2. Anatomia e Fisiologia do Sistema Respiratório
na Ventilação Mecânica
VENTILAÇÃO
DIFUSÃO
PERFUSÃO
Porção Condutora
Porção Respiratória
3. 1. Estímulo central e
condução normal;
2. Parede Torácica íntegra;
3. Expansão da Caixa
torácica;
4. Permeabilidade das Vias
aéreas;
5. Difusão efetiva entre os
gases;
6. Pressão Intratorácica
negativa – pressão pleural
negativa.
4. Epidemiologia Respiratória –
Ventilação mecânica
• IRpA – 66%;
• Coma – 15%;
• DPOC agudizado – 13%;
• Neuromusculares – 5%.
Diminuir o trabalho respiratório;
Objetivos: Reverter Hipoxemia;
Tratar a acidose respiratória.
5. Ventilação Mecânica
É a aplicação, por modo invasivo ou não, de um
equipamento que substitui, total ou parcialmente,
a atividade ventilatória espontânea (KNOBEL,
2008).
Ventilação Mecânica Não – Invasiva;
Ventilação Mecânica Invasiva
6. • A Ventilação Mecânica é um método usual em
UTI´s, sendo utilizada em pacientes com IRpA
ou qualquer outra etiologia, dando suporte ao
tratamento da patologia base pelo tempo que
for necessário para reversão do quadro,
portanto não constitui um procedimento
curativo (Cintra, 2000).
7. • O uso da VM teve início com Ventiladores por
pressão negativa, conhecidos por “pulmão de
aço”. A introdução de ventiladores por
pressão positiva, se deu em 1955 em meio a
uma epidemia de poliomielite.
9. Contra – indicações da VNI
Diminuição da consciência, sonolência, agitação, confusão ou recusa do paciente
Instabilidade hemodinâmica com necessidade de medicamento vasopressor, choque,
arritmias complexas;
Obstrução de VAS ou Trauma de face;
Tosse ineficaz ou incapacidade de deglutição;
náuseas e vômitos;
HDA;
IAM;
PO recente de cirurgia de face, VAS ou esôfago;
J Bras Pneumol 2007 – III Consenso de VM
10. Vantagens:
• A Ventilação não invasiva além de excluir a
necessidade de uma traqueostomia ou
Intubação, evita a sedação, os riscos de
infecção, reduz o tempo da ventilação
artificial e confere mais conforto ao paciente,
melhorando as trocas gasosas.
11. Variáveis a serem ajustadas na
Ventilação Mecânica
Modo Como a Ventilação deve ser iniciada?
Volume Corrente Qual deve ser o Vc?
Fio² Qual deve ser a fração inspirada de oxigênio?
Freqüência Respiratória Qual deve ser a freqüência dos ciclos
Fluxo Inspiratório Qual deve ser a velocidade de liberação do fluxo de ar;
PEEP Quanto de PEEP é necessária;
Pico de Pressão Em que nível de pressão nas vias aéreas o fluxo deve ser
interrompido?
Relação I:E Qual a relação ideal?
12. Suporte Ventilatório Mecânico
A avaliação do paciente em ventilação mecânica tem que ser
sistemática
• Identificar sinais e sintomas – intervenções adequadas;
• Vigilância Constante;
• Assistência Planejada (SAE) + ação coordenada da equipe
multiprofissional;
13. Principais Indicações da VM
Anormalidades de Ventilação Disfunção dos músculos respiratórios:
• Fadiga Muscular;
• Diminuição do Drive Respiratório;
• Aumento da resistência e/ou obstrução das vias aéreas.
Anormalidades de
Oxigenação
Hipoxemia;
Necessidade de PEEP;
Trabalho respiratório excessivo;
Hipoventilação alveolar.
Outras Indicações Clínicas o Sedação;
o Hiperventilação –
o Recrutamento alveolar – Curarização.
14. Suporte Ventilatório Mecânico
Ações do Enfermeiro:
Conhecimento básico do equipamento;
Entender e interpretar as modalidades usuais;
Conhecer parâmetros iniciais na VM;
Identificar possíveis complicações;
Cuidado com o cliente.
15. Suporte Ventilatório Mecânico
Pode propiciar:
Redução do trabalho respiratório, com o aumento da
oxigenação e diminuição do acúmulo de dióxido de
carbono nos pulmões e circulação;
Prevenção de fadiga da musculatura respiratória;
Proteção das vias aéreas.
16. Ventilação Mecânica Invasiva
“Método artificial para manutenção da
ventilação em pacientes impossibilitados de
respirar espontaneamente, feito através da
introdução de prótese na via aérea do
paciente”.
(KNOBEL, 2006)
17. Terminologia em VM
Volume corrente: Volume de ar trocado em cada respiração.
É necessário o conhecimento da doença de base do paciente:
• ROTINA – 7 a 10 ml / kg de peso;
• SARA- entre 4 e 6 ml / kg de peso;
• DPOC – entre 5 e 8 ml / kg de peso;
Volume/minuto: Volume de ar respirado a cada minuto;
relação do Vc e Fr utilizada (5 a 10 L/min)
Volume/minuto= Vc X FR; normalmente 6 a 8l/min.
18. Terminologia em VM
Fr: 12 a 16 ciclos/min;
Relação I:E: Relação entre o tempo inspiratório e o expiratório
– 1:2 ou 1:3
Nos pacientes com obstrução aérea, instabilidade
hemodinâmica, hipertensão intra-craniana usa-se 1:3.
19. Terminologia em VM
Fração inspirada de oxigênio – FiO²: Concentração de oxigênio
ofertada ao paciente – Escolhido de acordo com os gases
sanguíneos do paciente. A FiO2 usada inicialmente é de 1,
sendo reduzida assim que possível para abaixo de 50%; Mais
cuidado para DPOC e SARA;
Sensibilidade: Controla a quantidade de esforço do paciente
necessário para iniciar uma inspiração. Aumentar a
sensibilidade diminui a intensidade do esforço que o paciente
deve empreender para iniciar uma respiração com o
ventilador. Da mesma forma, diminuir a sensibilidade
aumenta a qtde. de pressão que o pcte. Precisa para iniciar a
inspiração.
20. Terminologia em VM
Pressão Positiva Expiratória Final – PEEP: Mantém uma
pressão intra-alveolar por todo o ciclo respiratório, com a
finalidade de aumentar a capacidade residual funcional. O
PEEP fisiológico varia de 3 a 5 CmH²O:
1. PEEP de 5 CmH²O: Impede o colabamento alveolar;
2. PEEP > 8 CmH²O: Melhora a oxigenação;
3. PEEP >12 CmH²O: Repercussões Hemodinâmicas:
CURARIZAÇÃO???
21. Terminologia em VM
Complacência: É a medida da elasticidade pulmonar e da
caixa torácica;
Volume residual: Volume de ar que permanece nos pulmões
mesmo após uma expiração forçada.
Capacidade residual funcional: Corresponde à maior
quantidade de ar que permanece nos pulmões após uma
expiração normal.
22. Modalidades Ventilatórias:
• Ventilação controlada: O volume corrente,
frequência respiratória e fluxo são
predeterminados no ventilador mecânico.
Esta modalidade é usada para pacientes em
apnéia devido a patologia ou drogas;
23. • Ventilação assistida[controlada: A FR é
controlada pelo paciente ( o ciclo respiratório
é iniciado quando o pcte. Gera uma pressão
negativa, alcançando um valor imposto pelo
mecanismo de sensibilidade do ventilador). O
vol. Corrente e o fluxo são predeterminados.
Se não houver o esforço do pcte., o ventilador
fornece ciclos controlados na FR mínima
determinada.
24. • Ventilação mandatória intermitente
sincronizada (SIMV): Combina ciclos
espontâneos com um determinado número
de ciclos mecânicos assistidos, portanto
sincronizados com o esforço respiratório do
paciente.
25. • Ventilação com pressão de suporte ou PSV:A
pressão de suporte consiste no oferecimento
de níveis pressóricos positivos
predeterminados e constantes na via aérea do
paciente, aplicada somente durante a fase
inspiratória do ciclo a fim de “diminuir” o
trabalho da musculatura inspiratória.
26. • CPAP: O paciente respira espontaneamente
dentro do circuito pressurizado. Uma pressão
positiva predeterminada é mantida
praticamente constante durante o ciclo
respiratório.
27. Principais complicações relacionadas ao
uso da VM
1. Diminuição do debito cardíaco: Pelo aumento da pressão
intratorácica, que reduz o retorno venoso;
2. Alcalose respiratória: Ocorrência comum, secundária à dor
agitação, hiperventilação, ajuste inadequado dos
parâmetros;
3. Elevação da PIC: relacionada a diminuição do fluxo
sanguíneo cerebral, quando em PEEP alta;
4. Meteorismo: Quando ocorre vazamento de ar peri-tubo
28. Principais complicações relacionadas ao
uso da VM
5. Pneumonia: Broncoaspiração de conteúdo, uso de técnicas
assépticas;
6. Atelectasia: Intubação seletiva, presença de rolhas e
hipoventilação alveolar
29. Principais complicações relacionadas ao uso
de TOT, TQT e Extubação acidental
Extubação acidental: má fixação, agitação psicomotora,
manuseio com o paciente;
Lesão de pele e/ou lábios:
Lesao de traqéia: alta pressão do cuff, tracionamento do tubo.
30. Assistência de Enfermagem na VM
A. Vigilância constante;
B. Controle dos SSVV e monitorização cardíaca;
C. Monitorização das trocas gasosas e padrão respiratório;
D. Observação dos sinais neurológicos;
E. Aspiração de secreções pulmonares;
F. Observar sinais de hiperinsuflação: Observar Vc
predeterminado e FiO²;
G. Higiene oral, fixação, mobilização do TOT;
31. Assistência de Enfermagem na VM
H. Controle da pressão do cuff – 25 CmH²O;
I. Monitorização do BH;
J. Controle do nível nutricional;
K. Umidificação e aquecimento do gas inalado;
L. Observar o circuito do VM;
M. Observação dos alarmes;
N. Nível de sedação;
O. Sincronismo entre paciente – máquina;
P. Controle de infecção
33. Desmame Ventilatório
Quando atendidas as exigências de:
Estabilidade clínica;
Hemodinâmica;
Funcional respiratória;
GASOMÉTRICA;
ATENÇÃO:
Uso do cateter de O² no TOT;
Tubo T;
Extubação.
36. Conhecendo, avaliando e cuidando
do Equipamento
1. Antes do Uso:
Checar a limpeza do equipamento;
Checar a montagem do circuito;
Observar a ligação com a rede de O² e ar comprimido –
Válvulas redutoras;
Ligação com a rede elétrica;
Funcionamento do umidificador.
37. Alarmes – Reconhecer, identificar e
solucionar problemas
Alarme de Pressão de Vias aéreas
A pressão máxima não deve ultrapassar 40 cmH²O.
1.Causas do Aumento da Pressão das Vias aéreas:
– Mau funcionamento das válvulas;
– Conexão errada das traqueias;
– Obstrução do circuito;
– Intubação seletiva;
– Pneumotórax e rolhas.
38. Alarme de volume
1. Causas da Diminuição de volume:
Escape de ar por conexão do curcuito;
Cuff não insuflado adequadamente;
barotrauma;
Aumento da resistência da passagem do ar.
2. Causa de Aumento de volume:
Correlacionar com o aumento da complacência ou
diminuição da resistência à passagem de fluxo.
39. Alarme da Fração de Oxigênio Inspirada – FiO²
– Pode estar baixa em função da fonte de O² com
pressão baixa ou fechada;
– Pode estar alta pela fonte de ar comprimido com
pressão baixa ou fechada;
40. Alarme da Freqüência Respiratória
1. Sinalizam apnéia ou FR alta;
2. Fazer sempre associação com comprometimento
neurológico e aumento do trabalho respiratório.
Alarme de bateria fraca
1. Duas horas de bateria como reserva, manter sempre
carregando.
Alarme de Ventilador inoperante
1. Troque o aparelho e acione a manutenção técnica.
41. Após o uso do equipamento
Limpeza ou desinfecção deve ser rigorosa
INTUBAÇÃO + VENTILAÇÃO MECÂNICA
INFECÇÃO
42. Gasometria arterial
• Ph- 7.35 a 7.45
• PaCO2- 36 a 44 mmHg
• HCO3- 22 a 26 meq.l
• PO2- 80 a 100 mmHg
• SpO2- 92 a 100%