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dos hospitais de atendimento público no Brasil
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A TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA 
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Fonte: Mendes EV. As redes de atenção à saúde. Brasília, Organização Pan-Americana da Saúde, 2011.
A TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA NO BRASIL 
BRASIL: Distribuição da população por grupos etários (%), 1950-2050 
3 3 . 9 5 . 5 
5 5 . 5 5 5 . 8 
4 1. 6 4 0 . 3 
6 4 . 9 
2 9 . 6 
9 . 6 
7 0 . 4 
2 0 . 1 
2 2 . 5 
6 2 . 8 
14 . 7 
100% 
90% 
80% 
70% 
60% 
50% 
40% 
30% 
20% 
10% 
0% 
1950 1975 2000 2020 2050 
0-14 15-64 65+ 
Fontes: 
IBGE. Projeção da população do Brasil por sexo e idade para o período 1980-2050. Revisão 2004. Rio de Janeiro, IBGE, 2004 
Malta DC. Panorama atual das doenças crônicas no Brasil. Brasília, SVS/Ministério da Saúde, 2011
A TRANSIÇÃO NUTRICIONAL NO BRASIL 
1974-2009 
POPULAÇÃO ADULTA POPULAÇÃO DE 5 A 9 ANOS 
Fonte: Malta DC. Panorama atual das doenças crônicas no Brasil. Brasília, SVS/Ministério da Saúde, 2011
A CARGA DE DOENÇAS EM ANOS DE VIDA 
PERDIDOS AJUSTADOS POR INCAPACIDADE 
(DALYs)- BRASIL, 1998 
GRUPO I 
GRUPO II 
GRUPO III 
GRUPO 1: 23,6% 
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infecciosas e 
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Causas externas 
Fonte: Schramm M et al. Transição epidemiológica e o estudo de carga de doença no Brasil. Ciência & Saúde Coletiva. 
9: 897-908, 2004
A SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA NO 
BRASIL: 
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A TRANSIÇÃO DOS SISTEMAS DE 
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AS CARACTERÍSTICAS DOS SISTEMAS 
FRAGMENTADOS DE ATENÇÃO À SAÚDE 
• ORGANIZADO POR COMPONENTES ISOLADOS 
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AOS EVENTOS AGUDOS DECORRENTES DE AGUDIZAÇÕES 
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• VOLTADO PARA INDIVÍDUOS 
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O CONTROLE DO DIABETES 
NO BRASIL 
• APENAS 10% DOS PORTADORES 
DE DIABETES TIPO 1 
APRESENTARAM NÍVEIS 
GLICÊMICOS CONTROLADOS 
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DIABETES APRESENTARAM 
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DIABETES APRESENTARAM NÍVEIS 
GLICÊMICOS CONTROLADOS 
• 35% DOS PORTADORES DE 
DIABETES APRESENTARAM SINAIS 
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DIABETES SUBMETERAM-SE A 
AMPUTAÇÕES 
• GASTO PER CAPITA/ANO EM SAUDE: 
US 7.164,00 
Fontes: 
Dominguez BC. Controle ainda é baixo no Brasil. RADIS, 59: 11, 2007. 
National Institute of Diabetes and Digestive and Kidney Disease. National Diabetes Statistics 2007. Disponível em: 
www.diabetes.niddk.gov 
World Health Organization. World Health Statistics 2011. Geneva, WHO, 2011
O PROBLEMA 
A INCOERÊNCIA ENTRE UMA SITUAÇÃO DE SAÚDE QUE 
COMBINA TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA E TRANSIÇÃO 
NUTRICIONAL ACELERADAS E TRIPLA CARGA DE DOENÇA, 
COM FORTE PREDOMINÂNCIA DE CONDIÇÕES CRÔNICAS, E 
UM SISTEMA FRAGMENTADO DE SAÚDE QUE OPERA DE 
FORMA EPISÓDICA E REATIVA E QUE É VOLTADO 
PRINCIPALMENTE PARA A ATENÇÃO ÀS CONDIÇÕES 
AGUDAS E ÀS AGUDIZAÇÕES DAS CONDIÇÕES CRÔNICAS 
Fonte: Mendes EV. As redes de atenção à saúde. Brasília, Organização Pan-Americana da Saúde, 2011. 
FONTE: MENDES (2009)
A EXPLICAÇÃO DA CRISE 
CONTEMPORÂNEA DOS SISTEMAS DE 
ATENÇÃO À SAÚDE 
UMA SITUAÇÃO DE SAÚDE DO SÉCULO XXI, 
COM PREDOMINÂNCIA RELATIVA DE 
CONDIÇÕES CRÔNICAS, SENDO RESPONDIDA 
SOCIALMENTE POR UM MODELO DE 
ATENÇÃO À SAÚDE DESENVOLVIDO NA 
PRIMEIRA METADE DO SÉCULO XX QUANDO 
PREDOMINAVAM AS CONDIÇÕES AGUDAS 
POR QUÊ? 
O DESCOMPASSO ENTRE OS FATORES 
CONTINGENCIAIS QUE EVOLUEM 
RAPIDAMENTE (TRANSIÇÕES DEMOGRÁFICA, 
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EPIDEMIOLÓGICA ) E OS FATORES INTERNOS 
(CULTURA ORGANIZACIONAL, RECURSOS, 
SISTEMAS DE INCENTIVOS, ESTILOS DE 
LIDERANÇA, MODELOS DE ATENÇÃO E 
ARRANJOS ORGANIZATIVOS) 
BRECHA 
100% 
90% 
80% 
70% 
60% 
50% 
40% 
30% 
20% 
10% 
0% 
1930 1935 1940 1945 1950 1955 1960 1965 1970 1975 1980 1985 1990 1995 2000 2005 2009 
Infecciosas e parasitárias Neoplasias Causas externas 
Aparelho circulatório Outras doenças 
Fonte: Mendes EV. As redes de atenção à saúde. Brasília, Organização Pan-Americana da Saúde, 2011.
A SOLUÇÃO DO PROBLEMA 
A SITUAÇÃO DE TRIPLA CARGA DE DOENÇA COM PREDOMÍNIO 
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AS DIFERENÇAS ENTRE OS SISTEMAS 
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 ORGANIZADO POR COMPONENTES ISOLADOS  ORGANIZADO POR UM CONTÍNUO DE 
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 ORGANIZADO POR NÍVEIS HIERÁRQUICOS  ORGANIZADO POR UMA REDE POLIÁRQUICA 
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AGUDAS 
 ORIENTADO PARA A ATENÇÃO A CONDIÇÕES 
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 VOLTADO PARA INDIVÍDUOS  VOLTADO PARA UMA POPULAÇÃO 
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d e Saúde 
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Nível 3 
1- 5% de pessoas com 
condições altamente 
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Nível 2 
20-30% de pessoas com 
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Nível 1 
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c om condições simples 
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ATENÇÃO À SAÚDE 
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CRÔNICAS 
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SAÚDE 
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SISTEMAS DE ATENÇÃO À SAÚDE DE ALTA 
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CONDIÇÕES CRÔNICAS. 
QUANDO OS PROBLEMAS 
SÃO CRÔNICOS, O MODELO 
DE TRATAMENTO AGUDO 
NÃO FUNCIONA” 
Fonte: Organização Mundial da Saúde. Cuidados inovadores para condições crônicas: componentes estruturais de ação. 
Brasília, Organização Pan-Americana da Saúde, 2003
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www.conass.org.br

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  • 1. GOVERNANÇA E GESTÃO Governança e Gestão As Redes de Atenção á Saúde Eugenio Vilaça Mendes | 2014 seminário dos hospitais de atendimento público no Brasil
  • 2. AS REDES DE ATENCÃO À SAÚDE EUGENIO VILAÇA MENDES
  • 3. A TRANSIÇÃO DAS CONDIÇÕES DE SAÚDE • ELAS SE DÃO NO CONTEXTO DOS SISTEMAS DE SAÚDE POR MEIO DE QUATRO MOVIMENTOS DE TRANSIÇÃO CONCOMITANTES: A TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA TRANSIÇÃO NUTRICIONAL TRANSIÇÃO EPIDEMIOLÓGICA • ELAS SINALIZAM PROPECTIVAMENTE PARA UMA SITUAÇÃO DE SAÚDE COM PARTICIPAÇÃO RELATIVA CRESCENTE DAS CONDIÇÕES CRÔNICAS, ESPECIALMENTE DAS DOENÇAS CRÔNICAS, NA SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA • ELAS SUSCITAM UMA NOVA FORMA DE ORGANIZAÇÃO DOS SISTEMAS DE ATENÇÃO À SAÚDE: AS REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE Fonte: Mendes EV. As redes de atenção à saúde. Brasília, Organização Pan-Americana da Saúde, 2011.
  • 4. A TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA NO BRASIL BRASIL: Distribuição da população por grupos etários (%), 1950-2050 3 3 . 9 5 . 5 5 5 . 5 5 5 . 8 4 1. 6 4 0 . 3 6 4 . 9 2 9 . 6 9 . 6 7 0 . 4 2 0 . 1 2 2 . 5 6 2 . 8 14 . 7 100% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% 1950 1975 2000 2020 2050 0-14 15-64 65+ Fontes: IBGE. Projeção da população do Brasil por sexo e idade para o período 1980-2050. Revisão 2004. Rio de Janeiro, IBGE, 2004 Malta DC. Panorama atual das doenças crônicas no Brasil. Brasília, SVS/Ministério da Saúde, 2011
  • 5. A TRANSIÇÃO NUTRICIONAL NO BRASIL 1974-2009 POPULAÇÃO ADULTA POPULAÇÃO DE 5 A 9 ANOS Fonte: Malta DC. Panorama atual das doenças crônicas no Brasil. Brasília, SVS/Ministério da Saúde, 2011
  • 6. A CARGA DE DOENÇAS EM ANOS DE VIDA PERDIDOS AJUSTADOS POR INCAPACIDADE (DALYs)- BRASIL, 1998 GRUPO I GRUPO II GRUPO III GRUPO 1: 23,6% Doenças infecciosas e causas maternas e perinatais GRUPO 2: 66,2% Doenças crônicas GRUPO 3: 10,2% Causas externas Fonte: Schramm M et al. Transição epidemiológica e o estudo de carga de doença no Brasil. Ciência & Saúde Coletiva. 9: 897-908, 2004
  • 7. A SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA NO BRASIL: A TRIPLA CARGA DE DOENÇAS • UMA AGENDA NÃO CONCLUÍDA DE INFECÇÕES, DESNUTRIÇÃO E PROBLEMAS DE SAÚDE REPRODUTIVA • O CRESCIMENTO DAS CAUSAS EXTERNAS • A FORTE PREDOMINÂNCIA RELATIVA DAS DOENÇAS CRÔNICAS E DE SEUS FATORES DE RISCOS, COMO TABAGISMO, INATIVIDADE FÍSICA, USO EXCESSIVO DE ÁLCOOL E OUTRAS DROGAS E ALIMENTAÇÃO INADEQUADA Fonte: Mendes EV. As redes de atenção à saúde. Brasília, Organização Pan-Americana da Saúde, 2011.
  • 8. A TRANSIÇÃO DOS SISTEMAS DE ATENÇÃO À SAÚDE • OS SISTEMAS FRAGMENTADOS DE ATENÇÃO À SAÚDE • OS SISTEMAS INTEGRADOS DE ATENÇÃO À SAÚDE: AS REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE Fonte: Mendes EV. As redes de atenção à saúde. Brasília, Organização Pan-Americana da Saúde, 2011.
  • 9. AS CARACTERÍSTICAS DOS SISTEMAS FRAGMENTADOS DE ATENÇÃO À SAÚDE • ORGANIZADO POR COMPONENTES ISOLADOS • ORGANIZADO POR NÍVEIS HIERÁRQUICOS • ORIENTADO PARA A ATENÇÃO ÀS CONDIÇÕES AGUDAS E AOS EVENTOS AGUDOS DECORRENTES DE AGUDIZAÇÕES DE CONDIÇÕES CRÔNICAS • VOLTADO PARA INDIVÍDUOS • O SUJEITO É PACIENTE • O SISTEMA É REATIVO • ÊNFASE EM AÇÕES CURATIVAS E REABILITADORAS • ÊNFASE NO CUIDADO PROFISSIONAL DO MÉDICO • GESTÃO DA OFERTA • PAGAMENTO POR PROCEDIMENTOS Fonte: Mendes EV. As redes de atenção à saúde. Brasília, Organização Pan-Americana da Saúde, 2011.
  • 10. O CONTROLE DO DIABETES NO BRASIL • APENAS 10% DOS PORTADORES DE DIABETES TIPO 1 APRESENTARAM NÍVEIS GLICÊMICOS CONTROLADOS • APENAS 27% DOS PORTADORES DE DIABETES TIPO 2 APRESENTARAM NÍVEIS GLICÊMICOS CONTROLADOS • 45% DOS PORTADORES DE DIABETES APRESENTARAM SINAIS DE RETINOPATIAS • 44% DOS PORTADORES DE DIABETES APRESENTARAM NEUROPATIAS • 16% DOS PORTADORES DE DIABETES APRESENTARAM ALTERAÇÕES RENAIS • GASTO PER CAPITA/ANO EM SAUDE: US 721,00 NOS ESTADOS UNIDOS • 17,9 MILHÕES DE PORTADORES DE DIABETES, 5,7% MILHÕES SEM DIAGNÓSTICO (32%) • APENAS 37% DOS PORTADORES DE DIABETES APRESENTARAM NÍVEIS GLICÊMICOS CONTROLADOS • 35% DOS PORTADORES DE DIABETES APRESENTARAM SINAIS DE RETINOPATIAS • 58% DOS PORTADORES DE DIABETES APRESENTARAM DOENÇAS CARDIOVASCULARES • 30% A 70% DOS PORTADORES DE DIABETES APRESENTARAM NEUROPATIAS • 15% DOS PORTADORES DE DIABETES SUBMETERAM-SE A AMPUTAÇÕES • GASTO PER CAPITA/ANO EM SAUDE: US 7.164,00 Fontes: Dominguez BC. Controle ainda é baixo no Brasil. RADIS, 59: 11, 2007. National Institute of Diabetes and Digestive and Kidney Disease. National Diabetes Statistics 2007. Disponível em: www.diabetes.niddk.gov World Health Organization. World Health Statistics 2011. Geneva, WHO, 2011
  • 11. O PROBLEMA A INCOERÊNCIA ENTRE UMA SITUAÇÃO DE SAÚDE QUE COMBINA TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA E TRANSIÇÃO NUTRICIONAL ACELERADAS E TRIPLA CARGA DE DOENÇA, COM FORTE PREDOMINÂNCIA DE CONDIÇÕES CRÔNICAS, E UM SISTEMA FRAGMENTADO DE SAÚDE QUE OPERA DE FORMA EPISÓDICA E REATIVA E QUE É VOLTADO PRINCIPALMENTE PARA A ATENÇÃO ÀS CONDIÇÕES AGUDAS E ÀS AGUDIZAÇÕES DAS CONDIÇÕES CRÔNICAS Fonte: Mendes EV. As redes de atenção à saúde. Brasília, Organização Pan-Americana da Saúde, 2011. FONTE: MENDES (2009)
  • 12. A EXPLICAÇÃO DA CRISE CONTEMPORÂNEA DOS SISTEMAS DE ATENÇÃO À SAÚDE UMA SITUAÇÃO DE SAÚDE DO SÉCULO XXI, COM PREDOMINÂNCIA RELATIVA DE CONDIÇÕES CRÔNICAS, SENDO RESPONDIDA SOCIALMENTE POR UM MODELO DE ATENÇÃO À SAÚDE DESENVOLVIDO NA PRIMEIRA METADE DO SÉCULO XX QUANDO PREDOMINAVAM AS CONDIÇÕES AGUDAS POR QUÊ? O DESCOMPASSO ENTRE OS FATORES CONTINGENCIAIS QUE EVOLUEM RAPIDAMENTE (TRANSIÇÕES DEMOGRÁFICA, NUTRICIONAL, TECNOLÓGICA E EPIDEMIOLÓGICA ) E OS FATORES INTERNOS (CULTURA ORGANIZACIONAL, RECURSOS, SISTEMAS DE INCENTIVOS, ESTILOS DE LIDERANÇA, MODELOS DE ATENÇÃO E ARRANJOS ORGANIZATIVOS) BRECHA 100% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% 1930 1935 1940 1945 1950 1955 1960 1965 1970 1975 1980 1985 1990 1995 2000 2005 2009 Infecciosas e parasitárias Neoplasias Causas externas Aparelho circulatório Outras doenças Fonte: Mendes EV. As redes de atenção à saúde. Brasília, Organização Pan-Americana da Saúde, 2011.
  • 13. A SOLUÇÃO DO PROBLEMA A SITUAÇÃO DE TRIPLA CARGA DE DOENÇA COM PREDOMÍNIO RELATIVO FORTE DE CONDIÇÕES CRÔNICAS EXIGE UM SISTEMA INTEGRADO DE SAÚDE QUE OPERA DE FORMA CONTÍNUA E PROATIVA E VOLTADO EQUILIBRADAMENTE PARA A ATENÇÃO ÀS CONDIÇÕES AGUDAS E CRÔNICAS: AS REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE Fonte: Mendes EV. As redes de atenção à saúde. Brasília, Organização Pan-Americana da Saúde, 2011.
  • 14. AS DIFERENÇAS ENTRE OS SISTEMAS FRAGMENTADOS E AS REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE SISTEMA FRAGMENTADO REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE  ORGANIZADO POR COMPONENTES ISOLADOS  ORGANIZADO POR UM CONTÍNUO DE FONTES: FERNANDEZ (2003); MENDES (2009) ATENÇÃO  ORGANIZADO POR NÍVEIS HIERÁRQUICOS  ORGANIZADO POR UMA REDE POLIÁRQUICA  ORIENTADO PARA A ATENÇÃO A CONDIÇÕES AGUDAS  ORIENTADO PARA A ATENÇÃO A CONDIÇÕES CRÔNICAS E AGUDAS  VOLTADO PARA INDIVÍDUOS  VOLTADO PARA UMA POPULAÇÃO  O SUJEITO É O PACIENTE  O SUJEITO É AGENTE DE SAÚDE  REATIVO  PROATIVO  ÊNFASE NAS AÇÕES CURATIVAS  ATENÇÃO INTEGRAL  CUIDADO PROFISSIONAL  CUIDADO INTERDISCIPLINAR  GESTÃO DA OFERTA  GESTÃO DE BASE POPULACIONAL  FINANCIAMENTO POR PROCEDIMENTOS  FINANCIAMENTO POR CAPITAÇÃO OU POR UM CICLO COMPLETO DE ATENDIMENTO A UMA CONDIÇÃO DE SAÚDE Fonte: Mendes EV. As redes de atenção à saúde. Brasília, Organização Pan-Americana da Saúde, 2011.
  • 15. O CONCEITO DE REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE AS REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE SÃO ORGANIZAÇÕES POLIÁRQUICAS DE CONJUNTOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE, VINCULADOS ENTRE SI POR UMA MISSÃO ÚNICA, POR OBJETIVOS COMUNS E POR UMA AÇÃO COOPERATIVA E INTERDEPENDENTE, QUE PERMITEM OFERTAR UMA ATENÇÃO CONTÍNUA E INTEGRAL A DETERMINADA POPULAÇÃO, COORDENADA PELA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE - PRESTADA NO TEMPO CERTO, NO LUGAR CERTO, COM O CUSTO CERTO, COM A QUALIDADE CERTA E DE FORMA HUMANIZADA - E COM RESPONSABILIDADES SANITÁRIA E ECONÔMICA POR ESTA POPULAÇÃO Fonte: Mendes EV. As redes de atenção à saúde. Brasília, Organização Pan-Americana da Saúde, 2011.
  • 16. OS ELEMENTOS DAS REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE  A POPULAÇÃO  A ESTRUTURA OPERACIONAL  OS MODELOS DE ATENÇÃO À SAÚDE Fonte: Mendes EV. As redes de atenção à saúde. Brasília, Organização Pan-Americana da Saúde, 2011.
  • 17. A ESTRUTURA OPERACIONAL DAS REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE Fonte: Mendes EV. As redes de atenção à saúde. Brasília, Organização Pan-Americana da Saúde, 2011
  • 18. OS MODELOS DE ATENÇÃO À SAÚDE • OS MODELOS DE ATENÇÃO ÀS CONDIÇÕES AGUDAS • OS MODELOS DE ATENÇÃO ÀS CONDIÇÕES CRÔNICAS Fonte: Mendes EV. As redes de atenção à saúde. Brasília, Organização Pan-Americana da Saúde, 2011
  • 19. OS MODELOS DE ATENÇÃO ÀS CONDIÇÕES CRÔNICAS • O MODELO DE ATENÇÃO CRÔNICA (CHRONIC CARE MODEL) • O MODELO DA PIRÂMIDE DE RISCO • UM MODELO DE ATENÇÃO ÀS CONDIÇÕES CRÔNICAS PARA O SUS Fonte: Mendes EV. As redes de atenção à saúde. Brasília, Organização Pan-Americana da Saúde, 2011
  • 20. UM MODELO DE ATENÇÃO ÀS CONDIÇÕES CRÔNICAS PARA O SUS Gestão de Caso Gestão da Condição d e Saúde Autocuidado Apoiado Nível 3 1- 5% de pessoas com condições altamente complexas Nível 2 20-30% de pessoas com condições complexas Nível 1 70-80% de pessoas c om condições simples Fonte: Mendes EV. As redes de atenção à saúde. Brasília, Organização Pan-Americana da Saúde, 2011
  • 21. AS EVIDÊNCIAS SOBRE AS REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE • MELHORAM OS RESULTADOS SANITÁRIOS NAS CONDIÇÕES CRÔNICAS • DIMINUEM AS REFERÊNCIAS A ESPECIALISTAS E A HOSPITAIS • AUMENTAM A EFICIÊNCIA DOS SISTEMAS DE ATENÇÃO À SAÚDE • PRODUZEM SERVIÇOS MAIS CUSTO/EFETIVOS • AUMENTAM A SATISFAÇÃO DAS PESSOAS USUÁRIAS Fonte: Mendes EV. Revisão bibliográfica sobre as redes de atenção à saúde. Belo Horizonte, SESMG, 2008
  • 22. O DECÁLOGO DE CHRIS HAM PARA OS SISTEMAS DE ATENÇÃO À SAÚDE DE ALTA PERFORMANCE EM CONDIÇÕES CRÔNICAS • COBERTURA UNIVERSAL • AUSÊNCIA DE PAGAMENTO DIRETO NO PONTO DE ATENÇÃO • FOCO NA PROMOÇÃO DA SAÚDE E NA PREVENÇÃO DAS DOENÇAS • APOIO ÀS PESSOAS USUÁRIAS, CUIDADORES E FAMÍLIAS PARA O AUTOCUIDADO • PRIORIDADE PARA A ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE • GESTÃO DE BASE POPULACIONAL • INTEGRAÇÃO DO CUIDADO • SUPORTE DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO • COORDENAÇÃO EFETIVA DO CUIDADO • ESTAS CARACTERÍSTICAS DEVEM SER INTEGRADAS NUM TODO COERENTE, OU SEJA, EM REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE Fonte: Ham C. The ten characteristics of the high-performing chronic care system. Health Economics, Policy and Law, 5: 71-90, 2010
  • 23. A ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE ADVERTE: “OS SISTEMAS DE SAÚDE PREDOMINANTES EM TODO MUNDO ESTÃO FALHANDO POIS NÃO ESTÃO CONSEGUINDO ACOMPANHAR A TENDÊNCIA DE DECLÍNIO DOS PROBLEMAS AGUDOS E DE ASCENSÃO DAS CONDIÇÕES CRÔNICAS. QUANDO OS PROBLEMAS SÃO CRÔNICOS, O MODELO DE TRATAMENTO AGUDO NÃO FUNCIONA” Fonte: Organização Mundial da Saúde. Cuidados inovadores para condições crônicas: componentes estruturais de ação. Brasília, Organização Pan-Americana da Saúde, 2003
  • 24. DISPONÍVEL PARA DOWNLOAD GRATUIDO EM: www.conass.org.br