O documento discute a doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), definindo-a como uma enfermidade respiratória crônica caracterizada por obstrução do fluxo aéreo. Detalha fatores de risco, sinais e sintomas, diagnóstico, tratamento, complicações e cuidados de enfermagem para a DPOC.
1. CENTRO UNIVERSITÁRIO DA FACULDADE DE SAÚDE, CIÊNCIAS HUMANAS E
TECNOLÓGICAS DO PIAUÍ -UNINOVAFAPI
BACHARELADO EM ENFERMAGEM
THALYA CAMILA
MAIRA LENA
ROSIMEIRY
2. SOBRE DPOC
• A doença pulmonar obstrutiva crônica é uma enfermidade respiratória
prevenível e tratável, que se caracteriza pela presença de obstrução crônica
do fluxo aéreo, que não é totalmente reversível.
• Essa limitação é causada por uma associação entre doença de pequenos
brônquios (bronquite crônica obstrutiva) e destruição de parênquima
(enfisema)
• A bronquite crônica é definida clinicamente pela presença de tosse e
expectoração na maioria dos dias por no mínimo três meses/ano durante
dois anos consecutivos.
• O enfisema pulmonar é definido anatomicamente como aumento dos
espaços aéreos distais ao bronquíolo terminal, com destruição das paredes
alveolares
3. FATORES DE RISCO
• Tabagismo: responsável por 80 a 90% das causas determináveis da DPOC.
• Poluição domiciliar (fumaça de lenha, querosene).
• Exposição ocupacional a poeiras e produtos químicos ocupacionais.
• Infecções respiratórias recorrentes na infância.
• Suscetibilidade individual.
• Desnutrição na infância.
• Deficiências genéticas (responsáveis por menos de 1% dos casos), como de alfa1
antitripsina.
• Acima de 40 anos
4. SINAIS E SINTOMAS
• Falta de ar
• Tosse crônica
• Expectoração regular - “bronquites” freqüentes no inverno
• Sibilância
5. DIAGNOSTICO
• O diagnóstico da DPOC é clínico e deveria ser considerado para todas as
pessoas expostas ao tabagismo ou poluição ocupacional que apresentam
dispnéia, tosse crônica e expectoração
• Os critérios clínicos são suficientes para estabelecer o diagnóstico da
DPOC, porém, se possível, recomenda-se a confirmação espirométrica
• O Teste de Rastreamento na Anamnese
• Você tem tosse pela manhã?
• Você tem catarro pela manhã?
• Você se cansa mais do que uma pessoa da sua idade?
• Você tem chiado no peito à noite ou ao praticar exercício?
• Você tem mais de 40 anos?
6. EPIDEMIOLOGIA
• A DPOC é responsabilizada por 3 milhões de mortes a cada ano, chegando
a 5% das mortes por todas as causas e com estimativa de um aumento
progressivo da mortalidade; de 1990 a 2010, a DPOC passou da quarta para
a terceira causa de morte
• Segundo dados da Organização Mundial da Saúde, a DPOC afeta cerca de
600 milhões de pessoas em todo o mundo
• a DPOC foi responsável por um por custo de 103 milhões de reais ao
Sistema Único de Saúde em 2011, referente a 142.635 internações.
7. EXAMES - ALGUNS EXAMES COMPLEMENTARES AJUDAM NO DIAGNÓSTICO DA
DPOC
• Espirometria:
• Raio X de tórax
• Bacteriosciopia e cultura de escarro
• DIAGNOSTICO DIFERENCIAL
• O diagnóstico diferencial entre DPOC e as demais doenças que cursam com
tosse crônica e/ou expectoração pode ser resumido a seguir:
9. TRATAMENTO
• A educação em saúde tem importante papel na cessação do tabagismo e
constitui uma das ações realizadas pelas equipes de Saúde da Família.
• Broncodilatadores (BD) são os principais medicamentos para o controle
sintomático da DPOC e podem ser prescritos para uso regular. Entre os BD,
os mais importantes são os ß2 -agonistas, anticolinérgicos e metilxantinas
Os BD de longa duração em uso regular são mais efetivos e convenientes
que os de curta duração.
• • O tratamento regular com corticoides inalatórios está indicado para
pessoas com DPOC grave e muito grave VEF1(Volume Expiratório Forçado
no Primeiro segundo)
O uso regular e contínuo de corticoide sistêmico deve ser evitado devido a uma
relação risco-benefício desfavorável.
• A vacina anti-influenza reduz a morbimortalidade em pessoas com DPOC.
• A antipneumocócica é recomendada somente para aquelas acima de 65
anos ou abaixo dessa idade se VEF1
10. O uso regular e contínuo de corticoide sistêmico deve ser evitado devido a uma
relação risco-benefício desfavorável.
• A vacina anti-influenza reduz a morbimortalidade em pessoas com DPOC.
• A antipneumocócica é recomendada somente para aquelas acima de 65 anos ou
abaixo dessa idade se VEF1
• A oxigenoterapia por longo período, mais de 15 horas ao dia, tem mostrado
aumento na sobrevida de pessoas com algum grau de insuficiência respiratória
12. TRATAMENTO CIRÚRGICO
• Cirurgia de redução dos volumes pulmonares: nesse procedimento, o
cirurgião faz a ressecção e remove pequenas fatias de tecido pulmonar
danificado, que não estão mais funcionando. Isso permite que as áreas
restantes possam se expandir e realizar suas funções com maior qualidade
• Transplante pulmonar: o transplante de pulmão pode ser uma opção para
pacientes em estágio avançado da doença que não obtiveram pleno
sucesso com outros tratamentos e possuem uma expectativa de vida baixa.
Outros critérios mais específicos, como volumes pulmonares
comprometidos, também podem ser levados em conta. O transplante pode
melhorar a capacidade do paciente de respirar e de ser ativo, mas é uma
grande operação que tem riscos significativos, tais como a rejeição de
órgãos.
13. COMPLICAÇÕES
• Insuficiência e falência respiratória - Crônicas ou Agudas
• Pneumonia
• Atelectasia
• Pneumotórax
• Cor pulmonale
14. CUIDADOS DE ENFERMAGEM
• Controle do tabagismo
• Educação em saúde
• Orientação sobre Oxigenoterapia domiciliar
• Exercícios respiratórios
• Condicionamento físico
• Medidas de enfrentamento
O volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF1) é um parâmetro importante para estabelecer a gravidade da doença e avaliar a reversibilidade com Bd. Uma prova broncodilatadora positiva sugere, mas não define o diagnóstico de asma.
Foto 1 Paciente “Ol” : Fotografia de um raio x de um paciente portador de DPOC com obstrução severa. A presente imagem faz menção a um paciente do tipo pink puffer incluso neste projeto com obstrução bronquica bastante severa. O exame evidenciando hiperinsuflação pulmonar e pneumonia, foi realizado em uma fase de exacerbação há cerca de um ano atrás.