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VENTILAÇÃO MECÂNICA
       PARTE II

SITUAÇÕES ESPECIAIS
AVES – Padronização da ventilação mecânica no CTI
AVES – Padronização da ventilação mecânica no CTI
Ventilação Não-invasiva (VNI)


 Um dos maiores avanços da VM nas ultimas
  décadas;

 Em grupos selecionados, a VNI reduz a
  necessidade de intubação, mortalidade e
  custo.
VNI

 Interfaces:
VNI

 Contra-indicações:
Quadro 1 - Contra-indicações para o uso da ventilação não invasiva com pressão
positiva.

Diminuição da consciência, sonolência, agitação, confusão ou recusa do paciente
Instabilidade hemodinâmica com necessidade de medicamento vasopressor, choque
(pressão arterial sistólica < 90 mmHg), arritmias complexas
Obstrução de via aérea superior ou trauma de face
Tosse ineficaz ou incapacidade de deglutição
Distensão abdominal, náuseas ou vômitos
Sangramento digestivo alto
Infarto agudo do miocárdio
Pós-operatório recente de cirurgia de face, via aérea superior ou esôfago
Uso de VNI é controverso: pós-operatório de cirurgia gástrica, gravidez

                       J Bras Pneumol. 2007;33(Supl2):S92-S105
VNI
VNI na exacerbação da DPOC
Grau de recomendação: A




                J Bras Pneumol. 2007;33(Supl2):S92-S105
VNI
VNI no EAP cardiogênico
Grau de recomendação: A
        CPAP no EAP cardiogênico




100 pacientes estudados: CPAP 2,5 a 12,5mmHg em2,5h
Redução da necessidade de intubação (diferença de risco -26%) IC 95% -13/-38%)
Tendência para diminuição da mortalidade (dif. risco=-6%) IC 95% 3/-16%
VNI

 Outras indicações:
 Grau de recomendação: B

   VNI na exacerbação da asma,
   VNI com 2 níveis pressóricos no EAP cardiogênico,
   VNI na insuficiência respiratória hipoxêmica,
     Imussuprimidos,
   VNI em pacientes terminais,
   VNI no pós-op imediato,
   VNI como estratégia de desmame,
VNI
VNI na insuficiência respiratória pós-extubação
Grau de recomendação: A (para não fazer)




 Estudo multicêntrico – randomizado,
 221 pacientes: um grupo (tratamento convencional), outro grupo (VNI),
 Maior mortalidade no grupo VNI (25% vs.14%, p=0,048),
 OBS: Maior tempo para reintubação no grupo VNI (12h vs.2,5h, p=0,02)



                        N Engl J Med. 2004;350(24):2452-60
VNI
AVES:
VNI
AVES
Ventilação mecânica na
   Doença Obstrutiva
Ventilação mecânica no paciente com
doença obstrutiva
 Exacerbação da Asma e da DPOC


 Ajuste da VM:
   Promoção do repouso da musculatura respiratória
     VM assisto-controlada
       PCV (melhor controle em relação a auto-PEEP
        (monitorização do ar exalado) e menor chance de
        ocorrência de barotrauma)
       VCV (assegura volume corrente, principalmente na
        melhora clínica)
Ventilação mecânica no paciente com
doença obstrutiva
 Exacerbação da Asma e da DPOC


 Ajuste da VM:
   Minimizar a hiperinsuflação pulmonar
  (repercussão hemodinâmica, barotrauma, auto-
    PEEP)
     Ajuste de VC , FR, fluxo inspiratório (VCV) ou tempo
      inspiratório (PCV)
    OBS: conceito de hipercapnia permissiva
Hiperinsuflação
Ventilação mecânica no paciente com
doença obstrutiva
 Exacerbação da Asma e da DPOC


 Ajuste da VM:
   Monitorização da mecânica pulmonar
     Pressão de platô
     Pressão de pico       Barotrauma
     Auto-PEEP
Asma

 Crise de Asma representa 2% das admissões
  na UCI,
 Metade desses pacientes requerem VM,
   Parada cardiorrespiratória antes da admissão,
   Lesão neurológica,
   Hipoxemia e hipercapnia


 Mortalidade hospitalar de cerca de 10%,
Asma

 Poucos ensaios clínicos,
   Recomendações baseadas na prevenção de
    iatrogenia
DPOC

 5,5 milhões de brasileiros têm DPOC,
 Em 2003 DPOC foi a quinta causa mais
  freqüente de internação hospitalar
 Exacerbações: 2-3episódios/ano
   Nos casos de internação: mortalidade 3-4%
    (pacientes mais graves – CTI 11-24%)
DPOC

 Fisiopatologia:
   Aumento da obstrução ao fluxo aéreo
    (inflamação, hipersecreção brônquica e
    broncoespasmo)
   Redução da retração elástica,
   Hiperinsuflação dinâmica (auto-PEEP), impondo
    uma sobrecarga a musculatura respiratória,
   Uso crônico de corticóide (miopatia) e
    desnutrição.
Ventilação mecânica no paciente com
 doença obstrutiva
AVES
Ventilação mecânica na SARA




      Fotos retiradas do site “pneumoatual”
SARA

 Síndrome:
   Insuficiência respiratória aguda,
   Infiltrado pulmonar difuso bilateral,
   Hipoxemia grave (P/F<200),
   POAP <18 ou ausência de hipertensão atrial
    esquerda,
SARA

 Incidência de 79 casos/100.000 habitantes,
  mais freqüente no inverno,
 Incidência aumenta com a faixa etária,
 Mortalidade alta: 34-60%,
SARA

 Fisiopatologia:
   Inflamação difusa da membrana alvéolo-capilar, em
    resposta a vários fatores (pulmonares ou extra
    pulmonares),
   Lesão na membrana alvéolo-capilar , com
    extravasamento de líquido rico em ptn para o espaço
    alveolar,
   Lesão do epitélio alveolar leva a diminuição de
    surfactante, predispondo a atelectasias e diminuição
    da complacência pulmonar,
   Lesão do endotélio capilar está associada a liberação
    de mediadores, deflagrando o processo inflamatório
SARA

 Ventilação mecânica na SARA:
   “Promover adequada troca gasosa, ao mesmo
   tempo em que se evitam a lesão pulmonar
   associada a ventilação mecânica e o
   comprometimento hemodinâmico decorrente do
   aumento das pressões intratorácicas”
SARA

 Modo ventilatório
   PCV??? Priorizar o controle das pressões
    inspiratórias, em detrimento da manutenção do
    volume minuto
SARA

 Modo ventilatório

 Volume corrente e pressões em vias aéreas
    ≤6ml/kg de peso, P Platô≤30mmHg
Ensaio clínico: grupo controle VC 12ml/Kg de peso, grupo intervenção VC
6ml/Kg de peso
Mortalidade em 28dias: 38 vs 71%, p<0,001




                      N Engl J Med. 1998; 338(6):347-54
Ensaio multicêntrico, randomizado: Grupo controle com VC 12ml/Kg e P
Platô ≤50mmHg, grupo intervenção VC 6ml/Kg e P Platô ≤30mmHg
Menor mortalidade no grupo intervenção (31 vs. 39,8%, p,007)
Menor tempo de ventilação mecânica




                       N Eng J Med.2000;342(18):1301-8
SARA
   Modo ventilatório
   Volume corrente e pressões em vias aéreas

 Hipercapnia permissiva
     A hipercapnia é conseqüência da limitação do VC e
       das pressões nas vias aéreas
Pacientes que desenvolveram hipercapnia não apresentaram alterações
hemodinâmicas
OBS1: Pode-se utilizar infusão de bicarbonato para manter a estratégia
protetora.
OBS2: O uso da hipercapnia é limitado em pacientes com acidose metabólica
preexistente e é contra-indicado naqueles com hipertensão intra-craniana,
insuficiência coronariana e arritmias agudas
SARA

 Modo ventilatório
 Volume corrente e pressões em vias aéreas
 Hipercapnia permissiva

 PEEP
    Deve sempre ser utilizada para minimizar o
     potencial de toxicidade pelo O₂ e para proteção
     contra a lesão pulmonar associada à abertura e
     fechamento cíclicos de unidades alveolares
     recrutáveis
Estudo multicêntrico, randomizado com 767 pacientes
Grupo controle: PEEP 5-9mmHG e grupo intervenção: PEEP titulada para
menor FIO₂ limitada a P Platô ≤30mmHg
Não houve diferença na mortalidade, porem melhorou a oxigenação e os
dias livres de VM no grupo intervenção
SARA
   Modo ventilatório
   Volume corrente e pressões em vias aéreas
   Hipercapnia permissiva
   PEEP

 Recrutamento alveolar
     Breves períodos de elevação da pressão de
       admissão, seguida de elevação da PEEP ou uso de
       posição prona podem ser eficazes em sustentar a
       oxigenação arterial
SARA




Ensaio clinico randomizado, com 30 pacientes,
Grupo intervenção: Insuflação sustentada de 50mmHg por 30seg,
Melhora da oxigenação momentânea, porém não sustentada.
SARA
   Modo ventilatório
   Volume corrente e pressões em vias aéreas
   Hipercapnia permissiva
   PEEP
   Recrutamento alveolar

 FIO₂
     PaO₂≥60mmHg e/ou SaO₂≥90
SARA
   Modo ventilatório
   Volume corrente e pressões em vias aéreas
   Hipercapnia permissiva
   PEEP
   Recrutamento alveolar
   FIO₂

 Posição prona
     Deve ser considerada em pacientes com
       necessidades de elevados valores de PEEP e FIO₂
SARA




 Ensaio clinico randomizado multicêntrico, com 304 pacientes
 Grupo intervenção: Posição prona por pelo menos 6h/dia por 10dias
 Melhora na oxigenação, porém mesma mortalidade
SARA
   Modo ventilatório
   Volume corrente e pressões em vias aéreas
   Hipercapnia permissiva
   PEEP
   Recrutamento alveolar
   FIO₂
   Posição prona

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     O NO pode ser útil como terapia de resgate em
       casos de hipoxemia grave não responsiva as
       manobras “convencionais”
SARA




 Melhora transitória (primeiras 72h) da hipoxemia, porém sem nenhum
 beneficio na mortalidade ou nos dias livres de VM
SARA
AVES
SARA
AVES (continuação)
SARA
AVES (continuação)
SARA
AVES (continuação)
SARA
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Desmame da Ventilação Mecânica

 Processo de retirada do paciente da VM gasta
  cerca de 40% do tempo total de VM,
 Protocolos para guiar esse processo cada vez
  mais têm comprovado diminuição desse
  tempo,
 Índices fisiológicos?
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    Redução da duração da ventilação mecânica, do tempo de internação hospitalar,




                      N Eng J Med. 2000;342(20):1471-7
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VM no CTI - Situações Especiais

  • 1. VENTILAÇÃO MECÂNICA PARTE II SITUAÇÕES ESPECIAIS
  • 2. AVES – Padronização da ventilação mecânica no CTI
  • 3. AVES – Padronização da ventilação mecânica no CTI
  • 4. Ventilação Não-invasiva (VNI)  Um dos maiores avanços da VM nas ultimas décadas;  Em grupos selecionados, a VNI reduz a necessidade de intubação, mortalidade e custo.
  • 6. VNI  Contra-indicações: Quadro 1 - Contra-indicações para o uso da ventilação não invasiva com pressão positiva. Diminuição da consciência, sonolência, agitação, confusão ou recusa do paciente Instabilidade hemodinâmica com necessidade de medicamento vasopressor, choque (pressão arterial sistólica < 90 mmHg), arritmias complexas Obstrução de via aérea superior ou trauma de face Tosse ineficaz ou incapacidade de deglutição Distensão abdominal, náuseas ou vômitos Sangramento digestivo alto Infarto agudo do miocárdio Pós-operatório recente de cirurgia de face, via aérea superior ou esôfago Uso de VNI é controverso: pós-operatório de cirurgia gástrica, gravidez  J Bras Pneumol. 2007;33(Supl2):S92-S105
  • 7. VNI VNI na exacerbação da DPOC Grau de recomendação: A J Bras Pneumol. 2007;33(Supl2):S92-S105
  • 8. VNI VNI no EAP cardiogênico Grau de recomendação: A CPAP no EAP cardiogênico 100 pacientes estudados: CPAP 2,5 a 12,5mmHg em2,5h Redução da necessidade de intubação (diferença de risco -26%) IC 95% -13/-38%) Tendência para diminuição da mortalidade (dif. risco=-6%) IC 95% 3/-16%
  • 9. VNI  Outras indicações:  Grau de recomendação: B  VNI na exacerbação da asma,  VNI com 2 níveis pressóricos no EAP cardiogênico,  VNI na insuficiência respiratória hipoxêmica,  Imussuprimidos,  VNI em pacientes terminais,  VNI no pós-op imediato,  VNI como estratégia de desmame,
  • 10. VNI VNI na insuficiência respiratória pós-extubação Grau de recomendação: A (para não fazer) Estudo multicêntrico – randomizado, 221 pacientes: um grupo (tratamento convencional), outro grupo (VNI), Maior mortalidade no grupo VNI (25% vs.14%, p=0,048), OBS: Maior tempo para reintubação no grupo VNI (12h vs.2,5h, p=0,02) N Engl J Med. 2004;350(24):2452-60
  • 13. Ventilação mecânica na Doença Obstrutiva
  • 14. Ventilação mecânica no paciente com doença obstrutiva  Exacerbação da Asma e da DPOC  Ajuste da VM:  Promoção do repouso da musculatura respiratória  VM assisto-controlada  PCV (melhor controle em relação a auto-PEEP (monitorização do ar exalado) e menor chance de ocorrência de barotrauma)  VCV (assegura volume corrente, principalmente na melhora clínica)
  • 15. Ventilação mecânica no paciente com doença obstrutiva  Exacerbação da Asma e da DPOC  Ajuste da VM:  Minimizar a hiperinsuflação pulmonar (repercussão hemodinâmica, barotrauma, auto- PEEP)  Ajuste de VC , FR, fluxo inspiratório (VCV) ou tempo inspiratório (PCV) OBS: conceito de hipercapnia permissiva
  • 17. Ventilação mecânica no paciente com doença obstrutiva  Exacerbação da Asma e da DPOC  Ajuste da VM:  Monitorização da mecânica pulmonar  Pressão de platô  Pressão de pico Barotrauma  Auto-PEEP
  • 18. Asma  Crise de Asma representa 2% das admissões na UCI,  Metade desses pacientes requerem VM,  Parada cardiorrespiratória antes da admissão,  Lesão neurológica,  Hipoxemia e hipercapnia  Mortalidade hospitalar de cerca de 10%,
  • 19. Asma  Poucos ensaios clínicos,  Recomendações baseadas na prevenção de iatrogenia
  • 20. DPOC  5,5 milhões de brasileiros têm DPOC,  Em 2003 DPOC foi a quinta causa mais freqüente de internação hospitalar  Exacerbações: 2-3episódios/ano  Nos casos de internação: mortalidade 3-4% (pacientes mais graves – CTI 11-24%)
  • 21. DPOC  Fisiopatologia:  Aumento da obstrução ao fluxo aéreo (inflamação, hipersecreção brônquica e broncoespasmo)  Redução da retração elástica,  Hiperinsuflação dinâmica (auto-PEEP), impondo uma sobrecarga a musculatura respiratória,  Uso crônico de corticóide (miopatia) e desnutrição.
  • 22. Ventilação mecânica no paciente com doença obstrutiva AVES
  • 23. Ventilação mecânica na SARA Fotos retiradas do site “pneumoatual”
  • 24. SARA  Síndrome:  Insuficiência respiratória aguda,  Infiltrado pulmonar difuso bilateral,  Hipoxemia grave (P/F<200),  POAP <18 ou ausência de hipertensão atrial esquerda,
  • 25. SARA  Incidência de 79 casos/100.000 habitantes, mais freqüente no inverno,  Incidência aumenta com a faixa etária,  Mortalidade alta: 34-60%,
  • 26. SARA  Fisiopatologia:  Inflamação difusa da membrana alvéolo-capilar, em resposta a vários fatores (pulmonares ou extra pulmonares),  Lesão na membrana alvéolo-capilar , com extravasamento de líquido rico em ptn para o espaço alveolar,  Lesão do epitélio alveolar leva a diminuição de surfactante, predispondo a atelectasias e diminuição da complacência pulmonar,  Lesão do endotélio capilar está associada a liberação de mediadores, deflagrando o processo inflamatório
  • 27. SARA  Ventilação mecânica na SARA:  “Promover adequada troca gasosa, ao mesmo tempo em que se evitam a lesão pulmonar associada a ventilação mecânica e o comprometimento hemodinâmico decorrente do aumento das pressões intratorácicas”
  • 28. SARA  Modo ventilatório  PCV??? Priorizar o controle das pressões inspiratórias, em detrimento da manutenção do volume minuto
  • 29. SARA  Modo ventilatório  Volume corrente e pressões em vias aéreas  ≤6ml/kg de peso, P Platô≤30mmHg
  • 30. Ensaio clínico: grupo controle VC 12ml/Kg de peso, grupo intervenção VC 6ml/Kg de peso Mortalidade em 28dias: 38 vs 71%, p<0,001 N Engl J Med. 1998; 338(6):347-54
  • 31. Ensaio multicêntrico, randomizado: Grupo controle com VC 12ml/Kg e P Platô ≤50mmHg, grupo intervenção VC 6ml/Kg e P Platô ≤30mmHg Menor mortalidade no grupo intervenção (31 vs. 39,8%, p,007) Menor tempo de ventilação mecânica N Eng J Med.2000;342(18):1301-8
  • 32. SARA  Modo ventilatório  Volume corrente e pressões em vias aéreas  Hipercapnia permissiva  A hipercapnia é conseqüência da limitação do VC e das pressões nas vias aéreas
  • 33. Pacientes que desenvolveram hipercapnia não apresentaram alterações hemodinâmicas OBS1: Pode-se utilizar infusão de bicarbonato para manter a estratégia protetora. OBS2: O uso da hipercapnia é limitado em pacientes com acidose metabólica preexistente e é contra-indicado naqueles com hipertensão intra-craniana, insuficiência coronariana e arritmias agudas
  • 34. SARA  Modo ventilatório  Volume corrente e pressões em vias aéreas  Hipercapnia permissiva  PEEP  Deve sempre ser utilizada para minimizar o potencial de toxicidade pelo O₂ e para proteção contra a lesão pulmonar associada à abertura e fechamento cíclicos de unidades alveolares recrutáveis
  • 35. Estudo multicêntrico, randomizado com 767 pacientes Grupo controle: PEEP 5-9mmHG e grupo intervenção: PEEP titulada para menor FIO₂ limitada a P Platô ≤30mmHg Não houve diferença na mortalidade, porem melhorou a oxigenação e os dias livres de VM no grupo intervenção
  • 36. SARA  Modo ventilatório  Volume corrente e pressões em vias aéreas  Hipercapnia permissiva  PEEP  Recrutamento alveolar  Breves períodos de elevação da pressão de admissão, seguida de elevação da PEEP ou uso de posição prona podem ser eficazes em sustentar a oxigenação arterial
  • 37. SARA Ensaio clinico randomizado, com 30 pacientes, Grupo intervenção: Insuflação sustentada de 50mmHg por 30seg, Melhora da oxigenação momentânea, porém não sustentada.
  • 38. SARA  Modo ventilatório  Volume corrente e pressões em vias aéreas  Hipercapnia permissiva  PEEP  Recrutamento alveolar  FIO₂  PaO₂≥60mmHg e/ou SaO₂≥90
  • 39. SARA  Modo ventilatório  Volume corrente e pressões em vias aéreas  Hipercapnia permissiva  PEEP  Recrutamento alveolar  FIO₂  Posição prona  Deve ser considerada em pacientes com necessidades de elevados valores de PEEP e FIO₂
  • 40. SARA Ensaio clinico randomizado multicêntrico, com 304 pacientes Grupo intervenção: Posição prona por pelo menos 6h/dia por 10dias Melhora na oxigenação, porém mesma mortalidade
  • 41. SARA  Modo ventilatório  Volume corrente e pressões em vias aéreas  Hipercapnia permissiva  PEEP  Recrutamento alveolar  FIO₂  Posição prona  Oxido nítrico inalatório  O NO pode ser útil como terapia de resgate em casos de hipoxemia grave não responsiva as manobras “convencionais”
  • 42. SARA Melhora transitória (primeiras 72h) da hipoxemia, porém sem nenhum beneficio na mortalidade ou nos dias livres de VM
  • 48. Desmame da Ventilação Mecânica  Processo de retirada do paciente da VM gasta cerca de 40% do tempo total de VM,  Protocolos para guiar esse processo cada vez mais têm comprovado diminuição desse tempo,  Índices fisiológicos?
  • 49. Desmame Importância de se traçar protocolos: Identificar pacientes elegíveis,
  • 50. Desmame Suspensão diária da sedação Estudo randomizado, com 128 pacientes, Grupo intervenção: interrupção diária da sedação Redução da duração da ventilação mecânica, do tempo de internação hospitalar, N Eng J Med. 2000;342(20):1471-7
  • 51. Desmame TVE Pode ser realizado em 30mim a 2h, Ofertar suplementação de O2 (peça T, PSV, PAV)
  • 52. Desmame TVE •Critérios de interrupção (fracasso) do teste de respiração espontânea OBS: Caso fracasso, retorna modo ventilatório que traga conforto, corrigir motivo do fracasso e tentar 24h depois
  • 53. AVES
  • 54. Ventilação Mecânica – Paciente Neurológico PaNCE
  • 55. PaNCE - Pontos fundamentais
  • 56. PaNCE - Pontos fundamentais