1) O documento discute a avaliação de estudantes com deficiência, enfatizando que deve ser um processo contínuo e diversificado para orientar as estratégias pedagógicas.
2) Formas de avaliação incluem observações, registros, avaliações formais e consideram os avanços dos alunos nos aspectos do desenvolvimento, motivação e capacidade de atenção.
3) A avaliação deve considerar progressos em aspectos menos formais como socialização, linguagem e aspectos cognitivos, e não deve ser usada para seleção,
Sugestões de como avaliar estudantes com deficiência intelectual, autismo e deficiência auditiva
1. AVALIAÇÃO DE ESTUDANTE COM DEFICIÊNCIA
INTELECTUAL
NOTA TÉCNICA 06/2011
MEC/SEESP/GAB
MATERIAL ORIGINADO DE FORMAÇÕES CONTINUADAS
DA SECRETARIA DE EDUCAÇÃO DO ACRE E APROVEITADO
PELA PROFESSORA ESPECIALISTA - DILAINA MARIA COSTA
2. TODAS AS INFORMAÇÕES CONTIDAS NESTE MATERIAL
PODERÃO SERVIR COMO APOIO PARA AVALIAÇÃO DE ESTUDANTES COM
DEFICIENCIA AUDITIVA. AUTISMO, MULTIPLAS DEFICIÊNCIA
E OUTRAS QUE EXIGEM APOIO VISUAL
3. CONSIDERAÇÕES SOBRE AVALIAÇÃO
1 - Parte integrante e inseparável do processo ensino-aprendizagem;
2 - Um processo contínuo ( processual e não pontual);
3 - Instrumento norteador das estratégias pedagógicas:
Define;
Reorienta;
Aprimora.
4 - Deve ser diversificada;
5 - Objetiva o aprendizado e não a classificação, retenção ou promoção.
6 - Funções de:
Diagnóstico- conhecer o aluno;
Monitoramento (observação) - acompanhar e intervir na aprendizagem;
Fonte de informações para orientar e alterar o planejamento quando necessário;
8. 2 - Avaliação formal:
Operatórias (individuais e em grupos);
Consulta;
Oral;
outros.
CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES QUANDO NA ELABORAÇÃO DAS
AVALIAÇÕES:
1- Muitas vezes as metas traçadas para a TURMA é uma coisa, e as metas
traçadas para o ALUNO alcançar durante o ano letivo diferem totalmente;
2 - A avaliação de um aluno com deficiência deve partir dos objetivos
anteriormente estabelecidos para que ELE atinja.
Lembre-se, o currículo foi flexibilizado e adequado com metas
específicas .
9. ASSIM A AVALIAÇÃO MAIS JUSTA QUE DEVERÁ SER FEITA É A
PROCESSUAL;
Os instrumentos para esta avaliação processual:
a) Registros de observações com base nos objetivos que foram traçados para
o aluno;
b) Análise da produção escolar;
c) Registros do professor em diferentes momentos da prática pedagógica;
d) Quaisquer outros instrumentos que possibilitem a VERIFICAÇÃO
QUALITATIVA dos progressos alcançados pelo aluno.
10. 3- O Professor também deverá considerar todos os avanços
alcançados durante este percurso no que refere-se aos:
a) aspectos do desenvolvimento (biológico, emocional, comunicação, social, etc);
b) motivação;
c) capacidade de atenção;
d) novas estratégias que o aluno desenvolveu para solucionar e/ou superar
determinados desafios.
11. TODA CRIANÇA PODE APRENDER E PROGREDIR EM DIVERSOS ASPECTOS
MENOS FORMAIS QUE DEVEM SER CONSIDERADOS NO PROCESSO DE
AVALIAÇÃO:
Socialização; Condutas comportamentais adequadas;
Regras sociais; Linguagem;
Aspectos cognitivos;
Psicomotores;
Emocionais;
Trabalhar em grupo;
Permanecer em uma atividade por tempo cada vez maior;
Reter informações;
Aumentar seu vocabulário;
Melhorar sua preensão do lápis;
Esperar sua vez no jogo.
12. OS REGISTROS SÃO DOCUMENTOS EXTREMAMENTE
IMPORTANTES.
Além de progredir na aquisição de conteúdos curriculares, o aluno
pode se desenvolver nos aspectos menos formais, mas que contam
muito no crescimento da criança incluída.
Quando adotamos esta perspectiva, constatamos que, mesmo que
seja auferida nota para mensurar esses progressos, esta NOTA
REFLETIRÁ A QUALIDADE DOS resultados alcançados e NUNCA A
QUANTIDADE de conteúdos trabalhados.
A nota é um aspecto formal do aprendizado exigido pelo sistema e
pela legislação, como parte da organização do modelo educacional
vigente.
13. Mas a nota não deveria ser um fator de seleção natural onde
apenas “os mais capazes” progridem no processo de
escolarização.
Portanto o aluno com deficiência torna-se a medida para si
mesmo quando o assunto é a sua própria avaliação.
Não olhar o aluno a partir de sua deficiência e sim de suas
possibilidades.
14. REFERÊNCIAS
MANTOAN, Maria Teresa Eglér; Inclusão Escolar: o que é? Por quê? Como fazer?1. edição,
Moderna/2003.
Estratégias para a educação de alunos com necessidades educacionais especiais/coordenação
geral: SEESP/MEC; organização: Maria Salete Fábio Aranha. – Brasília: Ministério da Educação,
Secretaria de Educação Especial, 2003.
(Saberes e Práticas da Inclusão; 4http://infocoeducacao.com.br/pos-graduacao-em-educacao-
na-perspectica-do-ensino-estruturado-para-autistas/ - acessado em 2015.Leite, Lúcia Pereira.
Práticas educativas: adaptações curriculares/ Lúcia Pereira Leite, Aline Maira da Silva In:Práticas
em educação especial e inclusiva na área da deficiência mental / Vera Lúcia Messias Fialho
Capellini (org.). – Bauru : MEC/FC/SEE, 2008.