3. Obras aqui abordadas
• 1781 – Crítica da Razão Pura
• 1785 – Fundamentação da Metafísica
dos Costumes
• 1788 – Crítica da Razão Prática
• 1797 – A Metafísica dos Costumes
• O que é Ilustração
4. Questões básicas da Filosofia
O que posso saber?
Como devo agir?
O que posso esperar?
O que é o ser humano?
(Esta última engloba as três
anteriores)
5. Kant: principal filósofo do Iluminismo
alemão
• Em sua obra O que é Ilustração, ele
sintetiza seu otimismo iluminista em
relação à possibilidade de o ser
humano guiar-se por sua própria
razão, sem se deixar enganar pelas
crenças, tradições e opiniões alheias
(autonomia).
6. • O Centro da filosofia kantiana é o ser humano
como ser dotado de razão e liberdade;
• Seus estudos partem da investigação sobre as
condições nas quais se dá o conhecimento
humano (Crítica da Razão Pura) e,
posteriormente, acerca
• do exame do agir humano, ética
(Fundamentação da Metafísica dos Costumes,
Crítica da Razão Prática, A Metafísica dos
Costumes).
7. O PROBLEMA DO CONHECIMENTO
Conhecimento empírico
a posteriori
Conhecimento puro
a priori
• Se refere aos dados
fornecidos pelos sentidos.,
é posterior à experiência.
• Qual é a cor do livro?
• Não depende de quaisquer
dados dos sentidos, ou seja,
que
é
anterior
à
experiência, nascendo de
uma operação racional.
• Qual é a menor distância
entre dois pontos?
9. Teoria dos juízos
• Um juízo consiste na conexão
de dois conceitos, dos quais
um (A) cumpre a função de
sujeito e o outro (B) cumpre a
função de predicado:
10. “Duas linhas paralelas jamais se
encontram no espaço”
• Conhecimento
universal:
não se refere a esta
ou àquela linha
paralela, mas a
todas.
• Conhecimento
necessário:
Trata-se de uma
afirmação que para
ser
válida,
não
depende
de
nenhuma condição
específica.
11. Tipos de juízo
• O Conhecimento puro conduz
a
juízos
universais
e
necessários,
enquanto
o
conhecimento empírico não
possui essa característica.
12. Os juízos são classificados por kant em
dois tipos:
JUÍZO ANALÍTICO
O quadrado
tem
quatro lados;
Todo corpo é
extenso.
JUÍZO SINTÉTICO
Os corpos se
movimentam;
Todo corpo é
pesado.
13. JUÍZO ANALÍTICO
JUÍZO SINTÉTICO
• É aquele em que o
predicado já está contido
no conceito do sujeito;
• Basta analisar o sujeito para
deduzir o predicado;
• Segundo Kant, são também
juízos de elucidação pois o
predicado
simplesmente
elucida algo que já estava
contido no conceito do
sujeito.
• É aquele em que o
predicado não está contido
no conceito do sujeito;
• Nesses juízos, acrescenta-se
ao sujeito algo de novo que
é o predicado;
• Os
juízos
sintéticos
enriquecem as informações
e ampliam o conhecimento.
Kant
também
os
denominava de juízos de
ampliação.
14. Ao analisar o valor de cada juízo
Kant distingue três categorias
• Juízo analítico;
• Juízo sintético a posteriori;
• Juízo sintético a priori.
15. JUÍZO ANALÍTICO
• Como no exemplo da afirmação “O
quadrado tem quatro lados”, é um juízo
universal e necessário, mas serve apenas
para elucidar ou explicitar aquilo que já
se conhece do sujeito. Ou seja, a rigor, é
apenas importante para se chegar à
clareza do conceito já existente, mas não
conduz a conhecimentos novos.
16. JUÍZO SINTÉTICO A POSTERIORI
• Como no exemplo da afirmação
“Este livro tem a capa verde”, amplia
o conhecimento sobre o sujeito, mas
sua
validade
está
sempre
condicionada ao tempo e ao espaço
em que se dá a experiência e,
portanto, não constitui um juízo
universal e necessário.
17. JUÍZO SINTÉTICO A PRIORI
(o mais importante)
• Como no exemplo da afirmação “Duas linhas
paralelas jamais se encontram no espaço”, e
em outras da matemática e da geometria,
acrescenta informações novas ao sujeito,
possibilitando
uma
ampliação
do
conhecimento. E como não está limitado pela
experiência, é um juízo universal e necessário.
• A matemática e a física seriam disciplinas
científicas por trabalharem com ele.
18. Estruturas do sentir e do conhecer
- apriorismo • Kant buscou saber como é o sujeito a
priori, isto é, o sujeito antes de qualquer
experiência. Concluiu que existem no ser
humano
certas
estruturas
que
possibilitam a experiência (as formas a
priori da sensibilidade) e determinam o
entendimento (as formas a priori do
entendimento).
19. FORMAS A PRIORI DA SENSIBILIDADE
• São o tempo e o espaço:
percebemos e representamos a realidade
sempre no tempo e no espaço;
São “intuições puras”, existem como
estruturas básicas na nossa sensibilidade e são
elas que permitem a experiência sensorial.
Ao invés de modo de ser das coisas, espaço e
tempo se configuram como modos como o
sujeito capta sensivelmente as coisas.
20. Não é o sujeito que se adequa ao
objeto no conhecimento, mas, ao
contrário, é o objeto que se adequa ao
sujeito.
• Interprete livremente, mas de maneira
filosófica, o quadro Perspicácia (autorretrato,
1936) do pintor surrealista belga René
Magritte.
21.
22. De acordo com a
teoria
kantiana,
as
coisas existem para nós
não como são, mas
como as percebemos.
23. FORMAS A PRIORI DO ENTENDIMENTO
Os dados captados por nossa sensibilidade são
organizados pelo entendimento de acordo
com certas categorias.
As categorias são “conceitos puros” existentes
a priori no entendimento tais como causa,
necessidade, relação e outros, que servirão de
base para emissão de juízos sobre a realidade.
24. A compreensão de que
entes como árvores
sofrem mudanças
pressupõe entender a
priori o conceito de
“substância”, segundo
Kant.
Tais conceitos são
precondições da
experiência.