Estudo dirigido linguagens da indexação prof. kátia
Filosofia e Ética da Informação
1. UFMG/ECI- CURSO: BIBLIOTECONOMIA
DISCIPLINA: TOPICOS EM GESTAO DA INFORMACAO E DO CONHECIMENTO
(Filosofia e Ética da Informação) – Código TGI053
PROFESSOR: Marcello Peixoto Bax - ALUNA: Rita de Cássia Gonçalves
DATA:02/04/2014
“ Primeiramente, considero haver em nós certas noções primitivas, as quais
são como originais, sob cujo padrão formamos todos os nossos outros
conhecimentos” .(Descartes)
“De onde apreende todos os materiais da razão e do conhecimento? A isso
respondo, numa palavra, da experiência. (Locke)
“ O sono da razão produz monstros”. (Goya)
ESTUDO DIRIGIDO
CAPÍTULO 5 – UNIDADE 1
1. COMO ERA O OTIMISMO DOS FILÓSOFOS DO SÉCULO XIX E COMO ESSE
OTIMISMO DIMINUIU NO SÉCULOXX?
A ideia de progresso advinda do uso da ciência e da técnica resultaria em situações sempre
melhores que as anteriores. De uma maneira, a ciência colaborou e muito com a longevidade da
vida humana quando da descoberta de vacinas, medicamentos, instrumentos cirúrgicos,
anestesia , eletricidade, conforto, facilidade, entre outros. No entanto, a mesma razão capaz de
proporcionar benefícios à humanidade foi capaz de promover destruição, guerras , injustiças,
catástrofes, explorações, miséria e uma série de problemas para os homens do século XX.
2. EXPLIQUE A DIFERENÇA ENTRE RAZÃO OBJETIVA E RAZÃO CRÍTICA
FEITA PELA ESCOLA DE FRANKFURT (1923).
TEORIA CRÍTICA: distingue a razão instrumental (iluminista, tecnocrata, massificadora,
dominadora), da razão crítica ( libertadora, emancipadora, consciente) , ou seja, a razão crítica
analisa, reflete e interpreta os excessos cometidos pela razão instrumental e estabelece
princípios éticos para alcançar a justiça, autonomia, o conhecimento.
3. POR QUE A DESCOBERTA DA IDEOLOGIA POR MARX E DO INCONSCIENTE
POR FREUD ABALARAM O RACIONALISMO DO SÉCULO XIX?
A Ideologia se manifesta por meio dos interesses de classes/luta de classes que move a
história dos homens . Engana-se quem pensa que a maioria das pessoas são conduzidas pelos
próprios interesses, na sociedade prevalecem os interesses repassados pela classe mais forte e
vistos como os mais importantes, a burguesia consolidou o sistema de exploração e por meio da
ideologia conseguiu fazer valer em todas as instituições o caráter burguês conquistado via
revoluções burguesas. Trata-se de um poder invisível capaz de manipular a vida em sociedade e
dificilmente é questionado, mas, quando acontece de suscitar desconfiança, a classe mais forte
possui os mecanismos de opressão e repressão.
Freud informa que há um „inconsciente‟ que exerce um poder invisível agindo sobre a
consciência humana. Iludidos são aqueles que acreditaram no poder da razão e da consciência e
2. no pleno domínio sobre pensamentos e atitudes. A descoberta do inconsciente permitiu analisar
e compreender vários problemas enfrentados pelo ser humano e que se encontravam latentes na
alma (psique) humana.
4. O QUE DEFINIA A MODERNIDADE NO CAMPO DO CONHECIMENTO E DA
PRÁTICA?
CONHECIMENTO : RACIONALISMO: crença no poder da razão como solução para
tudo que existia; posse da verdade; DISTINÇÃO entre sujeito e objeto, interior e
exterior; AFIRMAÇÃO da capacidade da razão conhecer a essência de todos os seres.
PRÁTICA: RECONHECIMENTO das diferenças entre ordem natural e ordem humana;
ética, política e artes; LIBERDADE, IGUALDADE, TOLERÂNCIA; separação entre
público e privado; IDEAIS capazes de libertar o homem do dogmatismo e opressão.
QUESTÕES: CAPÍTULO 1 – UNIDADE 2
1. O QUE É RAZÃO OBJETIVA E RAZÃO SUBJETIVA
Razão objetiva: a realidade é racional em si mesma porque afirma que o objeto do
conhecimento é racional; quanto à razão subjetiva, a razão é uma capacidade intelectual e moral
do sujeito do conhecimento.
2. QUAIS SÃO AS ATITUDES OPOSTAS À RAZÃO?
Superstições, crenças, conhecimentos ilusórios, emocionais, sentimentos, caóticos e paixões
são contrários ao pensamento racional.
3. ENUMERE OS PRINCÍPIOS A QUE A RAZÃO OBEDECE:
Princípio de identidade; Princípio da não contradição; Princípio do terceiro excluído;
Princípio da razão suficiente; em outras palavras, significa que uma coisa é aquilo que ela é, só
pode ser conhecida e pensada a partir da sua identidade; uma coisa não pode ser e ao mesmo
tempo não ser o que se apresenta; princípio que define uma situação e finalmente o princípio da
causalidade, significa que para tudo que ocorre há uma causa e nada é por acaso.
4. O QUE É O PRINCÍPIO DA RAZÃO SUFICIENTE?
Significa que para tudo que ocorre há uma causa e nada é por acaso. Este princípio nos
informa sobre as conexões internas que existem entre fatos, coisas, ações.
CAPÍTULO 2 – A ATIVIDADE RACIONAL
1. EXPLIQUE COMO OPERA A RAZÃO DISCURSIVA OU RACIOCÍNIO E COMO
OPERA A RAZÃO INTUITIVA.
A razão discursiva ou raciocínio exige provas e demonstrações e se faz por meio dos
mesmos. Trata-se de uma experiência particularizada do sujeito do conhecimento, seja pela
dedução, indução ou abdução. A razão intuitiva, pelo contrário é feita através de uma „ato
do espírito humano‟, que capta de uma só vez o objeto por completo, uma visão direta do
objeto do conhecimento sem necessitar de provas ou demonstrações.
2. EXPONHA A INTUIÇÃO INTELECTUAL DE DESCARTES: “COGITO ERGO
SUN”.
São as ideias claras e distintas , verdadeiras , inatas derivadas da razão - exclusivas da
capacidade do (homem) ser pensante, conhecidas por intuição e ponto de partida para
3. ideias mais complexas. O „eu‟ de Descartes é „puro pensamento‟, prioriza o sujeito e não o
objeto. “ Primeiramente, considero haver em nós certas noções primitivas, as quais são
como originais, sob cujo padrão formamos todos os nossos outros conhecimentos”.
3. COMO SE REALIZA A INDUÇÃO? DÊ UM EXEMPLO.
A indução parte de casos particulares iguais para o geral, ou seja, para se chegar a uma
conclusão tida como verdadeira. Ex: o ferro, a prata, cobre são condutores de eletricidade
[...] são metais. Conclui-se que todos os metais são condutores de eletricidade.
4. O QUE É REALISMO E IDEALISMO?
Realismo ou materialismo: informa que as coisas existem independentemente da
vontade dos seres humanos-uma realidade racional em si e por si mesma, o mundo é
cognoscível e o espírito deriva dele. O movimento é fundamental. Quanto ao Idealismo , o
conhecimento não é capaz de conhecer as coisas em si mesmas, o espírito em primeiro
plano e a matéria origina-se dele.
CAPÍTULO 3- A RAZÃO INATA OU ADQUIRIDA?
1. O QUE É INATISMO?
Racionalismo, ou seja, o indivíduo possui ideias sobre as coisas ao nascer, nascemos com
os princípios racionais , universais e verdadeiros.
2. O QUE É EMPIRISMO?
O empirismo contraria o inatismo a partir do momento em que afirma ser a razão
dependente da experiência sensível, ou seja, o conhecimento para acontecer passa pela
experiência particular e individualizada. Não há ideias inatas universais e verdadeiras, porque a
„razão é como uma folha em branco‟, o aprendizado se dá no cotidiano e nas vivências.
3. QUAIS OS PROBLEMAS DO INATISMO?
Ao afirmar que as ideias inatas são universais, necessárias e verdadeiras, correspondem à
realidade ; como se explica a mudança? (ex: a realidade social e histórica) . Neste sentido a
própria razão por meio da ciência é capaz de demonstrar que algumas teorias podem ser falsas.
A mudança da realidade precisa da mudança das ideias, que repercutirá em novas alterações da
realidade.
4. QUAIS SÃO OS PROBLEMAS DO EMPIRISMO?
Uma vez que a experiência é individual, como chegar a um conhecimento total e
verdadeiro? Os conhecimentos são destituídos de objetividade porque são vistos apenas como
hábitos subjetivos, individualizantes. Segundo Hume, “ O hábito é, pois, o grande guia da vida
humana.”
5. POR QUE OS PROBLEMAS SUSCITARAM O CETICISMO?
A partir do momento em que inatismo e empirismo se confrontam , mas não dão conta da
realidade condizente com a verdade pretendida , coloca em dúvida a possibilidade de um
conhecimento verdadeiro. O cético duvida sempre do conhecimento verdadeiro e definitivo.
CAPÍTULO 4 – SOLUÇÕES FILOSÓFICAS PARA OS PROBLEMAS DO
INATISMO E DO EMPIRISMO.
1. QUAIS OS TIPOS DE VERDADES PARA LEIBNIZ?
4. São elas: verdades de razão (inatas) e verdades de fato (experiência). As primeiras
dizem „ que uma coisa é o que ela é‟, universal e em nenhum momento deixa de ser o que é
(ideias matemáticas por exemplo), o homem nasce com a capacidade racional para conhecer
essas ideias independente da experiência. As verdades de fato são exclusivas da experiência
porque dependem da sensação, percepção e memória . No entanto, as verdades de fato são
„verdadeiras‟ porque atendem ao princípio de razão suficiente ou causalidade.
2. QUAL É A CRÍTICA DE KANT AOS INATISTAS E EMPIRISTAS?
Para Kant, é impossível conhecer „a coisa em si‟, tal como apregoava o inatismo ou o
empirismo. O Sujeito do conhecimento só conhece o fenômeno tal como ele acontece. Dessa
maneira, a razão é colocada num tribunal para ver o que pode ser conhecido verdadeiramente. O
conhecimento parte de juízos universais e também da experiência . Como isso seria possível? O
conhecimento é matéria e forma (universal e verdadeira) , ou seja, coisas(conteúdos) e sujeito
do conhecimento.
3. O QUE FOI A “REVOLUÇÃO COPERNICANA” EM FILOSOFIA?
Pois bem, assim como Nicolau Copérnico realizou uma virada paradigmática na física:
„não é o Sol que gira em torno da Terra e sim a Terra que gira em torno do Sol”. Para Kant, o
conhecimento não é o reflexo do objeto exterior. O Espírito humano constrói o objeto do seu
saber. Este objeto não é estático.
4. COMO KANT RESOLVE O IMPASSE? (INATISMO E EMPIRISMO)
As ideias Transcendentais (a priori) antecedem à experiência sensível, logo , há ideias
que organizam os dados da experiência e dão ao sujeito condições (tempo e espaço) de realizar
o conhecimento. Sem isso, a experiência sensível em nada resultaria uma vez que o sujeito
interage com o objeto, à medida em que o fenômeno surge para alguém.
5. QUAIS SÃO AS FORMAS A PRIORI DA SENSIBILIDADE?
Tempo e Espaço, afinal, estes não existem fora do sujeito do conhecimento.
6. QUAIS AS CRÍTICAS DE HEGEL A INATISTAS E EMPIRISTAS?
O filósofo alemão Hegel diz que „a razão é histórica‟. O sujeito interfere na construção
da realidade. Dessa maneira, a „razão não é vítima do tempo‟, ela é a história e
consequentemente ela dá „sentido ao tempo‟. Trata-se de uma harmonia entre as coisas e ideias,
entre objeto e sujeito, entre objetividade e subjetividade. A essa unidade, Hegel chama “Espírito
absoluto‟.
REFERÊNCIAS
ARANHA, Maria Lúcia Arruda. Filosofando: Introdução à Filosofia. São Paulo: Moderna,
1993.
CHAUÍ, Marilena. Iniciação à Filosofia. São Paulo: Ática, 2010. p. 58-96.