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“Se compreendermos bem que o centro do pensamento
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 Os capitalistas não podem deixar de revolucionar as
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 O capitalismo produz cada vez mais, porém, a classe
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
1) Em sua luta pela existência, os seres humanos
entram em relações necessárias, basicamente
econômicas, o que constitui a infraestrutura da
sociedade.
2) Como reflexo desta infraestrutura, surge a
superestrutura, composta pelos modos de pensar
(filosofias, ideologias) e as instituições jurídicas e
políticas.
3) O movimento (dialética) da história se dá pela
contradição entre forças produtivas e as relações de
produção.
Interpretação econômica da história

4) A revolução social acontece quando a classe
revolucionária – associada às novas relações de
produção – substitui (eventualmente pela força) a classe
reacionária – associada às antigas relações de produção –
, ‘resolvendo’ assim a contradição existente e ‘liberando’
o desenvolvimento das forças produtivas.
5) As revoluções, portanto, são a “expressão de uma
necessidade histórica”. (Aron, op. cit., p. 142)
6) Não é a consciência que determina a realidade, mas a
realidade (relações econômico-sociais) que determina a
consciência.
7) Ao longo da história, existiram quatro modos de
produção: asiático, antigo, feudal e capitalista.
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1) Para Marx, o capitalismo se caracteriza pela busca
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2) No entanto, segundo ele, na troca simples –
mercadoria por mercadoria – ninguém obtém mais
do que cede.
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mercadoria e novamente por dinheiro, o lucro
aparece.
4) A questão principal para entender o capitalismo
então é; Qual a origem do lucro?
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
1) Valor de uso = valor intrínseco aos bens, ou seja, a
utilidade que eles têm para as pessoas.
2) Valor de troca = trabalho socialmente necessário (=
mercadorias necessárias à sobrevivência do
trabalhador e família).
3) Valor de troca do trabalho = valor das mercadorias
indispensáveis à reprodução do trabalhador e sua
família.
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necessário (≈ salário)
Teoria da mais-valia
 Cinco anos antes da publicação do primeiro volume
de O Capital, W. S. Jevons (1835-1882) publicou o
livro que inaugurou a chamada revolução
marginalista em economia, A General Mathematical
Theory of Political Economy. Dois outros autores são
também considerados ‘pais’ da teoria que se tornaria
o mainstream econômico, Karl Menger (1840-1921) e
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 O marginalismo se caracteriza, entre outros aspectos,
por tornar a teoria dos preços (em lugar da do valor)
a base da ciência econômica.
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
“A incontestável herança filosófica de Marx é a
convicção de que o devenir histórico tem uma
significação filosófica. Um novo regime
econômica e social não é apenas uma peripécia
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“Interpretada sociologicamente, a alienação é
uma crítica ao mesmo tempo histórica, moral e
sociológica da ordem social da época. No
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desenvolvimento das suas forças produtivas materiais. A totalidade destas
relações de produção forma a estrutura econômica da sociedade, a base
real sobre a qual se levanta uma superestrutura jurídica e política, e à
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  • 1. Professor Julio Cesar de Aguiar, PhD
  • 2.  “Se compreendermos bem que o centro do pensamento de Marx é a afirmação do caráter contraditório do regime capitalista, entenderemos imediatamente por que é impossível separar o sociólogo do homem de ação, já que demonstrar o caráter antagônico do regime capitalista leva irresistivelmente a anunciar a autodestruição do capitalismo...” (Aron, Etapas do Pensamento Sociológico, p. 136) Crítico do Capitalismo
  • 3.  “A história humana se caracteriza pela luta de grupos humanos que chamaremos classes sociais, cuja definição...implica uma dupla característica: por um lado, a de comportar o antagonismo dos opressores e dos oprimidos e, por outro lado, de tender a uma polarização em dois blocos, e somente dois.” (Ibidem) Luta de Classes
  • 4.   Os capitalistas não podem deixar de revolucionar as forças produtivas – tecnologia e métodos de organização da produção –, mas, procuram manter inalteradas as relações de produção – em especial, a propriedade privada dos meios de produção;  O capitalismo produz cada vez mais, porém, a classe produtora (o proletariado) se torna mais e mais miserável. Contradições inerentes ao capitalismo
  • 5.  1) Em sua luta pela existência, os seres humanos entram em relações necessárias, basicamente econômicas, o que constitui a infraestrutura da sociedade. 2) Como reflexo desta infraestrutura, surge a superestrutura, composta pelos modos de pensar (filosofias, ideologias) e as instituições jurídicas e políticas. 3) O movimento (dialética) da história se dá pela contradição entre forças produtivas e as relações de produção. Interpretação econômica da história
  • 6.  4) A revolução social acontece quando a classe revolucionária – associada às novas relações de produção – substitui (eventualmente pela força) a classe reacionária – associada às antigas relações de produção – , ‘resolvendo’ assim a contradição existente e ‘liberando’ o desenvolvimento das forças produtivas. 5) As revoluções, portanto, são a “expressão de uma necessidade histórica”. (Aron, op. cit., p. 142) 6) Não é a consciência que determina a realidade, mas a realidade (relações econômico-sociais) que determina a consciência. 7) Ao longo da história, existiram quatro modos de produção: asiático, antigo, feudal e capitalista. Interpretação econômica da história
  • 7. 1) Para Marx, o capitalismo se caracteriza pela busca do lucro. 2) No entanto, segundo ele, na troca simples – mercadoria por mercadoria – ninguém obtém mais do que cede. 3) Apenas na troca capitalista – dinheiro por mercadoria e novamente por dinheiro, o lucro aparece. 4) A questão principal para entender o capitalismo então é; Qual a origem do lucro? 5) A resposta de Marx é a chamada mais-valia; O Capital (Livro I)
  • 8.  1) Valor de uso = valor intrínseco aos bens, ou seja, a utilidade que eles têm para as pessoas. 2) Valor de troca = trabalho socialmente necessário (= mercadorias necessárias à sobrevivência do trabalhador e família). 3) Valor de troca do trabalho = valor das mercadorias indispensáveis à reprodução do trabalhador e sua família. 4) Mais-valia = valor da jornada – valor do trabalho necessário (≈ salário) Teoria da mais-valia
  • 9.  Cinco anos antes da publicação do primeiro volume de O Capital, W. S. Jevons (1835-1882) publicou o livro que inaugurou a chamada revolução marginalista em economia, A General Mathematical Theory of Political Economy. Dois outros autores são também considerados ‘pais’ da teoria que se tornaria o mainstream econômico, Karl Menger (1840-1921) e Léon Walras (1834-1910).  O marginalismo se caracteriza, entre outros aspectos, por tornar a teoria dos preços (em lugar da do valor) a base da ciência econômica. O Capital e o Marginalismo
  • 10.  “A incontestável herança filosófica de Marx é a convicção de que o devenir histórico tem uma significação filosófica. Um novo regime econômica e social não é apenas uma peripécia que será oferecida posteriormente à curiosidade desprendida dos historiadores profissionais, mas uma etapa do devenir da humanidade.” (Aron, op. cit., p. 159) Filosofia da História de Marx
  • 11.  “Interpretada sociologicamente, a alienação é uma crítica ao mesmo tempo histórica, moral e sociológica da ordem social da época. No regime capitalista, os homens são alienados, eles mesmos se perdem na coletividade, e a raiz de todas as alienações é a alienação econômica.” (Aron, op. cit., p. 161) O conceito de alienação
  • 12.  “Na produção social da própria vida, os homens contraem relações determinadas, necessárias e independentes de sua vontade, relações de produção estas que correspondem a uma etapa determinada de desenvolvimento das suas forças produtivas materiais. A totalidade destas relações de produção forma a estrutura econômica da sociedade, a base real sobre a qual se levanta uma superestrutura jurídica e política, e à qual correspondem formas sociais determinadas de consciência. O modo de produção da vida material condiciona o processo em geral de vida social, político e espiritual. Não é a consciência dos homens que determina o seu ser, mas, ao contrário, é o seu ser social que determina a sua consciência.” (Marx, Prefácio à Para a Crítica da Economia Política, Os Pensadores, pp. 129-130) O direito como superestrutura