1. ESTRATÉGIAS DE PERSUASÃO
Ethos – Costume, hábito
Refere-se ao caráter do orador.
Quando Aristóteles fala em ethos não se refere ao caráter real do orador mas a
uma técnica retórica.
O orador procura causa boa impressão, fazendo crer que possui racionalidade,
excelência e benevolência.
Racionalidade porque só um pensamento desenvolvido é capaz de descobrir
soluções para os problemas dos cidadãos.
Excelência e Benevolência para mostrar que possui experiência e sabedoria e
que além disso é incapaz de deturpar os acontecimentos.
Pathos – Está relacionado com o auditório.
Refere-se aos sentimentos que o orador provoca nos ouvintes.
O orador, para captar a atenção dos ouvintes, tem de apelar diferentes tipos de
emoções, fazendo crer aos ouvintes que o discurso é espontâneo.
Logos – Palavras, Razão, Pensamento, Discurso.
Refere-se àquilo que é dito, ou seja, discurso argumentativo ou conjunto de
argumentos que o orador utiliza na defesa das opiniões.
O poder convincente do discurso exige que o argumentador assuma um estilo
especial no decorrer da argumentação, e deve obedecer ao seguinte:
1º O discurso deve ser brilhante, surpreendente e divertido mas deve parecer
sereno, claro e natural para se tornar convincente;
2º Deve usar metáforas pouco banais e pouco obscuras e compreensíveis pelos
ouvintes;
3º O discurso deve ter ritmo sem rima;
4º Não deve ser pomposo, evitando palavras complexas e epítetos (cognomes)
desnecessários;
5º Deve ser claro, adequado e pronunciado de forma viva e convincente;
6º A intensidade da voz, o ritmo e os gestos são importantes, pois tornam o
discurso espontâneo.
Para Aristóteles, o discurso engloba o tema, a tese, os argumentos e a conclusão, bem
como a ordem específica.