O documento discute a teoria do conhecimento de Immanuel Kant, particularmente sua distinção entre juízos analíticos, sintéticos, a priori e a posteriori. Kant argumenta que os juízos sintéticos a priori, como os da matemática e ciência, fornecem conhecimento científico ao adicionar informações ao sujeito.
2. Diogo Martins
Immanuel Kant (1724-1804)
Foi um filósofo prussiano, considerado o maior pensador
da era moderna.
• Esse pensador desenvolveu reflexões
filosóficas originais nas áreas gnosiológica,
ética e estética.
• O filósofo elabora uma discussão complexa e
teórica que não se baseia nos parâmetros
originais do empirismo ou do racionalismo,
mas que complementa ambos.
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3. Diogo Martins
O criticismo Kantiano
• Trata da inspeção racional da razão, ou seja, do exame crítico da
própria razão, examinando suas possibilidades e seus limites, o que é
ou não é passível de realização pelo intelecto humano.
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No vocabulário kantiano a expressão “crítica da razão” significa a aspiração
ao discernimento da real capacidade cognitiva dos seres humanos, no
sentido de identificar os fundamentos do progresso do conhecimento e
projetar a filosofia para além da multiplicidades de opiniões antagônicas que
formam a sua tradição.
4. Diogo Martins 4
O exame crítico da razão,
empreendido pelo filósofo
Immanuel Kant, resulta em
uma teoria do
conhecimento totalmente
original.
5. Diogo Martins
Em que se baseia essa teoria crítica???
A questão fundamental que mobiliza o exame kantiano da razão se explicita nos seguintes termos:
por que os discursos metafísicos não atingem o mesmo grau de certeza conquistado na lógica, na
matemática e na física?
• Kant observa que a lógica inaugurada por Aristóteles (384a.C –
322a.C), os saberes matemáticos da geometria fixados por Euclides
no século IV e a física de Isaac Newton (1643-1727) produzem
conhecimentos evidentes e irrefutáveis.
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Em outras palavras o
filósofo destaca que são
indiscutíveis os
progressos realizados
pelas ciências exatas e
experimentais.
Mas, e as questões metafísicas
como as especulações em torno
da existência de Deus, da
imortalidade da alma humana e
da essência do Mundo?
6. Diogo Martins
Juízo Analítico a priori e juízo
sintético a posteriori
Ao analisar o conhecimento, Kant se baseia na cronologia: primeiramente nossos
sentidos são afetados pelos objetos da realidade e essas representações da
recepção sensorial estimulam nossa faculdade intelectual na busca por
conhecimento. Contudo, o conhecimento não pode ser entendido apenas através
das impressões sensíveis, mas também pode ser produzido de fato através do
estímulo da experiência.
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7. Diogo Martins
Juízo analítico a priori
• Um conhecimento a priori
procede da razão e
independe da experiência.
Trata-se de um
conhecimento necessário e
universal.
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Um exemplo desse tipo de
conhecimento e que não requer
experiência sensível é “o todo é maior
do que a parte”
8. Diogo Martins
Juízo analítico
• Nos juízos analíticos o predicado pertence ao sujeito, está
contido nele. São a priori, explicativos, necessários e universais.
Neles, o predicado é extraído da própria análise do sujeito, ou
seja, um juízo analítico consiste na explicitação do que é
implicitamente conhecido.
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9. Diogo Martins
Juízo sintético a posteriori
• Um conhecimento a posteriori,
por seu turno, tem sua origem
na experiência, na observação
de um evento da realidade. Em
outras palavras, é um
conhecimento que se baseia
na constatação empírica de
algo.
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Constatações como um trânsito intenso de veículos, a água fervendo na chaleira, as luzes
apagadas no cinema, entre outros incontáveis exemplos, são afirmações contingenciais e
específicas, que poderiam ou não ocorrer. Portanto, um conhecimento a posteriori jamais
contém necessidade e universalidade.
10. Diogo Martins
Juízo sintético
• Juízos sintéticos, a posteriori, são declaração suscitadas pelo
testemunho das experiências. São contingentes e particulares,
mas não necessários e rigorosamente universais. Em um juízo
sintético, adicionamos informações a respeito do sujeito da
proposição.
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No exemplo “todos os
corpos são pesados”,
nesse caso, o predicado,
referente ao peso, não é
algo pertencente ao
conceito, e sim algo que se
constata pelas
observações empíricas.
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Deve-se destacar que juízos analíticos não realizam propriamente aquisição de
conhecimentos, mas sim se desenvolvimento ou explicitação. Ao sentenciar, por
exemplo, que todos os triângulos tem três ângulos e três lados, sublinha-se o
que é implícito ao conceito de triângulo, mas não se expande o conhecimento
sobre forma geométrica. Juízes sintéticos, por sua vez, efetuam a expansão do
conhecimento, adicionando predicados ao sujeito, como é o caso quando se
observa que a água ferve a uma temperatura de 100ºC.
12. Diogo Martins
Juízo sintético a priori
Kant identifica uma terceira classe de juízos. Segundo ele, localizamos juízos sintéticos a priori na
matemática e nas ciências da natureza.
• O filósofo contesta tanto as
concepções empiristas quanto as
racionalistas do conhecimento,
estabelecendo que o
conhecimento depende tanto do
conhecimento quanto dos seus
objetos.
• Para exemplificar Kant utiliza a
metáfora de Copérnico que
questionou o modelo heliocêntrico
no século XVI e propõe a
concepção astronômica
geocêntrica. 12
13. Diogo Martins 13
Para Kant, juízos sintéticos a priori expressam
a aquisição de conhecimentos científicos.
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Os juízos sintéticos a priori, e, explicando a sua produção, Kant identifica
a participação de diferentes faculdades humanas na constituição do
conhecimento da realidade: a sensibilidade e o entendimento.
Por meio da sensibilidade, são
dados os objetos da
experiência, como instituições
empíricas em que temos o
acesso direto e imediato a esses
objetos.
O entendimento, por seu
turno, pensa esses objetos e
confecciona os conceitos
com os quais explicamos a
realidade, precedendo
conforme as regras do
raciocínio a priori.