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Artigo selecionado para apresentação. Este documento de trabalho é distribuído para fins de comentários e discussão apenas.
Não pode ser reproduzido sem a permissão do autor e do XX SNPTEE. (10/11/2009).
RESUMO
O artigo tem como objetivo central analisar um Modelo da Dinâmica da Gestão do Conhecimento Organizacional
(GC) possível de ser aplicado nas grandes empresas do Setor Elétrico Brasileiro, em geral, hierarquicamente
organizadas e fortemente burocratizadas. O modelo analisado é adequado a lidar com as dificuldades enfrentadas
naquelas empresas ao se buscar implantar processos de GC de forma sustentada, bem como as repercussões
dessas dificuldades na Inovação e no Aprendizado Organizacional de primeira e segunda ordem. Como objetivo
específico, o artigo contribuirá para a percepção da importância para a inovação de se distinguir a Gestão da
Informação da Gestão do Conhecimento.
PALAVRAS-CHAVE
Gestão do Conhecimento, Inovação, Aprendizado Organizacional, Setor Elétrico Brasileiro, Modelo
1.0 - INTRODUÇÃO
Já não é mais nenhuma novidade que os ambientes de negócios estão cada vez mais complexos. Que a
globalização, as Tecnologias da Informação e das Comunicações (TIC), as redes sociais, a competição acirrada e
a grande quantidade de informações acarretam ciclos de vida dos produtos, serviços e processos cada vez
menores. Por isso, a inovação é tida como elemento-chave para a sobrevivência das organizações (GOLDMAN,
2008b, p. 2).
Este artigo, além do objetivo central de analisar um modelo estruturado da Dinâmica da GC (GOLDMAN, 2008b)
tem como objetivos específicos contribuir para a percepção da importância para a inovação de se distinguir
Aprendizado Organizacional (AO) de Primeira e de Segunda Ordem e esclarecer conceitos e idéias sobre como a
Gestão do Conhecimento Organizacional (GC) poderá se firmar efetivamente como caminho que viabilizará a
Inovação e o Aprendizado Organizacional necessários às grandes empresas do SEB.
2.0 - CONCEITOS NECESSÁRIOS À COMPREENSÃO DO MODELO
A atual ênfase em entender os diferentes aspectos do AO está diretamente relacionada ao conceito “popularizado”
na década de 1990, de que “A capacidade de aprender mais rápido que os concorrentes é a única vantagem
competitiva sustentável a longo prazo para uma organização”(Arie De Geus apud SENGE,1990, p. 12).
Com cada vez maior importância na competitiva e instável sociedade em que vivemos, o Aprendizado
Organizacional é, a princípio, uma metáfora – dado que aprender seria prerrogativa de seres vivos. Importante é
compreender que o aprendizado de uma organização realiza-se por intermédio de interações em três níveis:
Individual, em Grupo e Organizacional.
2
O aprendizado só evolui para o nível organizacional quando o desempenho da organização é fortemente
determinado pela estrutura de relacionamento entre seus diversos grupos (Kirn, 1995 apud Moresi, 2001, p. 39).
Importante também é se diferenciar Aprendizado “da” Organização de “na” Organização. Em geral, há uma
perigosa tendência de simplificação ao se pensar em aprendizado como um processo pelo qual apenas indivíduos
adquirem novos conhecimentos e percepções, modificando dessa forma seu comportamento e suas ações. Talvez
resida aí a tendência errônea, porém muito difundida, de se acreditar que a Educação Corporativa se confunda
com o Aprendizado Organizacional, suprindo todas as suas necessidades.
O aprendizado em grupo e o organizacional implicam também em novas percepções e comportamentos
modificados, mas diferem do aprendizado individual em vários aspectos.
Há uma armadilha presente na palavra aprendizado, pois esta perdeu o seu significado primordial, passando a
significar, de modo freqüente, mas impróprio, treinamento ou aquisição de informações, o que automaticamente lhe
confere uma dimensão individual. É comum também se observar a interpretação do Aprendizado Organizacional
como sendo uma espécie de somatório do aprendizado de todos os que compõem a organização. Nada mais
distante da realidade.
O conhecimento, no âmbito desse artigo, é definido como “aquilo que se sabe e possibilita ação eficaz” (GOLDMAN
e CASTRO, 2007, p. 4). Portanto trata-se de uma capacitação individual. É uma construção humana, pessoal,
intangível e biograficamente determinada, devendo sempre ser diferenciado da informação, por mais sofisticada
que ela seja.
Já o termo “Conhecimento Organizacional” se refere a um todo que deveria ser maior que a soma de suas partes,
ou seja, o conhecimento de todos da organização. Pode ser um “recurso” da organização na visão daqueles que
buscam explicar como empresas criam e sustentam vantagens competitivas, um dos principais temas nas
pesquisas contemporâneas em gerenciamento estratégico. Teece et al. (1997, p. 516), por exemplo, definem
recursos como ativos específicos da organização, difíceis - quando não impossíveis - de serem imitados ou
transferidos entre organizações humanas devido aos custos de transação e de transferência e por conterem
conhecimentos tácitos.
Em uma abordagem típica da Visão Baseada em Recursos, Barney (2007) foca os recursos internos de uma
organização como os elementos realmente capazes de potencializar a vantagem competitiva sustentável e
apresenta uma análise baseada em quatro questões que devem ser formuladas sobre um recurso específico para
determinar seu potencial para a competitividade da empresa. A questão do valor: O recurso permite que a empresa
explore oportunidades e/ou neutralize ameaças? A questão da raridade: O recurso é controlado apenas por um
pequeno número de empresas concorrentes? A questão da imitabilidade: As empresas que não possuem esse
recurso enfrentam custos proibitivos para obtê-lo ou para desenvolvê-lo? A questão da organização: As políticas e
processos da empresa estão realmente organizados para apoiar a exploração de seus recursos valiosos, raros e
custosos de imitar?
O Conhecimento Organizacional é um ativo intangível, coletivo e não individual, que para se caracterizar como
recurso da organização deve atender a todos os requisitos do modelo de análise estratégica VRIO - “valor”,
“raridade”, “imitabilidade” e “organização”, acima descritos.
Já o aprendizado em grupo, segundo Senge (1990), é uma disciplina de interação. Através de técnicas como o
diálogo e a discussão habilmente conduzida, times transformam seus pensamentos coletivos, aprendendo a
mobilizar as suas energias e capacidades de formas maiores do que a soma dos conhecimentos individuais dos
seus integrantes.
O Aprendizado Organizacional refere-se à capacidade de uma organização identificar e armazenar conhecimento
resultante de experiências individuais e, principalmente, de grupos modificando seu comportamento, seja reagindo
aos estímulos percebidos, seja identificando oportunidades ainda não exploradas por outros agentes de seu
ambiente de negócios. Ocorre por meio de percepções, conhecimentos e modelos mentais compartilhados.
Argyris e Schön (1978), numa discussão clássica, introduziram os conceitos de aprendizado de primeira ordem
(single-loop) e de segunda ordem (dooble-loop) e descreveram o comportamento organizacional como sendo
governado pela teoria de ação, que pode ser dividida em teoria proclamada e teoria aplicada.
Nonaka & Takeuchi (1995, p. 52), reconheceram que assim como os indivíduos, as organizações precisam sempre
confrontar novos aspectos de suas circunstâncias. No entanto, para eles as teorias da maioria dos autores sobre
Aprendizado Organizacional, até então, estava presa a um conceito behaviorista e os criticaram por ainda
utilizarem a metáfora do aprendizado individual. Consideraram também haver um consenso entre os autores do
Aprendizado Organizacional de que este seria um processo de mudança adaptativo influenciado pela experiência
passada, concentrado no desenvolvimento ou na modificação de rotinas e apoiado pela memória organizacional.
Entendiam que assim não há criação de conhecimento organizacional. Em termos mais atuais, poderia se dizer que
não há inovação radical.
3
Para Nonaka & Takeuchi (1995) o desenvolvimento da teoria do Aprendizado Organizacional de Argyris e Schön
pressupõe implícita ou explicitamente que alguém de dentro ou de fora da organização saberia qual o momento e o
método certo para colocar em prática o aprendizado Double-loop. Para eles há aí uma visão tipicamente cartesiana
por trás desse pressuposto.
3.0 - A TEORIA DA COMPLEXIDADE
O Conhecimento Organizacional deve ainda ser percebido como um fenômeno emergente. A Teoria da
Complexidade é a ferramenta adequada a lidar com a emergência, fornecendo os meios de compreender a
dinâmica e os processos de mudança encontrados em sistemas complexos, como as organizações humanas, nas
quais componentes e interações estão em constante mudança, nunca se podendo estabelecê-los em definitivo.
O controle rigoroso de todos os aspectos em uma organização humana torna-se cada vez mais impraticável. Os
recursos disponibilizados pelas TIC, em especial e-mails, Internet e ferramentas WEB 2.0, telefones celulares etc.
resultaram em uma explosão global de conectividade, impossibilitando saber os resultados de todas as interações
e combinações possíveis. Cada vez mais os limites de uma gestão empresarial clássica tornam-se evidentes.
(AGOSTINHO, 2003, p. 03)
Há um esforço crescente em trazer os resultados das pesquisas sobre sistemas complexos para a economia e para
o universo das organizações. Esse esforço tem se refletido no considerável número de obras publicadas
procurando mostrar como, na prática, as descobertas desta nova ciência podem orientar a tomada de decisões nas
organizações.
Aqui é importante compreender que embora toda organização seja um sistema complexo, apenas aquelas
modeladas adequadamente apresentam satisfatoriamente características de Sistemas Complexos Adaptativos
(SCA). (GOLDMAN, 2008b, p. 04)
4.0 - IMPORTÂNCIA DE DIFERENCIAR GESTÃO DA INFORMAÇÃO E GC
Gerenciar os processos relativos ao Capital Intelectual, focando, criando, identificando, recuperando,
compartilhando, utilizando, absorvendo, preservando e disseminando o conhecimento o mais eficientemente
possível, deixou de ser um diferencial para tornar-se um fator essencial para a competitividade.
A GC, vista como um processo organizacional, abrange diversos pontos de vista e, embora não devesse, muitas
vezes ainda se limita à explicitação e à disseminação das melhores práticas, lições aprendidas e experiências,
deixando de focar os aspectos mais instigantes da construção do conhecimento organizacional.
A primeira geração da GC se caracterizou como o período antes de 1995. A palavra “conhecimento” era usada,
sem muito rigor ou preocupação com um significado mais nobre, sendo entendida como o fluxo de informações
para dar suporte às tomadas de decisões. Havia então uma crença de que os então recentes desenvolvimentos da
pesquisa em Inteligência Artificial e outras disciplinas vinculadas à pesquisa cognitiva produziriam um salto
qualitativo na automação do trabalho intelectual.
Logo se aprendeu uma lição muitas vezes esquecida: de que não há trabalho realmente intelectual sem a presença
do ser humano. Apesar disso, ainda hoje, muitos insistem em pensar no conhecimento sem levar em conta a figura
do conhecedor.
Assim, uma segunda geração da GC, focada talvez excessivamente no conhecedor, pode ser considerada, tendo
como marco inicial a primeira edição em inglês do livro de Nonaka e Takeuchi, em 1995. A partir de então as
palavras “tácito” e “explícito”, que Michael Polanyi (1958 apud NONAKA e TAKEUCHI, 1997) já tinha explorado na
metodologia científica nos anos 1950, se popularizam na linguagem do mundo dos negócios.
Hoje há um reconhecimento crescente de que muito conhecimento não pode ou não deve ser explicitado e que
pelo foco em explicitar conhecimento, produzindo conteúdos, a maioria das ações de GC da segunda geração não
passavam de processos com os quais as organizações identificavam, criavam, administravam e entregavam
informações para aumentar o desempenho da força de trabalho. Na verdade, tratava-se de Gestão da Informação,
importante porém não suficiente.
Deve ser percebido que embora o conhecimento seja construido pela análise da informação e que possa algumas
vezes ser transformado em informação para poder ser disseminado, ele não é um tipo especial de informação,
como muitos creem, sendo algo mais do que informação ao incluir elementos tácitos. Importantes elementos de
conhecimento são incorporados nas mentes e corpos de agentes, nas rotinas das empresas e, não menos
importante, no relacionamento entre pessoas e organizações (Dosi, 1999 apud Johnson, Edquist, e Lundvall , 2003,
p. 5). O conhecimento é contextual. Segundo Snowden(2007), contexto é a palavra mais importante em GC e
talvez a mais negligenciada.
4
Com a chegada do terceiro milênio, uma nova abordagem emergiu, na qual o conhecimento é visto não mais como
uma “coisa” que possa ser identificada e catalogada, já que é uma construção individual e intangível. Busca-se a
gestão de um ambiente propício aos processos do conhecimento. Há aqui uma interessante analogia da mudança
da ênfase da organização como uma máquina, com o gerente ocupando o papel de mecânico, para a organização
como uma ecologia complexa, em que o gerente é um jardineiro, capaz de dirigir e influenciar, mas não de
controlar inteiramente, a evolução de seu ambiente.
Snowden(2007) definiu três heurísticas:“O Conhecimento é sempre apenas voluntário, nunca forçado”;“Nós só
sabemos o que nós sabemos, quando precisamos de sabê-lo”e “Nós sempre sabemos mais do que podemos dizer,
e sempre dizemos mais do que podemos escrever”.
Esta última é um dos princípios operacionais básicos da atual GC, lamentavelmente não compreendidos
inteiramente na segunda geração. O processo de explicitar o conhecimento envolve alguma perda inevitável de
conteúdo, e freqüentemente envolve uma perda maciça do contexto. Uma vez que se reconheceu isto, pôde-se
começar a repensar a natureza da GC.
A separação em Contexto, Narrativa e Conteúdo, utilizada atualmente em GC, a torna cada vez mais eficaz. Assim,
após um período de ênfase equivocada nas ferramentas das TIC, a GC vem se firmando como condutora de ações
de incentivo à criatividade, invenção e inovação, visando à otimização e o desenvolvimento de novos produtos,
serviços e processos. Ou seja, a criação do conhecimento organizacional, elemento viabilizador do Aprendizado
Organizacional de Segunda Ordem.
Assim, GC será definida aqui como: um processo para lidar com ativos intangíveis, sendo composto de um
conjunto de ações e práticas de apoio que, de forma explícita e sistemática, gerenciam as circunstâncias
adequadas para que prosperem os processos necessários à construção do Conhecimento Organizacional
(Processos do Conhecimento), identificando os conhecimentos críticos para a sustentabilidade da
organização e propiciando a ela o Aprendizado, entendido como capacidade de adaptação, que lhe
garantirá a longevidade. (GOLDMAN, 2009)
5.0 - O MODELO UTILIZADO
A figura 1 apresenta o Modelo Estruturado de Gestão do Conhecimento Organizacional analisado nesse artigo.
Figura 1 - Modelo da Dinâmica da Gestão do Conhecimento Organizacional.(GOLDMAN, 2008b, p. 6).
5
O modelo é apresentado na forma de diagrama de blocos descrevendo o Aprendizado Organizacional, permitindo
uma análise mais simples de seus diversos componentes, sendo especialmente útil para aqueles que desejam uma
melhor compreensão do que vem a ser Gestão do Conhecimento Organizacional, sua importância para o Capital
Intelectual e como implantar este importante processo nas empresas.
Serão a seguir comentados alguns dos principais componentes do modelo proposto.
As respostas aos problemas mais freqüentes de uma organização não são necessariamente as ótimas, visto serem
fruto de conhecimentos tácitos de pessoas que podem não ser maximizadores perfeitos, em função de suas
limitações cognitivas. De acordo com Corazza e Fracalanza (2004, p.129) “estando na base dos comportamentos
dos agentes, e em particular das organizações, a noção de rotina é central em toda representação
neoschumpeteriana”.
A organização necessita de rotinas quer adote o velho modelo de gestão por funções especializadas, concentradas
em departamentos, quer adote a gestão por processos. Assim, uma rotina é uma estrutura de comportamento
regular e previsível que compõe um ou mais processos e conduz a esquemas caracterizados basicamente pela
repetição.
Porém, se é admitida a experimentação, grupos que adotam a inovação contínua fazem com que as tarefas sejam
executadas de maneira progressivamente melhor e mais rápida. A repetição e a experimentação são base de
aprendizado, por meio da qual são construídos os comportamentos. As rotinas formam os processos e constituem
a memória organizacional, construída com base em conhecimentos e experiências passados, possibilitando
armazenar informações e uma primeira interpretação de sinais vindos de fora da organização.
“Quando companhias resolvem o mesmo problema repetidamente, elas desenvolvem processos formais e
informais, de modo que possam dar conta da tarefa cada vez que a mesma surgir, minimizando o risco de
falha. Se elas não desenvolvessem e usassem processos para dar conta de tarefas recorrentes, elas estariam
perdendo tempo reinventando as soluções. Na verdade, o termo Aprendizado Organizacional muitas vezes
consiste de formar e seguir processos.” (Christensen et al, 2004, p.34, tradução do autor)
Infelizmente, a maioria das organizações atuais ainda está mal estruturada para lidar com o conhecimento como
fator econômico de produção, supondo ser suficiente ele residir somente nas cabeças dos proprietários e dos
gerentes. Isto faz com que ainda muitas organizações sejam alicerçadas nos mecanismos de comando e de
controle, funcionando como burocracias hierárquicas, o que simplesmente não funciona quando o conhecimento é
a fonte principal ou um importante ativo na criação de valor, como deve ser nas organizações de hoje.
As organizações atuam com base nas “Estruturas de Conhecimento” dominantes, que segundo Argyris e Schön
(1978) correspondem à teoria aplicada ou em uso e encontram-se implícitas em objetivos, políticas, normas,
estruturas formais e informais, padrões de atividades ou comportamentos, instrumentos, regras e procedimentos e,
através das rotinas, colocam em prática seus programas, projetos ou planos.
Empresas longevas se caracterizam, entre outros aspectos, por serem coesas e com forte senso de identidade. A
identidade reflete um padrão de interações entre os constituintes de uma organização, que envolve valores. Esta
capacidade de agir de modo coerente é tida como a principal propriedade que caracteriza a emergência de
“comportamento complexo”. A identidade se mostra fundamental às organizações que passam por constantes
processos de mudança, buscando se adaptar.
O aprendizado de primeira ordem (single-loop) ocorre quando a organização encontra um distúrbio que pode ser
resolvido usando suas estruturas de conhecimento atuais. No aprendizado de primeira ordem, a organização se
defronta com um desvio e busca sua solução modificando suas rotinas. Isto pode incluir os sistemas de informação,
a memória organizacional e os valores declarados. A Estrutura de Conhecimentos da organização, em geral, não é
questionada, enquanto se mostrar adequada aos distúrbios encontrados.
O aprendizado de segunda ordem (dooble-loop) ocorre quando a correção do erro requer a modificação das
estruturas de conhecimento dominantes, além de reestruturação de estratégias e pressupostos associados às
normas organizacionais. Requer ações em que a organização procura corrigir seus desvios mediante processo de
questionamento mais profundo.
Um Aprendizado de Segunda Ordem resulta em uma mudança da organização e a sua estrutura de
conhecimentos. Significa que a organização procura não a inovação contínua e incremental, mas a criação de novo
Conhecimento Organizacional.
Quanto aos Sistemas de Gestão da Informação (SGI), em princípio, podem ser englobados nesse importante
componente do modelo proposto as ações que ficam restritas a uma mera solução de problemas, onde o foco
situa-se mais na identificação e correção dos erros do que em um questionamento mais profundo das razões
ocultas por detrás dos fatos.
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Muitos dos chamados “Sistemas de GC” são na verdade “(SGI)”, capazes de atender apenas aos requisitos de um
Aprendizado de Primeira Ordem. Porém não se pode deixar de notar que fazer a Gestão das Informações que a
organização tem de si própria, de sua gestão, de seus processos e de seu ambiente de negócios é fator básico
para sua evolução e pré-requisito de uma GC sustentada. Assim, no modelo analisado, os (SGI) estão colocados
de forma bem clara como elemento exterior ao processo de GC, embora haja forte interação entre estes processos
e a GC.
O foco dos (SGI) do modelo é no desenvolvimento de sistemas para acesso e gestão de grandes volumes de
dados e conteúdos e nas soluções da Tecnologia da Informação não se limitando, de forma alguma, apenas a suas
ferramentas. Organizações devem colocar elevada importância em comunicação e fluxo contínuos de informações,
permitindo relacionamentos e o trabalho cooperativo entre pessoas e equipes. Softwares do tipo Enterprise
Resource Planning (ERP), por exemplo, integram áreas funcionais diferentes na empresa, focando os processos.
Os ERP fornecem capacidade de processamento de transações que ajudam a integrar os diferentes sistemas de
informação, permitindo à empresa capturar os dados e disponibiliza-los para utilização em toda a empresa, por
todos os usuários adequados. Por outro lado, sem uma GC adequada, esses sistemas podem engessar a
empresa.
Esses e outros aspectos operacionais da organização, como por exemplo, a Gestão por Competência e as políticas
de cargos, carreira e remuneração podem impactar, positiva ou negativamente, o processo de GC. A Gestão da
Qualidade Total, por exemplo, que em geral produz, um aprendizado single-loop, suficiente apenas para solucionar
os problemas mais tangíveis. Embora se observe forte interação ente todos os processos corporativos e o de GC,
esses outros processos operacionais não podem ser confundidos, de forma alguma, com GC. Há de se destacar
ainda que são os Processos Operacionais os verdadeiros criadores de conhecimentos críticos para a organização.
Segundo Goldman e Castro (2007, p. 11) muitas vezes, surgem confusões conceituais entre o que é GC,
Aprendizado Organizacional e Educação Corporativa. Essa, além de seu tradicional papel de complementar a
formação dos profissionais da organização e propiciar seu desenvolvimento, pode e deve desempenhar, como
coadjuvante do processo de GC, papel estratégico ao fornecer importante parcela dos meios para o
desenvolvimento da Inteligência adequada à organização alcançar a capacidade de adaptação necessária. Por
outro lado, mesmo ações mais modernas de Educação Corporativa, tais como Universidades Corporativas e
Ensino a Distância, seja e-learning ou não, têm falhado ao não conseguir lidar adequadamente com o
conhecimento tácito.
O Plano Diretor de Gestão do Conhecimento (PDGC) é um processo de reflexão de diversas áreas, que gera um
documento periodicamente atualizado, que deve ser de plena divulgação a todos que trabalham na organização,
procurando se deixar claro que seu foco são ativos intangíveis, não devendo por isso ser comparado com normas e
procedimentos já existentes. Deve estar focado na ativação do fluxo do conhecimento em relações pessoa-pessoa
e grupo-grupo, buscando a sensibilização, mapeamento de conhecimentos, criação de redes sociais, a
identificação dos conhecimentos críticos etc.
O PDGC, em especial, e o modelo proposto como um todo, consideram a necessidade da criação e da
manutenção de uma linguagem organizacional relativa à GC. A criação dessa linguagem é dinâmica e o seu uso
efetivo pode beneficiar a efetiva aplicação da GC de forma sustentada.
O PDGC embora se constitua em um documento explícito da organização, deve elencar e explicar os conceitos,
métodos e técnicas de Gestão do Conhecimento, tanto culturais, quanto tecnológicas, que a organização considera
pertinentes, devendo fornecer os meios para que os grupos estabeleçam quais são seus conhecimentos
estratégicos e críticos, definindo estratégias de como lidar com eles adequadamente.
O PDGC não deve, como costuma acontecer em muitas empresas, se limitar à gestão daquilo que “a empresa
sabe que sabe”, pois vista assim, a GC, embora não devesse, fica limitada à explicitação e à disseminação das
melhores práticas, lições aprendidas e experiências, deixando de focar os aspectos mais instigantes da construção
do conhecimento organizacional, sendo em muitos casos confundida com a Gestão da Informação, a Gestão de
Projetos e/ou a Educação Corporativa.
O PDGC, além de levar em conta os aspectos relacionados à troca de informações entre individuos, permitindo-
lhes formar novos conhecimentos, e o florescimento do Conhecimento Organizacional , deve ainda considerar os
aspectos relacionados ao conceito de Capital Social, sua relação com redes sociais e sua importância para o
Contexto Capacitante, Ba ( NONAKA e KONNO, 1998), necessário à criação do Conhecimento Organizacional
como recurso da empresa.
Embora expresso e amplamente divulgado através de um documento, não pode jamais deixar de ser visto como
um processo. É um produto tangível e nele são definidas: Ações, Orientações e Políticas de GC. No âmbito da
organização, define ainda a realização de eventos internos sobre GC e a participação em eventos externos/ grupos
iterativos de GC, bem como as parcerias, participação ou associação a organizações nacionais ou internacionais
destinadas ao estudo e difusão de conceitos, métodos e ferramentas da GC.
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Segundo Cavalcanti e Gomes (2001, p.5) a Inteligência Competitiva é um processo sistemático de coleta de
informações dos ambientes de negócios. Deve ser um processo ético, para preservar a imagem da empresa entre
as concorrentes e os clientes, possibilitando uma definição muito clara da sua visão estratégica e do seu
posicionamento no mercado. Esse componente do modelo é diretamente responsável por GC não se resumir, de
forma alguma, a um processo estímulo-resposta, sendo capaz de desenvolver conhecimento como parte do
aprendizado.
A Inovação e o Empreendedorismo Organizacionais são os elementos que junto com o Conhecimento compõe a
chamada Inteligência Empresarial (Cavalcanti e Gomes, 2001). Com relação à Inovação é importante perceber que
hoje não basta às organizações apenas melhorarem continuamente, é preciso diferenciação, o que torna a
inovação radical, mais do que uma opção, uma necessidade. Denning (2006, p.231) diz que o próprio fato de
nenhuma das tantas teorias atuais sobre inovação oferecer qualquer pista de como alcançá-la sugere que se está
buscando a solução no lugar errado.
O Modelo de Avaliação de Maturidade em GC leva em conta que diversos têm sido os métodos propostos para
avaliar o grau de maturidade em que uma organização se encontra no que diz respeito à Gestão do Conhecimento.
Usualmente são métodos qualitativos e procuram contemplar uma série de dimensões do conhecimento, tais como
cultura, liderança, processos do conhecimento, alinhamento com os objetivos estratégicos da organização etc.
Já as variáveis internas expresssa o fato de que organizações têm comportamentos e características tais como
“personalidade” e “cultura organizacional”, que emergem dos comportamentos individuais, mas tomam “vida
própria” e persistem mesmo quando as pessoas vêm e vão. As pessoas dão forma à organização e a organização
dá forma às pessoas.
Finalmente, na Dinâmica de Sistemas, os ciberneticistas foram responsáveis pela criação de importantes idéias e
conceitos sobre o funcionamento dos sistemas em geral, rompendo com o princípio da causalidade linear.
Introduziram a idéia de causalidade circular como sendo o padrão lógico subjacente ao conceito de feedback
(realimentação). Feedback significa o transporte de informações presentes no resultado de qualquer processo, ou
atividade, que retorna até a origem deste processo, gerando o mecanismo de auto-regulação dos sistemas.
Também no pensamento complexo a idéia de feedback é central.(GOLDMAN,2008a, p. 102)
6.0 - DESCRIÇÃO DO MODELO
O modelo pode ser explicado a partir da idéia de que as organizações atuam com base nas estruturas de
conhecimento dominantes, que são ditadas por sua identidade organizacional, na tentativa de colocar em prática
seus programas, projetos ou planos através da execução de suas rotinas.
A partir dessa atuação são alcançados resultados e estes devem ser analisados em profundidade pelos
stakeholders, quantitativamente e qualitativamente, de forma sistemática devendo os desvios observados em
relação aos esperados serem comunicados de forma o mais eficaz possível a toda organização. Esses desvios e
os inputs da IC constituem os feedbacks adequados, capazes de detectar erros na forma de agir, indicar como
corrigi-los, e contribuir para melhorar a eficiência e a eficácia organizacionais.
Através da Inteligência Empresarial, dois tipos de aprendizado podem ser gerados em função dessa prática: o de
primeira ordem, single-loop, que acarreta mudanças na forma de agir, mantendo-se a estrutura de conhecimento
dominante, ou o de segunda ordem, double-loop, que implica mudanças fundamentais na estrutura de
conhecimento da organização. A prática da análise dos resultados se utilizada sistematicamente e de forma
adequada, caracteriza um processo sustentado de GC, que corresponde à capacidade de aprender a aprender.
A Inteligência Competitiva complementa o modelo através da coleta de informações das atividades desenvolvidas
pelos concorrentes, das tendências gerais dos ambientes de negócios, bem como da participação em Redes de
Valor formadas pela empresa, clientes e parceiros estratégicos (fornecedores, distribuidores, provedores de
serviços) com o objetivo de viabilizar a criação de conhecimento organizacional a partir de informações e dados
oriundos não apenas da análise dos próprios resultados.Finalmente, o processo de GC, como qualquer outro, pode
e deve ser eficazmente avaliado nos diversos grupos da organização,garantindo a realimentação do PDGC.
7.0 - CONSIDERAÇÕES FINAIS
Qualquer modelo é de certa forma uma simplificação da realidade. Construímos modelos para melhor compreender
sistemas com certo grau de complexidade, impossíveis ou não interessantes de serem reproduzidos, que estejam
sendo desenvolvidos ou estudados. Os modelos ajudam a visualizar o sistema como ele é ou como gostaríamos
que fosse. Eles permitem especificar a estrutura do sistema, proporcionando um guia para sua construção, ou
prever seu comportamento em dadas condições.
Enquanto a escolha de um modelo tem profunda influência sobre a maneira como um determinado problema será
atacado e como uma solução será definida, ao mesmo tempo a situação-problema estudada irá determinar o nível
de precisão adotado para escolher um dos diferentes possíveis modelos que um sistema pode ter
simultaneamente.
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Assim, nenhum modelo único é suficiente para descrever todos os comportamentos do sistema, pois um modelo
completo, capaz de responder com total precisão a todas as possíveis simulações não seria nada mais nada
menos que uma reprodução perfeita do sistema estudado, não tendo assim, em geral, qualquer utilidade prática.
Por isso, qualquer sistema não-trivial será mais bem investigado por meio de um conjunto de modelos quase
independentes.
O modelo relacionando os processos de GC e Aprendizado Organizacional, aqui analisado, pode ser útil para as
grandes empresa do SEB que precisam entender as relações da GC com outros processos corporativos e sua
importância para a longevidade da organização.
Este modelo pode contribuir de maneira decisiva para a aplicação de um processo de GC de forma sustentada,
além de propiciar o Aprendizado Organizacional, que contribuirá para a longevidade da organização, através da
renovação continuada do conhecimento, da criação de centros de excelência, da atração e retenção de talentos,
criação de redes sociais e de valor e uma série de propostas de mudanças que permitirão ter o conhecimento como
efetivo fator de produção.
8.0 - REFERÊNCIAS
AGOSTINHO, M.C.E. Administração complexa: revendo as bases científicas da administração. In RAE eletrônica,
v.2, n.1, jan/jun,2003. Disponível em www.rae.com.br/eletronica/index acessado em 15/12/2008.
ARGYRIS, C.; SCHÖN, D. A. Organizational Learning. A Theory of Action Perspective.Addison Wesley, 1978.
BARNEY, Jay B. Gaining and sustaining competitive advantage. Upper Saddle River: Prentice Hall, 2007.
CAVALCANTI, M.; GOMES, E. Inteligência Organizacional: Um novo modelo de gestão para a nova economia,
2001, Association Congress Toronto – Canadá – 2001. Disponível em: <http://portal.crie.coppe.ufrj.br/portal/>.
Acesso em: 28/04/2007.
CORAZZA, R. I.; FRACALANZA, P. S. Caminhos do pensamento neo-schumpeteriano: para além das analogias
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CHRISTENSEN, C. M., ANTHONY S. D., ROTH E. A. Seeing What's Next: Using the Theories of Innovation to
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DENNING, S. O poder das narrativas nas organizações. Tradução Ricardo Bastos Vieira. Rio de Janeiro: Elsevier.
Petrobras, Rio de Janeiro, 2006.
GOLDMAN, Fernando Luiz. Leilões da transmissão de energia elétrica no Brasil de 1999 a 2006: uma avaliação do
aprendizado organizacional de segunda ordem. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção) -
Universidade Federal Fluminense, Niterói, Rio de Janeiro, 2008a.
______. Um modelo estruturado para implantação de Gestão do Conhecimento Organizacional. In: XV SIMPÓSIO
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______. Definindo o que é Gestão do Conhecimento Organizacional. Disponível em:<
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GOLDMAN Fernando L.; CASTRO, Nivalde J. de. Considerações analíticas das relações entre gestão do
conhecimento, inovações tecnológicas e organizacionais. Artigo apresentado ao IV SIMPÓSIO DE EXCELÊNCIA
EM GESTÃO E TECNOLOGIA – SEGET, Resende, outubro de 2007.
GOLDMAN, Fernando L.; QUELHAS, Osvaldo. Desenvolvimento de Inteligência Empresarial Voltada para o
Segmento de Transmissão de Energia Elétrica In: SEMINÁRIO NACIONAL DE PRODUÇÃO E TRANSMISSÃO DE
ENERGIA ELÉTRICA, RIO DE JANEIRO: Furnas, 14-17 out 2007.
JOHNSON, B., EDQUIST, C. and LUNDVALL, B.A. Economic Development and the National System of Innovation
Approach, artigo apresentado no First Globelics Conference, Rio de Janeiro, November 3 – 6. 2003.
MORESI, Eduardo Amadeu Dutra. Inteligência organizacional: um referencial integrado. Ci. Inf. , Brasília, v. 30, n.
2, 2001 . Disponível em: http://www.scielo.br/ Acesso em: 08 Fevereiro 2008.
NONAKA, I.; KONNO, N. The concept of “Ba”: Building foundation for Knowledge Creation. California Management
Review, v. 40, n. 3, Spring 1998.
NONAKA, Ikujiro; TAKEUCHI, Hirotaka. Criação de Conhecimento na Empresa: Como as Empresas Japonesas
Geram a Dinâmica da Inovação. Tradução de Ana Beatriz Rodrigues, Priscila Martins Celeste. Rio de Janeiro:
Campus, 1997.
SENGE, P. M. A Quinta Disciplina - Arte e Prática da Organização de Aprendizagem. Trad. Regina Amarante. São
Paulo: Best Seller, 1990.
SNOWDEN, Dave. Beyond Knowledge Management. Palestra Magna do KM Brasil 2007, São Paulo, Novembro
2007.
TEECE, D. J. et al. Dynamic capabilities and strategic management. Strategic Management Journal, v. 18, n. 7,p.
509-533, Agosto. 1997.
9.0 - DADOS BIOGRÁFICOS
Fernando L. Goldman é doutorando em Políticas Públicas, Estratégias e Desenvolvimento no IE/UFRJ, Engenheiro
Eletricista pela UFRJ, mestre em Engenharia de Produção, pela UFF. Possui ainda Especialização em Gestão
Empresarial pela FGV. Desde 2007 é Presidente da SBGC - RJ. É engenheiro de FURNAS Centrais Elétricas SA.
9
10.0 - VERSÃO SIMPLIFICADA PARA APRESENTAÇÃO:
Fonte: Elaboração Própria (GOLDMAN,2009)
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Operacionais
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Conhecimento
Organizacional FeedbackInovação
contínua
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radical
Reflexão de
1ª ordem
Reflexão de
2ª ordem
Copyright do autor © 2008 Biblioteca Nacional
Inteligência Organizacional
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dorismo
Gestão da
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Organizacional
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Um modelo da dinamica da gestao do conhecimento organizacional para empresas do setor eletrico brasileiro

  • 1. (*)Estrada do Pau da Fome 839 – Jacarepaguá - CEP: 22723-497 - Rio de Janeiro – RJ – Brasil Tel.: (+55 21) 2446-9478 FAX: (+55 21) 2446-9474 - E-mail: fgoldman@furnas.gov.br XX SNPTEE SEMINÁRIO NACIONAL DE PRODUÇÃO E TRANSMISSÃO DE ENERGIA ELÉTRICA Versão 1.0 XXX.YY 22 a 25 Novembro de 2009 Recife - PE GRUPO - XIV GRUPO DE ESTUDO DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA E GESTÃO DA TECNOLOGIA, DA INOVAÇÃO E DA EDUCAÇÃO – GET UM MODELO DA DINÂMICA DA GESTÃO DO CONHECIMENTO ORGANIZACIONAL PARA EMPRESAS DO SETOR ELÉTRICO BRASILEIRO1 Fernando Luiz Goldman (*) FURNAS CENTRAIS ELÉTRICAS SA 1 Artigo selecionado para apresentação. Este documento de trabalho é distribuído para fins de comentários e discussão apenas. Não pode ser reproduzido sem a permissão do autor e do XX SNPTEE. (10/11/2009). RESUMO O artigo tem como objetivo central analisar um Modelo da Dinâmica da Gestão do Conhecimento Organizacional (GC) possível de ser aplicado nas grandes empresas do Setor Elétrico Brasileiro, em geral, hierarquicamente organizadas e fortemente burocratizadas. O modelo analisado é adequado a lidar com as dificuldades enfrentadas naquelas empresas ao se buscar implantar processos de GC de forma sustentada, bem como as repercussões dessas dificuldades na Inovação e no Aprendizado Organizacional de primeira e segunda ordem. Como objetivo específico, o artigo contribuirá para a percepção da importância para a inovação de se distinguir a Gestão da Informação da Gestão do Conhecimento. PALAVRAS-CHAVE Gestão do Conhecimento, Inovação, Aprendizado Organizacional, Setor Elétrico Brasileiro, Modelo 1.0 - INTRODUÇÃO Já não é mais nenhuma novidade que os ambientes de negócios estão cada vez mais complexos. Que a globalização, as Tecnologias da Informação e das Comunicações (TIC), as redes sociais, a competição acirrada e a grande quantidade de informações acarretam ciclos de vida dos produtos, serviços e processos cada vez menores. Por isso, a inovação é tida como elemento-chave para a sobrevivência das organizações (GOLDMAN, 2008b, p. 2). Este artigo, além do objetivo central de analisar um modelo estruturado da Dinâmica da GC (GOLDMAN, 2008b) tem como objetivos específicos contribuir para a percepção da importância para a inovação de se distinguir Aprendizado Organizacional (AO) de Primeira e de Segunda Ordem e esclarecer conceitos e idéias sobre como a Gestão do Conhecimento Organizacional (GC) poderá se firmar efetivamente como caminho que viabilizará a Inovação e o Aprendizado Organizacional necessários às grandes empresas do SEB. 2.0 - CONCEITOS NECESSÁRIOS À COMPREENSÃO DO MODELO A atual ênfase em entender os diferentes aspectos do AO está diretamente relacionada ao conceito “popularizado” na década de 1990, de que “A capacidade de aprender mais rápido que os concorrentes é a única vantagem competitiva sustentável a longo prazo para uma organização”(Arie De Geus apud SENGE,1990, p. 12). Com cada vez maior importância na competitiva e instável sociedade em que vivemos, o Aprendizado Organizacional é, a princípio, uma metáfora – dado que aprender seria prerrogativa de seres vivos. Importante é compreender que o aprendizado de uma organização realiza-se por intermédio de interações em três níveis: Individual, em Grupo e Organizacional.
  • 2. 2 O aprendizado só evolui para o nível organizacional quando o desempenho da organização é fortemente determinado pela estrutura de relacionamento entre seus diversos grupos (Kirn, 1995 apud Moresi, 2001, p. 39). Importante também é se diferenciar Aprendizado “da” Organização de “na” Organização. Em geral, há uma perigosa tendência de simplificação ao se pensar em aprendizado como um processo pelo qual apenas indivíduos adquirem novos conhecimentos e percepções, modificando dessa forma seu comportamento e suas ações. Talvez resida aí a tendência errônea, porém muito difundida, de se acreditar que a Educação Corporativa se confunda com o Aprendizado Organizacional, suprindo todas as suas necessidades. O aprendizado em grupo e o organizacional implicam também em novas percepções e comportamentos modificados, mas diferem do aprendizado individual em vários aspectos. Há uma armadilha presente na palavra aprendizado, pois esta perdeu o seu significado primordial, passando a significar, de modo freqüente, mas impróprio, treinamento ou aquisição de informações, o que automaticamente lhe confere uma dimensão individual. É comum também se observar a interpretação do Aprendizado Organizacional como sendo uma espécie de somatório do aprendizado de todos os que compõem a organização. Nada mais distante da realidade. O conhecimento, no âmbito desse artigo, é definido como “aquilo que se sabe e possibilita ação eficaz” (GOLDMAN e CASTRO, 2007, p. 4). Portanto trata-se de uma capacitação individual. É uma construção humana, pessoal, intangível e biograficamente determinada, devendo sempre ser diferenciado da informação, por mais sofisticada que ela seja. Já o termo “Conhecimento Organizacional” se refere a um todo que deveria ser maior que a soma de suas partes, ou seja, o conhecimento de todos da organização. Pode ser um “recurso” da organização na visão daqueles que buscam explicar como empresas criam e sustentam vantagens competitivas, um dos principais temas nas pesquisas contemporâneas em gerenciamento estratégico. Teece et al. (1997, p. 516), por exemplo, definem recursos como ativos específicos da organização, difíceis - quando não impossíveis - de serem imitados ou transferidos entre organizações humanas devido aos custos de transação e de transferência e por conterem conhecimentos tácitos. Em uma abordagem típica da Visão Baseada em Recursos, Barney (2007) foca os recursos internos de uma organização como os elementos realmente capazes de potencializar a vantagem competitiva sustentável e apresenta uma análise baseada em quatro questões que devem ser formuladas sobre um recurso específico para determinar seu potencial para a competitividade da empresa. A questão do valor: O recurso permite que a empresa explore oportunidades e/ou neutralize ameaças? A questão da raridade: O recurso é controlado apenas por um pequeno número de empresas concorrentes? A questão da imitabilidade: As empresas que não possuem esse recurso enfrentam custos proibitivos para obtê-lo ou para desenvolvê-lo? A questão da organização: As políticas e processos da empresa estão realmente organizados para apoiar a exploração de seus recursos valiosos, raros e custosos de imitar? O Conhecimento Organizacional é um ativo intangível, coletivo e não individual, que para se caracterizar como recurso da organização deve atender a todos os requisitos do modelo de análise estratégica VRIO - “valor”, “raridade”, “imitabilidade” e “organização”, acima descritos. Já o aprendizado em grupo, segundo Senge (1990), é uma disciplina de interação. Através de técnicas como o diálogo e a discussão habilmente conduzida, times transformam seus pensamentos coletivos, aprendendo a mobilizar as suas energias e capacidades de formas maiores do que a soma dos conhecimentos individuais dos seus integrantes. O Aprendizado Organizacional refere-se à capacidade de uma organização identificar e armazenar conhecimento resultante de experiências individuais e, principalmente, de grupos modificando seu comportamento, seja reagindo aos estímulos percebidos, seja identificando oportunidades ainda não exploradas por outros agentes de seu ambiente de negócios. Ocorre por meio de percepções, conhecimentos e modelos mentais compartilhados. Argyris e Schön (1978), numa discussão clássica, introduziram os conceitos de aprendizado de primeira ordem (single-loop) e de segunda ordem (dooble-loop) e descreveram o comportamento organizacional como sendo governado pela teoria de ação, que pode ser dividida em teoria proclamada e teoria aplicada. Nonaka & Takeuchi (1995, p. 52), reconheceram que assim como os indivíduos, as organizações precisam sempre confrontar novos aspectos de suas circunstâncias. No entanto, para eles as teorias da maioria dos autores sobre Aprendizado Organizacional, até então, estava presa a um conceito behaviorista e os criticaram por ainda utilizarem a metáfora do aprendizado individual. Consideraram também haver um consenso entre os autores do Aprendizado Organizacional de que este seria um processo de mudança adaptativo influenciado pela experiência passada, concentrado no desenvolvimento ou na modificação de rotinas e apoiado pela memória organizacional. Entendiam que assim não há criação de conhecimento organizacional. Em termos mais atuais, poderia se dizer que não há inovação radical.
  • 3. 3 Para Nonaka & Takeuchi (1995) o desenvolvimento da teoria do Aprendizado Organizacional de Argyris e Schön pressupõe implícita ou explicitamente que alguém de dentro ou de fora da organização saberia qual o momento e o método certo para colocar em prática o aprendizado Double-loop. Para eles há aí uma visão tipicamente cartesiana por trás desse pressuposto. 3.0 - A TEORIA DA COMPLEXIDADE O Conhecimento Organizacional deve ainda ser percebido como um fenômeno emergente. A Teoria da Complexidade é a ferramenta adequada a lidar com a emergência, fornecendo os meios de compreender a dinâmica e os processos de mudança encontrados em sistemas complexos, como as organizações humanas, nas quais componentes e interações estão em constante mudança, nunca se podendo estabelecê-los em definitivo. O controle rigoroso de todos os aspectos em uma organização humana torna-se cada vez mais impraticável. Os recursos disponibilizados pelas TIC, em especial e-mails, Internet e ferramentas WEB 2.0, telefones celulares etc. resultaram em uma explosão global de conectividade, impossibilitando saber os resultados de todas as interações e combinações possíveis. Cada vez mais os limites de uma gestão empresarial clássica tornam-se evidentes. (AGOSTINHO, 2003, p. 03) Há um esforço crescente em trazer os resultados das pesquisas sobre sistemas complexos para a economia e para o universo das organizações. Esse esforço tem se refletido no considerável número de obras publicadas procurando mostrar como, na prática, as descobertas desta nova ciência podem orientar a tomada de decisões nas organizações. Aqui é importante compreender que embora toda organização seja um sistema complexo, apenas aquelas modeladas adequadamente apresentam satisfatoriamente características de Sistemas Complexos Adaptativos (SCA). (GOLDMAN, 2008b, p. 04) 4.0 - IMPORTÂNCIA DE DIFERENCIAR GESTÃO DA INFORMAÇÃO E GC Gerenciar os processos relativos ao Capital Intelectual, focando, criando, identificando, recuperando, compartilhando, utilizando, absorvendo, preservando e disseminando o conhecimento o mais eficientemente possível, deixou de ser um diferencial para tornar-se um fator essencial para a competitividade. A GC, vista como um processo organizacional, abrange diversos pontos de vista e, embora não devesse, muitas vezes ainda se limita à explicitação e à disseminação das melhores práticas, lições aprendidas e experiências, deixando de focar os aspectos mais instigantes da construção do conhecimento organizacional. A primeira geração da GC se caracterizou como o período antes de 1995. A palavra “conhecimento” era usada, sem muito rigor ou preocupação com um significado mais nobre, sendo entendida como o fluxo de informações para dar suporte às tomadas de decisões. Havia então uma crença de que os então recentes desenvolvimentos da pesquisa em Inteligência Artificial e outras disciplinas vinculadas à pesquisa cognitiva produziriam um salto qualitativo na automação do trabalho intelectual. Logo se aprendeu uma lição muitas vezes esquecida: de que não há trabalho realmente intelectual sem a presença do ser humano. Apesar disso, ainda hoje, muitos insistem em pensar no conhecimento sem levar em conta a figura do conhecedor. Assim, uma segunda geração da GC, focada talvez excessivamente no conhecedor, pode ser considerada, tendo como marco inicial a primeira edição em inglês do livro de Nonaka e Takeuchi, em 1995. A partir de então as palavras “tácito” e “explícito”, que Michael Polanyi (1958 apud NONAKA e TAKEUCHI, 1997) já tinha explorado na metodologia científica nos anos 1950, se popularizam na linguagem do mundo dos negócios. Hoje há um reconhecimento crescente de que muito conhecimento não pode ou não deve ser explicitado e que pelo foco em explicitar conhecimento, produzindo conteúdos, a maioria das ações de GC da segunda geração não passavam de processos com os quais as organizações identificavam, criavam, administravam e entregavam informações para aumentar o desempenho da força de trabalho. Na verdade, tratava-se de Gestão da Informação, importante porém não suficiente. Deve ser percebido que embora o conhecimento seja construido pela análise da informação e que possa algumas vezes ser transformado em informação para poder ser disseminado, ele não é um tipo especial de informação, como muitos creem, sendo algo mais do que informação ao incluir elementos tácitos. Importantes elementos de conhecimento são incorporados nas mentes e corpos de agentes, nas rotinas das empresas e, não menos importante, no relacionamento entre pessoas e organizações (Dosi, 1999 apud Johnson, Edquist, e Lundvall , 2003, p. 5). O conhecimento é contextual. Segundo Snowden(2007), contexto é a palavra mais importante em GC e talvez a mais negligenciada.
  • 4. 4 Com a chegada do terceiro milênio, uma nova abordagem emergiu, na qual o conhecimento é visto não mais como uma “coisa” que possa ser identificada e catalogada, já que é uma construção individual e intangível. Busca-se a gestão de um ambiente propício aos processos do conhecimento. Há aqui uma interessante analogia da mudança da ênfase da organização como uma máquina, com o gerente ocupando o papel de mecânico, para a organização como uma ecologia complexa, em que o gerente é um jardineiro, capaz de dirigir e influenciar, mas não de controlar inteiramente, a evolução de seu ambiente. Snowden(2007) definiu três heurísticas:“O Conhecimento é sempre apenas voluntário, nunca forçado”;“Nós só sabemos o que nós sabemos, quando precisamos de sabê-lo”e “Nós sempre sabemos mais do que podemos dizer, e sempre dizemos mais do que podemos escrever”. Esta última é um dos princípios operacionais básicos da atual GC, lamentavelmente não compreendidos inteiramente na segunda geração. O processo de explicitar o conhecimento envolve alguma perda inevitável de conteúdo, e freqüentemente envolve uma perda maciça do contexto. Uma vez que se reconheceu isto, pôde-se começar a repensar a natureza da GC. A separação em Contexto, Narrativa e Conteúdo, utilizada atualmente em GC, a torna cada vez mais eficaz. Assim, após um período de ênfase equivocada nas ferramentas das TIC, a GC vem se firmando como condutora de ações de incentivo à criatividade, invenção e inovação, visando à otimização e o desenvolvimento de novos produtos, serviços e processos. Ou seja, a criação do conhecimento organizacional, elemento viabilizador do Aprendizado Organizacional de Segunda Ordem. Assim, GC será definida aqui como: um processo para lidar com ativos intangíveis, sendo composto de um conjunto de ações e práticas de apoio que, de forma explícita e sistemática, gerenciam as circunstâncias adequadas para que prosperem os processos necessários à construção do Conhecimento Organizacional (Processos do Conhecimento), identificando os conhecimentos críticos para a sustentabilidade da organização e propiciando a ela o Aprendizado, entendido como capacidade de adaptação, que lhe garantirá a longevidade. (GOLDMAN, 2009) 5.0 - O MODELO UTILIZADO A figura 1 apresenta o Modelo Estruturado de Gestão do Conhecimento Organizacional analisado nesse artigo. Figura 1 - Modelo da Dinâmica da Gestão do Conhecimento Organizacional.(GOLDMAN, 2008b, p. 6).
  • 5. 5 O modelo é apresentado na forma de diagrama de blocos descrevendo o Aprendizado Organizacional, permitindo uma análise mais simples de seus diversos componentes, sendo especialmente útil para aqueles que desejam uma melhor compreensão do que vem a ser Gestão do Conhecimento Organizacional, sua importância para o Capital Intelectual e como implantar este importante processo nas empresas. Serão a seguir comentados alguns dos principais componentes do modelo proposto. As respostas aos problemas mais freqüentes de uma organização não são necessariamente as ótimas, visto serem fruto de conhecimentos tácitos de pessoas que podem não ser maximizadores perfeitos, em função de suas limitações cognitivas. De acordo com Corazza e Fracalanza (2004, p.129) “estando na base dos comportamentos dos agentes, e em particular das organizações, a noção de rotina é central em toda representação neoschumpeteriana”. A organização necessita de rotinas quer adote o velho modelo de gestão por funções especializadas, concentradas em departamentos, quer adote a gestão por processos. Assim, uma rotina é uma estrutura de comportamento regular e previsível que compõe um ou mais processos e conduz a esquemas caracterizados basicamente pela repetição. Porém, se é admitida a experimentação, grupos que adotam a inovação contínua fazem com que as tarefas sejam executadas de maneira progressivamente melhor e mais rápida. A repetição e a experimentação são base de aprendizado, por meio da qual são construídos os comportamentos. As rotinas formam os processos e constituem a memória organizacional, construída com base em conhecimentos e experiências passados, possibilitando armazenar informações e uma primeira interpretação de sinais vindos de fora da organização. “Quando companhias resolvem o mesmo problema repetidamente, elas desenvolvem processos formais e informais, de modo que possam dar conta da tarefa cada vez que a mesma surgir, minimizando o risco de falha. Se elas não desenvolvessem e usassem processos para dar conta de tarefas recorrentes, elas estariam perdendo tempo reinventando as soluções. Na verdade, o termo Aprendizado Organizacional muitas vezes consiste de formar e seguir processos.” (Christensen et al, 2004, p.34, tradução do autor) Infelizmente, a maioria das organizações atuais ainda está mal estruturada para lidar com o conhecimento como fator econômico de produção, supondo ser suficiente ele residir somente nas cabeças dos proprietários e dos gerentes. Isto faz com que ainda muitas organizações sejam alicerçadas nos mecanismos de comando e de controle, funcionando como burocracias hierárquicas, o que simplesmente não funciona quando o conhecimento é a fonte principal ou um importante ativo na criação de valor, como deve ser nas organizações de hoje. As organizações atuam com base nas “Estruturas de Conhecimento” dominantes, que segundo Argyris e Schön (1978) correspondem à teoria aplicada ou em uso e encontram-se implícitas em objetivos, políticas, normas, estruturas formais e informais, padrões de atividades ou comportamentos, instrumentos, regras e procedimentos e, através das rotinas, colocam em prática seus programas, projetos ou planos. Empresas longevas se caracterizam, entre outros aspectos, por serem coesas e com forte senso de identidade. A identidade reflete um padrão de interações entre os constituintes de uma organização, que envolve valores. Esta capacidade de agir de modo coerente é tida como a principal propriedade que caracteriza a emergência de “comportamento complexo”. A identidade se mostra fundamental às organizações que passam por constantes processos de mudança, buscando se adaptar. O aprendizado de primeira ordem (single-loop) ocorre quando a organização encontra um distúrbio que pode ser resolvido usando suas estruturas de conhecimento atuais. No aprendizado de primeira ordem, a organização se defronta com um desvio e busca sua solução modificando suas rotinas. Isto pode incluir os sistemas de informação, a memória organizacional e os valores declarados. A Estrutura de Conhecimentos da organização, em geral, não é questionada, enquanto se mostrar adequada aos distúrbios encontrados. O aprendizado de segunda ordem (dooble-loop) ocorre quando a correção do erro requer a modificação das estruturas de conhecimento dominantes, além de reestruturação de estratégias e pressupostos associados às normas organizacionais. Requer ações em que a organização procura corrigir seus desvios mediante processo de questionamento mais profundo. Um Aprendizado de Segunda Ordem resulta em uma mudança da organização e a sua estrutura de conhecimentos. Significa que a organização procura não a inovação contínua e incremental, mas a criação de novo Conhecimento Organizacional. Quanto aos Sistemas de Gestão da Informação (SGI), em princípio, podem ser englobados nesse importante componente do modelo proposto as ações que ficam restritas a uma mera solução de problemas, onde o foco situa-se mais na identificação e correção dos erros do que em um questionamento mais profundo das razões ocultas por detrás dos fatos.
  • 6. 6 Muitos dos chamados “Sistemas de GC” são na verdade “(SGI)”, capazes de atender apenas aos requisitos de um Aprendizado de Primeira Ordem. Porém não se pode deixar de notar que fazer a Gestão das Informações que a organização tem de si própria, de sua gestão, de seus processos e de seu ambiente de negócios é fator básico para sua evolução e pré-requisito de uma GC sustentada. Assim, no modelo analisado, os (SGI) estão colocados de forma bem clara como elemento exterior ao processo de GC, embora haja forte interação entre estes processos e a GC. O foco dos (SGI) do modelo é no desenvolvimento de sistemas para acesso e gestão de grandes volumes de dados e conteúdos e nas soluções da Tecnologia da Informação não se limitando, de forma alguma, apenas a suas ferramentas. Organizações devem colocar elevada importância em comunicação e fluxo contínuos de informações, permitindo relacionamentos e o trabalho cooperativo entre pessoas e equipes. Softwares do tipo Enterprise Resource Planning (ERP), por exemplo, integram áreas funcionais diferentes na empresa, focando os processos. Os ERP fornecem capacidade de processamento de transações que ajudam a integrar os diferentes sistemas de informação, permitindo à empresa capturar os dados e disponibiliza-los para utilização em toda a empresa, por todos os usuários adequados. Por outro lado, sem uma GC adequada, esses sistemas podem engessar a empresa. Esses e outros aspectos operacionais da organização, como por exemplo, a Gestão por Competência e as políticas de cargos, carreira e remuneração podem impactar, positiva ou negativamente, o processo de GC. A Gestão da Qualidade Total, por exemplo, que em geral produz, um aprendizado single-loop, suficiente apenas para solucionar os problemas mais tangíveis. Embora se observe forte interação ente todos os processos corporativos e o de GC, esses outros processos operacionais não podem ser confundidos, de forma alguma, com GC. Há de se destacar ainda que são os Processos Operacionais os verdadeiros criadores de conhecimentos críticos para a organização. Segundo Goldman e Castro (2007, p. 11) muitas vezes, surgem confusões conceituais entre o que é GC, Aprendizado Organizacional e Educação Corporativa. Essa, além de seu tradicional papel de complementar a formação dos profissionais da organização e propiciar seu desenvolvimento, pode e deve desempenhar, como coadjuvante do processo de GC, papel estratégico ao fornecer importante parcela dos meios para o desenvolvimento da Inteligência adequada à organização alcançar a capacidade de adaptação necessária. Por outro lado, mesmo ações mais modernas de Educação Corporativa, tais como Universidades Corporativas e Ensino a Distância, seja e-learning ou não, têm falhado ao não conseguir lidar adequadamente com o conhecimento tácito. O Plano Diretor de Gestão do Conhecimento (PDGC) é um processo de reflexão de diversas áreas, que gera um documento periodicamente atualizado, que deve ser de plena divulgação a todos que trabalham na organização, procurando se deixar claro que seu foco são ativos intangíveis, não devendo por isso ser comparado com normas e procedimentos já existentes. Deve estar focado na ativação do fluxo do conhecimento em relações pessoa-pessoa e grupo-grupo, buscando a sensibilização, mapeamento de conhecimentos, criação de redes sociais, a identificação dos conhecimentos críticos etc. O PDGC, em especial, e o modelo proposto como um todo, consideram a necessidade da criação e da manutenção de uma linguagem organizacional relativa à GC. A criação dessa linguagem é dinâmica e o seu uso efetivo pode beneficiar a efetiva aplicação da GC de forma sustentada. O PDGC embora se constitua em um documento explícito da organização, deve elencar e explicar os conceitos, métodos e técnicas de Gestão do Conhecimento, tanto culturais, quanto tecnológicas, que a organização considera pertinentes, devendo fornecer os meios para que os grupos estabeleçam quais são seus conhecimentos estratégicos e críticos, definindo estratégias de como lidar com eles adequadamente. O PDGC não deve, como costuma acontecer em muitas empresas, se limitar à gestão daquilo que “a empresa sabe que sabe”, pois vista assim, a GC, embora não devesse, fica limitada à explicitação e à disseminação das melhores práticas, lições aprendidas e experiências, deixando de focar os aspectos mais instigantes da construção do conhecimento organizacional, sendo em muitos casos confundida com a Gestão da Informação, a Gestão de Projetos e/ou a Educação Corporativa. O PDGC, além de levar em conta os aspectos relacionados à troca de informações entre individuos, permitindo- lhes formar novos conhecimentos, e o florescimento do Conhecimento Organizacional , deve ainda considerar os aspectos relacionados ao conceito de Capital Social, sua relação com redes sociais e sua importância para o Contexto Capacitante, Ba ( NONAKA e KONNO, 1998), necessário à criação do Conhecimento Organizacional como recurso da empresa. Embora expresso e amplamente divulgado através de um documento, não pode jamais deixar de ser visto como um processo. É um produto tangível e nele são definidas: Ações, Orientações e Políticas de GC. No âmbito da organização, define ainda a realização de eventos internos sobre GC e a participação em eventos externos/ grupos iterativos de GC, bem como as parcerias, participação ou associação a organizações nacionais ou internacionais destinadas ao estudo e difusão de conceitos, métodos e ferramentas da GC.
  • 7. 7 Segundo Cavalcanti e Gomes (2001, p.5) a Inteligência Competitiva é um processo sistemático de coleta de informações dos ambientes de negócios. Deve ser um processo ético, para preservar a imagem da empresa entre as concorrentes e os clientes, possibilitando uma definição muito clara da sua visão estratégica e do seu posicionamento no mercado. Esse componente do modelo é diretamente responsável por GC não se resumir, de forma alguma, a um processo estímulo-resposta, sendo capaz de desenvolver conhecimento como parte do aprendizado. A Inovação e o Empreendedorismo Organizacionais são os elementos que junto com o Conhecimento compõe a chamada Inteligência Empresarial (Cavalcanti e Gomes, 2001). Com relação à Inovação é importante perceber que hoje não basta às organizações apenas melhorarem continuamente, é preciso diferenciação, o que torna a inovação radical, mais do que uma opção, uma necessidade. Denning (2006, p.231) diz que o próprio fato de nenhuma das tantas teorias atuais sobre inovação oferecer qualquer pista de como alcançá-la sugere que se está buscando a solução no lugar errado. O Modelo de Avaliação de Maturidade em GC leva em conta que diversos têm sido os métodos propostos para avaliar o grau de maturidade em que uma organização se encontra no que diz respeito à Gestão do Conhecimento. Usualmente são métodos qualitativos e procuram contemplar uma série de dimensões do conhecimento, tais como cultura, liderança, processos do conhecimento, alinhamento com os objetivos estratégicos da organização etc. Já as variáveis internas expresssa o fato de que organizações têm comportamentos e características tais como “personalidade” e “cultura organizacional”, que emergem dos comportamentos individuais, mas tomam “vida própria” e persistem mesmo quando as pessoas vêm e vão. As pessoas dão forma à organização e a organização dá forma às pessoas. Finalmente, na Dinâmica de Sistemas, os ciberneticistas foram responsáveis pela criação de importantes idéias e conceitos sobre o funcionamento dos sistemas em geral, rompendo com o princípio da causalidade linear. Introduziram a idéia de causalidade circular como sendo o padrão lógico subjacente ao conceito de feedback (realimentação). Feedback significa o transporte de informações presentes no resultado de qualquer processo, ou atividade, que retorna até a origem deste processo, gerando o mecanismo de auto-regulação dos sistemas. Também no pensamento complexo a idéia de feedback é central.(GOLDMAN,2008a, p. 102) 6.0 - DESCRIÇÃO DO MODELO O modelo pode ser explicado a partir da idéia de que as organizações atuam com base nas estruturas de conhecimento dominantes, que são ditadas por sua identidade organizacional, na tentativa de colocar em prática seus programas, projetos ou planos através da execução de suas rotinas. A partir dessa atuação são alcançados resultados e estes devem ser analisados em profundidade pelos stakeholders, quantitativamente e qualitativamente, de forma sistemática devendo os desvios observados em relação aos esperados serem comunicados de forma o mais eficaz possível a toda organização. Esses desvios e os inputs da IC constituem os feedbacks adequados, capazes de detectar erros na forma de agir, indicar como corrigi-los, e contribuir para melhorar a eficiência e a eficácia organizacionais. Através da Inteligência Empresarial, dois tipos de aprendizado podem ser gerados em função dessa prática: o de primeira ordem, single-loop, que acarreta mudanças na forma de agir, mantendo-se a estrutura de conhecimento dominante, ou o de segunda ordem, double-loop, que implica mudanças fundamentais na estrutura de conhecimento da organização. A prática da análise dos resultados se utilizada sistematicamente e de forma adequada, caracteriza um processo sustentado de GC, que corresponde à capacidade de aprender a aprender. A Inteligência Competitiva complementa o modelo através da coleta de informações das atividades desenvolvidas pelos concorrentes, das tendências gerais dos ambientes de negócios, bem como da participação em Redes de Valor formadas pela empresa, clientes e parceiros estratégicos (fornecedores, distribuidores, provedores de serviços) com o objetivo de viabilizar a criação de conhecimento organizacional a partir de informações e dados oriundos não apenas da análise dos próprios resultados.Finalmente, o processo de GC, como qualquer outro, pode e deve ser eficazmente avaliado nos diversos grupos da organização,garantindo a realimentação do PDGC. 7.0 - CONSIDERAÇÕES FINAIS Qualquer modelo é de certa forma uma simplificação da realidade. Construímos modelos para melhor compreender sistemas com certo grau de complexidade, impossíveis ou não interessantes de serem reproduzidos, que estejam sendo desenvolvidos ou estudados. Os modelos ajudam a visualizar o sistema como ele é ou como gostaríamos que fosse. Eles permitem especificar a estrutura do sistema, proporcionando um guia para sua construção, ou prever seu comportamento em dadas condições. Enquanto a escolha de um modelo tem profunda influência sobre a maneira como um determinado problema será atacado e como uma solução será definida, ao mesmo tempo a situação-problema estudada irá determinar o nível de precisão adotado para escolher um dos diferentes possíveis modelos que um sistema pode ter simultaneamente.
  • 8. 8 Assim, nenhum modelo único é suficiente para descrever todos os comportamentos do sistema, pois um modelo completo, capaz de responder com total precisão a todas as possíveis simulações não seria nada mais nada menos que uma reprodução perfeita do sistema estudado, não tendo assim, em geral, qualquer utilidade prática. Por isso, qualquer sistema não-trivial será mais bem investigado por meio de um conjunto de modelos quase independentes. O modelo relacionando os processos de GC e Aprendizado Organizacional, aqui analisado, pode ser útil para as grandes empresa do SEB que precisam entender as relações da GC com outros processos corporativos e sua importância para a longevidade da organização. Este modelo pode contribuir de maneira decisiva para a aplicação de um processo de GC de forma sustentada, além de propiciar o Aprendizado Organizacional, que contribuirá para a longevidade da organização, através da renovação continuada do conhecimento, da criação de centros de excelência, da atração e retenção de talentos, criação de redes sociais e de valor e uma série de propostas de mudanças que permitirão ter o conhecimento como efetivo fator de produção. 8.0 - REFERÊNCIAS AGOSTINHO, M.C.E. Administração complexa: revendo as bases científicas da administração. In RAE eletrônica, v.2, n.1, jan/jun,2003. Disponível em www.rae.com.br/eletronica/index acessado em 15/12/2008. ARGYRIS, C.; SCHÖN, D. A. Organizational Learning. A Theory of Action Perspective.Addison Wesley, 1978. BARNEY, Jay B. Gaining and sustaining competitive advantage. Upper Saddle River: Prentice Hall, 2007. CAVALCANTI, M.; GOMES, E. Inteligência Organizacional: Um novo modelo de gestão para a nova economia, 2001, Association Congress Toronto – Canadá – 2001. Disponível em: <http://portal.crie.coppe.ufrj.br/portal/>. Acesso em: 28/04/2007. CORAZZA, R. I.; FRACALANZA, P. S. Caminhos do pensamento neo-schumpeteriano: para além das analogias biológicas. Nova Economia, v. 14, n. 2, Maio-Agosto 2004. CHRISTENSEN, C. M., ANTHONY S. D., ROTH E. A. Seeing What's Next: Using the Theories of Innovation to Predict Industry Change. Boston: Harvard Business School Publishing, 2004 DENNING, S. O poder das narrativas nas organizações. Tradução Ricardo Bastos Vieira. Rio de Janeiro: Elsevier. Petrobras, Rio de Janeiro, 2006. GOLDMAN, Fernando Luiz. Leilões da transmissão de energia elétrica no Brasil de 1999 a 2006: uma avaliação do aprendizado organizacional de segunda ordem. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção) - Universidade Federal Fluminense, Niterói, Rio de Janeiro, 2008a. ______. Um modelo estruturado para implantação de Gestão do Conhecimento Organizacional. In: XV SIMPÓSIO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO – SIMPEP, Bauru, 2008b. ______. Definindo o que é Gestão do Conhecimento Organizacional. Disponível em:< http://kmgoldman.blogspot.com/2009/02/definindo-o-que-e-gestao-do.html>. Acesso em: 28 fev. 2009. GOLDMAN Fernando L.; CASTRO, Nivalde J. de. Considerações analíticas das relações entre gestão do conhecimento, inovações tecnológicas e organizacionais. Artigo apresentado ao IV SIMPÓSIO DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO E TECNOLOGIA – SEGET, Resende, outubro de 2007. GOLDMAN, Fernando L.; QUELHAS, Osvaldo. Desenvolvimento de Inteligência Empresarial Voltada para o Segmento de Transmissão de Energia Elétrica In: SEMINÁRIO NACIONAL DE PRODUÇÃO E TRANSMISSÃO DE ENERGIA ELÉTRICA, RIO DE JANEIRO: Furnas, 14-17 out 2007. JOHNSON, B., EDQUIST, C. and LUNDVALL, B.A. Economic Development and the National System of Innovation Approach, artigo apresentado no First Globelics Conference, Rio de Janeiro, November 3 – 6. 2003. MORESI, Eduardo Amadeu Dutra. Inteligência organizacional: um referencial integrado. Ci. Inf. , Brasília, v. 30, n. 2, 2001 . Disponível em: http://www.scielo.br/ Acesso em: 08 Fevereiro 2008. NONAKA, I.; KONNO, N. The concept of “Ba”: Building foundation for Knowledge Creation. California Management Review, v. 40, n. 3, Spring 1998. NONAKA, Ikujiro; TAKEUCHI, Hirotaka. Criação de Conhecimento na Empresa: Como as Empresas Japonesas Geram a Dinâmica da Inovação. Tradução de Ana Beatriz Rodrigues, Priscila Martins Celeste. Rio de Janeiro: Campus, 1997. SENGE, P. M. A Quinta Disciplina - Arte e Prática da Organização de Aprendizagem. Trad. Regina Amarante. São Paulo: Best Seller, 1990. SNOWDEN, Dave. Beyond Knowledge Management. Palestra Magna do KM Brasil 2007, São Paulo, Novembro 2007. TEECE, D. J. et al. Dynamic capabilities and strategic management. Strategic Management Journal, v. 18, n. 7,p. 509-533, Agosto. 1997. 9.0 - DADOS BIOGRÁFICOS Fernando L. Goldman é doutorando em Políticas Públicas, Estratégias e Desenvolvimento no IE/UFRJ, Engenheiro Eletricista pela UFRJ, mestre em Engenharia de Produção, pela UFF. Possui ainda Especialização em Gestão Empresarial pela FGV. Desde 2007 é Presidente da SBGC - RJ. É engenheiro de FURNAS Centrais Elétricas SA.
  • 9. 9 10.0 - VERSÃO SIMPLIFICADA PARA APRESENTAÇÃO: Fonte: Elaboração Própria (GOLDMAN,2009) Processos Operacionais (Rotinas Estáticas) Processos de Conhecimento Estruturas do Conhecimento Organizacional FeedbackInovação contínua Inovação radical Reflexão de 1ª ordem Reflexão de 2ª ordem Copyright do autor © 2008 Biblioteca Nacional Inteligência Organizacional Gestão do Conhecimento Organizacional Empreende- dorismo Gestão da Inovação Resultados Identidade Organizacional single loop double loop Inteligência Competitiva Rotinas de Melhoria Gestão de Informações Foco no explícito Rotinas de Evolução Foco no tácito Fonte: Elaboração Própria (GOLDMAN,2009) Identidade Organizacional Processos de Conhecimento Estruturas do Conhecimento Organizacional Processos Operacionais (Rotinas Estáticas) Resultados