SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 31
Modelagem de uma Praça de Pedágio usando Teoria das Filas Disciplina: Análise do Fluxo de Tráfego Professor: Paulo César Marques da Silva Aluno: Luiz Fernando Castilho
Teoria das Filas - Introdução É uma modelagem dos sistemas em que as entidades que chegam aleatoriamente e necessitam de períodos diversos de tempo para serem atendidas, possam esperar em fila até serem servidas. Os modelos desse tipo trabalham com padrões típicos de chegada e atendimento, e por meio de fórmulas analíticas, medem características intrínsecas às filas de espera, tais como: comprimento, tempo de espera entre outros.
Teoria das Filas - Definição A formação de uma fila decorre de um desequilíbrio entre a demanda por serviços e a capacidade destinada ao seu atendimento. ,[object Object],[object Object],[object Object]
Teoria das Filas - Definição A Teoria das Filas analisa o fenômeno de formação de filas e suas características, com a finalidade de prever o seu comportamento de modo a permitir o dimensionamento adequado de instalações, equipamentos e sua infra-estrutura.
Teoria das Filas – Características As características básicas analisadas no processo de filas são: ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
1. Processo de chegada dos clientes (demanda) Teoria das Filas – Características ,[object Object],[object Object],[object Object]
2. Padrões de serviço dos atendentes (oferta) Teoria das Filas – Características ,[object Object],[object Object],[object Object]
3. Disciplina da Fila ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],Teoria das Filas – Características
4. Número de canais de serviços ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],Teoria das Filas – Características
5. Capacidade de armazenamento do sistema Em alguns processos de filas existem restrições físicas na quantidade de espaço de espera. Referem-se a situações finitas de fila, nas quais existe um limite para seu comprimento máximo, que reflete a capacidade máxima de armazenamento de clientes pelo sistema. Teoria das Filas – Características
6. Etapas do serviço ,[object Object],[object Object],[object Object],Teoria das Filas – Características
Teoria das Filas – Características A partir dessas características é possível mensurar a eficiência do sistema de acordo com as seguintes medidas: ,[object Object],[object Object],[object Object],Qualidade do serviço fornecido ao cliente Empresa responsável pela oferta do serviço
Teoria das Filas – Modelo Simplificações do Modelo: ,[object Object],[object Object],O fluxo de tráfego é normalmente considerado constante em qualquer instante, com alterações ocorrendo lentamente, enquanto as medidas são realizadas a intervalos de tempo cada vez menores. Isso significa que, visto como um processo estocástico, o tráfego entre-chegadas deve seguir uma distribuição exponencial.
Teoria das Filas – Modelo Simplificações do Modelo: 3. O tráfego é uniforme nas saídas das cabines de pedágio; 4. Os condutores sobre atraso enquanto esperam nas faixas de aproximação das cabines de pedágio para atendimento; Será assumido que a saída das cabines de pedágio não contribuem para o atraso de forma que pudesse alterar o valor das variáveis consideradas no modelos Se há uma fila na cabine de pedágio escolhida pelo condutor, este deverá aguardar que os condutores à sua frente sejam atendidos até que chegue a sua vez (FIFO).
Teoria das Filas – Modelo Simplificações do Modelo: 5. Os condutores sofrem atraso na coleta do pedágio, e este atraso é distribuído exponencialmente; Todas as cabines são idênticas, e a média de tempo no atendimento das cabines é a mesma com o fluxo máximo de veículos com cabines entre 350 e 500 veículos por hora em cabines padrão (dinheiro ou automática). Assim como o fluxo de tráfego na rodovia, esta taxa pode ser considerada constante, seguindo também uma distribuição exponencial. As cabines de pedágio expressas, nas quais os condutores não precisam parar, não são relevantes para o modelo por não permitirem a formação de fila.
Teoria das Filas – Modelo Segundo nossas hipóteses, o atraso no tráfego em uma praça de pedágio é causado pela coleta realizada nas cabines de pedágio e pela corrente de tráfego que se funde na saída da praça de pedágio. Dessa forma, o problema será dividido em duas partes:  o atraso nas cabines de pedágio e o atraso nos pontos de fusão na saída da praça de pedágio. Assim, numa cabine de pedágio, os condutores esperam pelo atendimento de coleta de pedágio enquanto que em pontos de fusão o condutor encara a possibilidade de ter que parar e aguardar uma chance para entrar na faixa fundida.
Teoria das Filas – Modelo Praça de Pedágio De acordo com nossas simplificações, as correntes de tráfego que adentram a praça de pedágio serão uniformemente distribuídas em todas as cabines de pedágio, e cada cabine de pedágio receberá uma corrente de tráfego na qual o tempo entre-chegadas segue uma distribuição exponencial. Além disso, o tempo de serviço nas cabines também segue uma distribuição exponencial.
Teoria das Filas – Modelo Praça de Pedágio Assim, poderemos analisar cada cabine de pedágio de forma independente, seguindo o modelo de fila M/M/1, onde: First in, First out FIFO Disciplina da Fila (Z) 1,2,...,œ Capacidade do Sistema (Y) 1,2,...,œ Número de Canais de Serviço (X) Distribuição Geral G Distribuição Exponencial M Padrão de Serviço (B) Distribuição Exponencial M Padrão de Chegada (A) Descrição Símbolo Característica
Teoria das Filas – Modelo Pontos de Fusão O atraso total causado por processos de fusão é de difícil análise. Primeiramente, consideraremos um processo de fusão simples onde veículos em duas faixas distintas se fundem em uma única faixa, chamado do Ponto de Fusão 2-em-1. Quando um condutor se aproxima de um ponto de fusão, o atraso dependerá da existência de outro veículo trafegando na outra faixa. De forma a simplificar o problema, trataremos as duas faixas como uma fila onde o motorista deverá parar sempre que houver outro veículo na fila. Definiremos então como tempo de serviço de um veículo como o tempo gasto para o mesmo sair da área de fusão de faixas de rolamento. Assim, a taxa de serviço será igual a  μ b  quando mais de um veículo está presente no sistema, e μ 0  quando o sistema possui apenas um veículo, onde μ 0  e μ b  são constantes.
Teoria das Filas – Modelo Processo de Fusão Total Se existem T cabines de pedágio e que após a coleta de pedágio a corrente de tráfego é fundida em N faixas de rolamento, o número total de pontos de fusão será dado por T – N. Contudo, as taxas de chegada nas cabines de pedágio e nos pontos de fusão são diferentes. Se um ponto de fusão receber uma corrente de tráfego de k cabines de pedágio, com um fluxo de tráfego total de  Φ, sua taxa de chegada será dado por: O valor de k depende diretamente do layout da saída da praça de pedágio. Por exemplo, em uma praça com fusão lateral com T cabines de pedágio, o primeiro ponto de fusão recebe a corrente de tráfego de duas cabines de pedágio, e o segundo ponto de fusão recebe a corrente de tráfego de três cabines de pedágio.
Teoria das Filas – Modelo Processo de Fusão Total O tempo médio total gasto corresponde ao somatório de todo o tempo médio gasto em cada ponto de fusão e a probabilidade de um condutor alcançar um determinado ponto de fusão é dado por k/T. A tabela abaixo mostra a taxa de chegada e a probabilidade em cada ponto de fusão. (T-N+1)/T ... 4/T 3/T 2/T Probabilidade (T-N+1)  Φ  /T ... 4  Φ  /T 3  Φ  /T 2  Φ  /T Taxa de chegada (T-N) ... 3 2 1 Ponto de Fusão
Teoria das Filas – Modelo Com o modelo definido, poderemos determinar a fórmula para o tempo gasto de acordo com o número de cabines de pedágio. Assim, foi estimado o valor das seguintes constantes: ,[object Object],[object Object],[object Object],A escala típica do número de faixas de rolamento em uma rodovia que chegam à uma praça de pedágio está entre 1 e 6. Foram considerados diferentes valores de N nos cálculos. O fluxo de tráfego máximo por faixa é 2000 veículos/hora. Como foram considerados N valores inteiros entre 1 e 6, foram considerados também vários valores de fluxo de tráfego. A taxa de serviço em uma cabine de pedágio foi estimada em 350 veículos/hora.
Teoria das Filas – Modelo ,[object Object],[object Object],μ 0  é a taxa de serviço quando há apenas um veículo no sistema. Assim, μ 0  considerando foi de 3017,1 veículos/hora. O μ B  considerado foi de 1184,9 veículos/hora.
Teoria das Filas – Modelo Tempo gasto – Cabine de Pedágio A partir das definições dadas anteriormente a taxa de chegada de cada cabine de pedágio é  Φ/T. Considerando a taxa de chegada e a taxa de serviço de uma cabine de pedágio, o tempo médio de serviço de cada cabine de pedágio é dado por:
Teoria das Filas – Modelo Tempo gasto – Ponto de Fusão Um ponto de fusão é modelado como um Sistema Markoviano. O estado  μ 0  representa a possibilidade de não ocorrer nenhum conflito no ponto de fusão. A taxa de chegada é dada por λ.  Será calculado o tempo médio gasto t diff ( λ) após o cálculo do tempo médio de espera no sistema t sys (λ). Sabendo que P n  é a probabilidade de haver n condutores no sistema.
Teoria das Filas – Modelo Tempo gasto – Ponto de Fusão Assim, chegaremos no sistema: Resolvendo a equação, obtemos:
Teoria das Filas – Modelo Tempo gasto – Ponto de Fusão Com as probabilidades calculadas, podemos calcular o número de condutores esperados no sistema De acordo com o Teorema de Little, o tempo médio de espera no sistema t sys ( λ) é igual ao número de motoristas esperados no sistema L(λ) dividido pela taxa de chegada λ.
Teoria das Filas – Modelo Tempo gasto – Ponto de Fusão O tempo médio gasto por um condutor em um ponto de fusão é a diferença entre o tempo médio de espera no sistema t sys ( λ) e o tempo gasto quando não há conflito em um ponto de fusão (1/μ 0 ). Assim: Assim, o tempo total gasto nos pontos de fusão é:
Teoria das Filas – Modelo Tempo gasto – Cabine de Pedágio + Ponto de Fusão Finalmente, o tempo médio gasto por um condutor em toda a praça de pedágio será dado pela some entre w a  e w b .
Teoria das Filas – Modelo O valor mínimo referente ao tempo total médio é de 31,6 segundo, o que ocorre quando T=7, ou seja, 7 cabines de pedágio é o valor ótimo para esta configuração da praça de pedágio.
Teoria das Filas – Modelo Obrigado.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Aula 1 orçamento empresarial
Aula 1   orçamento empresarialAula 1   orçamento empresarial
Aula 1 orçamento empresarialPAULO Leal
 
Palestra atendimento ao cliente - como satisfazer e encantar seu clientes
Palestra   atendimento ao cliente - como satisfazer e encantar seu clientesPalestra   atendimento ao cliente - como satisfazer e encantar seu clientes
Palestra atendimento ao cliente - como satisfazer e encantar seu clientesSebrae Santa Catarina
 
Fundamentos de Marketing: Aula11 Valor, Satisfação e Fidelidade
Fundamentos de Marketing: Aula11 Valor, Satisfação e FidelidadeFundamentos de Marketing: Aula11 Valor, Satisfação e Fidelidade
Fundamentos de Marketing: Aula11 Valor, Satisfação e FidelidadeAlexandre Conte
 
Aula03 exercicio fluxograma casa
Aula03   exercicio fluxograma casaAula03   exercicio fluxograma casa
Aula03 exercicio fluxograma casaGrupo Tiradentes
 
Postura e imagem profissional sebrae 01-11-2011
Postura e imagem profissional   sebrae 01-11-2011Postura e imagem profissional   sebrae 01-11-2011
Postura e imagem profissional sebrae 01-11-2011filipebrito
 
Cadeia de suprimentos
Cadeia de suprimentosCadeia de suprimentos
Cadeia de suprimentosFelippi Perez
 
Atendimento ao cliente
Atendimento ao clienteAtendimento ao cliente
Atendimento ao clienteelisabatista7
 
Marketing Serviços
Marketing ServiçosMarketing Serviços
Marketing ServiçosCadernos PPT
 
Tppp5 02 - projeto de produtos, serviços e processos
Tppp5   02 - projeto de produtos, serviços e processosTppp5   02 - projeto de produtos, serviços e processos
Tppp5 02 - projeto de produtos, serviços e processosLuciana C. L. Silva
 
Aula 1.4 GestãO De Estoques
Aula 1.4 GestãO De EstoquesAula 1.4 GestãO De Estoques
Aula 1.4 GestãO De EstoquesVinícius Luiz
 
Aula 5 organogramas, fluxogramas e funcionagramas
Aula 5   organogramas, fluxogramas e funcionagramasAula 5   organogramas, fluxogramas e funcionagramas
Aula 5 organogramas, fluxogramas e funcionagramasProf. Leonardo Rocha
 
Gestão por Competência
Gestão por CompetênciaGestão por Competência
Gestão por Competênciaguest65dc90
 
Treinamento interno: Excelência no Atendimento
Treinamento interno: Excelência no AtendimentoTreinamento interno: Excelência no Atendimento
Treinamento interno: Excelência no AtendimentoSabrina Soares
 
Comunicação eficaz e excelência no atendimento
Comunicação eficaz e excelência no atendimentoComunicação eficaz e excelência no atendimento
Comunicação eficaz e excelência no atendimentoSidnei Miranda
 
Introdução à adminstração revisão para av 1
Introdução à adminstração revisão para av 1Introdução à adminstração revisão para av 1
Introdução à adminstração revisão para av 1Cariocabear
 

Mais procurados (20)

Aula 1 orçamento empresarial
Aula 1   orçamento empresarialAula 1   orçamento empresarial
Aula 1 orçamento empresarial
 
Palestra atendimento ao cliente - como satisfazer e encantar seu clientes
Palestra   atendimento ao cliente - como satisfazer e encantar seu clientesPalestra   atendimento ao cliente - como satisfazer e encantar seu clientes
Palestra atendimento ao cliente - como satisfazer e encantar seu clientes
 
Fundamentos de Marketing: Aula11 Valor, Satisfação e Fidelidade
Fundamentos de Marketing: Aula11 Valor, Satisfação e FidelidadeFundamentos de Marketing: Aula11 Valor, Satisfação e Fidelidade
Fundamentos de Marketing: Aula11 Valor, Satisfação e Fidelidade
 
Aula03 exercicio fluxograma casa
Aula03   exercicio fluxograma casaAula03   exercicio fluxograma casa
Aula03 exercicio fluxograma casa
 
Postura e imagem profissional sebrae 01-11-2011
Postura e imagem profissional   sebrae 01-11-2011Postura e imagem profissional   sebrae 01-11-2011
Postura e imagem profissional sebrae 01-11-2011
 
Exercício - Análise Curva ABC
Exercício - Análise Curva ABCExercício - Análise Curva ABC
Exercício - Análise Curva ABC
 
Aula 001 marketing conceitos
Aula 001   marketing conceitosAula 001   marketing conceitos
Aula 001 marketing conceitos
 
Cadeia de suprimentos
Cadeia de suprimentosCadeia de suprimentos
Cadeia de suprimentos
 
Atendimento ao cliente
Atendimento ao clienteAtendimento ao cliente
Atendimento ao cliente
 
Franquia
FranquiaFranquia
Franquia
 
Atendimento ao cliente
Atendimento ao cliente   Atendimento ao cliente
Atendimento ao cliente
 
Marketing Serviços
Marketing ServiçosMarketing Serviços
Marketing Serviços
 
Tppp5 02 - projeto de produtos, serviços e processos
Tppp5   02 - projeto de produtos, serviços e processosTppp5   02 - projeto de produtos, serviços e processos
Tppp5 02 - projeto de produtos, serviços e processos
 
Fluxogramas exercicio 2
Fluxogramas exercicio 2Fluxogramas exercicio 2
Fluxogramas exercicio 2
 
Aula 1.4 GestãO De Estoques
Aula 1.4 GestãO De EstoquesAula 1.4 GestãO De Estoques
Aula 1.4 GestãO De Estoques
 
Aula 5 organogramas, fluxogramas e funcionagramas
Aula 5   organogramas, fluxogramas e funcionagramasAula 5   organogramas, fluxogramas e funcionagramas
Aula 5 organogramas, fluxogramas e funcionagramas
 
Gestão por Competência
Gestão por CompetênciaGestão por Competência
Gestão por Competência
 
Treinamento interno: Excelência no Atendimento
Treinamento interno: Excelência no AtendimentoTreinamento interno: Excelência no Atendimento
Treinamento interno: Excelência no Atendimento
 
Comunicação eficaz e excelência no atendimento
Comunicação eficaz e excelência no atendimentoComunicação eficaz e excelência no atendimento
Comunicação eficaz e excelência no atendimento
 
Introdução à adminstração revisão para av 1
Introdução à adminstração revisão para av 1Introdução à adminstração revisão para av 1
Introdução à adminstração revisão para av 1
 

Destaque

Solução de gestão de filas espera - Skill
Solução de gestão de filas espera - SkillSolução de gestão de filas espera - Skill
Solução de gestão de filas espera - SkillNuno Silva
 
11. módulo 6 just in time (lean manufacturing)
11. módulo 6   just in time (lean manufacturing)11. módulo 6   just in time (lean manufacturing)
11. módulo 6 just in time (lean manufacturing)Eliana Celiven
 
88024376 nbr-15595-acesso-por-corda-metodo-de-aplicacao
88024376 nbr-15595-acesso-por-corda-metodo-de-aplicacao88024376 nbr-15595-acesso-por-corda-metodo-de-aplicacao
88024376 nbr-15595-acesso-por-corda-metodo-de-aplicacaoGilvam Silva DA Rocha
 
Just in time (jit)
Just in time (jit)Just in time (jit)
Just in time (jit)Robson Costa
 
Aula Gestão da Produção e Logística: Arranjo Físico
Aula Gestão da Produção e Logística: Arranjo FísicoAula Gestão da Produção e Logística: Arranjo Físico
Aula Gestão da Produção e Logística: Arranjo FísicoWilian Gatti Jr
 

Destaque (20)

Slides a meta
Slides a metaSlides a meta
Slides a meta
 
Medicao do Tempo e Filas de Espesa
Medicao do Tempo e Filas de EspesaMedicao do Tempo e Filas de Espesa
Medicao do Tempo e Filas de Espesa
 
Solução de gestão de filas espera - Skill
Solução de gestão de filas espera - SkillSolução de gestão de filas espera - Skill
Solução de gestão de filas espera - Skill
 
Filas de Espera
Filas de EsperaFilas de Espera
Filas de Espera
 
Grafos
GrafosGrafos
Grafos
 
Teoria das Filas
Teoria das FilasTeoria das Filas
Teoria das Filas
 
Teoria das Filas
Teoria das FilasTeoria das Filas
Teoria das Filas
 
11. módulo 6 just in time (lean manufacturing)
11. módulo 6   just in time (lean manufacturing)11. módulo 6   just in time (lean manufacturing)
11. módulo 6 just in time (lean manufacturing)
 
Takt time e pitch
Takt time e pitchTakt time e pitch
Takt time e pitch
 
Lean Manufacturing 4
Lean Manufacturing 4Lean Manufacturing 4
Lean Manufacturing 4
 
88024376 nbr-15595-acesso-por-corda-metodo-de-aplicacao
88024376 nbr-15595-acesso-por-corda-metodo-de-aplicacao88024376 nbr-15595-acesso-por-corda-metodo-de-aplicacao
88024376 nbr-15595-acesso-por-corda-metodo-de-aplicacao
 
Mizusumashi
MizusumashiMizusumashi
Mizusumashi
 
Lean Manufacturing 5
Lean Manufacturing 5Lean Manufacturing 5
Lean Manufacturing 5
 
Lean Manufacturing 6
Lean Manufacturing 6Lean Manufacturing 6
Lean Manufacturing 6
 
Lean Manufacturing 2
Lean Manufacturing 2Lean Manufacturing 2
Lean Manufacturing 2
 
Lean Manufacturing 1
Lean Manufacturing 1Lean Manufacturing 1
Lean Manufacturing 1
 
Lean Manufacturing 3
Lean Manufacturing 3Lean Manufacturing 3
Lean Manufacturing 3
 
Just in time (jit)
Just in time (jit)Just in time (jit)
Just in time (jit)
 
Aula Gestão da Produção e Logística: Arranjo Físico
Aula Gestão da Produção e Logística: Arranjo FísicoAula Gestão da Produção e Logística: Arranjo Físico
Aula Gestão da Produção e Logística: Arranjo Físico
 
Arranjos Físico
 Arranjos Físico Arranjos Físico
Arranjos Físico
 

Semelhante a Modelagem de Filas em Praça de Pedágio com Teoria de Filas

Pesquisa Operacional 2_Aula 1
Pesquisa Operacional 2_Aula 1Pesquisa Operacional 2_Aula 1
Pesquisa Operacional 2_Aula 1Joabe Amaral
 
2 teoria de filas quase pronto
2  teoria de filas quase pronto2  teoria de filas quase pronto
2 teoria de filas quase prontoMagda Alves
 
Avaliação de Intersecoes semaforizadas
Avaliação de Intersecoes semaforizadasAvaliação de Intersecoes semaforizadas
Avaliação de Intersecoes semaforizadasrdgbr
 
Teoria filas cajado
Teoria filas cajadoTeoria filas cajado
Teoria filas cajadoagnaldomr
 
Organização do movimento de comboios num corredor ferroviário (diagrama de ma...
Organização do movimento de comboios num corredor ferroviário (diagrama de ma...Organização do movimento de comboios num corredor ferroviário (diagrama de ma...
Organização do movimento de comboios num corredor ferroviário (diagrama de ma...Luis Neto
 
Transporte Público 3.pptx
Transporte  Público 3.pptxTransporte  Público 3.pptx
Transporte Público 3.pptxMariaNeide16
 
Modelo do Transporte Público na Área Metropolitana de Lisboa. Construção e re...
Modelo do Transporte Público na Área Metropolitana de Lisboa. Construção e re...Modelo do Transporte Público na Área Metropolitana de Lisboa. Construção e re...
Modelo do Transporte Público na Área Metropolitana de Lisboa. Construção e re...Guitts Isel
 
Capacidade de Terminais Urbanos de Ônibus
Capacidade de Terminais Urbanos de ÔnibusCapacidade de Terminais Urbanos de Ônibus
Capacidade de Terminais Urbanos de ÔnibusLucianaFerronatto
 
Níveis de serviço em vias
Níveis de serviço em viasNíveis de serviço em vias
Níveis de serviço em viasrdgbr
 
SCOOT, Sistema Inteligente de Transito
SCOOT, Sistema Inteligente de TransitoSCOOT, Sistema Inteligente de Transito
SCOOT, Sistema Inteligente de TransitoAnderson Carvalho
 
Fluxos em Rede e Associação
Fluxos em Rede e AssociaçãoFluxos em Rede e Associação
Fluxos em Rede e AssociaçãoIorgama Porcely
 
TCC - GELCINE E VINICIUS
TCC - GELCINE E VINICIUSTCC - GELCINE E VINICIUS
TCC - GELCINE E VINICIUSgelcine Angela
 

Semelhante a Modelagem de Filas em Praça de Pedágio com Teoria de Filas (20)

Pesquisa Operacional 2_Aula 1
Pesquisa Operacional 2_Aula 1Pesquisa Operacional 2_Aula 1
Pesquisa Operacional 2_Aula 1
 
DOC-20180628-WA0014.pptx
DOC-20180628-WA0014.pptxDOC-20180628-WA0014.pptx
DOC-20180628-WA0014.pptx
 
2 teoria de filas quase pronto
2  teoria de filas quase pronto2  teoria de filas quase pronto
2 teoria de filas quase pronto
 
06 filas
06 filas06 filas
06 filas
 
Avaliação de Intersecoes semaforizadas
Avaliação de Intersecoes semaforizadasAvaliação de Intersecoes semaforizadas
Avaliação de Intersecoes semaforizadas
 
Teoria filas cajado
Teoria filas cajadoTeoria filas cajado
Teoria filas cajado
 
Aula 4 - Operação de Frotas
Aula 4 - Operação de FrotasAula 4 - Operação de Frotas
Aula 4 - Operação de Frotas
 
Case Raízen 1
Case Raízen 1Case Raízen 1
Case Raízen 1
 
Organização do movimento de comboios num corredor ferroviário (diagrama de ma...
Organização do movimento de comboios num corredor ferroviário (diagrama de ma...Organização do movimento de comboios num corredor ferroviário (diagrama de ma...
Organização do movimento de comboios num corredor ferroviário (diagrama de ma...
 
Transporte Público 3.pptx
Transporte  Público 3.pptxTransporte  Público 3.pptx
Transporte Público 3.pptx
 
Modelo do Transporte Público na Área Metropolitana de Lisboa. Construção e re...
Modelo do Transporte Público na Área Metropolitana de Lisboa. Construção e re...Modelo do Transporte Público na Área Metropolitana de Lisboa. Construção e re...
Modelo do Transporte Público na Área Metropolitana de Lisboa. Construção e re...
 
6-teoria-de-filas-ppt.ppt
6-teoria-de-filas-ppt.ppt6-teoria-de-filas-ppt.ppt
6-teoria-de-filas-ppt.ppt
 
Atividade 1 estatística aplicada ao data sciense
Atividade 1 estatística aplicada ao data scienseAtividade 1 estatística aplicada ao data sciense
Atividade 1 estatística aplicada ao data sciense
 
Capacidade de Terminais Urbanos de Ônibus
Capacidade de Terminais Urbanos de ÔnibusCapacidade de Terminais Urbanos de Ônibus
Capacidade de Terminais Urbanos de Ônibus
 
Níveis de serviço em vias
Níveis de serviço em viasNíveis de serviço em vias
Níveis de serviço em vias
 
SCOOT, Sistema Inteligente de Transito
SCOOT, Sistema Inteligente de TransitoSCOOT, Sistema Inteligente de Transito
SCOOT, Sistema Inteligente de Transito
 
Fluxos em Rede e Associação
Fluxos em Rede e AssociaçãoFluxos em Rede e Associação
Fluxos em Rede e Associação
 
Ensinando Redes ATM em Laboratório
Ensinando Redes ATM em LaboratórioEnsinando Redes ATM em Laboratório
Ensinando Redes ATM em Laboratório
 
TCC - GELCINE E VINICIUS
TCC - GELCINE E VINICIUSTCC - GELCINE E VINICIUS
TCC - GELCINE E VINICIUS
 
Exec predial-guia-3
Exec predial-guia-3Exec predial-guia-3
Exec predial-guia-3
 

Modelagem de Filas em Praça de Pedágio com Teoria de Filas

  • 1. Modelagem de uma Praça de Pedágio usando Teoria das Filas Disciplina: Análise do Fluxo de Tráfego Professor: Paulo César Marques da Silva Aluno: Luiz Fernando Castilho
  • 2. Teoria das Filas - Introdução É uma modelagem dos sistemas em que as entidades que chegam aleatoriamente e necessitam de períodos diversos de tempo para serem atendidas, possam esperar em fila até serem servidas. Os modelos desse tipo trabalham com padrões típicos de chegada e atendimento, e por meio de fórmulas analíticas, medem características intrínsecas às filas de espera, tais como: comprimento, tempo de espera entre outros.
  • 3.
  • 4. Teoria das Filas - Definição A Teoria das Filas analisa o fenômeno de formação de filas e suas características, com a finalidade de prever o seu comportamento de modo a permitir o dimensionamento adequado de instalações, equipamentos e sua infra-estrutura.
  • 5.
  • 6.
  • 7.
  • 8.
  • 9.
  • 10. 5. Capacidade de armazenamento do sistema Em alguns processos de filas existem restrições físicas na quantidade de espaço de espera. Referem-se a situações finitas de fila, nas quais existe um limite para seu comprimento máximo, que reflete a capacidade máxima de armazenamento de clientes pelo sistema. Teoria das Filas – Características
  • 11.
  • 12.
  • 13.
  • 14. Teoria das Filas – Modelo Simplificações do Modelo: 3. O tráfego é uniforme nas saídas das cabines de pedágio; 4. Os condutores sobre atraso enquanto esperam nas faixas de aproximação das cabines de pedágio para atendimento; Será assumido que a saída das cabines de pedágio não contribuem para o atraso de forma que pudesse alterar o valor das variáveis consideradas no modelos Se há uma fila na cabine de pedágio escolhida pelo condutor, este deverá aguardar que os condutores à sua frente sejam atendidos até que chegue a sua vez (FIFO).
  • 15. Teoria das Filas – Modelo Simplificações do Modelo: 5. Os condutores sofrem atraso na coleta do pedágio, e este atraso é distribuído exponencialmente; Todas as cabines são idênticas, e a média de tempo no atendimento das cabines é a mesma com o fluxo máximo de veículos com cabines entre 350 e 500 veículos por hora em cabines padrão (dinheiro ou automática). Assim como o fluxo de tráfego na rodovia, esta taxa pode ser considerada constante, seguindo também uma distribuição exponencial. As cabines de pedágio expressas, nas quais os condutores não precisam parar, não são relevantes para o modelo por não permitirem a formação de fila.
  • 16. Teoria das Filas – Modelo Segundo nossas hipóteses, o atraso no tráfego em uma praça de pedágio é causado pela coleta realizada nas cabines de pedágio e pela corrente de tráfego que se funde na saída da praça de pedágio. Dessa forma, o problema será dividido em duas partes: o atraso nas cabines de pedágio e o atraso nos pontos de fusão na saída da praça de pedágio. Assim, numa cabine de pedágio, os condutores esperam pelo atendimento de coleta de pedágio enquanto que em pontos de fusão o condutor encara a possibilidade de ter que parar e aguardar uma chance para entrar na faixa fundida.
  • 17. Teoria das Filas – Modelo Praça de Pedágio De acordo com nossas simplificações, as correntes de tráfego que adentram a praça de pedágio serão uniformemente distribuídas em todas as cabines de pedágio, e cada cabine de pedágio receberá uma corrente de tráfego na qual o tempo entre-chegadas segue uma distribuição exponencial. Além disso, o tempo de serviço nas cabines também segue uma distribuição exponencial.
  • 18. Teoria das Filas – Modelo Praça de Pedágio Assim, poderemos analisar cada cabine de pedágio de forma independente, seguindo o modelo de fila M/M/1, onde: First in, First out FIFO Disciplina da Fila (Z) 1,2,...,œ Capacidade do Sistema (Y) 1,2,...,œ Número de Canais de Serviço (X) Distribuição Geral G Distribuição Exponencial M Padrão de Serviço (B) Distribuição Exponencial M Padrão de Chegada (A) Descrição Símbolo Característica
  • 19. Teoria das Filas – Modelo Pontos de Fusão O atraso total causado por processos de fusão é de difícil análise. Primeiramente, consideraremos um processo de fusão simples onde veículos em duas faixas distintas se fundem em uma única faixa, chamado do Ponto de Fusão 2-em-1. Quando um condutor se aproxima de um ponto de fusão, o atraso dependerá da existência de outro veículo trafegando na outra faixa. De forma a simplificar o problema, trataremos as duas faixas como uma fila onde o motorista deverá parar sempre que houver outro veículo na fila. Definiremos então como tempo de serviço de um veículo como o tempo gasto para o mesmo sair da área de fusão de faixas de rolamento. Assim, a taxa de serviço será igual a μ b quando mais de um veículo está presente no sistema, e μ 0 quando o sistema possui apenas um veículo, onde μ 0 e μ b são constantes.
  • 20. Teoria das Filas – Modelo Processo de Fusão Total Se existem T cabines de pedágio e que após a coleta de pedágio a corrente de tráfego é fundida em N faixas de rolamento, o número total de pontos de fusão será dado por T – N. Contudo, as taxas de chegada nas cabines de pedágio e nos pontos de fusão são diferentes. Se um ponto de fusão receber uma corrente de tráfego de k cabines de pedágio, com um fluxo de tráfego total de Φ, sua taxa de chegada será dado por: O valor de k depende diretamente do layout da saída da praça de pedágio. Por exemplo, em uma praça com fusão lateral com T cabines de pedágio, o primeiro ponto de fusão recebe a corrente de tráfego de duas cabines de pedágio, e o segundo ponto de fusão recebe a corrente de tráfego de três cabines de pedágio.
  • 21. Teoria das Filas – Modelo Processo de Fusão Total O tempo médio total gasto corresponde ao somatório de todo o tempo médio gasto em cada ponto de fusão e a probabilidade de um condutor alcançar um determinado ponto de fusão é dado por k/T. A tabela abaixo mostra a taxa de chegada e a probabilidade em cada ponto de fusão. (T-N+1)/T ... 4/T 3/T 2/T Probabilidade (T-N+1) Φ /T ... 4 Φ /T 3 Φ /T 2 Φ /T Taxa de chegada (T-N) ... 3 2 1 Ponto de Fusão
  • 22.
  • 23.
  • 24. Teoria das Filas – Modelo Tempo gasto – Cabine de Pedágio A partir das definições dadas anteriormente a taxa de chegada de cada cabine de pedágio é Φ/T. Considerando a taxa de chegada e a taxa de serviço de uma cabine de pedágio, o tempo médio de serviço de cada cabine de pedágio é dado por:
  • 25. Teoria das Filas – Modelo Tempo gasto – Ponto de Fusão Um ponto de fusão é modelado como um Sistema Markoviano. O estado μ 0 representa a possibilidade de não ocorrer nenhum conflito no ponto de fusão. A taxa de chegada é dada por λ. Será calculado o tempo médio gasto t diff ( λ) após o cálculo do tempo médio de espera no sistema t sys (λ). Sabendo que P n é a probabilidade de haver n condutores no sistema.
  • 26. Teoria das Filas – Modelo Tempo gasto – Ponto de Fusão Assim, chegaremos no sistema: Resolvendo a equação, obtemos:
  • 27. Teoria das Filas – Modelo Tempo gasto – Ponto de Fusão Com as probabilidades calculadas, podemos calcular o número de condutores esperados no sistema De acordo com o Teorema de Little, o tempo médio de espera no sistema t sys ( λ) é igual ao número de motoristas esperados no sistema L(λ) dividido pela taxa de chegada λ.
  • 28. Teoria das Filas – Modelo Tempo gasto – Ponto de Fusão O tempo médio gasto por um condutor em um ponto de fusão é a diferença entre o tempo médio de espera no sistema t sys ( λ) e o tempo gasto quando não há conflito em um ponto de fusão (1/μ 0 ). Assim: Assim, o tempo total gasto nos pontos de fusão é:
  • 29. Teoria das Filas – Modelo Tempo gasto – Cabine de Pedágio + Ponto de Fusão Finalmente, o tempo médio gasto por um condutor em toda a praça de pedágio será dado pela some entre w a e w b .
  • 30. Teoria das Filas – Modelo O valor mínimo referente ao tempo total médio é de 31,6 segundo, o que ocorre quando T=7, ou seja, 7 cabines de pedágio é o valor ótimo para esta configuração da praça de pedágio.
  • 31. Teoria das Filas – Modelo Obrigado.