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IMMANUEL KANT
1724-1804
Königsberg
(Prússia – Alemanha/Rússia)
Artista anônimo
Obras aqui abordadas
• 1781 – Crítica da Razão Pura
• 1785 – Fundamentação da Metafísica
dos Costumes
• 1788 – Crítica da Razão Prática
• 1797 – A Metafísica dos Costumes
• O que é Ilustração
Questões básicas da Filosofia
 O que posso saber?
Como devo agir?
O que posso esperar?
O que é o ser humano?
(Esta última engloba as três
anteriores)
Kant: principal filósofo do Iluminismo
alemão
• Em sua obra O que é Ilustração, ele
sintetiza seu otimismo iluminista em
relação à possibilidade de o ser
humano guiar-se por sua própria
razão, sem se deixar enganar pelas
crenças, tradições e opiniões alheias
(autonomia).
• O Centro da filosofia kantiana é o ser humano
como ser dotado de razão e liberdade;
• Seus estudos partem da investigação sobre as
condições nas quais se dá o conhecimento
humano (Crítica da Razão Pura) e,
posteriormente, acerca
• do exame do agir humano, ética
(Fundamentação da Metafísica dos Costumes,
Crítica da Razão Prática, A Metafísica dos
Costumes).
O PROBLEMA DO CONHECIMENTO
Conhecimento empírico
a posteriori

Conhecimento puro
a priori

• Se refere aos dados
fornecidos pelos sentidos.,
é posterior à experiência.
• Qual é a cor do livro?

• Não depende de quaisquer
dados dos sentidos, ou seja,
que
é
anterior
à
experiência, nascendo de
uma operação racional.
• Qual é a menor distância
entre dois pontos?
EXEMPLOS
Conhecimento empírico
a posteriori

Conhecimento puro
a priori
Teoria dos juízos
• Um juízo consiste na conexão
de dois conceitos, dos quais
um (A) cumpre a função de
sujeito e o outro (B) cumpre a
função de predicado:
“Duas linhas paralelas jamais se
encontram no espaço”
• Conhecimento
universal:
não se refere a esta
ou àquela linha
paralela, mas a
todas.

• Conhecimento
necessário:
Trata-se de uma
afirmação que para
ser
válida,
não
depende
de
nenhuma condição
específica.
Tipos de juízo
• O Conhecimento puro conduz
a
juízos
universais
e
necessários,
enquanto
o
conhecimento empírico não
possui essa característica.
Os juízos são classificados por kant em
dois tipos:
JUÍZO ANALÍTICO
 O quadrado

tem
quatro lados;
 Todo corpo é
extenso.

JUÍZO SINTÉTICO
 Os corpos se
movimentam;
 Todo corpo é
pesado.
JUÍZO ANALÍTICO

JUÍZO SINTÉTICO

• É aquele em que o
predicado já está contido
no conceito do sujeito;
• Basta analisar o sujeito para
deduzir o predicado;
• Segundo Kant, são também
juízos de elucidação pois o
predicado
simplesmente
elucida algo que já estava
contido no conceito do
sujeito.

• É aquele em que o
predicado não está contido
no conceito do sujeito;
• Nesses juízos, acrescenta-se
ao sujeito algo de novo que
é o predicado;
• Os
juízos
sintéticos
enriquecem as informações
e ampliam o conhecimento.
Kant
também
os
denominava de juízos de
ampliação.
Ao analisar o valor de cada juízo
Kant distingue três categorias
• Juízo analítico;
• Juízo sintético a posteriori;
• Juízo sintético a priori.
JUÍZO ANALÍTICO
• Como no exemplo da afirmação “O
quadrado tem quatro lados”, é um juízo
universal e necessário, mas serve apenas
para elucidar ou explicitar aquilo que já
se conhece do sujeito. Ou seja, a rigor, é
apenas importante para se chegar à
clareza do conceito já existente, mas não
conduz a conhecimentos novos.
JUÍZO SINTÉTICO A POSTERIORI
• Como no exemplo da afirmação
“Este livro tem a capa verde”, amplia
o conhecimento sobre o sujeito, mas
sua
validade
está
sempre
condicionada ao tempo e ao espaço
em que se dá a experiência e,
portanto, não constitui um juízo
universal e necessário.
JUÍZO SINTÉTICO A PRIORI
(o mais importante)
• Como no exemplo da afirmação “Duas linhas
paralelas jamais se encontram no espaço”, e
em outras da matemática e da geometria,
acrescenta informações novas ao sujeito,
possibilitando
uma
ampliação
do
conhecimento. E como não está limitado pela
experiência, é um juízo universal e necessário.
• A matemática e a física seriam disciplinas
científicas por trabalharem com ele.
Estruturas do sentir e do conhecer
- apriorismo • Kant buscou saber como é o sujeito a
priori, isto é, o sujeito antes de qualquer
experiência. Concluiu que existem no ser
humano
certas
estruturas
que
possibilitam a experiência (as formas a
priori da sensibilidade) e determinam o
entendimento (as formas a priori do
entendimento).
FORMAS A PRIORI DA SENSIBILIDADE
• São o tempo e o espaço:
 percebemos e representamos a realidade
sempre no tempo e no espaço;
São “intuições puras”, existem como
estruturas básicas na nossa sensibilidade e são
elas que permitem a experiência sensorial.
Ao invés de modo de ser das coisas, espaço e
tempo se configuram como modos como o
sujeito capta sensivelmente as coisas.
Não é o sujeito que se adequa ao
objeto no conhecimento, mas, ao
contrário, é o objeto que se adequa ao
sujeito.
• Interprete livremente, mas de maneira
filosófica, o quadro Perspicácia (autorretrato,
1936) do pintor surrealista belga René
Magritte.
De acordo com a
teoria
kantiana,
as
coisas existem para nós
não como são, mas
como as percebemos.
FORMAS A PRIORI DO ENTENDIMENTO
Os dados captados por nossa sensibilidade são
organizados pelo entendimento de acordo
com certas categorias.
As categorias são “conceitos puros” existentes
a priori no entendimento tais como causa,
necessidade, relação e outros, que servirão de
base para emissão de juízos sobre a realidade.
A compreensão de que
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  • 3. Obras aqui abordadas • 1781 – Crítica da Razão Pura • 1785 – Fundamentação da Metafísica dos Costumes • 1788 – Crítica da Razão Prática • 1797 – A Metafísica dos Costumes • O que é Ilustração
  • 4. Questões básicas da Filosofia  O que posso saber? Como devo agir? O que posso esperar? O que é o ser humano? (Esta última engloba as três anteriores)
  • 5. Kant: principal filósofo do Iluminismo alemão • Em sua obra O que é Ilustração, ele sintetiza seu otimismo iluminista em relação à possibilidade de o ser humano guiar-se por sua própria razão, sem se deixar enganar pelas crenças, tradições e opiniões alheias (autonomia).
  • 6. • O Centro da filosofia kantiana é o ser humano como ser dotado de razão e liberdade; • Seus estudos partem da investigação sobre as condições nas quais se dá o conhecimento humano (Crítica da Razão Pura) e, posteriormente, acerca • do exame do agir humano, ética (Fundamentação da Metafísica dos Costumes, Crítica da Razão Prática, A Metafísica dos Costumes).
  • 7. O PROBLEMA DO CONHECIMENTO Conhecimento empírico a posteriori Conhecimento puro a priori • Se refere aos dados fornecidos pelos sentidos., é posterior à experiência. • Qual é a cor do livro? • Não depende de quaisquer dados dos sentidos, ou seja, que é anterior à experiência, nascendo de uma operação racional. • Qual é a menor distância entre dois pontos?
  • 9. Teoria dos juízos • Um juízo consiste na conexão de dois conceitos, dos quais um (A) cumpre a função de sujeito e o outro (B) cumpre a função de predicado:
  • 10. “Duas linhas paralelas jamais se encontram no espaço” • Conhecimento universal: não se refere a esta ou àquela linha paralela, mas a todas. • Conhecimento necessário: Trata-se de uma afirmação que para ser válida, não depende de nenhuma condição específica.
  • 11. Tipos de juízo • O Conhecimento puro conduz a juízos universais e necessários, enquanto o conhecimento empírico não possui essa característica.
  • 12. Os juízos são classificados por kant em dois tipos: JUÍZO ANALÍTICO  O quadrado tem quatro lados;  Todo corpo é extenso. JUÍZO SINTÉTICO  Os corpos se movimentam;  Todo corpo é pesado.
  • 13. JUÍZO ANALÍTICO JUÍZO SINTÉTICO • É aquele em que o predicado já está contido no conceito do sujeito; • Basta analisar o sujeito para deduzir o predicado; • Segundo Kant, são também juízos de elucidação pois o predicado simplesmente elucida algo que já estava contido no conceito do sujeito. • É aquele em que o predicado não está contido no conceito do sujeito; • Nesses juízos, acrescenta-se ao sujeito algo de novo que é o predicado; • Os juízos sintéticos enriquecem as informações e ampliam o conhecimento. Kant também os denominava de juízos de ampliação.
  • 14. Ao analisar o valor de cada juízo Kant distingue três categorias • Juízo analítico; • Juízo sintético a posteriori; • Juízo sintético a priori.
  • 15. JUÍZO ANALÍTICO • Como no exemplo da afirmação “O quadrado tem quatro lados”, é um juízo universal e necessário, mas serve apenas para elucidar ou explicitar aquilo que já se conhece do sujeito. Ou seja, a rigor, é apenas importante para se chegar à clareza do conceito já existente, mas não conduz a conhecimentos novos.
  • 16. JUÍZO SINTÉTICO A POSTERIORI • Como no exemplo da afirmação “Este livro tem a capa verde”, amplia o conhecimento sobre o sujeito, mas sua validade está sempre condicionada ao tempo e ao espaço em que se dá a experiência e, portanto, não constitui um juízo universal e necessário.
  • 17. JUÍZO SINTÉTICO A PRIORI (o mais importante) • Como no exemplo da afirmação “Duas linhas paralelas jamais se encontram no espaço”, e em outras da matemática e da geometria, acrescenta informações novas ao sujeito, possibilitando uma ampliação do conhecimento. E como não está limitado pela experiência, é um juízo universal e necessário. • A matemática e a física seriam disciplinas científicas por trabalharem com ele.
  • 18. Estruturas do sentir e do conhecer - apriorismo • Kant buscou saber como é o sujeito a priori, isto é, o sujeito antes de qualquer experiência. Concluiu que existem no ser humano certas estruturas que possibilitam a experiência (as formas a priori da sensibilidade) e determinam o entendimento (as formas a priori do entendimento).
  • 19. FORMAS A PRIORI DA SENSIBILIDADE • São o tempo e o espaço:  percebemos e representamos a realidade sempre no tempo e no espaço; São “intuições puras”, existem como estruturas básicas na nossa sensibilidade e são elas que permitem a experiência sensorial. Ao invés de modo de ser das coisas, espaço e tempo se configuram como modos como o sujeito capta sensivelmente as coisas.
  • 20. Não é o sujeito que se adequa ao objeto no conhecimento, mas, ao contrário, é o objeto que se adequa ao sujeito. • Interprete livremente, mas de maneira filosófica, o quadro Perspicácia (autorretrato, 1936) do pintor surrealista belga René Magritte.
  • 21.
  • 22. De acordo com a teoria kantiana, as coisas existem para nós não como são, mas como as percebemos.
  • 23. FORMAS A PRIORI DO ENTENDIMENTO Os dados captados por nossa sensibilidade são organizados pelo entendimento de acordo com certas categorias. As categorias são “conceitos puros” existentes a priori no entendimento tais como causa, necessidade, relação e outros, que servirão de base para emissão de juízos sobre a realidade.
  • 24. A compreensão de que entes como árvores sofrem mudanças pressupõe entender a priori o conceito de “substância”, segundo Kant. Tais conceitos são precondições da experiência.