemães
(39 estados). A Prússia começa a luta da unificação alemãcom o Zollverein.
Surge, depois, Otto von Bismarck que começa a unificação pela forma das
armas: 1º Guerra dos Ducados, 2º Dissolução da Confederação Germânica, e,
em 1867, Bismarck institui a Confederação da Alemanha do Norte (21 estados),
3º Domínio dos estados católicos do Sul. Em 1871, o Império Alemão foi
proclamado em Versalhes, sendo Guilherme I o 1º Imperador deste II Reich.