SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 38
Tuberculose
Diagnóstico e
Tratamento
Stephany L. C. e Silva
Interno de Medicina Intensiva 2º ano
Sumário
• Introdução
• Objectivos
• Abordar a tuberculose pulmonar do ponto de
vista de diagnóstico e tratamento.
• Epidemiologia
• Etiopatogenia
• Sintomatologia
• Diagnóstico
• Terapêutica
Introdução
• A tuberculose (TB) é uma infecção bacteriana
grave, transmitida pelo ar pelo Mycobacterium
tuberculosis.
• Nos últimos anos, o aparecimento de cepas
multirresistentes colocou a tuberculose
novamente em destaque entre as doenças
infecto-contagiosas.
• Estima-se que a pessoa que apresenta esse
quadro pode infectar de 10 a 15 pessoas da
sua comunidade num período de um ano.
Introdução
Epidemiologia
• Quase um terço da população mundial, 2 biliões de pessoas,
está infectado com Mycobacterium tuberculosis
• Anualmente, mais de oito milhões desenvolvem tuberculose
activa (TB), dos quais dois milhões vêm a morrer.
• Em todo o mundo, mais de 90% dos casos de TB e das
mortes ocorrem nos países em vias de desenvolvimento,
onde 75% dos casos estão na idade de maior produtividade
económica (15-54 anos).
• Um adulto com TB perde, em média, três a quatro meses de
trabalho, o que se traduz na perda de 20 a 30% do
rendimento anual familia.
Epidemiologia
• A co-infecção com VIH aumenta significativamente o
risco de vir a desenvolver TB .
• Os países com alta prevalência de VIH, particularmente
os da Africa sub-sariana, testemunharam um profundo
aumento no número de casos de TB, particularmente
nos anos 90, levando a um aumento das taxas de
incidência da ordem das 3 a 4 vezes.
• Simultaneamente, em diversos países, a multi-
resistência, que se deve a medidas de tratamento
inadequadas, é um problema crescente e muito
preocupante.
Epidemiologia
Etiopatogenia
• MycobacteriumMycobacterium tuberculosistuberculosis (bacilo de Koch)(bacilo de Koch)
• Koch, 1882. Aeróbio estrito crescimento e duplicaçãoKoch, 1882. Aeróbio estrito crescimento e duplicação
lentos intracelular facultativo (em fagócitos).lentos intracelular facultativo (em fagócitos).
• O período de incubação é, em média, de 4 a 12 semanas
até a descoberta das primeiras lesões. Grande parte dos
novos casos de doença pulmonar ocorre por volta de 12
meses após a infecção inicial.
• A interação entre o M. tuberculosis e as células do
hospedeiro é extremamente complexa, sendo determinada
em parte pela virulência da cepa, mas também pela
resistência específica e não específica do hospedeiro.
•
Etiopatogenia
• A infecção primária inicia quando gotículas contendo
bacilos provenientes de doentes infecciosos são inaladas
pelo indivíduo sadio.
• Menos de 10% dessas gotículas atingem os alvéolos ou
bronquíolos e são englobadas inespecificamente pelos
macrófagos alveolares e se multiplicam no interior dos
mesmos (Raviglioner & O'Brien, 2005).
• O sistema imunológico de um indivíduo infectado
normalmente destrói as micobactérias ou as isola no local
da infecção.
Etiopatogenia
• No entanto, algumas vezes, as bactérias não são
destruídas, mas permanecem inativas no interior
dos macrófagos durante muitos anos. Cerca de
95% das infecções tuberculosas curam sem
serem sintomáticas.
• Já em indivíduos que apresentam baixa imunidade,
as bactérias não são eficientemente controladas e
podem provocar infecção pulmonar aguda, que
pode conduzir a uma destruição maciça do tecido
pulmonar, disseminação da bactéria para outras
partes do corpo e à morte.
Etiopatogenia
Diagnóstico
• Sintomatologia:
Tosse + de duas semanas
Emagrecimento
Sudorese nocturna
Dor no tórax
Anorexia
Febre predomínio nocturno não muito elevada.
Astenia
Diagnóstico
Métodos para o Diagnóstico
• Os primeiros exames a serem
solicitados são a radiografia de
tórax e a pesquisa de BAAR, o
padrão é a coloração por
Ziehl-Neelsen.
Métodos para o Diagnóstico
• A cultura é feita com os seguintes meios:
• Lowenstein-Jensen
• Middlebrook
• BACTEC (5 a 10 dias)
Métodos de Diagnóstico
• Indicações da realização de cultura:
• • Suspeita clínica de TB e pesquisa negativa de BAAR
• • Suspeita de TB pulmonar na radiografia de tórax
• • Casos de retratamento
• • Pacientes HIV positivos
• • Populações vulneráveis (detentos, profissionais da
área de saúde, moradores de rua e populações
institucionalizadas em albergues, hospitais psiquiátricos
e asilos)
• • Suspeitos de resistência
• • Suspeita de TB extrapulmonar
Métodos de Diagnóstico
RADIOGRAFIA DO TÓRAX
• As alterações pulmonares não são demonstradas em até
15% dos casos. As principais alterações são:
• Opacidades parenquimatosas: frequentemente unifocais e
predominantemente no pulmão direito, acometendo os lobos
superiores na infância e os lobos médio e inferior em adultos.
Opacidades arredondadas persistentes, medindo até 3 cm de
diâmetro (tuberculomas) são manifestações não habituais
(descritas em até 10% dos casos).
• Linfonodomegalia: observada na maioria das crianças e em até
40% dos adultos. Habitualmente é unilateral, podendo ser bilateral
em até 30% dos casos. As regiões mais comprometidas são a
região hilar e a paratraqueal direita. Frequentemente está
associada com opacidades parenquimatosas e atelectasia
segmentar ou lobar.
Métodos de Diagnóstico
• Atelectasia: decorre da compressão
extrínseca das vias aéreas por
linfonodomegalias.
• Padrão miliar: pequenas opacidades nodulares
medindo 1-3 mm de diâmetro e distribuídas de
forma simétrica, podendo ser assimétrica em
até 15% dos casos. Pode haver associação
com opacidades parenquimatosas.
Métodos de diagnóstico
Derrame pleural: considerado uma
manifestação tardia da TB primária,
ocorre em 25% dos casos.
Métodos de diagnóstico
• ATELECTASIA VS DERRAME
Métodos de diagnóstico
Métodos sorológicos
•Não estão padronizados ou validados para o diagnóstico
de TB pulmonar ou extrapulmonar.
•Novas técnicas de avaliação de sensibilidade aos
medicamentos
•O único novo teste recomendado pela OMS para uso na
rotina é a fita GenoType®, que identifica o complexo Mtb e
sua resistência à H e R. Esse teste é baseado na detecção
das mutações mais comuns nos genes rpoB e katG.
Métodos de diagnóstico
• A alternativa para o diagnóstico de TB
infecção latente, atualmente feito pelo
TT, são os chamados IGRA.
Atualmente, há dois desses testes
disponíveis comercialmente:
• QuantiFERON®-TB Gold (Cellestis Inc.,
Valencia, CA, EUA) e T-SPOT®.TB
(Oxford Immunotec, Abdingdon, Reino
Unido
Tratamento
• Tratamento - definiçõesTratamento - definições
• Novo tratamento:Novo tratamento: primeira vezprimeira vez
• RRetratamento: tratou pelo menos 30 dias e precisa de novo
tratamento (por recidiva após cura ou por retorno após
abandono ou por falência do esquema básico)
• Recidiva: tratou e teve cura e volta a ter diagnóstico
• Abandono: tratou pelo menos 30 dias e suspendeu
medicação sem ser considerado curado
• Falência: mesmo com tratamento mantém escarro positivo
Tratamento
TRATAMENTO
Tratamento
Tratamento
Tratamento
Tratamento
Tratamento
Tratamento
ESQUEMAS PARA TB MDR
Tratamento
Referências
• Andrade CH, Pasqualoto KFM, Zaim, MH, Ferreira EI. Abordagem
racional no planejamento de novos tuberculostáticos: inibidores da InhA,
enoil-ACP redutase do M. tuberculosis. Rev. Bras. Ciênc. Farm. 44(2):
167-179, 2008.
• Boojamra CG, Lemoine RC, Blais J, Vernier NG, Stein KA, Magon A,
Chamberland S, Hecker SJ, Lee VJ.
• Synthetic dihydropacidamycin antibiotics: A modified spectrum of activity
for the pacidamycin class. Bioorg. Med. Chem. Lett. 13(19): 3305-3309,
2003.
• Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde.
Departamento de Vigilância Epidemiológica. 7. ed. Brasília, DF, 2009.
816 p.
• Brasil. Portal da Saúde. Ministério da Saúde. Tuberculose. Disponível
em: http://portal.saude.gov.br/portal/saude/profissional/area.cf m?
id_area=1527. Acesso em: agosto de 2011.
• Florez J, Mediavilla A, García-lobo JM. Farmacología de las infecciones
por micobacterias. In: Florez J.
• Farmacologia Humana 3. ed. Barcelona: Masson, 1997, p. 1159-1168.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados (20)

Rubéola
RubéolaRubéola
Rubéola
 
Aula tuberculose
Aula tuberculoseAula tuberculose
Aula tuberculose
 
Tuberculose slide
Tuberculose slideTuberculose slide
Tuberculose slide
 
Apresentação pneumonia
Apresentação pneumoniaApresentação pneumonia
Apresentação pneumonia
 
Tuberculose
TuberculoseTuberculose
Tuberculose
 
Trab Pronto D Tuberculose
Trab Pronto D TuberculoseTrab Pronto D Tuberculose
Trab Pronto D Tuberculose
 
Rubéola
RubéolaRubéola
Rubéola
 
Pneumonia
PneumoniaPneumonia
Pneumonia
 
Módulo Tuberculose- Aula 01
Módulo Tuberculose- Aula 01Módulo Tuberculose- Aula 01
Módulo Tuberculose- Aula 01
 
HIV/Aids em 2019 Epidemiologia, Fisiopatologia, Tratamento e Prevencao
HIV/Aids em 2019 Epidemiologia, Fisiopatologia, Tratamento e PrevencaoHIV/Aids em 2019 Epidemiologia, Fisiopatologia, Tratamento e Prevencao
HIV/Aids em 2019 Epidemiologia, Fisiopatologia, Tratamento e Prevencao
 
Apresenta..
Apresenta..Apresenta..
Apresenta..
 
Infectologia tetano neo e acidental
Infectologia tetano neo e acidentalInfectologia tetano neo e acidental
Infectologia tetano neo e acidental
 
Tuberculose
TuberculoseTuberculose
Tuberculose
 
Saúde coletiva - Difiteria (crupe)
Saúde coletiva - Difiteria (crupe)Saúde coletiva - Difiteria (crupe)
Saúde coletiva - Difiteria (crupe)
 
Poliomielite
Poliomielite Poliomielite
Poliomielite
 
Varíola
VaríolaVaríola
Varíola
 
Trabalho final de saúde publica ii
Trabalho final de saúde publica iiTrabalho final de saúde publica ii
Trabalho final de saúde publica ii
 
Tuberculose
TuberculoseTuberculose
Tuberculose
 
Tuberculose
TuberculoseTuberculose
Tuberculose
 
Bronquiolite na Infância: diagnóstico e tratamento
Bronquiolite na Infância: diagnóstico e tratamentoBronquiolite na Infância: diagnóstico e tratamento
Bronquiolite na Infância: diagnóstico e tratamento
 

Semelhante a TB Diagnóstico e Tratamento

Tuberculose, Hanseníase, Meningites - 2016 - UNIRIO
Tuberculose, Hanseníase, Meningites - 2016 - UNIRIOTuberculose, Hanseníase, Meningites - 2016 - UNIRIO
Tuberculose, Hanseníase, Meningites - 2016 - UNIRIOIsmael Costa
 
Aprim sp2e 3-ebserh
Aprim sp2e 3-ebserhAprim sp2e 3-ebserh
Aprim sp2e 3-ebserhIsmael Costa
 
Aprimore sp3-unirio
Aprimore sp3-unirioAprimore sp3-unirio
Aprimore sp3-unirioIsmael Costa
 
Documento.docx
Documento.docxDocumento.docx
Documento.docxLorrayne26
 
Informativo sobre tuberculose 2011
Informativo sobre tuberculose   2011Informativo sobre tuberculose   2011
Informativo sobre tuberculose 2011cipasap
 
10. Aula Tuberculose PDF.pdf
10. Aula Tuberculose PDF.pdf10. Aula Tuberculose PDF.pdf
10. Aula Tuberculose PDF.pdfFlaviaAlves91
 
Tuberculose dots
Tuberculose dotsTuberculose dots
Tuberculose dotsDessa Reis
 
Tuberculose e Dengue
Tuberculose e DengueTuberculose e Dengue
Tuberculose e DengueIsmael Costa
 
Tuberculose dots
Tuberculose dotsTuberculose dots
Tuberculose dotsCms Nunes
 
Tuberculose dots
Tuberculose dotsTuberculose dots
Tuberculose dotsDessa Reis
 
4.tuberculose(03 fev2015) SemOsCasos
4.tuberculose(03 fev2015) SemOsCasos4.tuberculose(03 fev2015) SemOsCasos
4.tuberculose(03 fev2015) SemOsCasosMônica Firmida
 
Mycobacteruim tuberculosis - Renato Varges
Mycobacteruim tuberculosis - Renato VargesMycobacteruim tuberculosis - Renato Varges
Mycobacteruim tuberculosis - Renato VargesRenato Varges - UFF
 
tuberculose - princípios e formas
tuberculose - princípios e formastuberculose - princípios e formas
tuberculose - princípios e formasdouglas870578
 
Tuberculose em hospitais
Tuberculose em hospitaisTuberculose em hospitais
Tuberculose em hospitaisJosy Farias
 
Seminario micro geral_doencas_interpessoal
Seminario micro geral_doencas_interpessoalSeminario micro geral_doencas_interpessoal
Seminario micro geral_doencas_interpessoalMICROBIOLOGIA-CSL-UFSJ
 
Tuberculose pulmonar e extrapulmonar- Aspectos radiológicos
Tuberculose pulmonar e extrapulmonar- Aspectos radiológicosTuberculose pulmonar e extrapulmonar- Aspectos radiológicos
Tuberculose pulmonar e extrapulmonar- Aspectos radiológicosMarcelo Madureira Montroni
 
TUBERCULOSE---TREINAMENTO-EM-SERVI--O---CAPIM-DOURADO.ppt
TUBERCULOSE---TREINAMENTO-EM-SERVI--O---CAPIM-DOURADO.pptTUBERCULOSE---TREINAMENTO-EM-SERVI--O---CAPIM-DOURADO.ppt
TUBERCULOSE---TREINAMENTO-EM-SERVI--O---CAPIM-DOURADO.pptomer30297
 

Semelhante a TB Diagnóstico e Tratamento (20)

Tuberculose, Hanseníase, Meningites - 2016 - UNIRIO
Tuberculose, Hanseníase, Meningites - 2016 - UNIRIOTuberculose, Hanseníase, Meningites - 2016 - UNIRIO
Tuberculose, Hanseníase, Meningites - 2016 - UNIRIO
 
Aprim sp2e 3-ebserh
Aprim sp2e 3-ebserhAprim sp2e 3-ebserh
Aprim sp2e 3-ebserh
 
Aprimore sp3-unirio
Aprimore sp3-unirioAprimore sp3-unirio
Aprimore sp3-unirio
 
Documento.docx
Documento.docxDocumento.docx
Documento.docx
 
Informativo sobre tuberculose 2011
Informativo sobre tuberculose   2011Informativo sobre tuberculose   2011
Informativo sobre tuberculose 2011
 
10. Aula Tuberculose PDF.pdf
10. Aula Tuberculose PDF.pdf10. Aula Tuberculose PDF.pdf
10. Aula Tuberculose PDF.pdf
 
Tuberculose dots
Tuberculose dotsTuberculose dots
Tuberculose dots
 
Tuberculose e Dengue
Tuberculose e DengueTuberculose e Dengue
Tuberculose e Dengue
 
Tuberculose dots
Tuberculose dotsTuberculose dots
Tuberculose dots
 
Tuberculose dots
Tuberculose dotsTuberculose dots
Tuberculose dots
 
4.tuberculose(03 fev2015) SemOsCasos
4.tuberculose(03 fev2015) SemOsCasos4.tuberculose(03 fev2015) SemOsCasos
4.tuberculose(03 fev2015) SemOsCasos
 
Tuberculose
TuberculoseTuberculose
Tuberculose
 
Tuberculose
TuberculoseTuberculose
Tuberculose
 
Mycobacteruim tuberculosis - Renato Varges
Mycobacteruim tuberculosis - Renato VargesMycobacteruim tuberculosis - Renato Varges
Mycobacteruim tuberculosis - Renato Varges
 
tuberculose - princípios e formas
tuberculose - princípios e formastuberculose - princípios e formas
tuberculose - princípios e formas
 
Tuberculose em hospitais
Tuberculose em hospitaisTuberculose em hospitais
Tuberculose em hospitais
 
Seminario micro geral_doencas_interpessoal
Seminario micro geral_doencas_interpessoalSeminario micro geral_doencas_interpessoal
Seminario micro geral_doencas_interpessoal
 
Tuberculose pulmonar e extrapulmonar- Aspectos radiológicos
Tuberculose pulmonar e extrapulmonar- Aspectos radiológicosTuberculose pulmonar e extrapulmonar- Aspectos radiológicos
Tuberculose pulmonar e extrapulmonar- Aspectos radiológicos
 
TUBERCULOSE---TREINAMENTO-EM-SERVI--O---CAPIM-DOURADO.ppt
TUBERCULOSE---TREINAMENTO-EM-SERVI--O---CAPIM-DOURADO.pptTUBERCULOSE---TREINAMENTO-EM-SERVI--O---CAPIM-DOURADO.ppt
TUBERCULOSE---TREINAMENTO-EM-SERVI--O---CAPIM-DOURADO.ppt
 
Meningite tuberculosa
Meningite tuberculosaMeningite tuberculosa
Meningite tuberculosa
 

Mais de lukeni2015

Pneumonia grave
Pneumonia gravePneumonia grave
Pneumonia gravelukeni2015
 
SINDROME DE BURNOUT
SINDROME DE BURNOUT SINDROME DE BURNOUT
SINDROME DE BURNOUT lukeni2015
 
INSUFICIENCIA RESPIRATÓRIA
INSUFICIENCIA RESPIRATÓRIAINSUFICIENCIA RESPIRATÓRIA
INSUFICIENCIA RESPIRATÓRIAlukeni2015
 
Endocardite infecciosa
Endocardite infecciosaEndocardite infecciosa
Endocardite infecciosalukeni2015
 
Síndrome da angústia respiratória aguda (sara) reriew
Síndrome da angústia respiratória aguda (sara)   reriewSíndrome da angústia respiratória aguda (sara)   reriew
Síndrome da angústia respiratória aguda (sara) reriewlukeni2015
 
22 biossegurança - medidas pós exposição
22   biossegurança - medidas pós exposição22   biossegurança - medidas pós exposição
22 biossegurança - medidas pós exposiçãolukeni2015
 

Mais de lukeni2015 (7)

Pneumonia grave
Pneumonia gravePneumonia grave
Pneumonia grave
 
SINDROME DE BURNOUT
SINDROME DE BURNOUT SINDROME DE BURNOUT
SINDROME DE BURNOUT
 
INSUFICIENCIA RESPIRATÓRIA
INSUFICIENCIA RESPIRATÓRIAINSUFICIENCIA RESPIRATÓRIA
INSUFICIENCIA RESPIRATÓRIA
 
Endocardite infecciosa
Endocardite infecciosaEndocardite infecciosa
Endocardite infecciosa
 
O cálcio
O cálcioO cálcio
O cálcio
 
Síndrome da angústia respiratória aguda (sara) reriew
Síndrome da angústia respiratória aguda (sara)   reriewSíndrome da angústia respiratória aguda (sara)   reriew
Síndrome da angústia respiratória aguda (sara) reriew
 
22 biossegurança - medidas pós exposição
22   biossegurança - medidas pós exposição22   biossegurança - medidas pós exposição
22 biossegurança - medidas pós exposição
 

Último

Modelo de apresentação de TCC em power point
Modelo de apresentação de TCC em power pointModelo de apresentação de TCC em power point
Modelo de apresentação de TCC em power pointwylliamthe
 
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdf
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdfManual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdf
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdfFidelManuel1
 
Plantas-medicinais-nativas-do-Bioma-Pampa.pdf
Plantas-medicinais-nativas-do-Bioma-Pampa.pdfPlantas-medicinais-nativas-do-Bioma-Pampa.pdf
Plantas-medicinais-nativas-do-Bioma-Pampa.pdfDaianaBittencourt
 
Distócias em Obstetrícia, distócias de ombro
Distócias em Obstetrícia, distócias de ombroDistócias em Obstetrícia, distócias de ombro
Distócias em Obstetrícia, distócias de ombroJoyceDamasio2
 
Terapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e AplicabilidadesTerapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e AplicabilidadesFrente da Saúde
 
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia HiperbáricaUso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia HiperbáricaFrente da Saúde
 

Último (7)

Modelo de apresentação de TCC em power point
Modelo de apresentação de TCC em power pointModelo de apresentação de TCC em power point
Modelo de apresentação de TCC em power point
 
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdf
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdfManual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdf
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdf
 
Plantas-medicinais-nativas-do-Bioma-Pampa.pdf
Plantas-medicinais-nativas-do-Bioma-Pampa.pdfPlantas-medicinais-nativas-do-Bioma-Pampa.pdf
Plantas-medicinais-nativas-do-Bioma-Pampa.pdf
 
Aplicativo aleitamento: apoio na palma das mãos
Aplicativo aleitamento: apoio na palma das mãosAplicativo aleitamento: apoio na palma das mãos
Aplicativo aleitamento: apoio na palma das mãos
 
Distócias em Obstetrícia, distócias de ombro
Distócias em Obstetrícia, distócias de ombroDistócias em Obstetrícia, distócias de ombro
Distócias em Obstetrícia, distócias de ombro
 
Terapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e AplicabilidadesTerapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
 
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia HiperbáricaUso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
 

TB Diagnóstico e Tratamento

  • 1. Tuberculose Diagnóstico e Tratamento Stephany L. C. e Silva Interno de Medicina Intensiva 2º ano
  • 2. Sumário • Introdução • Objectivos • Abordar a tuberculose pulmonar do ponto de vista de diagnóstico e tratamento. • Epidemiologia • Etiopatogenia • Sintomatologia • Diagnóstico • Terapêutica
  • 3. Introdução • A tuberculose (TB) é uma infecção bacteriana grave, transmitida pelo ar pelo Mycobacterium tuberculosis. • Nos últimos anos, o aparecimento de cepas multirresistentes colocou a tuberculose novamente em destaque entre as doenças infecto-contagiosas. • Estima-se que a pessoa que apresenta esse quadro pode infectar de 10 a 15 pessoas da sua comunidade num período de um ano.
  • 5. Epidemiologia • Quase um terço da população mundial, 2 biliões de pessoas, está infectado com Mycobacterium tuberculosis • Anualmente, mais de oito milhões desenvolvem tuberculose activa (TB), dos quais dois milhões vêm a morrer. • Em todo o mundo, mais de 90% dos casos de TB e das mortes ocorrem nos países em vias de desenvolvimento, onde 75% dos casos estão na idade de maior produtividade económica (15-54 anos). • Um adulto com TB perde, em média, três a quatro meses de trabalho, o que se traduz na perda de 20 a 30% do rendimento anual familia.
  • 6. Epidemiologia • A co-infecção com VIH aumenta significativamente o risco de vir a desenvolver TB . • Os países com alta prevalência de VIH, particularmente os da Africa sub-sariana, testemunharam um profundo aumento no número de casos de TB, particularmente nos anos 90, levando a um aumento das taxas de incidência da ordem das 3 a 4 vezes. • Simultaneamente, em diversos países, a multi- resistência, que se deve a medidas de tratamento inadequadas, é um problema crescente e muito preocupante.
  • 8. Etiopatogenia • MycobacteriumMycobacterium tuberculosistuberculosis (bacilo de Koch)(bacilo de Koch) • Koch, 1882. Aeróbio estrito crescimento e duplicaçãoKoch, 1882. Aeróbio estrito crescimento e duplicação lentos intracelular facultativo (em fagócitos).lentos intracelular facultativo (em fagócitos). • O período de incubação é, em média, de 4 a 12 semanas até a descoberta das primeiras lesões. Grande parte dos novos casos de doença pulmonar ocorre por volta de 12 meses após a infecção inicial. • A interação entre o M. tuberculosis e as células do hospedeiro é extremamente complexa, sendo determinada em parte pela virulência da cepa, mas também pela resistência específica e não específica do hospedeiro. •
  • 9. Etiopatogenia • A infecção primária inicia quando gotículas contendo bacilos provenientes de doentes infecciosos são inaladas pelo indivíduo sadio. • Menos de 10% dessas gotículas atingem os alvéolos ou bronquíolos e são englobadas inespecificamente pelos macrófagos alveolares e se multiplicam no interior dos mesmos (Raviglioner & O'Brien, 2005). • O sistema imunológico de um indivíduo infectado normalmente destrói as micobactérias ou as isola no local da infecção.
  • 10. Etiopatogenia • No entanto, algumas vezes, as bactérias não são destruídas, mas permanecem inativas no interior dos macrófagos durante muitos anos. Cerca de 95% das infecções tuberculosas curam sem serem sintomáticas. • Já em indivíduos que apresentam baixa imunidade, as bactérias não são eficientemente controladas e podem provocar infecção pulmonar aguda, que pode conduzir a uma destruição maciça do tecido pulmonar, disseminação da bactéria para outras partes do corpo e à morte.
  • 12. Diagnóstico • Sintomatologia: Tosse + de duas semanas Emagrecimento Sudorese nocturna Dor no tórax Anorexia Febre predomínio nocturno não muito elevada. Astenia
  • 14. Métodos para o Diagnóstico • Os primeiros exames a serem solicitados são a radiografia de tórax e a pesquisa de BAAR, o padrão é a coloração por Ziehl-Neelsen.
  • 15. Métodos para o Diagnóstico • A cultura é feita com os seguintes meios: • Lowenstein-Jensen • Middlebrook • BACTEC (5 a 10 dias)
  • 16. Métodos de Diagnóstico • Indicações da realização de cultura: • • Suspeita clínica de TB e pesquisa negativa de BAAR • • Suspeita de TB pulmonar na radiografia de tórax • • Casos de retratamento • • Pacientes HIV positivos • • Populações vulneráveis (detentos, profissionais da área de saúde, moradores de rua e populações institucionalizadas em albergues, hospitais psiquiátricos e asilos) • • Suspeitos de resistência • • Suspeita de TB extrapulmonar
  • 17. Métodos de Diagnóstico RADIOGRAFIA DO TÓRAX • As alterações pulmonares não são demonstradas em até 15% dos casos. As principais alterações são: • Opacidades parenquimatosas: frequentemente unifocais e predominantemente no pulmão direito, acometendo os lobos superiores na infância e os lobos médio e inferior em adultos. Opacidades arredondadas persistentes, medindo até 3 cm de diâmetro (tuberculomas) são manifestações não habituais (descritas em até 10% dos casos). • Linfonodomegalia: observada na maioria das crianças e em até 40% dos adultos. Habitualmente é unilateral, podendo ser bilateral em até 30% dos casos. As regiões mais comprometidas são a região hilar e a paratraqueal direita. Frequentemente está associada com opacidades parenquimatosas e atelectasia segmentar ou lobar.
  • 18. Métodos de Diagnóstico • Atelectasia: decorre da compressão extrínseca das vias aéreas por linfonodomegalias. • Padrão miliar: pequenas opacidades nodulares medindo 1-3 mm de diâmetro e distribuídas de forma simétrica, podendo ser assimétrica em até 15% dos casos. Pode haver associação com opacidades parenquimatosas.
  • 19. Métodos de diagnóstico Derrame pleural: considerado uma manifestação tardia da TB primária, ocorre em 25% dos casos.
  • 22.
  • 23. Métodos de diagnóstico Métodos sorológicos •Não estão padronizados ou validados para o diagnóstico de TB pulmonar ou extrapulmonar. •Novas técnicas de avaliação de sensibilidade aos medicamentos •O único novo teste recomendado pela OMS para uso na rotina é a fita GenoType®, que identifica o complexo Mtb e sua resistência à H e R. Esse teste é baseado na detecção das mutações mais comuns nos genes rpoB e katG.
  • 24. Métodos de diagnóstico • A alternativa para o diagnóstico de TB infecção latente, atualmente feito pelo TT, são os chamados IGRA. Atualmente, há dois desses testes disponíveis comercialmente: • QuantiFERON®-TB Gold (Cellestis Inc., Valencia, CA, EUA) e T-SPOT®.TB (Oxford Immunotec, Abdingdon, Reino Unido
  • 25. Tratamento • Tratamento - definiçõesTratamento - definições • Novo tratamento:Novo tratamento: primeira vezprimeira vez • RRetratamento: tratou pelo menos 30 dias e precisa de novo tratamento (por recidiva após cura ou por retorno após abandono ou por falência do esquema básico) • Recidiva: tratou e teve cura e volta a ter diagnóstico • Abandono: tratou pelo menos 30 dias e suspendeu medicação sem ser considerado curado • Falência: mesmo com tratamento mantém escarro positivo
  • 34.
  • 37.
  • 38. Referências • Andrade CH, Pasqualoto KFM, Zaim, MH, Ferreira EI. Abordagem racional no planejamento de novos tuberculostáticos: inibidores da InhA, enoil-ACP redutase do M. tuberculosis. Rev. Bras. Ciênc. Farm. 44(2): 167-179, 2008. • Boojamra CG, Lemoine RC, Blais J, Vernier NG, Stein KA, Magon A, Chamberland S, Hecker SJ, Lee VJ. • Synthetic dihydropacidamycin antibiotics: A modified spectrum of activity for the pacidamycin class. Bioorg. Med. Chem. Lett. 13(19): 3305-3309, 2003. • Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. 7. ed. Brasília, DF, 2009. 816 p. • Brasil. Portal da Saúde. Ministério da Saúde. Tuberculose. Disponível em: http://portal.saude.gov.br/portal/saude/profissional/area.cf m? id_area=1527. Acesso em: agosto de 2011. • Florez J, Mediavilla A, García-lobo JM. Farmacología de las infecciones por micobacterias. In: Florez J. • Farmacologia Humana 3. ed. Barcelona: Masson, 1997, p. 1159-1168.