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Geometria Anal´
                                             ıtica - Profa. Cec´ Chirenti
                                                               ılia

                                  Lista 4 - Produto Vetorial e Produto Misto
                                                  Resolu¸˜o
                                                        ca


Nos exerc´
         ıcios a seguir, quando n˜o houver men¸˜o sobre bases, deve-se entender que as coordenadas
                                 a            ca
dos vetores est˜o sendo dadas em rela¸˜o a uma base B = (i, j, k), ortonormal e positiva.
               a                     ca

1 – Sendo w = (u+2v)×(u+v), determine o ˆngulo dos vetores u e v, sabendo que |u| = |v| = |w| = 2
                                        a
e u • v < 0.

Aplicando as propriedades do produto vetorial,

                                     w = u × u + u × v + 2v × u + 2v × v

mas, u × u = 2v × v = 0, ent˜o
                            a

                        w = u × v + 2(v × u) ⇒ w = u × v − 2(u × v) = −(u × v).

                                                                                            1
                    |w| = | − u × v| = |u × v| = |u||v| sin θ ⇒ 2 = 2 · 2 sin θ ⇒ sin θ =
                                                                                            2
                                                                    π
Temos como condi¸˜o u • v < 0, i.e., cos θ < 0 que implica em
                ca                                                  2   < θ < π. Assim,

                                                           1   5π
                                              θ = arcsin     =
                                                           2    6



2 – Dados u = (1, 2, −1) e v = (1, 3, −2), determine um vetor a, ortogonal a u e v, de m´dulo 3, que
                                                                                        o
forma com k um ˆngulo obtuso.
               a

              ıcio: a⊥u ; a⊥v ; |a| = 3 ; a • k < 0
Dados do exerc´

O vetor a ´ simultaneamente ortogonal a u e v, ent˜o a = λ(u × v).
          e                                       a

                     i j k
               a = λ 1 2 −1 = λ(−4i − j + 3k − 2k + 2j + 3i) = λ(−1, 1, 1) = (−λ, λ, λ)
                     1 3 −2
                                                                              √
                      |a| = 3 =     (−λ)2 + λ2 + λ2 ⇒ 3λ2 = 9 ⇒ λ2 = 3 ⇒ λ = ± 3

         √                  √ √ √                 √ √ √                  √
Se λ =       3, ent˜o a = (− 3, 3, 3) e a • k = (− 3, 3, 3) • (0, 0, 1) = 3 > 0.
                   a
        √              √    √    √              √    √    √                  √
Se λ = − 3, ent˜o a = ( 3, − 3, − 3) e a • k = ( 3, − 3, − 3) • (0, 0, 1) = − 3 < 0. Logo,
               a
                                         √     √    √
                                   a = ( 3, − 3, − 3).



3 – Sendo u = (−1, 1, m), v = (7, 5, 1) e w = (a, b, c), pede-se:

   (a) O valor de m para que a equa¸˜o v = u × w possa ter solu¸˜o;
                                   ca                          ca

                  i  j k
         u × w = −1 −1 m = −ci + amj − bk + ak + cj − bmi = (−mb − c, ma + c, a − b)
                 a   b c


                                                       1
v = u × w ⇒ (7, 5, 1) = (−mb − c, ma + c, a − b)

                                              
                                              −mb − c = 7
                                              
                                               ma + c = 5
                                              
                                               a−b=1
                                              

                     0 m −1
             det G = m 0  1 = 0, onde G ´ a matriz dos coeficientes do sistema.
                                        e
                     1 −1 c
Para que o sistema possua solu¸˜o (n˜o unica), devemos ter det A = det B = det C = 0.
                              ca    a ´

                                        7 −m 1
                                det A = 5 0 1 = 12 − m = 0 ⇒ m = 12
                                        1 −1 0

O mesmo resultado ser´ obtido em det B e det C.
                     a

    (b) para o valor de m encontrado em (a), resolva a equa¸˜o v = u × w, sabendo que |w| = 14 e
                                                           ca
u • w < 0.

Temos o sistema                          
                                         −12b − c = 7
                                         
                                          12a + c = 5
                                         
                                          a−b=1⇒b=a−1
                                         

Impondo que a = γ, temos b = γ − 1 e c = 5 − 12γ. Logo, w = (γ, γ − 1, 5 − 12γ).
                    √
            |w| =       14 =    γ 2 + (γ − 1)2 + (5 − 12γ)2 ⇒ γ 2 + (γ − 1)2 + (5 − 12γ)2 = 14
                                                                                              √
                                                                                           61+ 1969
                                                                                    γ1 =
     γ 2 + γ 2 − 2γ + 1 + 25 − 120γ + 144γ 2 = 14 ⇒ 146γ 2 − 122γ + 12 = 0 ⇒                  146
                                                                                              √
                                                                                           61− 1969
                                                                                    γ2 =      146
                            √         √          √
                         61+ 1969 −85+ 1969 −2−12 1969
Para γ1 temos v1 =          146  ,   146   ,   146         .
                            √         √          √
                         61− 1969 −85− 1969 −2+12 1969
Para γ2 temos v2 =          146  ,   146   ,   146         .

Mas, devemos ter u • w < 0, i. e., (−1, −1, 12) • (a, b, c) < 0 ⇒ −a − b + 12c < 0 ⇒ a + b > 12c.
                          √                        √
Em v1 temos a + b = −24+2 1969 e 12c = −24−144 1969 . Logo, a + b > 12c.
                        146                     146
                                √                    √
Em v2 temos a + b = −24−2 1969 e 12c = −24+144 1969 . Logo, n˜o ´ verdade que a + b > 12c.
                         146                 146             a e
Ent˜o, o vetor que safisfaz ` equa¸˜o v = u × w e as demais condi¸˜es ´ v1 .
   a                       a     ca                             co e
                                      −
                                      −→             −→
4 – S˜o dados: |x| = 3, |y| = 4, x⊥y, AB = 3x − 4y e AC = x + 5y. Calcule a ´rea do triˆngulo
     a                                                                      a          a
ABC e a distˆncia de B at´ a reta AC.
            a            e

Pelas propriedades de produto vetorial temos
          −
          −→ −  →
          AB × AC = (3x − 4y) × (x + 5y) = (3x × x) + (3x × 5y) − (4y × x) − (4y × 5y)

                         = 15(x × y) − 4(y × x) = 15(x × y) + 4(x × y) = 19(x × y)
                                           (3x × x) = (4y × 5y) = 0
Calculando o m´dulo do vetor,
              o
          −
          −→ −  →
         |AB × AC| = 19|x × y| = 19|x||y| sin α = 19|x||y|             x⊥y ⇒ sin α = sin 90◦ = 1
                                         −
                                         −→ −  →
                                        |AB × AC| = 19 · 4 · 4 = 228

                                                      2
Ent˜o,
   a
                                                    −
                                                    −→ −  →
                                                   |AB × AC|   228
                                       A∆ =                  =     = 114
                                                       2        2


A distˆncia de B a reta AC ´ a altura relativa ao lado AC do triˆngulo. Ent˜o, sendo AC a base e h
      a                    e                                    a          a
a altura                             −→
                                    |AC|h          114 · 2        228
                             A∆ =          ⇒h= −      → ⇒h= −      →
                                       2            |AC|         |AC|
                  −→                                       √
Como x⊥y ent˜o |AC| = |x|2 + |5y|2 = 32 + (5 · 4)2 = 409.
               a
                                                         √
                                             228     228 409
                                       h= √       =
                                              409      409


                                                1
                                               √ (1, −1, 1); (0, a, b); K
5 – Determine a, b e K para que C =              3
                                                                                    seja uma base ortonormal positiva.

                   1   1
                  √ , −√ , √1
Fa¸amos a :=
  c                 3   3    3
                                  e b := (0, a, b).

Os vetores a e b devem formar 90◦ , ent˜o a • b = 0.
                                       a
                                         1    1
                          a • b = 0 ⇒ − √ a + √ b = 0 ⇒ −a + b = 0 ⇒ a = b
                                          3    3

Os vetores da base ortonormal devem possuir m´dulo unit´rio. Ent˜o
                                             o         a        a

                                   |b| = 1 ⇒        a2 + b2 = 1 ⇒ a2 + b2 = 1

Mas, a = b
                                                                            1       1
                            a2 + a2 = 1 ⇒ 2a2 = 1 ⇒ a2 =                      ⇒a=b= √
                                                                            2         2
O resultado negativo foi ignorado arbitrariamente.
                     1    1
Temos ent˜o b = 0, √2 , √2 .
          a

O versor K deve ser simultaneamente ortogonal a a e b. Ent˜o, K = λa × b.
                                                          a

                                          i        j         k                  √ √
                                                                                √
                                          1          1       1             6     6 6
                            a×b=λ        √
                                           3
                                                  − √3       √
                                                               3     =λ −    ,−   ,
                                                   1         1            3     3 3
                                          0        √
                                                    2
                                                             √
                                                               2


                        √         √         √
                         6 2        6 2       6 2          6                          1
      |K| = 1 ⇒      (−   λ) + (−    λ) + (    λ) = 1 ⇒ 3 · λ2 = 1 ⇒ 2λ2 = 1 ⇒ λ = ± √
                        3          3        3              9                           2
                              √     √ √
         1                      3     3   3
Se λ =   √
           2
               temos K1 = −    3 ,− 3 , 3      .
                              √ √       √
         1                      3   3     3
Se λ = − √2 temos K2 =         3 , 3 ,− 3      .

A base ´ positiva se [a, b, K] > 0.
       e
                                                     1           1         1
                                                    √
                                                      3
                                                              − √3        √
                                                                            3
                                                                                   √
                                                                 1         1      2 2
                                  [a, b, K1 ] =      0           √
                                                                   2
                                                                          √     =     >0
                                                       √          √       √2       3
                                                         3            3     3
                                                   −    3     −      3     3
                                                                                                      √
Como, K1 = −K2 , por propriedade de determinantes concluimos que [a, b, K2 ] = − 2 3 2 < 0.


                                                                 3
√   √ √
                    1
                    √ (1, −1, 1),        1   1         3    3   3
Portanto, C =        3
                                     0, √2 , √2 , −   3 ,− 3 , 3     ´ uma base ortonormal e positiva.
                                                                     e

6 – B = (u, v, w) ´ uma base ortonormal positiva.
                  e

   (a) Determine u sabendo que ele ´ paralelo ao vetor (2, −1, 2).
                                   e

Temos que u (2, −1, 2), ent˜o u = λ(2, −1, 2) = (2λ, −λ, 2λ).
                           a
                                                                                              1     1
    |u| = 1 ⇒       (2λ)2 + (−λ)2 + (2λ)2 = 1 ⇒ 4λ2 + λ2 + 4λ2 = 1 ⇒ 9λ2 = 1 ⇒ λ2 =             ⇒λ=
                                                                                              9     3
                                                                           1
O valor negativo da equa¸˜o acima foi arbitrariamente ignorado. Ent˜o, u = 3 (2, −1, 2).
                        ca                                         a

   (b) Determine v sabendo que ´ da forma (x, y, 0).
                               e

u ⊥ v ⇒ u • v = 0.
                                         1
                              u • v = 0 ⇒ (2x − y) = 0 ⇒ 2x − y = 0 ⇒ y = 2x
                                         3
                                                                                         1
            |v| = 1 ⇒      x2 + y 2 = 1 ⇒ x2 + (2x)2 = 1 ⇒ x2 + 4x2 = 1 ⇒ 5x2 = 1 ⇒ x = √
                                                                                          5
             2           1
Logo, y =   √
              5
                  ev=   √ (1, 2, 0).
                          5

   (c) Determine w.

O vetor w deve ser simultaneamente ortogonal a u e v, ent˜o w = α1 (u × v).
                                                         a

                           i j k
                     1 1                                                              1 1
                  w=  √ α1 2 −1 2 = α(−4, 2, 5) = (−4α, 2α, 5α)                  α=    √ α1 .
                     3 5                                                              3 5
                           1 2 0

                                                                                   1    1
|w| = 1 ⇒     (−4α)2 + (2α)2 + (5α)2 = 1 ⇒ 16α2 +4α2 +25α2 = 1 ⇒ 45α2 = 1 ⇒ α = ± √ = ± √
                                                                                   45  3 5
          1              1
Se α =    √ ent˜o w1 = √ (−4, 2, 5).
         3 5
                a       3 5
            1              1
Se α =   − 3√5 ent˜o w2 = 3√5 (4, −2, −5).
                  a

                                              2 −1 2
                                    1 1    1                        1 1    1
                    [u, v, w1 ] =     ·√ · √ 1 2   0 =                ·√ · √     (−45) < 0.
                                    3   5 3 5 4 −2 −5               3   5 3 5

                               1   1    1
Como w1 = −w2 , [u, v, w2 ] = 3 · √5 · 3√5 (45) > 0.
Portanto, B = (u, v, w2 ) ´ uma base ortonormal positiva.
                          e

7 – Dados os vetores u = (2, 2, 4) e v = (1, 1, 0) determine uma base ortonormal positiva tal que seu
primeiro vetor seja paralelo a u e seu segundo vetor seja uma combina¸˜o linear de u e v. Determine,
                                                                      ca
na base achada, as coordenadas de x = (1, 0, 0).

Queremos determinar os vetores da base B = (a, b, c).
Sabemos que a u ent˜o a = λu. Logo, a = λ(2, 2, 4) ⇒ a = (2λ, 2λ, 4λ).
                    a
                                                                                  1   1
          |a| = 1 ⇒       (2λ)2 + (2λ)2 + (4λ)2 = 1 ⇒ 4λ2 + 4λ2 + 16λ2 = 1 ⇒ λ = √ = √
                                                                                  24 2 6
              1
Entao, a =    √ (2, 2, 4).
             2 6

O vetor b ´ dado por b = αu + βv. Ou seja, b = α(2, 2, 4) + β(1, 1, 0) = (2α + β, 2α + β, 4α).
          e

                  |b| = 1 ⇒     (2α + β)2 + (2α + β)2 + (4α)2 = 1 ⇒ 24α2 + 2β 2 + 8αβ = 1


                                                          4
a⊥b ⇒ (2, 2, 4) • (2α + β, 2α + β, 4α) = 0 ⇒ 24α + 4β = 0 ⇒ β = −6α
Substituindo a segunda equa¸˜o na primeira, temos
                           ca
                                                                1      1
                 24α2 + 2(−6α)2 + 8α(−6α) = 1 ⇒ 48α2 = 1 ⇒ α = √ ⇒ α = √
                                                                48    4 3
                                 1             3
Logo, β = −6α ⇒ β = −6 ·         √
                                4 3
                                      ⇒ β = − 2√3 . E,

                            1   3      1   3      1                             1
                 b=     2 · √ − √ ,2 · √ − √ ,4 · √                       ⇒ b = √ (−1, −1, 1).
                           4 3 2 3    4 3 2 3    4 3                             3
O vetor c = (x, y, z) deve ser ortogonal ` a e c e possuir m´dulo igual a 1.
                                         a                  o

                  a⊥c ⇒ (2, 2, 4) • (x, y, z) = 0 ⇒ 2x + 2y + 4z = 0 ⇒ x + y + 2z = 0

                    b⊥c ⇒ (−1, −1, 1) • (x, y, z) = 0 ⇒ −x − y + z = 0 ⇒ z = x + y
                               |c| = 1 ⇒    x2 + y 2 + z 2 = 1 ⇒ x2 + y 2 + z 2 = 1
Substituindo a segunda equa¸˜o na primeira e na terceira, temos o sistema:
                           ca

                           x + y + 2(x + y) = 0                   x = −y
                                                          ⇒
                           x2 + y 2 + (x + y)2 = 1                2x2 + 2y 2 + 2xy = 1

Substituindo, agora, a primeira equa¸˜o na segunda, obtemos
                                    ca
                                                                                                  1
                    2      2                          2       2     2          2
                                                                                          y1 =   √
                                                                                                   2
             2(−y) + 2y + 2(−y)y = 1 ⇒ 2y + 2y − 2y = 1 ⇒ 2y = 1                                     1
                                                                                          y2 =   − √2

                      1                          1
Para y1 temos x1 = − √2 e para y2 , x2 =        √ .
                                                  2
                                                      Substituindo em z = x + y obtemos z1 = z2 = 0.
              1     1
              √ , −√ , 0        1
                                √ (1, −1, 0)             1    1           1
Logo, c1 =     2     2
                           =     2
                                               e c2 = − √2 , √2 , 0 =     √ (−1, 1, 0).
                                                                           2

                                          2  2 4
                               1   1   1           1   1    1
                 [a, b, c1 ] = √ · √ · √ −1 −1 1 = √ · √ · √ · (−12) < 0
                              2 6   3   2 1 −1 0  2 6   3    2

Se [a, b, c1 ] < 0 e c1 = −c2 , ent˜o [a, b, c2 ] > 0 e B = (a, b, c2 ) ´ uma base ortonormal e positiva.
                                   a                                    e

Mudan¸a de base do vetor xO = (1, 0, 0), onde O representa a base (i, j, k).
     c

Obtemos, pelos c´lculos acima
                a                          
                                                 1      1
                                           a = √ i + √ j + √ k2
                                           
                                                 6      6      6
                                                   1      1      1
                                            b = − √3 i − √3 j + √3 k
                                           
                                                   1      1
                                           c = − √ i + √ j
                                           
                                                    2      2

Devemos ter xO = xB ⇒ (1, 0, 0)O = (A, B, C)B , i.e., i = Aa + B b + Cc, onde A, B, C ∈ R. Ent˜o,
                                                                                              a

                   1     1    2        1      1    1         1     1
        1i = A    √ i + √ j + √ k + B −√ i − √ j + √ k + C −√ i + √ j                                    =⇒
                    6     6    6        3      3    3         2     2

                    1     1     1         1       1  1                                   2     1
          1i = i A √ − B √ − C √   + j A√ − B √ + C √                              + k A√ + B √
                     6     3     2         6       3  2                                   6     3
                               
                                   1    1      1
                               A √ − B √ − C √ = 1
                               
                                   6    3      2
                                               1     1       1
                                            A √6 − B √3 + C √2 = 0
                                           
                                            2       1
                                           A √ + B √ = 0
                                                6     3




                                                          5
√               √            √
                                                     6              3             2
Resolvendo o sistema acima, obt´m-se A =
                               e                    6 ,   B=−      3    eC=−     2 .
                 √       √       √
                   6    3    2
Portanto, xB =    6 ,− 3 ,− 2         .

8 – Verdadeiro ou falso? Se verdadeiro, demonstre, se falso, dˆ contra-exemplo.
                                                              e

   (a) se a + b + c = 0, ent˜o a × b = b × c = c × a.
                            a

Para quaisquer a, b e c teremos a = −(b + c).

                     a × b = −(b + c) × b = (−b × b) +(−c × b) = −(c × b) = b × c
                                                       =0

Agora, se pegarmos b = −a − c

                     b × c = (−a − c) × c = (−a × c) + (−c × c) = −(a × c) = c × a
                                                                       =0

Portanto, a propriedade ´ verdadeira.
                        e



   (b) se a × b = b × a, ent˜o a e b s˜o paralelos.
                            a         a


    a × b = b × a ⇒ (a × b) − (b × a) = 0 ⇒ (a × b) + (a × b) = 0 ⇒ 2(a × b) = 0 ⇒ (a × b) = 0

Um vetor ´ nulo se e somente se seu m´dulo ´ zero. Ent˜o
         e                           o     e          a

                 |a × b| = 0 ⇒ |a||b| sin θ = 0 ⇒ θ = 0 ou θ = π ou |a| = 0 ou |b| = 0

Em todas as possibilidades de solu¸˜o da equa¸˜o acima temos a
                                  ca         ca                                     b, pois o vetor nulo ´ paralelo `
                                                                                                         e          a
todos os vetores.



   (c) a × b = a × c implica b = c.
                                                             
                                                             a = 0 ou
                                                             
        a × b = a × c ⇒ a × b − a × c = 0 ⇒ a × (b − c) = 0 ⇒ b − c = 0 ⇒ b = c                       ou
                                                             
                                                               a (b − c)
                                                             


b = c ´ apenas um dos casos poss´
      e                          ıveis, portanto a propriedade ´ falsa.
                                                               e
Nota: a rec´
           ıproca ´, certamente, uma proposi¸˜o verdadeira.
                  e                           ca



9 – O vetor w ´ ortogonal aos vetores u e v, |u| = 1, |v| = 2, |w| = 3 e o ˆngulo formado por u e v
              e                                                            a
mede 30◦ .

   (a) Calcule [u, v, w], sabendo que ´ um n´mero positivo.
                                      e     u

                   [u, v, w] = (u × v) • w = |u × v| |w| cos θ = |u||v| sin ϕ|w| cos θ
                                                   =|u||v| sin ϕ

onde θ ´ o ˆngulo entre (u × v) e w e ϕ ´ o ˆngulo entre u e v. θ = 0, pois w ´ simultaneamente
       e a                                e a                                    e
ortogonal a u e v e u × v ´ um vetor simultaneamente ortogonal a u e v, logo w e u × v s˜o paralelos.
                          e                                                             a
ϕ = 30◦ , como informado pelo enunciado. Substituindo os valores:


                                                                               1
                             [u, v, w] = 1 · 2 · sin 30◦ · 3 cos 0 = 1 · 2 ·     ·3·1=3
                                                                               2

                                                            6
(b) Se a = 2u, b = v + w e c = u − v + w, calcule [a, b, c].

Queremos calcular [2u, v + w, u − v + w]. Utilizando as propriedades de produto vetorial teremos,

                      [2u, v + w, u − v + w] = [2u, v, u − v + w] + [2u, w, u − v + w] =

                  = [2u, v, u] + [2u, v, −v] +[2u, v, w] + [2u, w, u] +[2u, w, −v] + [2u, w, w]
                        =0           =0                         =0                       =0

                 = [2u, v, w] + [2u, w, −v] = [2u, v, w] − [2u, w, v] = [2u, v, w] + [2u, v, w] =
                                      2[2u, v, w] = 4[u, v, w] = 4 · 3 = 12


           −
           −→               −→                −→
                                               −
10 – Sejam AB = (1, −1, 1), AC = (−1, 3, 2) e AD = (2, 1, 0). Pede-se:

   (a) A ´rea do triˆngulo ABC e sua altura relativa ao v´rtice A;
         a          a                                    e

                              i j k                            √      √
                   −
                   −→ −  →                           −
                                                     −→ −  →
                   AB × AC = 1 −1 1 = (−5, −3, 2) ⇒ |AB × AC| = 38 = 2 7
                             −1 3 2
                                       −
                                       −→ −    →      √
                                      |AB × AC|      2 7 √
                           A∆ABC =                 =    = 7
                                           2          2
              −→ −
               −    → − −→                      −→
                                                 −    √         −→
                                                                 −
   Tem-se que BC = AC − AB = (−2, 4, 1), ent˜o |BC| = 21. Sendo BC a base do triˆngulo
                                            a                                   a
                                        −→
                                         −                 √
                                       |BC|h      2A∆ABC 2· 7  2
                             A∆ABC   =       ⇒ h = −→ = √
                                                    −         =√ .
                                          2        |BC|    21   3

   (b) o volume do paralelep´
                            ıpedo ABCD e a distˆncia
                                               a                 do ponto D ao plano determinado por, A, B
e C.
                                                 1               −1 1
                                − − −→
                                − → −
                                 →
                    VABCD = [AB, AC, AD] = −1                    3 2 = | − 13| = 13
                                                 2               1 0
A distˆncia do ponto D ao plano determinado por, A, B e C ´ a altura do paralelogramo com rela¸˜o
      a                                                   e                                   ca
` base ABC. Seu volume (prisma) ´ dado por V = Abase · h. No caso teremos
a                                 e

                                      −
                                      −→ −  →              VABCD    13
                             VABCD = |AB × AC| · h ⇒ h = −−→ − = √
                                                                →
                                                         |AB × AC| 2 7
             −
             −→            −→                −→
                                              −
11 – Sejam AB = (3, 6, 3), AC = (1, 3, −2) e AD = (2, 2, α − 2). Encontre os valores do parˆmetro
                                                                                           a
α para os quais o volume V do tetraedro ABCD fica igual a 3.


                                                   − − −
                                                   − → −
                                                    →       →
                                                   AB, AC, AB
                                    Vtetraedro =                     = 3 =⇒
                                                            6
                   3 6  3
                 1         1                                    30 ± 18                             α1 = 16
  Vtetraedro =     1 3 −2 = |3α − 30| = 3 ⇒ 3α − 30 = ±18 ⇒ α =         ⇒
                 6         6                                       3                                α2 = 4
                   2 2 α−2


12 – Demonstre [u + v, v + w, u + w] = 2 [u, v, w].

Por propriedade de produtos mistos temos

                       [u + v, v + w, u + w] = [u, v + w, u + w] + [v, v + w, u + w] =


                                                        7
= [u, v, u + w] + [u, w, u + w] + [v, v, u + w] + [v, w, u + w] =
           = [u, v, u] +[u, v, w] + [u, w, u] + [u, w, w] + [v, v, u] + [v, v, w] +[v, w, u] + [v, w, w]
                 =0                      =0          =0          =0          =0                      =0

                                               = [u, v, w] + [v, w, u]
Mas, pela propriedade c´
                       ıclica dos produtos mistos, [v, w, u] = [u, v, w], ent˜o
                                                                             a

                                        = [u, v, w] + [u, v, w] = 2[u, v, w]



Nota: Um produto misto de trˆs vetores ´ nulo quando dois deles s˜o iguais. Isso justifica-se pelo fato
                             e         e                         a
de, por propriedade de determinantes, quando duas linhas da matriz s˜o iguais, seu determinante ´
                                                                      a                              e
igual a zero.

13 – Prove: a, a + b, a + b + c = a, b, c .

Por propriedade de produtos mistos temos

      [a, a + b, a + b + c] = [a, a, a + b + c] +[a, b, a + b + c] = [a, b, a] + [a, b, b] +[a, b, c] = [a, b, c]
                                      =0                                  =0         =0




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Lista 4 - Resolução

  • 1. Geometria Anal´ ıtica - Profa. Cec´ Chirenti ılia Lista 4 - Produto Vetorial e Produto Misto Resolu¸˜o ca Nos exerc´ ıcios a seguir, quando n˜o houver men¸˜o sobre bases, deve-se entender que as coordenadas a ca dos vetores est˜o sendo dadas em rela¸˜o a uma base B = (i, j, k), ortonormal e positiva. a ca 1 – Sendo w = (u+2v)×(u+v), determine o ˆngulo dos vetores u e v, sabendo que |u| = |v| = |w| = 2 a e u • v < 0. Aplicando as propriedades do produto vetorial, w = u × u + u × v + 2v × u + 2v × v mas, u × u = 2v × v = 0, ent˜o a w = u × v + 2(v × u) ⇒ w = u × v − 2(u × v) = −(u × v). 1 |w| = | − u × v| = |u × v| = |u||v| sin θ ⇒ 2 = 2 · 2 sin θ ⇒ sin θ = 2 π Temos como condi¸˜o u • v < 0, i.e., cos θ < 0 que implica em ca 2 < θ < π. Assim, 1 5π θ = arcsin = 2 6 2 – Dados u = (1, 2, −1) e v = (1, 3, −2), determine um vetor a, ortogonal a u e v, de m´dulo 3, que o forma com k um ˆngulo obtuso. a ıcio: a⊥u ; a⊥v ; |a| = 3 ; a • k < 0 Dados do exerc´ O vetor a ´ simultaneamente ortogonal a u e v, ent˜o a = λ(u × v). e a i j k a = λ 1 2 −1 = λ(−4i − j + 3k − 2k + 2j + 3i) = λ(−1, 1, 1) = (−λ, λ, λ) 1 3 −2 √ |a| = 3 = (−λ)2 + λ2 + λ2 ⇒ 3λ2 = 9 ⇒ λ2 = 3 ⇒ λ = ± 3 √ √ √ √ √ √ √ √ Se λ = 3, ent˜o a = (− 3, 3, 3) e a • k = (− 3, 3, 3) • (0, 0, 1) = 3 > 0. a √ √ √ √ √ √ √ √ Se λ = − 3, ent˜o a = ( 3, − 3, − 3) e a • k = ( 3, − 3, − 3) • (0, 0, 1) = − 3 < 0. Logo, a √ √ √ a = ( 3, − 3, − 3). 3 – Sendo u = (−1, 1, m), v = (7, 5, 1) e w = (a, b, c), pede-se: (a) O valor de m para que a equa¸˜o v = u × w possa ter solu¸˜o; ca ca i j k u × w = −1 −1 m = −ci + amj − bk + ak + cj − bmi = (−mb − c, ma + c, a − b) a b c 1
  • 2. v = u × w ⇒ (7, 5, 1) = (−mb − c, ma + c, a − b)  −mb − c = 7  ma + c = 5  a−b=1  0 m −1 det G = m 0 1 = 0, onde G ´ a matriz dos coeficientes do sistema. e 1 −1 c Para que o sistema possua solu¸˜o (n˜o unica), devemos ter det A = det B = det C = 0. ca a ´ 7 −m 1 det A = 5 0 1 = 12 − m = 0 ⇒ m = 12 1 −1 0 O mesmo resultado ser´ obtido em det B e det C. a (b) para o valor de m encontrado em (a), resolva a equa¸˜o v = u × w, sabendo que |w| = 14 e ca u • w < 0. Temos o sistema  −12b − c = 7  12a + c = 5  a−b=1⇒b=a−1  Impondo que a = γ, temos b = γ − 1 e c = 5 − 12γ. Logo, w = (γ, γ − 1, 5 − 12γ). √ |w| = 14 = γ 2 + (γ − 1)2 + (5 − 12γ)2 ⇒ γ 2 + (γ − 1)2 + (5 − 12γ)2 = 14 √ 61+ 1969 γ1 = γ 2 + γ 2 − 2γ + 1 + 25 − 120γ + 144γ 2 = 14 ⇒ 146γ 2 − 122γ + 12 = 0 ⇒ 146 √ 61− 1969 γ2 = 146 √ √ √ 61+ 1969 −85+ 1969 −2−12 1969 Para γ1 temos v1 = 146 , 146 , 146 . √ √ √ 61− 1969 −85− 1969 −2+12 1969 Para γ2 temos v2 = 146 , 146 , 146 . Mas, devemos ter u • w < 0, i. e., (−1, −1, 12) • (a, b, c) < 0 ⇒ −a − b + 12c < 0 ⇒ a + b > 12c. √ √ Em v1 temos a + b = −24+2 1969 e 12c = −24−144 1969 . Logo, a + b > 12c. 146 146 √ √ Em v2 temos a + b = −24−2 1969 e 12c = −24+144 1969 . Logo, n˜o ´ verdade que a + b > 12c. 146 146 a e Ent˜o, o vetor que safisfaz ` equa¸˜o v = u × w e as demais condi¸˜es ´ v1 . a a ca co e − −→ −→ 4 – S˜o dados: |x| = 3, |y| = 4, x⊥y, AB = 3x − 4y e AC = x + 5y. Calcule a ´rea do triˆngulo a a a ABC e a distˆncia de B at´ a reta AC. a e Pelas propriedades de produto vetorial temos − −→ − → AB × AC = (3x − 4y) × (x + 5y) = (3x × x) + (3x × 5y) − (4y × x) − (4y × 5y) = 15(x × y) − 4(y × x) = 15(x × y) + 4(x × y) = 19(x × y) (3x × x) = (4y × 5y) = 0 Calculando o m´dulo do vetor, o − −→ − → |AB × AC| = 19|x × y| = 19|x||y| sin α = 19|x||y| x⊥y ⇒ sin α = sin 90◦ = 1 − −→ − → |AB × AC| = 19 · 4 · 4 = 228 2
  • 3. Ent˜o, a − −→ − → |AB × AC| 228 A∆ = = = 114 2 2 A distˆncia de B a reta AC ´ a altura relativa ao lado AC do triˆngulo. Ent˜o, sendo AC a base e h a e a a a altura −→ |AC|h 114 · 2 228 A∆ = ⇒h= − → ⇒h= − → 2 |AC| |AC| −→ √ Como x⊥y ent˜o |AC| = |x|2 + |5y|2 = 32 + (5 · 4)2 = 409. a √ 228 228 409 h= √ = 409 409 1 √ (1, −1, 1); (0, a, b); K 5 – Determine a, b e K para que C = 3 seja uma base ortonormal positiva. 1 1 √ , −√ , √1 Fa¸amos a := c 3 3 3 e b := (0, a, b). Os vetores a e b devem formar 90◦ , ent˜o a • b = 0. a 1 1 a • b = 0 ⇒ − √ a + √ b = 0 ⇒ −a + b = 0 ⇒ a = b 3 3 Os vetores da base ortonormal devem possuir m´dulo unit´rio. Ent˜o o a a |b| = 1 ⇒ a2 + b2 = 1 ⇒ a2 + b2 = 1 Mas, a = b 1 1 a2 + a2 = 1 ⇒ 2a2 = 1 ⇒ a2 = ⇒a=b= √ 2 2 O resultado negativo foi ignorado arbitrariamente. 1 1 Temos ent˜o b = 0, √2 , √2 . a O versor K deve ser simultaneamente ortogonal a a e b. Ent˜o, K = λa × b. a i j k √ √ √ 1 1 1 6 6 6 a×b=λ √ 3 − √3 √ 3 =λ − ,− , 1 1 3 3 3 0 √ 2 √ 2 √ √ √ 6 2 6 2 6 2 6 1 |K| = 1 ⇒ (− λ) + (− λ) + ( λ) = 1 ⇒ 3 · λ2 = 1 ⇒ 2λ2 = 1 ⇒ λ = ± √ 3 3 3 9 2 √ √ √ 1 3 3 3 Se λ = √ 2 temos K1 = − 3 ,− 3 , 3 . √ √ √ 1 3 3 3 Se λ = − √2 temos K2 = 3 , 3 ,− 3 . A base ´ positiva se [a, b, K] > 0. e 1 1 1 √ 3 − √3 √ 3 √ 1 1 2 2 [a, b, K1 ] = 0 √ 2 √ = >0 √ √ √2 3 3 3 3 − 3 − 3 3 √ Como, K1 = −K2 , por propriedade de determinantes concluimos que [a, b, K2 ] = − 2 3 2 < 0. 3
  • 4. √ √ 1 √ (1, −1, 1), 1 1 3 3 3 Portanto, C = 3 0, √2 , √2 , − 3 ,− 3 , 3 ´ uma base ortonormal e positiva. e 6 – B = (u, v, w) ´ uma base ortonormal positiva. e (a) Determine u sabendo que ele ´ paralelo ao vetor (2, −1, 2). e Temos que u (2, −1, 2), ent˜o u = λ(2, −1, 2) = (2λ, −λ, 2λ). a 1 1 |u| = 1 ⇒ (2λ)2 + (−λ)2 + (2λ)2 = 1 ⇒ 4λ2 + λ2 + 4λ2 = 1 ⇒ 9λ2 = 1 ⇒ λ2 = ⇒λ= 9 3 1 O valor negativo da equa¸˜o acima foi arbitrariamente ignorado. Ent˜o, u = 3 (2, −1, 2). ca a (b) Determine v sabendo que ´ da forma (x, y, 0). e u ⊥ v ⇒ u • v = 0. 1 u • v = 0 ⇒ (2x − y) = 0 ⇒ 2x − y = 0 ⇒ y = 2x 3 1 |v| = 1 ⇒ x2 + y 2 = 1 ⇒ x2 + (2x)2 = 1 ⇒ x2 + 4x2 = 1 ⇒ 5x2 = 1 ⇒ x = √ 5 2 1 Logo, y = √ 5 ev= √ (1, 2, 0). 5 (c) Determine w. O vetor w deve ser simultaneamente ortogonal a u e v, ent˜o w = α1 (u × v). a i j k 1 1 1 1 w= √ α1 2 −1 2 = α(−4, 2, 5) = (−4α, 2α, 5α) α= √ α1 . 3 5 3 5 1 2 0 1 1 |w| = 1 ⇒ (−4α)2 + (2α)2 + (5α)2 = 1 ⇒ 16α2 +4α2 +25α2 = 1 ⇒ 45α2 = 1 ⇒ α = ± √ = ± √ 45 3 5 1 1 Se α = √ ent˜o w1 = √ (−4, 2, 5). 3 5 a 3 5 1 1 Se α = − 3√5 ent˜o w2 = 3√5 (4, −2, −5). a 2 −1 2 1 1 1 1 1 1 [u, v, w1 ] = ·√ · √ 1 2 0 = ·√ · √ (−45) < 0. 3 5 3 5 4 −2 −5 3 5 3 5 1 1 1 Como w1 = −w2 , [u, v, w2 ] = 3 · √5 · 3√5 (45) > 0. Portanto, B = (u, v, w2 ) ´ uma base ortonormal positiva. e 7 – Dados os vetores u = (2, 2, 4) e v = (1, 1, 0) determine uma base ortonormal positiva tal que seu primeiro vetor seja paralelo a u e seu segundo vetor seja uma combina¸˜o linear de u e v. Determine, ca na base achada, as coordenadas de x = (1, 0, 0). Queremos determinar os vetores da base B = (a, b, c). Sabemos que a u ent˜o a = λu. Logo, a = λ(2, 2, 4) ⇒ a = (2λ, 2λ, 4λ). a 1 1 |a| = 1 ⇒ (2λ)2 + (2λ)2 + (4λ)2 = 1 ⇒ 4λ2 + 4λ2 + 16λ2 = 1 ⇒ λ = √ = √ 24 2 6 1 Entao, a = √ (2, 2, 4). 2 6 O vetor b ´ dado por b = αu + βv. Ou seja, b = α(2, 2, 4) + β(1, 1, 0) = (2α + β, 2α + β, 4α). e |b| = 1 ⇒ (2α + β)2 + (2α + β)2 + (4α)2 = 1 ⇒ 24α2 + 2β 2 + 8αβ = 1 4
  • 5. a⊥b ⇒ (2, 2, 4) • (2α + β, 2α + β, 4α) = 0 ⇒ 24α + 4β = 0 ⇒ β = −6α Substituindo a segunda equa¸˜o na primeira, temos ca 1 1 24α2 + 2(−6α)2 + 8α(−6α) = 1 ⇒ 48α2 = 1 ⇒ α = √ ⇒ α = √ 48 4 3 1 3 Logo, β = −6α ⇒ β = −6 · √ 4 3 ⇒ β = − 2√3 . E, 1 3 1 3 1 1 b= 2 · √ − √ ,2 · √ − √ ,4 · √ ⇒ b = √ (−1, −1, 1). 4 3 2 3 4 3 2 3 4 3 3 O vetor c = (x, y, z) deve ser ortogonal ` a e c e possuir m´dulo igual a 1. a o a⊥c ⇒ (2, 2, 4) • (x, y, z) = 0 ⇒ 2x + 2y + 4z = 0 ⇒ x + y + 2z = 0 b⊥c ⇒ (−1, −1, 1) • (x, y, z) = 0 ⇒ −x − y + z = 0 ⇒ z = x + y |c| = 1 ⇒ x2 + y 2 + z 2 = 1 ⇒ x2 + y 2 + z 2 = 1 Substituindo a segunda equa¸˜o na primeira e na terceira, temos o sistema: ca x + y + 2(x + y) = 0 x = −y ⇒ x2 + y 2 + (x + y)2 = 1 2x2 + 2y 2 + 2xy = 1 Substituindo, agora, a primeira equa¸˜o na segunda, obtemos ca 1 2 2 2 2 2 2 y1 = √ 2 2(−y) + 2y + 2(−y)y = 1 ⇒ 2y + 2y − 2y = 1 ⇒ 2y = 1 1 y2 = − √2 1 1 Para y1 temos x1 = − √2 e para y2 , x2 = √ . 2 Substituindo em z = x + y obtemos z1 = z2 = 0. 1 1 √ , −√ , 0 1 √ (1, −1, 0) 1 1 1 Logo, c1 = 2 2 = 2 e c2 = − √2 , √2 , 0 = √ (−1, 1, 0). 2 2 2 4 1 1 1 1 1 1 [a, b, c1 ] = √ · √ · √ −1 −1 1 = √ · √ · √ · (−12) < 0 2 6 3 2 1 −1 0 2 6 3 2 Se [a, b, c1 ] < 0 e c1 = −c2 , ent˜o [a, b, c2 ] > 0 e B = (a, b, c2 ) ´ uma base ortonormal e positiva. a e Mudan¸a de base do vetor xO = (1, 0, 0), onde O representa a base (i, j, k). c Obtemos, pelos c´lculos acima a  1 1 a = √ i + √ j + √ k2   6 6 6 1 1 1 b = − √3 i − √3 j + √3 k  1 1 c = − √ i + √ j  2 2 Devemos ter xO = xB ⇒ (1, 0, 0)O = (A, B, C)B , i.e., i = Aa + B b + Cc, onde A, B, C ∈ R. Ent˜o, a 1 1 2 1 1 1 1 1 1i = A √ i + √ j + √ k + B −√ i − √ j + √ k + C −√ i + √ j =⇒ 6 6 6 3 3 3 2 2 1 1 1 1 1 1 2 1 1i = i A √ − B √ − C √ + j A√ − B √ + C √ + k A√ + B √ 6 3 2 6 3 2 6 3  1 1 1 A √ − B √ − C √ = 1   6 3 2 1 1 1 A √6 − B √3 + C √2 = 0   2 1 A √ + B √ = 0 6 3 5
  • 6. √ √ 6 3 2 Resolvendo o sistema acima, obt´m-se A = e 6 , B=− 3 eC=− 2 . √ √ √ 6 3 2 Portanto, xB = 6 ,− 3 ,− 2 . 8 – Verdadeiro ou falso? Se verdadeiro, demonstre, se falso, dˆ contra-exemplo. e (a) se a + b + c = 0, ent˜o a × b = b × c = c × a. a Para quaisquer a, b e c teremos a = −(b + c). a × b = −(b + c) × b = (−b × b) +(−c × b) = −(c × b) = b × c =0 Agora, se pegarmos b = −a − c b × c = (−a − c) × c = (−a × c) + (−c × c) = −(a × c) = c × a =0 Portanto, a propriedade ´ verdadeira. e (b) se a × b = b × a, ent˜o a e b s˜o paralelos. a a a × b = b × a ⇒ (a × b) − (b × a) = 0 ⇒ (a × b) + (a × b) = 0 ⇒ 2(a × b) = 0 ⇒ (a × b) = 0 Um vetor ´ nulo se e somente se seu m´dulo ´ zero. Ent˜o e o e a |a × b| = 0 ⇒ |a||b| sin θ = 0 ⇒ θ = 0 ou θ = π ou |a| = 0 ou |b| = 0 Em todas as possibilidades de solu¸˜o da equa¸˜o acima temos a ca ca b, pois o vetor nulo ´ paralelo ` e a todos os vetores. (c) a × b = a × c implica b = c.  a = 0 ou  a × b = a × c ⇒ a × b − a × c = 0 ⇒ a × (b − c) = 0 ⇒ b − c = 0 ⇒ b = c ou  a (b − c)  b = c ´ apenas um dos casos poss´ e ıveis, portanto a propriedade ´ falsa. e Nota: a rec´ ıproca ´, certamente, uma proposi¸˜o verdadeira. e ca 9 – O vetor w ´ ortogonal aos vetores u e v, |u| = 1, |v| = 2, |w| = 3 e o ˆngulo formado por u e v e a mede 30◦ . (a) Calcule [u, v, w], sabendo que ´ um n´mero positivo. e u [u, v, w] = (u × v) • w = |u × v| |w| cos θ = |u||v| sin ϕ|w| cos θ =|u||v| sin ϕ onde θ ´ o ˆngulo entre (u × v) e w e ϕ ´ o ˆngulo entre u e v. θ = 0, pois w ´ simultaneamente e a e a e ortogonal a u e v e u × v ´ um vetor simultaneamente ortogonal a u e v, logo w e u × v s˜o paralelos. e a ϕ = 30◦ , como informado pelo enunciado. Substituindo os valores: 1 [u, v, w] = 1 · 2 · sin 30◦ · 3 cos 0 = 1 · 2 · ·3·1=3 2 6
  • 7. (b) Se a = 2u, b = v + w e c = u − v + w, calcule [a, b, c]. Queremos calcular [2u, v + w, u − v + w]. Utilizando as propriedades de produto vetorial teremos, [2u, v + w, u − v + w] = [2u, v, u − v + w] + [2u, w, u − v + w] = = [2u, v, u] + [2u, v, −v] +[2u, v, w] + [2u, w, u] +[2u, w, −v] + [2u, w, w] =0 =0 =0 =0 = [2u, v, w] + [2u, w, −v] = [2u, v, w] − [2u, w, v] = [2u, v, w] + [2u, v, w] = 2[2u, v, w] = 4[u, v, w] = 4 · 3 = 12 − −→ −→ −→ − 10 – Sejam AB = (1, −1, 1), AC = (−1, 3, 2) e AD = (2, 1, 0). Pede-se: (a) A ´rea do triˆngulo ABC e sua altura relativa ao v´rtice A; a a e i j k √ √ − −→ − → − −→ − → AB × AC = 1 −1 1 = (−5, −3, 2) ⇒ |AB × AC| = 38 = 2 7 −1 3 2 − −→ − → √ |AB × AC| 2 7 √ A∆ABC = = = 7 2 2 −→ − − → − −→ −→ − √ −→ − Tem-se que BC = AC − AB = (−2, 4, 1), ent˜o |BC| = 21. Sendo BC a base do triˆngulo a a −→ − √ |BC|h 2A∆ABC 2· 7 2 A∆ABC = ⇒ h = −→ = √ − =√ . 2 |BC| 21 3 (b) o volume do paralelep´ ıpedo ABCD e a distˆncia a do ponto D ao plano determinado por, A, B e C. 1 −1 1 − − −→ − → − → VABCD = [AB, AC, AD] = −1 3 2 = | − 13| = 13 2 1 0 A distˆncia do ponto D ao plano determinado por, A, B e C ´ a altura do paralelogramo com rela¸˜o a e ca ` base ABC. Seu volume (prisma) ´ dado por V = Abase · h. No caso teremos a e − −→ − → VABCD 13 VABCD = |AB × AC| · h ⇒ h = −−→ − = √ → |AB × AC| 2 7 − −→ −→ −→ − 11 – Sejam AB = (3, 6, 3), AC = (1, 3, −2) e AD = (2, 2, α − 2). Encontre os valores do parˆmetro a α para os quais o volume V do tetraedro ABCD fica igual a 3. − − − − → − → → AB, AC, AB Vtetraedro = = 3 =⇒ 6 3 6 3 1 1 30 ± 18 α1 = 16 Vtetraedro = 1 3 −2 = |3α − 30| = 3 ⇒ 3α − 30 = ±18 ⇒ α = ⇒ 6 6 3 α2 = 4 2 2 α−2 12 – Demonstre [u + v, v + w, u + w] = 2 [u, v, w]. Por propriedade de produtos mistos temos [u + v, v + w, u + w] = [u, v + w, u + w] + [v, v + w, u + w] = 7
  • 8. = [u, v, u + w] + [u, w, u + w] + [v, v, u + w] + [v, w, u + w] = = [u, v, u] +[u, v, w] + [u, w, u] + [u, w, w] + [v, v, u] + [v, v, w] +[v, w, u] + [v, w, w] =0 =0 =0 =0 =0 =0 = [u, v, w] + [v, w, u] Mas, pela propriedade c´ ıclica dos produtos mistos, [v, w, u] = [u, v, w], ent˜o a = [u, v, w] + [u, v, w] = 2[u, v, w] Nota: Um produto misto de trˆs vetores ´ nulo quando dois deles s˜o iguais. Isso justifica-se pelo fato e e a de, por propriedade de determinantes, quando duas linhas da matriz s˜o iguais, seu determinante ´ a e igual a zero. 13 – Prove: a, a + b, a + b + c = a, b, c . Por propriedade de produtos mistos temos [a, a + b, a + b + c] = [a, a, a + b + c] +[a, b, a + b + c] = [a, b, a] + [a, b, b] +[a, b, c] = [a, b, c] =0 =0 =0 8