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Nietzsche

  1. NIETZSCHE
  2. • Nietzsche traz um questionamento muito agudo, muito sério sobre elementos tradicionais da filosofia. • O ponto de partida de sua filosofia se dá na Grécia antiga, quando a filosofia rompe com o mito. • Os filósofos gregos julgavam a racionalidade superior ao conhecimento mitológico, supervalorizando a razão e se esquecendo dos instintos humanos.
  3. • A razão não é guardadora plena da verdade, e por isso essa tradição filosófica da busca pela verdade absoluta deve ser rompida. • O que é verdade para ele? É a soma de todos os instintos: a vida verdadeira não é a razão, mas a soma dos instintos. Sua filosofia é mais preocupada com a estética do que com a ética, pois opõe valores considerados tradicionais por nós. • Por isso, tece uma crítica profunda aos filósofos gregos e a Kant, que buscavam idealizar valores que fossem universais: moral e verdade são apenas palavras que não possuem realidade. • Para ele, os valores devem ser entendidos e pensados individualmente, muito mais pelo instinto do que pela razão!
  4. • Quando pensamos em uma pessoa boa, por exemplo, pensamos em alguém racional. Por outro lado, quando pensamos em alguém que age pela emoção, pensamos em alguém irracional. • Para ele, somos nós quem construímos essas ideias, esses valores. Por isso, afirma que a verdade não pode ser essa verdade mascarada.
  5. VONTADE DE POTÊNCIA • Nietzsche diz que o homem tem constante vontade de dominar, e que esta é explanada racionalmente, isto é, quer dominar a natureza e os outros seres humanos, e por isso mesmo, o homem cria regras e conceitos. • Mas, será que essas regras são a verdade? Para ele não, uma vez que quem as construiu foram os homens.
  6. ARTE TRÁGICA • Nietzsche afirma que a arte trágica fora abandonada desde a Grécia Antiga, e que por ser a sabedoria instintiva ficou de lado. • Essa desvalorização deu início à decadência do espírito humano completo*, e o homem tentou dar ordem ao caos do mundo de uma forma racional. • Para ele, o homem tem um grande medo de enfrentar o mundo como ele é e se enxerga como um sujeito que muda o universo. • Na verdade, não há sujeito. Não há unidade. • O que há é o acaso.
  7. As dimensões do homem • Alguma coisa, então, se perdeu entre a mitologia e a filosofia, e foi justamente o outro lado do ser humano que foi deixado de lado. O espírito humano está dividido em duas faces: • DEUS Apolo -> Deus da harmonia, da música, da luz, da serenidade. • Deus Dionísio -> Deus mais caótico, do teatro, do transe.
  8. • A filosofia é a visão do mundo constituída pela análise, pela razão, pela lógica, pela compreensão estritamente racional entre o homem e a natureza. • Essa atitude é simbolizada por Apolo, que é austero e deus da razão, da ordem e do equilíbrio. • O espírito apolíneo é o conjunto de todas as características que fazem parte da postura filosófica científica.
  9. • A tragédia grega está no afastamento das condições humanas que também são vitais. É uma constante luta que busca tirar o homem daquilo que lhe é natural: o instinto. • No espírito dionísico é que Nietzsche encontra o aspecto não filosófico/racional da natureza humana. • Esse espírito é o que não se prende, não se institucionaliza, representando a força vital, a alegria, o excesso do ser humano. • Com o início da filosofia, o espírito apolíneo vence o espírito dionísico...
  10. GENEALOGIA DA MORAL • A racionalidade é a negação dos aspectos vitais, pois não suporta aceitar a vida como ela se apresenta (caos). • Assim, o espírito apolíneo cria uma moral do fraco (ou do rebanho), a qual não suporta a vida a acaba criando valores por não aceitar a realidade como ela se apresenta. • Por outro lado, temos o que ele chama de moral dos fortes: aqueles que aceitam a vida como ela é, em sua brutalidade, sem precisar criar conceitos. • Afirma que as pessoas escondem suas fraquezas na moral cristã. “Bem aventurados os pobres de espírito...”
  11. A FILOSOFIA DO MARTELO • Na obra A genealogia da moral o autor busca encontrar a origem dos valores, dos preconceitos morais, tecendo uma crítica ao cristianismo. • A filosofia do martelo é justamente identificar pressupostos, as bases desses valores e destruí-los, destruindo inclusive as filosofias anteriores. • Não podemos dizer que seu projeto filosófico é pensar como os outros filósofos: sua filosofia é recusar as perguntas feitas pela filosofia (qual método seguro do conhecimento? Quais os limites do pensamento?) e não propor uma nova questão ou perspectiva de resposta. • Não há uma verdade absoluta! Existe sim é uma vontade de se ter verdade. Todos os conceitos são criados para se adequar à realidade que se deseja ter, ou seja, são baseados no nada (niilismo).
  12. ENTÃO... Qual é a solução? • Por isso, há um abismo entre nós e a verdade, e acreditar nas teorias filosóficas e nos valores não passaria de uma espécie de fé. • O que é a verdade, então? Não há essa resposta. Mas talvez, se nos aproximássemos mais de nossos instintos poderíamos alcançá-la. Esse abismo nunca deixará de existir...
  13. • Assim, os valores e a cultura em geral buscam criar um mundo aparente. • A filosofia colocou o mundo ideal acima da realidade; a razão acima da vida; os valores como verdade, justiça, bem e mal acima da experiência humana. • A verdadeira filosofia conduz para um pensamento que não tem fundo, ou seja, ao desconstruir todos os valores, ele percebe que não há nada por trás dos valores... E por trás desse nada, há outro nada e sucessivos vazios. • A distância entre o homem e a verdade, portanto, é um profundo vazio. O real é o caos e não algo absoluto....
  14. • Devemos aprender então a caminhar nesse caos, aprender a lidar com a vida da forma como ela se apresenta a cada momento, em suas mais variadas formas.
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