5. A LÍNGUA DE SINAIS.
A língua de sinais é universal?
6. É possível expressar conceitos abstratos na língua
de sinais?
Sim, a pressuposição de que não se
consegue expressar ideias ou
conceitos abstratos esta firmado na
crença de que a língua de sinais é
limitada e não passa de um código
primitivo. Com a língua de sinais é
possível expressar sentimentos,
emoções e quaisquer ideias ou
conceitos abstratos sem perda
nenhuma de conteúdo.
7. A língua de sinais é uma versão
sinalizada da língua oral?
Não, A língua de sinais tem estrutura própria e
é autônoma ou seja, independe de qualquer
língua oral em sua concepção linguística.
A língua de sinais tem suas origens
históricas na língua oral?
Há poucos registros que possam fornecer
informações sobre a origem e o
desenvolvimento das línguas de sinais entre
os surdos. Na história da evolução do
homem, constata-se que o uso de sinais
pelas mãos como forma de comunicação é
anterior a comunicação vocal.
8. A língua de sinais é
ágrafa?
Não, Até pouco tempo a língua de sinais
era considerada uma língua sem escrita,
no entanto, estudos recentes tem
indicado as possibilidades da escrita
própria da língua de sinais.
9. A língua de sinais é o
alfabeto manual?
Não, O alfabeto manual,
utilizado para soletrar
manualmente as palavras é
apenas um recurso utilizado
por falantes da língua de sinais,
não é uma língua e sim um
código de representação das
letras alfabéticas.
10. A língua de sinais é um
código secreto dos
surdos? Não, Apesar dos surdos terem
sido privados de se
comunicarem em sua língua
natural por séculos, por causa
de sua proibição a língua era
usada as escondidas, sendo
considerada exótica, obscena e
extremamente agressiva, já que
o surdo expunha de mais o
corpo ao sinalizar.
11. É uma língua
exclusivamente icônica
[
Não, A uma tendência em pensar assim, e
essa visão relaciona-se com o fato de que
a língua de sinais é uma língua de espaço
visual. Embora exista um grau elevado de
sinais icônicos(bebê, árvore, casa avião) é
importante destacar que essa
característica também é comum nas
línguas orais.
12. A língua dos surdos é mímica?
Não, está implícito nessa
pergunta um preconceito muito
grave, sobre a legitimidade
linguística da língua de sinais e
na capacidade de comunicação
dos surdos.
13. A língua de sinais tem gramática?
Sim, O reconhecimento linguístico
tem marcas nos estudos descritivos
do linguista americano William
Stokoe em 1960. A partir da década
de 1970 conduziram estudos mais
aprofundados da ASL, dando a língua
de sinais o reconhecimento
gramatical de uma língua.
14. A língua de sinais é artificial?
A língua de sinais dos surdos é natural, pois evolui como parte de um grupo
cultural. Considera-se artificiais línguas construídas por um grupo de indivíduos
com algum propósito específico exemplo: gestuno ( língua de sinais) e o
esperanto( língua oral).
15. Surdo
Art. 2o Para os fins deste Decreto, considera-se
pessoa surda aquela que, por ter perda
auditiva, compreende e interage com o mundo
por meio de experiências visuais, manifestando
sua cultura principalmente pelo uso da Língua
Brasileira de Sinais - Libras. DECRETO Nº 5.626, DE 22
DE DEZEMBRO DE 2005.
16. deficiente auditivo?
Parágrafo único.
Considera-se deficiência auditiva a perda bilateral,
parcial ou total, de quarenta e um decibéis (dB) ou
mais, aferida por audiograma nas freqüências de
500Hz, 1.000Hz, 2.000Hz e 3.000Hz.
17. Surd@-mud@:
termo obsoleto, inadequado e incorreto,
pois o déficit auditivo, em nenhum
momento prejudica as pregas vocais (não
mais cordas vocais). É possível aprender a
falar (oralizar) mesmo não ouvindo!
18. O intérprete é a ‘voz’ do surdo? Não.
O intérprete tem sim uma IMPORTANCIA
VALIOSA na vivencia comunicacional dos
surdos e ouvintes. O que cria uma certa
confusão é pelo fato de alguns ouvintes ( que
não sabem LIBRAS) acreditarem que para se
comunicarem com os surdos precisam
sempre do intérprete. Não! Os surdos podem
e devem se comunicar com os ouvintes da
forma que acharem necessário. Lembre-se
surdos em muitas situações fazem leitura
labial e uso de outros instrumentos de
comunicação que são funcionais.
19. O intérprete se faz necessário nas
faculdades, escolas, cursos, palestras,
reuniões, ou seja, quando pretende
passar informações para aprendizados
específicos.
Além disso o interprete não pode ser
visto e nem tampouco tratado como a
bengala dos Surdos. Nós intérpretes
devemos ser mais uma possibilidade
comunicacional para os surdos de
20. O surdo tem dificuldade de escrever porque não
sabe falar a língua oral?
Não! a compreensão da leitura, assim como as de produção da escrita,
eram tão frequentemente observadas que muitas pessoas passaram a
atribuí-las à surdez. Como consequência, os surdos foram considerados
pessoas que, por não ouvirem, não entendem o que leem e apresentam
dificuldades acentuadas no uso da Língua Majoritária. Práticas
mecânicas e não funcionais para surdos e não surdos.
21. A prioridade do professor deve ser inicialmente o uso da língua pelo aluno
e não só o conhecimento das regras. A gramática é trabalhada não com o
objetivo de que os alunos memorizem as regras, mas como ferramenta
para que compreendam o funcionamento da língua. Uma vez que
entendam o funcionamento da Língua Portuguesa, o professor poderá
sistematizar a gramática, o que deverá se dar sempre com base no texto.
Ai o ensino da Língua por sí mesma será uma construção interacional e
positiva , além de dinâmica e agradável.
22. O uso de pontuação é peculiar da língua oral
auditiva (escrita). E mais especifica ainda na língua
de modalidade visual espacial.(Libras)