O documento descreve a Síndrome da Angústia Respiratória Aguda (SARA), incluindo sua definição, causas, fases, tratamento e estratégias de ventilação mecânica. O tratamento enfatiza volumes pulmonares baixos, PEEP adequado, posição prona e corticóides em alguns casos. O desmame da ventilação requer cuidado para evitar a perda do recrutamento alveolar.
Módulo de Sistema Respiratório e Ventilação Mecânica - Pós em Urgência/Emergência e Terapia Intensiva.
Slides utilizados pelo Professor Doutor José de Arimatéa Cunha Filho.
Módulo de Sistema Respiratório e Ventilação Mecânica - Pós em Urgência/Emergência e Terapia Intensiva.
Slides utilizados pelo Professor Doutor José de Arimatéa Cunha Filho.
noções de anatomia e fisiologia do aparelho respiratório, tipos de insuficiências respiratórias e consenso de ventilação mecanica, parametros e ciclagem do respirador.
A ventilação mecânica substitui total ou parcialmente a ventilação espontânea e está indicada na insuficiência respiratória aguda ou crônica agudizada.A ventilação mecânica propicia melhora das trocas gasosas e diminuição do trabalho respiratório.
noções de anatomia e fisiologia do aparelho respiratório, tipos de insuficiências respiratórias e consenso de ventilação mecanica, parametros e ciclagem do respirador.
A ventilação mecânica substitui total ou parcialmente a ventilação espontânea e está indicada na insuficiência respiratória aguda ou crônica agudizada.A ventilação mecânica propicia melhora das trocas gasosas e diminuição do trabalho respiratório.
Prevenção de Acidentes de Trabalho na Enfermagem.pdfHELLEN CRISTINA
Trabalho em equipe, comunicação e escrita.
Pensamento crítico, científico e criativo.
Análise crítica de dados e informações.
Atitude ética.
Bibliografia
B1 MORAES, Márcia Vilma Gonçalvez de. Enfermagem do Trabalho - Programas,
Procedimentos e Técnicas. São Paulo: IÁTRIA, 2012. E-book. ISBN 9788576140825
B2 LUCAS, Alexandre Juan. O Processo de Enfermagem do Trabalho. São Paulo:
IÁTRIA, 2004. E-book. ISBN 9788576140832
B3 CHIRMICI, Anderson; OLIVEIRA, Eduardo Augusto Rocha de. Introdução à
Segurança e Saúde no Trabalho. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016. E-book.
ISBN 9788527730600
C1 CAMISASSA, Mara Queiroga. Segurança e Saúde no Trabalho: NRs 1 a 37
Comentadas e Descomplicadas. Rio de Janeiro: Método, 2022. E-book. ISBN
9786559645893
C2 OGUISSO, Taka; ZOBOLI, Elma Lourdes Campos Pavone. Ética e bioética: desafios
para a enfermagem e a saúde. Barueri: Manole, 2017. E-book. ISBN 9788520455333
C3 KURCGANT, Paulina. Gerenciamento em Enfermagem. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2016. E-book. ISBN 9788527730198
C4 GUIMARÃES, Raphael Mendonça; MESQUITA, Selma Cristina de Jesus. GPS - Guia
Prático de Saúde - Enfermagem. Rio de Janeiro: AC Farmacêutica, 2015. E-book.
ISBN 978-85-8114-321-7
C5 BECKER, Bruna; OLIVEIRA, Simone Machado Kühn de. Gestão em enfermagem na
atenção básica. Porto Alegre: SAGAH, 2019. E-book. ISBN 9788595029637
A palavra PSICOSSOMATICA tem como raiz as palavras gregas: Psico (alma, mente), somática (corpo).
É a parte da medicina que estuda os efeitos da mente sobre o corpo.
Pessoas desajustadas emocionalmente tendem a ficarem mais doentes.
Exemplo do efeito da mente sobre o corpo: uma pessoa recebe uma notícia da morte de um parente. O choque emocional é muitas vezes tão forte que o cérebro desarma o "disjuntor" e a pessoa desmaia. Em alguns casos a descarga de hormônios e adrenalina no coração é tão forte que a pessoa morre na hora ao receber uma notícia terrível.
O que entra na sua mente ou coração pode em um instante te matar.
Maus sentimentos de rancor e mágoa podem envenenar o organismo lentamente.
A medicina psicossomática é uma concepção “holística” da medicina pluricausal que tem como objetivo estudar não a doença isolada, mas o homem doente, que é o paciente humanizado na sua mais completa perspectiva nosológica e ecológica. Numerosos argumentos parecem indicar a realidade das ligações clínicas e experimentais entre a vida emocional, os problemas psíquicos e o disfuncionamento de órgãos ou o aparecimento de lesões viscerais. Os estudos anatómicos e fisiológicos desempenham um papel capital ao nível do hipotálamo, do sistema límbico e dos diferentes sistemas neuroendocrinológicos (hipófise, corticoadrenal e medulloadrenal). No nível experimental, além de limitar as úlceras obtidas por diferentes técnicas no rato de laboratório, deve-se insistir nos experimentos de Weiss que mostraram que as úlceras pépticas do rato, sob certas condições, dependem de duas variáveis: o número de estímulos que o animal deve enfrentar e os feedbacks informativos mais ou menos úteis que recebe em troca. As investigações realizadas no doente mostram a importância dos problemas funcionais em relação às anomalias do sistema nervoso autônomo ou às anomalias dos gânglios intramurais, o que talvez explique a noção de órgãos-alvo dos problemas. Considerando os conceitos mais recentes que valorizam o papel dos fatores genéticos na determinação das doenças psicossomáticas, pode-se conceber que os determinantes psicológicos, afetivos ou ambientais, são cofatores que se integram a fatores somáticos, genéticos, constitucionais e nutricionais para produzir o quadro mórbido final.
Síndrome da angústia respiratória aguda (sara) reriew
1. S T E P H A N Y L U K E N I C A R V A L H O E S I L V A
I N T E R N O D E M E D I C I N A I N T E N S I V A
VM PROTECTORA NA
SÍNDROME DA ANGÚSTIA
RESPIRATÓRIA AGUDA (SARA)
2. CONCEITO
AECC de Berlin em 2012, a Síndrome da Angústia Respiratória
Aguda (SARA) ou Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo
(SDRA) é = uma síndrome clinica caracterizada por:
Insuficiência respiratória de instalação aguda,
Infiltrado (edema pulmonar) bilateral NOVO ao Rx,
Hipoxemia grave: relação PaO2/FIO2 ≤ 300;
Na ausência de hipertensão atrial esquerda/Poap ≤ 18 mmHg
Na presença de um fator de risco para lesão pulmonar.
6. EPIDEMIOLOGIA
• Incidência anual: 60/100,000, 20% dos pacientes de UCI têm
critério.
• Morbilidade / Mortalidade: 26-44%.
• Os principais factores para letalidade são a idade, pior
classificação nos índices prognósticos (APACHE II, SOFA, SAPS),
relação Pao2/Fio2
Hofnanian. A. Estratégias ventilatórias na síndrome do desconforto respiratorio
agudo. Paciente crítico, diagnóstico e tratamento, Hospital Sírio Libanês
7. EPIDEMIOLOGIA
É uma entidade clínica grave que propicia:
• Estadia prolongada na unidade de terapia intensiva (UTI),
• Limitações funcionais importantes na alta, afetando principalmente a
atividade muscular,
• Redução da qualidade de vida, podendo persistir por, pelo menos,
um ano após a alta hospitalar.
8. FISIOPATOLOGIA
Lesão da membrana alvéolo-capilar e microtormboses aumento da
sua permeabilidade:
• Extravasamento de líquido e proteinas edema intersticial e
alveolar
• Afluxo de neutrófilos e fibroblastos para o território pulmonar,
• Liberação de proteases, colagenases e elastases, relacionada a
agressão à membrana celular,
• Em resposta verifica-se aumento da atividade pró-coagulante, com
deposição de fibrina fibrose, alterações tardias vistas na SARA
9.
10. CAUSAS DE SARA
• Lesões Diretas
Lesão do pulmão a partir do epitélio alveolar - SARA primária:
• Aspiração
• Infecções pulmonares difusas
• Infecções gerais (sepse)
• Quase afogamento
• Embolia gordurosa
• Inalação tóxica
• Trauma pulmonar
11. CAUSAS DE SARA
• Lesões Indiretas
Extra-pulmonares:
• Lesão do pulmão a partir do endotélio
capilar
• SARA secundária
• Sepse
• Falência de múltiplos órgãos
• Politrauma
• Choque (hemorrágico, séptico,
cardiogênico, anafilático)
• Hipertransfusão
• Circulação extracorpórea
• Politraumatizado
• • Politransfusão
• • Grandes queimados
• • Pancreatite
• • “By-pass” cardiopulmonar
• • Intoxicação exógena
• • Coagulação intravascular,
• disseminada
• • Excesso de fluidos
13. FASES DO SARA
• Fase I ou exsudativa, primeiras 24 a 48 horas
Caracterizada pelo:
• Extravasamento de líquido e proteinas edema intersticial
e alveolar
• Presença de taquicardia, taquipnéia e alcalose respiratória
14. • Fase II ou proliferativa, 48 horas ao 6º dia
• Migração de neutrófilos e fibrobastos por quimiotaxia intensa,
produção de fibrina e mediadores inflamatórios.
• Constituição da fibrose pulmonar precoce
• Ocorre as principais complicações infecciosas e barotraumas
• Intensa taquipnéia e dispnéia
• Diminuição da complascencia pulmonar
• Shunt pulmonar elevado (PERFUSÃO SEM VENTILAÇÃO)
• PaCo2 começa a elevar-se
15. • Fibrose pulmonar
• Fase de anormalidades severas
• Hipoxemia grave
• Não responde ao tratamento
• Shunt pulmonar elevado
• Acidose respiratória e metabólica extrema
FASE III OU FIBRÓTICA 7º DIA EM DIANTE
16. TRATAMENTO
Corticóides
Suporte nutricional
Antibióticos (se indicado)
Sedação e curarização (garante ventilação adequada e
reduz o consumo de O2 geradp pela agitação do
paciente)
*Meduri GU, Kohler G, Headley S, Tolley E, Stentz F, Postlethwaite A. Inflammatory cytokines in the BAL of
patients with ARDS. Persistent elevation over time predicts poor outcome. Chest 1995; 108(5):1303-1314. (2)
Meduri GU, Headley AS, Golden E, Carson SJ, Umberger RA, Kelso T et al. Effect of prolonged
methylprednisolone therapy in unresolving acute respiratory distress syndrome: a randomized controlled trial.
JAMA 1998; 280(2):159-165.
17. USO DE CORTICÓIDES
• Existe um protocolo para o uso de corticoides no SARA:
• O paciente deve ter domonstrada a ausência de
qualquer infecção. Se necessário realizar lavado
broconalveolar para confirmação.
• Não devem ser iniciados 7 dias e em 28 depois da
• O paciente não deve ter história de gastrite ulcerativa ou
HAD.
18. TRATAMENTO
• REGIME DE CORTICÓIDES (Metilprednisolona):
• DOSE DE ATAQUE dose 2mg/kg
• Depois 2mg/kg/dia, 1 a 14
• Depois 1mg/kg/dia, 15 a 21
• Depois 0.5mg/kg/dia, 22 a 28
• Depois 0.25mg/kg/dia, no dias 29 e 30
• Final 0.125mg/kg nos dias 31 e 32.
19. TRATAMENTO
• A ventilação mecânica na Síndrome é um
procedimento terapêutico:
• Quase sempre necessário
• Ajuda a diminuir a taxa de mortalidade
• Mantém oxigenação e a ventilação
20. VMI
Uso de baixo volume corrente (6ml/kg of ideal
body weight ) contra volumes
convencionais(12ml/kg ideal body weight )
Demonstrou redução significativa na
mortalidade. (39.8% versus 31%, P= 0.007)
21.
22. TRATAMENTO
• Objetivo
• Causar o mínimo estresse mecânico com a ventilação
mecânica. Nunca Pplatô > 30 cmH20; nunca Vt > 6
ml/kg; sempre PEEP suficiente para manter os pulmões
abertos, evitando efeitos deletérios do “abre-e-fecha”
alveolar e comprometimento hemodinâmico. (*grau de
recomendação)
• 1. ARDSnet. Disponível em: http://www.ardsnet.org.
• 2. Amato MBP, Carvalho CRR et al. III Consenso brasileiro de ventilação mecânica: ventilação
mecânica na Lesão Pulmonar Aguda (LPA)/Síndrome da Angústia Respiratória Aguda (Sara).
Disponível em: www.sbpt.org.br.
• 3. Marini JJ, Gattinoni L. Ventilatory management of acute respiratory distress syndrome: A
consensus of two. Crit Care Med 2004; 32(1): 250-5.
• 4. The National Heart, Lung, and Blood Institute Acute Respiratory Distress Syndrome (ARDS)
Clinical Trials Network. Comparison of two fluid-management strategies in acute lung injury. N
Engl J Med 2006; 354:2564-75.
23. • A pressão positiva ao final da expiração (PEEP) deve
ser sempre utilizada em pacientes com SARA, sendo
grau de recomendação A no III consenso brasileiro de
ventilação mecânica, para diminuir o potencial de lesão
pulmonar associada ao uso de concentrações tóxicas de
oxigênio inspirado e para evitar o colapso pulmonar ao
final da expiração. (GAMBAROTO, 2006)
25. ESTRATÉGIAS DE VENTILAÇÃO
• Um estudo comparativo que submeteu durante 28 dias,
pacientes ao módulo ventilatório convencional e outro
grupo a ventilação mecânica protectora; o Módulo
convencional estava associado a maior incidência de
barotrauma, mas não houve diferença significativa na
mortalidade.
• (N Engl J Med 1998;338:347-54.)
26.
27. TRATAMENTO
• Recrutamento Alveolar
• Entende-se por recrutamento como o processo de aumento
temporário da pressão transpulmonar de modo a vencer a pressão
crítica de abertura dos alvéolos.
• Temos como indicação o uso da manobra de recrutamento alveolar
na fase inicial da SARA (< 72 horas), em atelectasias, situações de
hipoventilação alveolar e após intervenções associadas com o
desrecrutamento, incluindo desconexões da ventilação mecânica e
aspiração endotraqueal. (LAPINSKY & MEHTA, 2013)
31. ESTRATÉGIA VENTILATÓRIA
• GRASSO ET AL (2002), analisaram, em pacientes com
SARA, o efeito de baixo PEEP (em torno de 9 cmH2O) e
de alto PEEP (ao redor de 16 cmH2O), e no entanto, o
segundo grupo obteve recrutamento alveolar significante
e aumento na PaO2/FiO2. Já no primeiro grupo, o
recrutamento foi mínimo e a oxigenação não obteve
melhora.
35. POSIÇÃO PRONA
• Neste estudo, os investigadores descobriram um benefício com
relação a todas as causas de mortalidade com a mudança de posição
do corpo em pacientes com SARA grave.
36. POSIÇÃO PRONA
• Mecanismos pela qual aumenta a oxigenação:
Aumenta a volume inspiratório e expiratório
Melhora a ventilação-perfusão
Mais eficiente drenagem das secreções.
37. SECREÇÃO E ASPIRAÇÃO TRAQUEAL
• Embora a SARA freqüentemente seja vista como um
problema de lesão parenquimatosa, o edema das vias
aéreas, o broncoespasmo e a retenção de secreção
freqüentemente contribuem para a hipoxemia.
• As secreções retidas representam um problema que aumenta
a resistência do tubo endotraqueal, risco de infecção, risco de
barotrauma e a má distribuição da ventilação. (MARINI, 1999)
38. • Após a realização da técnica de recrutamento devemos
assegurar a não desconexão do paciente ao ventilador
mecânico, para que com isso não haja a perda do
recrutamento já realizado.
42. REFERÊNCIAS
• 1. ARDSnet. Disponível em: http://www.ardsnet.org.
• 2. Amato MBP, Carvalho CRR et al. III Consenso brasileiro de ventilação
mecânica: ventilação mecânica na Lesão Pulmonar Aguda (LPA)/Síndrome da
Angústia Respiratória Aguda (Sara). Disponível em: www.sbpt.org.br.
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syndrome: A consensus of two. Crit Care Med 2004; 32(1): 250-5.
• 4. The National Heart, Lung, and Blood Institute Acute Respiratory Distress
Syndrome (ARDS) Clinical Trials Network. Comparison of two fluid-management
strategies in acute lung injury. N Engl J Med 2006; 354:2564-75.
• (N Engl J Med 1998;338:347-54.)
• 5. Hofnanian. A. Estratégias ventilatórias na síndrome do desconforto
respiratorio agudo. Paciente crítico, diagnóstico e tratamento, Hospital Sírio
Libanês
43. REFERÊNCIAS
6. Terragan PP et al: Tidal hyperinflation during low tidal volume
ventilation in Acute respiratory distress syndrome. J Resp Crit
Care Med. 2007; 175: 160-166
7. Ware LB, Matthay MA: The Acute Respiratory Distress Syndrome.
New Engl J Med. 2000; 342: 1334-1349.
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distress syndrome. New Engl J Med. 2013; 368:806-813.