Este conjunto de posters apresenta os desenvolvimentos iniciais da modelação em ArcGIS da rede de transportes públicos (TP) da Área Metropolitana de Lisboa, construída de raiz no âmbito de trabalhos académicos desenvolvidos por alunos do ISEL. A presente versão do modelo é composta por toda a malha ferroviária urbana, pelas várias linhas de Metro, por 18 linhas da Carris e pelas ligações fluviais no Rio Tejo. Adicionalmente foi usada uma rede rodoviária (ainda incompleta) como substituta da rede pedonal na ligação dos eixos de transportes públicos aos usos de solos.
O primeiro objetivo foi o de testar procedimentos e metodologias para o desenvolvimento de modelos de TP em SIG com elevado grau de detalhes na descrição dos percursos nos acessos locais e no próprio TP, na simulação da intermodalidade e da ligação do TP ao modo pedonal. O segundo objetivo prende-se com a criação de rotinas de análise em ArcGIS que permitam extrair indicadores de acessibilidade demográfica e económica para os modelos de TP. A possibilidade da realização de análises de tempos de viagem nas diversas opções modais consoante as necessidades dos utilizadores permite observar quais os percursos mais rápidos, os mais curtos e os percursos com menor número de transbordos, entre outros aspetos relacionados com a caracterização da oferta.
Para a criação do modelo utilizou-se a plataforma ArcGIS Desktop 10.2 da ESRI devido à sua versatilidade e por ser uma ferramenta que permite abordar o planeamento e a gestão do território em níveis adequados aos objetivos propostos, sendo um instrumento adequado para responder às questões propostas, ensaiar soluções e avaliá-las.
O modelo na sua fase atual incorpora a Linha de Cascais, Linha de Sintra-Azambuja, Linha do Sado e Linha do Oeste da CP, a Linha Norte/Sul da Fertagus, as linhas do Metro de Lisboa e do Metro Transportes do Sul, os Barcos da Transtejo/Soflusa e ainda parcialmente as carreiras rodoviárias e uma linha de elétrico da Carris. Os resultados apresentados no segundo poster são focados numa área onde ocorre o encontro de vários modos de transporte e existe uma boa cobertura da rede pedonal, para que sejam consideradas as mais variadas opções dos utentes. Por fim, descreve-se como com a utilização deste modelo será possível caracterizar melhor as funcionalidades intermodais oferecidas pela rede de transportes públicos da AML, permitindo quantificar diversos tipos de indicadores para o suporte dessa análise.
Os desenvolvimentos futuros preconizados para este projeto correspondem por um lado à ampliação da oferta modelada: conclusão da rede da Carris, inclusão de carreiras rodoviárias de outros operadores, nomeadamente daqueles que fazem rebatimento no transporte ferroviário e potenciam a intermodalidade. Por outro lado serão investigadas e desenvolvidas novas características do modelo, nomeadamente a inclusão de horários de serviço e a importação/ex
Plano de Ciclovias da CET - Jardim Helena a Guaianases
Modelo do Transporte Público na Área Metropolitana de Lisboa. Construção e resultados preliminares.
1. Neste poster, que designámos por “Parte 1: Construção da Rede Multimodal” apresentamos alguns detalhes da construção em ArcGIS do
Modelo de Transporte Público da Área Metropolitana de Lisboa, criado de raiz no âmbito dos trabalhos académicos desenvolvidos por
alunos do perfil de Vias de Comunicação e Transportes do Mestrado em Engenharia Civil do ISEL. Paralelamente é também apresentado
o poster “Parte 2: Análise de Resultados Preliminares” no qual são ilustradas as primeiras análises e apresentados os primeiros
resultados obtidos nesta primeira fase de operacionalização do modelo. Apesar de o modelo estar ainda incompleto, a sua estrutura
base e procedimentos de construção e operacionalização foram definidos, testados e validados. A rede atual de transporte público
incluída no modelo compreende a malha ferroviária urbana, as ligações fluviais no Rio Tejo, as várias linhas de Metro, 17 carreiras
rodoviárias da Carris e ainda três linhas de elétrico. O modelo, na sua fase inicial incorpora:
Linhas de Comboio
±
0 90 18045
km
0 2,5 51,25
km
0 1 20,5
km
0 1 20,5
km
0 5 102,5
km
Palmela
Sintra
Mafra
Montijo
Loures
Setúbal
Sesimbra
Vila Franca de Xira
Seixal
Alcochete
Lisboa
Cascais
MoitaAlmada
Montijo
Oeiras
Barreiro
Odivelas
Amadora
±
A primeira fase da construção do modelo de Transportes Públicos está praticamente terminada. Concluiu-se um período de desenvolvimento intenso, não só para chegar a
uma estrutura adequada de representação que permitisse a inclusão de todos os sistemas de transporte (incluindo o rodoviário, não apresentado aqui), como para
construir detalhadamente cerca de 1.700 km de rede, incluindo mais de 1.500 paragens, 950 pontos de paragem de linhas e 330 pontos de paragem de rede.
Decorrem as primeiras análises preliminares (ver poster da 2ª Parte) em simultâneo com procedimentos de calibração fina e validação. De seguida proceder-se-á às
primeiras análises de avaliação de acessibilidade, incluindo modelos de distribuição de população, riqueza (PIB) e empregos. Será também efetuada a ligação ao módulo
rodoviário já desenvolvido.
Em termos futuros, como não podia deixar de ser, pretende-se terminar a inclusão no modelo de toda a oferta de transporte público rodoviário, o que não será uma tarefa
fácil, devido às inúmeras carreiras rodoviárias existentes na AML. Será dada prioridade à inclusão de carreiras que sirvam, ou liguem, aos modos estruturantes, como o
comboio. Paralelamente serão também investigados os mecanismos para o desenvolvimento de uma estrutura GTFS que permita a exportação e importação destes dados e
a criação de capacidades de planeamento operacional no modelo.
Introdução
- Linha de Cascais
- Linha de Sintra/Azambuja
- Linha do Sado
- Linha do Oeste
- Linha da Fertagus
- Barcos da Transtejo/Soflusa
- Metro de Lisboa
- Metro Transportes do Sul
- 17 carreiras rodoviárias da Carris
- 3 linhas de elétrico da Carris
Adicionalmente foi utilizada uma rede rodoviária detalhada, também criada no ISEL, como base para a execução dos eixos de transporte
público que partilham a via pública e que após algumas adaptações funciona também como rede pedonal.
O modelo apresenta características multimodais e intermodais, permitindo a conexão total entre todos os modos e operadores
presentes. As características multimodais são evidenciadas pela ‘competição’ entre modos, permitindo identificar a performance destes
nas várias ligações O/D (em função da impedância escolhida: tempo de viagem, custo, etc.) e as características intermodais são
demonstradas pela capacidade de construção do caminho ótimo de viagem com recurso sequencial a vários modos/operadores e ao
modo pedonal.
Algumas características
O percurso de todas as linhas e carreiras foi
individualizado (não existem sobreposições) e separado
em troços autónomos entre todas as paragens ou
estações. Todos os pontos de paragem foram ligados à
rede pedonal e às outras redes de proximidades, numa
hierarquia de conexão com três níveis, seguindo os
princípios das normas europeias Transmodel. Atualmente
o modelo funciona com duas impedâncias: a distância
percorrida e o tempo de viagem baseado na frequência
média dos vários serviços. O modelo de impedâncias
poderá ser sofisticado no futuro através da associação de
horários de exploração, o que não ocorre na versão atual.
Uma das vantagens de um modelo do sistema de
transportes públicos construído em ArcGIS é o potencial
que este reserva para a execução de análises de
acessibilidade e construção de indicadores de
performance que permitem avaliar a qualidade da oferta
e a conformidade desta com a procura e a sua adequada
localização geográfica. Através da utilização de técnicas
de geoprocessamento é fácil quantificar os níveis de
acessibilidade por Transporte Público das populações ao
território, mas também os níveis de serviço no acesso,
por exemplo, ao comércio, aos serviços e escritórios.
Conclusões e Perspetivas Futuras
±
0 8,5 174,25
km
Legenda
< 25 hab./km2
25 < hab./km2 < 150
150 < hab./km2 < 500
500 < hab./km2 < 1.000
1.000 < hab./km2 < 5.000
> 5.000 hab./km2
Modelo Demográfico da AML
População 2011
3D
±
±
0 1 20,5
km
Autores:
Diana Figueiredo
Botelho
João Pedro
Gamboa
Patrícia Lourenço
Costa
Paulo Matos Martins
paulo.martins@dec.isel.pt
Parte 1: Construção da Rede Multimodal
Modelo de Transporte Público na AML
±
±
Agradecimento: os autores agradecem à empresa Carris/Metro a cedência de dados relativos à localização das paragens das carreiras de autocarros e elétricos na cidade de
Lisboa, evitando à equipa de projeto o trabalho de campo da georreferenciação dessas mesmas paragens.
2. !2
!1
!2!2
!1
±
ISEL - FCT-UNL
Baixa-ChiadoAlgés
± ±
±
±±
±±
±±±
±
0 1 20,5
km
0 150 30075
m
0 150 30075
m
0 200 400100
m
0 2 41
km
0 2 41
km
0 25 5012,5
m
0 150 30075
m
0 50 10025
m
0 10 205
m
0 50 10025
m
0 1,5 30,75
km
Tempo de Viagem: 1h03min
Distância: 18.911m
Cascais Marquês de Pombal Cais do Sodré
Pragal Olaias/Chelas
Linha de Cascais
Fertagus
Metro Lisboa - Linha Azul Roma - Areeiro
!1
!2
Tempo de Viagem: 1h11min
Distância: 28.611m
0 1,5 30,75
km
±
Cascais - Marquês de Pombal
Neste poster, que designámos por “Parte 2: Análise de Resultados Preliminares” apresentam-se algumas das análises iniciais efetuadas com o Modelo de Transporte Público da Área Metropolitana de Lisboa, criado de raiz no âmbito dos
trabalhos académicos desenvolvidos por alunos do perfil de Vias de Comunicação e Transportes do Mestrado em Engenharia Civil do ISEL. Paralelamente foi também exposto o poster “Parte 1: Construção da Rede Multimodal” no qual são
apresentados os detalhes da construção do modelo em si, que compreende a malha ferroviária urbana (CP e Fertagus), as ligações fluviais no Rio Tejo (Transtejo/Soflusa), as 4 linhas do Metro de Lisboa e as 3 do Metro Transportes do Sul, 17
carreiras rodoviárias da Carris e ainda três linhas de elétrico.
Foram efetuados dois tipos de análise preliminar. As análises de Routes (cálculo de caminho mínimo entre dois pontos), com impedância de tempo de viagem e as análises do tipo Service Area, as quais permitem calcular isolinhas de
impedância, neste caso isócronas.Os resultados preliminares visam detetar erros, validar o modelo e calibrar os parâmetros do mesmo.
O objetivo principal do modelo na sua configuração atual é o do apoio ao planeamento estratégico dos sistemas de transportes na AML, devendo ser ligado futuramente ao modelo rodoviário SIG também já existente. No entanto, poderá ser
aplicado noutro tipo de problemas, como problemas de localização, ou de geomarketing. Futuramente poderá vir a ser transformado num modelo de apoio ao planeamento operacional e à gestão de informação sobre oferta de TP, mas para
tal deverá passar a possuir uma componente de gestão de horários, por exemplo, via importação GFTS.
O modelo desenvolvido nesta primeira fase já
se encontra em período de testes operacionais,
os quais já permitiram obter excelentes
resultados preliminares, o que é bastante
encorajador. As tarefas de validação e
calibração fina irão prosseguir.
Num futuro próximo serão desenvolvidos
análises padronizadas que permitam extrair
indicadores de acessibilidade e mobilidade em
TP. Para tal será criada a ligação ao modelo de
transporte rodoviário na AML, ao modelo
demográfico e a outros indicadores sociais e
económicos disponíveis para a AML.
Conclusões e
Perspetivas Futuras
Parte 2: Análise de Resultados Preliminares
Modelo de Transporte Público na AML
Autores:
Diana Figueiredo
Botelho
João Pedro
Gamboa
Patrícia Lourenço
Costa
Paulo Matos Martins
paulo.martins@dec.isel.pt