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1
Dra. Sandra Márcia Ribeiro Lins de Albuquerque
email:sandramarcia.lins@gmail.com
ENVELHECIMENTO ATIVO:
DESAFIO DO SÉCULO
CONCEITOS
• GERIATRIA
Ramo da Medicina que se ocupa com os aspectos
biológicos(doenças)do idoso exercida por médicos.
• GERONTOLOGIA
Ramo da ciência que se propõe a estudar o processo de
envelhecimento e os múltiplos problemas que envolvem a
pessoa idosa.
É mais abrangente que a Geriatria
Exercida por outras categorias profissionais
Preocupação acadêmica ainda recente
• GERONTOLOGIA SOCIAL
Área da Gerontologia que se ocupa do impacto das
condições sociais e socioculturais sobre o processo de
envelhecimento e das conseqüências sociais desse
processo.
2
CONCEITOS
• PUERICULTURA
Conjunto de técnicas empregadas para assegurar o perfeito
desenvolvimento físico, mental e moral da criança desde o
período de gestação até a puberdade.
• SENECULTURA
Tem os mesmos princípios mas voltados para a pessoa
idosa.
• SENILIDADE
Pessoa velha, senil, portadora de doenças.
• SENESCÊNCIA
É processo de envelhecimento.
3
CONCEITOS
• QUEM É O IDOSO
60 anos ou mais ( países em desenvolvimento)
65 anos ou mais ( países desenvolvidos)
Muito idoso – mais de 80 anos
• IDOSO SAUDÁVEL
UBS – 3 a 4 doenças crônicas
Programas de promoção de saúde
• IDOSO COM CO-MORBIDADES
Centros de Referência
PSF
Programas de Atenção Secundária
• IDOSO FRÁGIL DEPENDENTE
Centro-Dia
Assistência Domiciliar
Hospital- Dia
Hospital
4
CONCEITOS
ENVELHECIMENTO( bio-gerontológica)
“ Processo dinâmico e progressivo no qual há
modificações morfológicas, funcionais, bioquímicas e
psicológicas que determinam a perda da capacidade de
adaptação do indivíduo ao meio ambiente, ocasionando
maior vulnerabilidade e maior incidência de processos
patológicos que determinam por levá-lo à morte”.
(Papaléo, 1996)
5
Envelhecimento Ativo
• É um processo de otimização de oportunidades
de bem-estar físico, mental e social através do
curso de vida, de forma a aumentar a expectativa
de vida saudável e a qualidade de vida na
velhice. ( ONU 1999).
• O envelhecimento ativo é baseado no
reconhecimento dos direitos humanos dos idosos
e dos princípios de independência, participação,
dignidade, cuidados e autodesempenho
6
7
O século do idoso
Envelhecimento populacional
Grande desafio mundial
• 12 % da população mundial (ONU).
• Brasil (IBGE)
• Entre 1950 e 2020 crescimento 15x.
• População total crescimento de 5x.
• Hoje: 29,9 milhões idosos/ 193,9 milhões habitantes.
• Em 2020: 31,8 milhões de idosos – 6ª população
mundial (IBGE 2012).
Razões para o envelhecimento
Fecundidade Total e Esperança de vida ao nascer
8
UN Population Division World Population Ageing, 1950-2050
Fecundidade Total e Esperança de vida ao nascer
6
5
4
3
2
1
0 0
20
40
60
Totalfertilityrate
(childrenperwoman)
Lifeexpectancyatbirth(years)
Total fertility rate
Life expectancy at birth
1950-55 1975-80 2000-05 2025-30 2045-50
9
A maior população de idosos
10
450 UBS em São Paulo
93 núcleos de convivência de idosos (6540 vagas)
Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo
• 11,23% da população de São Paulo (12.038.175) é
constituída por pessoas com mais de 60 anos.
• Ao todo são 1.352.725.
Fonte: DATASUS 2012
Decida você, como e quanto
você quer viver
“É um paradoxo que
a idéia de ter vida
longa agrade a
todos, e a idéia de
envelhecer não
agrade a ninguém”
Andy Rooney
11
Envelhecer...
• Sou uma pessoa comum, desejo uma vida longa sem ter
que adotar dietas malucas, me entupir de vitaminas,
juntar dinheiro durante muito tempo para gastar em uma
clínica na Suíça e voltar com a mesma idade, estando
convicto de que estou mais jovem.
• Não acredito em tratamentos milagrosos
• Não tenho tempo para fazer 3 hs de exercícios/dia
• Não quero adotar uma dieta tibetana
• Autonomia: discurso bonito mas na prática é difícil
• Envelhecimento hoje com alta tecnologia de saúde –
discutível
• Começar agora e não aos 80 anos
12
• Ficar velho e depender dos outros - o que os
idosos mais temem
• Cada um vive como quer, mas...
Decida você como e quanto
quer viver
13
Morrer prematuramente,
Sofrer desnecessariamente ou
apenas sobreviver
NÃO É VIVER
Envelhecer...
• Marcos temporais assumem , na
maioria das vezes, características
mais restritivas
“ Você já passou da idade”-
limitador da ação
“ 30 anos e não se casou...
Não teve filhos”
“ namorando aos 60?”
“ ele está mal... mas também,
tem 80 anos...
14
A idade, medida pelo relógio,
deprecia, justifica a perda –
“ageism”
Envelhecer...
A juventude é bela
Referencial de beleza
15
- social e culturalmente
imposto
- mais cruel para as mulheres
Bonita – Engraçadinha - Simpática
É necessário despir-se do
preconceito para ver a beleza além
da juventude
Envelhecer...
• Padrão de beleza
– pode e deve ser adaptado
ao longo da vida
– não significa “glamorizar”
o mau gosto e nem se
esconder atrás do
argumento “beleza
interior”
16
Envelhecer...
• O “não” passa a reger nossas ações:
- não arrisque
- não abuse
- não tente
- não vale a pena
Quando aplicado à situações de risco para a vida
são válidos – podem interferir na liberdade
17
É como sair do palco antes da peça acabar...
É proibido rir de si mesmo
É proibido tornar a vida mais leve, menos séria
Ser humano perfeito
• Ideal de boa saúde e disciplina
-Acorda cedo
-Faz 2 horas de exercício
-Alimenta-se frugalmente
-Não fuma
-Não bebe
-Não faz nada que cause estresse
-Dorme cedo
18
Vida mais longa... Será ela melhor?
Talvez o melhor seja...
Transpor as proibições
Envelhecer...
Quando começa a “ descida da serra”?
• Início do declínio funcional associado ao
envelhecimento
• Ser humano – homo sapiens
(determinação biológica)
Processo de evolução
• 10 aos 15 anos – puberdade
• Próximos 15 anos – condições ideais de
reprodução
• Processo de depreciação do organismo
19
O sexo forte
• O sexo forte – teorias
• Hormônio feminino – estrógeno – protege a mulher durante o
período fértil (até a menopausa)
• Perda de sangue (menstruação)  eliminação do ferro
20
Homens
Mulheres
H X M
• Ser pré-histórico – caça, coleta de frutos – diferença de
gêneros
• Guerreiros – defesa e saque
Mais importante- prioriza a alimentação, mais força muscular.
• Mais tarde... Mulheres: mais aptas. É + forte quem morre +
tarde.
Envelhecimento
Processo assimétrico
Ninguém envelhece da mesma forma
Ação do tempo comum a todos
+
marcas da vida
21
Capital de saúde
Investimento em saúde
Grossman, 1972
22
Maior/ Melhor
Saúde é um capital duradouro que tem como produto
o tempo de vida saudável
Capital de saúde Melhor desempenho funcional
do indivíduo
30% patrimônio genético
20% condições socioeconômicas, históricas e sorte
50% podem ser administradas pelo indivíduo
depende do indivíduo
Capital de saúde
Biológico
Seu melhor investimento: VOCE MESMO
Velhice: processo seqüencial e cumulativo
processo individual
A maioria dos investimentos vai exigir escolhas:
- dormir mais ou levantar-se para caminhar
- usar ou não uma medicação
- comer doce ou controlar a glicemia
- “ largar tudo” para viver uma paixão
23
Dizer sim ou não
Depende de você como e quanto viver
Cardápio do dia: alimentação e saúde
• A dieta é um componente fundamental para o bem-estar,
um investimento produtivo no capital de saúde.
• Índice glicêmico de alguns alimentos
24
Baixo Médio-elevado
cereais integrais (pães, massas, arroz) pão e arroz branco
laranja com bagaço farinhas refinadas ou polvilho
cenoura cozida Banana
maçã Abacaxi
uva Batatas
Pêssego flocos de milho
Amendoim Biscoitos, inclusive cream-cracher
Pêra Mel
Ervilhas Manga
Morango pão de hambúrguer
arroz selvagem mamão papaia
iogurt natural Melão
Flocos de milho
A dieta do bem
25
1. Seja seletivo, pense antes de aceitar ou ingerir um alimento.
2. Coma menos, nunca repita um prato. Nunca se alimente
rapidamente. Fast food= fast death.
3. Siga o ditado: “Tome o café da manhã sozinho, para pensar
sobre o seu dia. Almoce com um amigo, para comer pouco e
doe seu jantar aos inimigos”
4. Alimente-se em períodos regulares.
5. Prefira arroz integral e pão feito com trigo integral.Limite o
consumo de farinha de mandioca e batata. Abuse das saladas.
6. Coma peixe grelhado pelo menos duas vezes na semana.
7. Abandone alimentos gordurosos e as frituras. Coma castanhas
três vezes na semana.
8. Doce? Só no filme de Fellini. Um pouco de chocolate amargo
vai bem.
9. Coma frutas sempre que puder
10.Bebidas alcoólicas só durante as refeições.
Água e chá nos intervalos
Quanto custa em calorias prevenir
doenças e viver mais?
Tipo de atividade e o consumo de quilocalorias por minuto
26
Atividade Kcal/minuto
Andar por prazer 3.5
Andar depressa 4-5
Correr 8
Andar de bicicleta-devagar 4
Andar de bicicleta-rápido 10
Exercícios de condicionamento 5.5
Nadar devagar 4
Futebol 7
Tênis 7-8
Squash 12
Atividades não olímpicas
Atividades não olímpicas: Ioga / Tai-chi-chuam /
Pilates/ Dança
Sedentarismo: o lado perverso do processo
• Entre 70% a 80% dos adultos brasileiros são
sedentários.
• A atividade física tem a capacidade de modificar a
evolução de muitas doenças.
• Os sedentários aumentam em 50% a chance de
morrerem antes da hora.
• A taxa de mortalidade geral entre pessoas que
praticam exercícios regularmente é 60% menor do
que em sedentários.
• Outros benefícios: diminui em três vezes a incidência
de câncer do colo e em cerca de 1/3 o câncer de
mama/ aumenta a sensibilidade à insulina/melhora o
sono/melhora a memória/contribui para o alívio de
depressão e ansiedade.
27
Tempo gasto em atividade física é tempo a mais de vida
Investimento emocional
Convocação da senhora de todos nós: a Mente
Corpo e mente não podem ser dissociados.
A saúde mental de homens e mulheres pode aumentar
durante a viagem no tempo.
28
Confúcio nos ensina:
“ Aos 15, abri meu coração para aprender
Aos 30, plantei meus pés no chão
Aos 40, não mais sofria de perplexidades
Aos 50, sabia quais eram as ligações com o céu
Aos 60, eu as escutava como doçura
Aos 70, podia seguir os ditames do meu próprio coração,
pelos quais eu não mais desejava ir além do limite do
correto”.
Podemos continuar seguindo os ditames do coração por
15 anos mais, além dos setenta.
Investimento emocional
O nosso capital emocional pode mudar para melhor,
se escolhermos os caminhos certos e seguirmos um
programa de vida emocional positivo:
– ser otimista
– sublimação
– bom humor
– Altruísmo
– saber esquecer e adiar
– vida a dois
– Criatividade
– Desapego
– driblar o estresse
– indignar-se sem
perder a ternura
29
Como diminuir o capital da saúde
30
Comportamento e ações que ajudam a encurtar a
viagem no tempo:
• Ignorância (em relação à própria saúde: doenças
silenciosas, depressão, em relação ao
envelhecimento)
• Fatalismo
– Lógica Aristotélica:
• O homem envelhece e morre.
Eu estou ficando velho.
Logo, vou morrer.
– Comigo ninguém pode
– O fenômeno Titanic
– Falta de motivação
Aposentadoria
• Sintonia com a maturidade
– Pesquisas (Borders Group, Buck
Consultants, Centro de Envelhecimento e
Trabalho do Boston College) provam que
funcionários mais velhos são tão
produtivos quanto os jovens
31
– As empresas que
compreenderem o
processo de
envelhecimento podem
fazê-los ainda mais
produtivos.
Aposentadoria
Opiniões diferentes quando os profissionais cruzam a
ponte da meia idade:
• jogadores de futebol ficam mais velhos na casa dos 30
anos
• controladores de tráfego aéreo têm que se aposentar
aos 56
• fiscais federais aos 57
• economistas da área do trabalho costumam tomar os 50
anos como base
• geriatras e gerontologistas seguem o critério da OMS –
60 anos (mulheres) e 65 anos (homens)
32
Fonte: Melhor: gestão de pessoas. Revista oficial da ABRH-Nacional-
ano 16/no. 247/junho de 2008.
Aposentadoria
Há uma mudança brusca entre a imagem
que temos de profissionais mais velhos e
a realidade. Se não, basta lembrar a
vitalidade do ator Harrison Ford.
33
Mitos e realidades
- Os trabalhadores mais velhos
custam mais? Verdade
- Eles faltam mais? Mito
- Gasta-se mais com saúde?
Verdade
- São mais difíceis de treinar?
Mito e realidade
- Eles se encostam ? Mito
Aposentadoria
Quando o termo “ trabalhador mais velho” é usado,
imagina-se alguém em seus 70 anos,mais vigoroso
do que seus amigos que jogam golfe ou cartas.
34
O que diz a pesquisa realizada entre a Fundação
Perseu Abramo, o SESC Nacional e o SESC São
Paulo. (publicação: Idosos no Brasil, vivências, desafios e
expectativas na terceira idade)
• Amostra:
— 2136 idosos com 60 anos e mais
— 1608 jovens e adultos de 16 a 59 anos
— Residentes em 204 municípios, grandes, médios e
pequenos das 5 macrorregiões do país
(Sudeste, Nordeste, Sul, Norte e Centro Oeste)
• Idade em que se chega à velhice
— jovens de 16 a 24 anos e adultos de 25 a 59 anos- entre 66
anos e 3 meses a 68 anos e 11 meses
— Idosos (60 anos ou mais)- 70 anos e 7 meses.
Aposentadoria
• Atinge 64% dos idosos: 80% homens (tempo de serviço)
52% mulheres (por idade)
• 67% desejaram a aposentadoria (43% dos idosos)
• 11% não queriam se aposentar (7% dos idosos)
Preparação para a aposentadoria
• 95% dos idosos aposentados não foram preparados
• Dos que obtiveram preparo: 2% empresas privadas
3% empresas do governo
35
Pesquisa realizada pela ABQV com 27 empresas que
receberam o Prêmio Nacional de QV- 14,8% desenvolvem
ações para preparo para a aposentadoria. (54,5% de capital
nacional, 31,8% multinacionais e 13,6%, misto)
O que fazer com os anos de bonificação?
Tem um plano definido para este período?
A morte social o espera?
Existe vida certa?
“Acrescentar vida
aos anos e não
anos à vida”
OMS
36
“A percepção do indivíduo de sua posição na vida, no
contexto da cultura e dos sistemas de valores em que
está inserido e em relação aos seus objetivos,
expectativas, normas e preocupações”.
(THE WHOQOL GROUP, 1995)
Definição de Q.V. da OMS
SMRLA
QUESTÕES ASSOCIADAS
À QUALIDADE DE VIDA DOS
IDOSOS
SMRLA
Qualidade de vida do idoso
• Processo de envelhecimento da população
brasileira (transição demográfica)
• Processo de transição epidemiológica
• Qualidade de vida na velhice - meta a ser
alcançada
Idosos
• Ceticismo
• Desesperança
• Falta de perspectiva de vida
• Certeza de que não têm nenhum papel a cumprir
SMRLA
Qualidade de vida do idoso
SMRLA
• Alguns estão felizes -
vivendo de forma plena esta
etapa de vida
• Qual é o destino desta
população?
• Viver mais desde que
tenham vida boa, alegria de
viver
• Determinante de uma boa e
má qualidade de vida
O que é bem-estar, satisfação,
desejos, sonhos, do que eles
têm medo
Determinante de uma boa
qualidade de vida
SMRLA
Psicosociais
• Respeito
• Família
• Amizade
• Bem-viver
• Solidariedade
• Adaptabilidade
• Lazer
• Segurança
Econômicos
• Boa aposentadoria
• Ter o necessário para viver
• Casa própria
Saúde
Acesso a serviços de saúde
• Problemas de saúde
• Falta de memória, visão
• Baixo poder aquisitivo
• Não ter o necessário
• Não ter família, nem amizades
• Problemas com a família
• Dependência (em geral)
• Falta de respeito, abandono,
desprezo
• Solidão, viver sozinho
• Ficar reclamando da vida
• Rabugice
• Não se adaptar às perdas
Determinante de uma má
qualidade de vida
Maior Medo
• Ficar dependente
• Perder a vida
• Morrer (sozinho)
• Perder a saúde
• Solidão
• Violência
Desejos
• Saúde
• Família
• Companhia
• Dinheiro
• Casa própria
• Viajar
• Bem viver
• Ajudar os filhos
• Ajudar os outros
• Outros desejos (para si,
para a família, para os outros)
Desejo de PAZ
Transformar esta
etapa de vida nos
melhores anos da vida
SMRLA
PASCHOAL, S.M.
44
Depoimentos dos idosos
ENVELHECIMENTO COMO ÉPOCA DE COLHEITA:
“Acho que estou colhendo o que procurei plantar. Eu levei
uma vida saudável e gosto de mim como estou.”
ASPECTOS FÍSICOS:
”As rugas que aparecem, é a minha vida.
São as minhas marcas”.
QUEBRA DE PARADIGMA:
“Eu diria aos meus colegas da 3ª. Idade: percam o medo das
mulheres e venham participar das atividades, que geralmente
envolvem o sexo oposto e é muito bom isso!”
Pesquisa qualitativa realizada em 2003 com idosos do Gamia e do CSGPS
por Albuquerque, SMRL
45
LIMITAÇÕES:
“A única coisa que me perturba é a perda da memória, me
deixa irritado.”
IMPORTÂNCIA DA PREVENÇÃO:
“Até os 60 anos eu fazia exames periódicos, eu cuidei dessa
parte, não desleixei”.
CONCEITO DE SAÚDE:
“Saúde não é só tomar conta do corpo, porque tem que ver
com a alma e o espírito”.
CONCEITO DE QUALIDADE DE VIDA:
“Qualidade de vida é estar bem com a família e consigo
mesma. Essa parte também espiritual e essa atividade que a
gente tem com o convívio com outras pessoas, com a
sociedade”.
Depoimentos dos idosos
Pesquisa qualitativa realizada em 2003 com idosos do Gamia e do CSGPS
por Albuquerque, SMRL
46
Contextualização
A questão do idoso no Brasil permaneceu articulada à saúde e à
previdência social por muito tempo
A velhice aparecia como doença e considerava-se a aplicação de
recursos financeiro em políticas públicas sociais para o idoso
como gasto e não como investimento
O rápido envelhecimento a partir dos anos 1960 acarreta novas
demandas e a necessidade da sociedade civil se organizar em
torno dos idosos, buscando novas formas de políticas públicas
que atendam essas novas demandas.
POLÍTICAS PÚBLICAS DE ATENÇÃO AO IDOSO
47
POLÍTICAS PÚBLICAS DE ATENÇÃO AO IDOSO
As questões referentes ao envelhecimento populacional e
ao entendimento do processo de envelhecer devem ser
observadas como um processo histórico-socioeconômico
SESC inicia trabalho com um pequeno grupo de idosos
em São Paulo.
1963
Primeira iniciativa do governo para assistência aos
idosos: portaria MPAS por intermédio do INPS
Criação da renda mensal vitalícia- auxílio no valor de
50% do salário mínimo a maiores de 70 anos que não
recebiam benefício da Previdência Social.
1974
MPAS – Direito de percepção de renda, em dinheiro, de
valor não superior ao da renda mensal vitalícia, residência
em casa de outrem e condições de internato ou asilado.
1975
POLÍTICAS PÚBLICAS DE ATENÇÃO AO IDOSO
48
Marco histórico e legal
I Assembléia Mundial do Envelhecimento – ONU -
Aprovou plano de ação internacional de Viena . Início
do programa internacional de ação e instalação de
sistema de redes de proteção e prestação de serviços
1982
Constituição cidadã – preconiza direito ao idoso1988
LOAS – Lei no. 8742 de 07/12/1993 - benefícios,
programas e projetos de atenção ao idoso.
Reconhecimento da Assistência Social como política
pública, direito e dever do Estado.
Emite diretrizes.
1993
POLÍTICAS PÚBLICAS DE ATENÇÃO AO IDOSO
49
Marco histórico e legal
PNSI- portaria no. 1395, de 09/12/1999
Propósito: “Manutenção e melhoria, ao máximo, da
capacidade funcional dos idosos, prevenção de
doenças, recuperação da saúde dos que adoecem e a
reabilitação daqueles que venham a ter sua capacidade
funcional comprometida”
1999
Estatuto do Idoso- Objetivo: regular os direitos
assegurados às pessoas com idade igual ou superior a
sessenta anos. É um instrumento operacional.
2003
PNI – Lei no. 8842 de 04/01/1994. Objetivo: garantia dos
direitos sociais dos idosos(autonomia,integração e
participação).
Emite diretrizes e sugere sanções
1994
POLÍTICAS PÚBLICAS DE ATENÇÃO AO IDOSO
50
Alguns Direitos do Estatuto do Idoso
• Atenção integral, por meio de atendimento
especializado – SUS – Sistema Único de Saúde
• Transporte coletivo público gratuito (municipal)
• No caso de transporte intermunicipal e interestadual: 02
vagas gratuitas por veículo
• Descontos de no mínimo 50% nas atividades de lazer,
culturais e esportivas
• Reajuste das aposentadorias na mesma data de reajuste
do salário mínimo
• Beneficio da Prestação Continuada – idade mínima
passa de 67 para 65 anos
Elementos que orientam a atuação das políticas
públicas à pessoa idosa
51
Atuação das
Políticas
Públicas
Trabalho
em
Equipe
Qualidade
do
cuidado
Realização
Profissional
Redes de
Apoio
Social
Organização
da Demanda
Definição
de Fluxos
Agenda
Protegida
52
Etapas que orientam o planejamento das
políticas públicas à pessoa idosa
Diagnóstico
Da Realidade:
Situação Atual
Objetivos
pretendidos:
situação
desejada
Estratégias
adotadas:
meios
institucionais,
operacionais,
gerenciais e
financeiros
Ambiente favorável à reflexão sobre a práxis
nos serviços
53
aprimoramento
contínuo; e
apropriação do
papel de cada
um
dos atores.
Práxis
educação permanente;
identificação de
parceiros; e
fortalecimento da
atuação
em rede
Formação
aproximação;
instrumentos; e
organização de
agenda
específica para a
atenção
à população
idosa.
Gestão
Questões socioculturais específicas
54
DESAFIOS PARA O SÉCULO XXI
(para o Estado, para a Sociedade e para a Família)
• Tornar efetivas as políticas públicas;
• Ligar os avanços em ciência básica e pesquisa clínica ao
cuidado clínico efetivo;
• Criar um sistema de cuidados em saúde com profissionais
treinados para prover assistência para o número crescente de
idosos, integrar a promoção da saúde à assistência.
• Promover o envelhecimento ativo.
• Investir na captação, estudo e integração de informações.
GRANDE QUESTÃO: COMO DEVEMOS NOS
PREPARAR PARA O INEGÁVEL ENVELHECIMENTO DA
NOSSA POPULAÇÃO?
55
56
Referências
• Albuquerque, SMRL. Envelhecimento ativo: desafio do século. São
Paulo: Andreoli;2008. 200 p.
• Guimarães, RM. Decida você, como e quanto viver. Brasília: Renato
Maia Saúde e Letras, 2ª. Ed.;2008. 247p.
• Lombardi TM, Simurro SAB, Arellano EB (org.). Prêmio Nacional de
Qualidade de Vida: a trajetória de uma década. São
Paulo:Associação Brasileira de Qualidade de Vida; 2007.
• Neri AL (org.). Idosos no Brasil: vivências, desafios e expectativas
na terceira idade. São Paulo: Editora Fundação Perseu Abramo,
Edições SESC SP, 2007. 288 p.
• Senge P. Melhor: gestão de pessoas. Revista oficial da ABRH-
Nacional. Ed. Segmento. Ano 16, no. 247, junho de 2008.p. 56-63.
• Alcântara A.O., Camarano A.A., Giacomin K.C (org). Política
Nacional do Idoso Velhas e Novas Questões. IPEA Instituto de
Pesquisa Econômica Aplicada; 2016.
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Gestão do envelhecimento ativo: desafio do século

  • 1. 1 Dra. Sandra Márcia Ribeiro Lins de Albuquerque email:sandramarcia.lins@gmail.com ENVELHECIMENTO ATIVO: DESAFIO DO SÉCULO
  • 2. CONCEITOS • GERIATRIA Ramo da Medicina que se ocupa com os aspectos biológicos(doenças)do idoso exercida por médicos. • GERONTOLOGIA Ramo da ciência que se propõe a estudar o processo de envelhecimento e os múltiplos problemas que envolvem a pessoa idosa. É mais abrangente que a Geriatria Exercida por outras categorias profissionais Preocupação acadêmica ainda recente • GERONTOLOGIA SOCIAL Área da Gerontologia que se ocupa do impacto das condições sociais e socioculturais sobre o processo de envelhecimento e das conseqüências sociais desse processo. 2
  • 3. CONCEITOS • PUERICULTURA Conjunto de técnicas empregadas para assegurar o perfeito desenvolvimento físico, mental e moral da criança desde o período de gestação até a puberdade. • SENECULTURA Tem os mesmos princípios mas voltados para a pessoa idosa. • SENILIDADE Pessoa velha, senil, portadora de doenças. • SENESCÊNCIA É processo de envelhecimento. 3
  • 4. CONCEITOS • QUEM É O IDOSO 60 anos ou mais ( países em desenvolvimento) 65 anos ou mais ( países desenvolvidos) Muito idoso – mais de 80 anos • IDOSO SAUDÁVEL UBS – 3 a 4 doenças crônicas Programas de promoção de saúde • IDOSO COM CO-MORBIDADES Centros de Referência PSF Programas de Atenção Secundária • IDOSO FRÁGIL DEPENDENTE Centro-Dia Assistência Domiciliar Hospital- Dia Hospital 4
  • 5. CONCEITOS ENVELHECIMENTO( bio-gerontológica) “ Processo dinâmico e progressivo no qual há modificações morfológicas, funcionais, bioquímicas e psicológicas que determinam a perda da capacidade de adaptação do indivíduo ao meio ambiente, ocasionando maior vulnerabilidade e maior incidência de processos patológicos que determinam por levá-lo à morte”. (Papaléo, 1996) 5
  • 6. Envelhecimento Ativo • É um processo de otimização de oportunidades de bem-estar físico, mental e social através do curso de vida, de forma a aumentar a expectativa de vida saudável e a qualidade de vida na velhice. ( ONU 1999). • O envelhecimento ativo é baseado no reconhecimento dos direitos humanos dos idosos e dos princípios de independência, participação, dignidade, cuidados e autodesempenho 6
  • 7. 7 O século do idoso Envelhecimento populacional Grande desafio mundial • 12 % da população mundial (ONU). • Brasil (IBGE) • Entre 1950 e 2020 crescimento 15x. • População total crescimento de 5x. • Hoje: 29,9 milhões idosos/ 193,9 milhões habitantes. • Em 2020: 31,8 milhões de idosos – 6ª população mundial (IBGE 2012).
  • 8. Razões para o envelhecimento Fecundidade Total e Esperança de vida ao nascer 8 UN Population Division World Population Ageing, 1950-2050 Fecundidade Total e Esperança de vida ao nascer 6 5 4 3 2 1 0 0 20 40 60 Totalfertilityrate (childrenperwoman) Lifeexpectancyatbirth(years) Total fertility rate Life expectancy at birth 1950-55 1975-80 2000-05 2025-30 2045-50
  • 9. 9
  • 10. A maior população de idosos 10 450 UBS em São Paulo 93 núcleos de convivência de idosos (6540 vagas) Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo • 11,23% da população de São Paulo (12.038.175) é constituída por pessoas com mais de 60 anos. • Ao todo são 1.352.725. Fonte: DATASUS 2012
  • 11. Decida você, como e quanto você quer viver “É um paradoxo que a idéia de ter vida longa agrade a todos, e a idéia de envelhecer não agrade a ninguém” Andy Rooney 11
  • 12. Envelhecer... • Sou uma pessoa comum, desejo uma vida longa sem ter que adotar dietas malucas, me entupir de vitaminas, juntar dinheiro durante muito tempo para gastar em uma clínica na Suíça e voltar com a mesma idade, estando convicto de que estou mais jovem. • Não acredito em tratamentos milagrosos • Não tenho tempo para fazer 3 hs de exercícios/dia • Não quero adotar uma dieta tibetana • Autonomia: discurso bonito mas na prática é difícil • Envelhecimento hoje com alta tecnologia de saúde – discutível • Começar agora e não aos 80 anos 12
  • 13. • Ficar velho e depender dos outros - o que os idosos mais temem • Cada um vive como quer, mas... Decida você como e quanto quer viver 13 Morrer prematuramente, Sofrer desnecessariamente ou apenas sobreviver NÃO É VIVER
  • 14. Envelhecer... • Marcos temporais assumem , na maioria das vezes, características mais restritivas “ Você já passou da idade”- limitador da ação “ 30 anos e não se casou... Não teve filhos” “ namorando aos 60?” “ ele está mal... mas também, tem 80 anos... 14 A idade, medida pelo relógio, deprecia, justifica a perda – “ageism”
  • 15. Envelhecer... A juventude é bela Referencial de beleza 15 - social e culturalmente imposto - mais cruel para as mulheres Bonita – Engraçadinha - Simpática É necessário despir-se do preconceito para ver a beleza além da juventude
  • 16. Envelhecer... • Padrão de beleza – pode e deve ser adaptado ao longo da vida – não significa “glamorizar” o mau gosto e nem se esconder atrás do argumento “beleza interior” 16
  • 17. Envelhecer... • O “não” passa a reger nossas ações: - não arrisque - não abuse - não tente - não vale a pena Quando aplicado à situações de risco para a vida são válidos – podem interferir na liberdade 17 É como sair do palco antes da peça acabar... É proibido rir de si mesmo É proibido tornar a vida mais leve, menos séria
  • 18. Ser humano perfeito • Ideal de boa saúde e disciplina -Acorda cedo -Faz 2 horas de exercício -Alimenta-se frugalmente -Não fuma -Não bebe -Não faz nada que cause estresse -Dorme cedo 18 Vida mais longa... Será ela melhor? Talvez o melhor seja... Transpor as proibições
  • 19. Envelhecer... Quando começa a “ descida da serra”? • Início do declínio funcional associado ao envelhecimento • Ser humano – homo sapiens (determinação biológica) Processo de evolução • 10 aos 15 anos – puberdade • Próximos 15 anos – condições ideais de reprodução • Processo de depreciação do organismo 19
  • 20. O sexo forte • O sexo forte – teorias • Hormônio feminino – estrógeno – protege a mulher durante o período fértil (até a menopausa) • Perda de sangue (menstruação)  eliminação do ferro 20 Homens Mulheres H X M • Ser pré-histórico – caça, coleta de frutos – diferença de gêneros • Guerreiros – defesa e saque Mais importante- prioriza a alimentação, mais força muscular. • Mais tarde... Mulheres: mais aptas. É + forte quem morre + tarde.
  • 21. Envelhecimento Processo assimétrico Ninguém envelhece da mesma forma Ação do tempo comum a todos + marcas da vida 21
  • 22. Capital de saúde Investimento em saúde Grossman, 1972 22 Maior/ Melhor Saúde é um capital duradouro que tem como produto o tempo de vida saudável Capital de saúde Melhor desempenho funcional do indivíduo 30% patrimônio genético 20% condições socioeconômicas, históricas e sorte 50% podem ser administradas pelo indivíduo depende do indivíduo
  • 23. Capital de saúde Biológico Seu melhor investimento: VOCE MESMO Velhice: processo seqüencial e cumulativo processo individual A maioria dos investimentos vai exigir escolhas: - dormir mais ou levantar-se para caminhar - usar ou não uma medicação - comer doce ou controlar a glicemia - “ largar tudo” para viver uma paixão 23 Dizer sim ou não Depende de você como e quanto viver
  • 24. Cardápio do dia: alimentação e saúde • A dieta é um componente fundamental para o bem-estar, um investimento produtivo no capital de saúde. • Índice glicêmico de alguns alimentos 24 Baixo Médio-elevado cereais integrais (pães, massas, arroz) pão e arroz branco laranja com bagaço farinhas refinadas ou polvilho cenoura cozida Banana maçã Abacaxi uva Batatas Pêssego flocos de milho Amendoim Biscoitos, inclusive cream-cracher Pêra Mel Ervilhas Manga Morango pão de hambúrguer arroz selvagem mamão papaia iogurt natural Melão Flocos de milho
  • 25. A dieta do bem 25 1. Seja seletivo, pense antes de aceitar ou ingerir um alimento. 2. Coma menos, nunca repita um prato. Nunca se alimente rapidamente. Fast food= fast death. 3. Siga o ditado: “Tome o café da manhã sozinho, para pensar sobre o seu dia. Almoce com um amigo, para comer pouco e doe seu jantar aos inimigos” 4. Alimente-se em períodos regulares. 5. Prefira arroz integral e pão feito com trigo integral.Limite o consumo de farinha de mandioca e batata. Abuse das saladas. 6. Coma peixe grelhado pelo menos duas vezes na semana. 7. Abandone alimentos gordurosos e as frituras. Coma castanhas três vezes na semana. 8. Doce? Só no filme de Fellini. Um pouco de chocolate amargo vai bem. 9. Coma frutas sempre que puder 10.Bebidas alcoólicas só durante as refeições. Água e chá nos intervalos
  • 26. Quanto custa em calorias prevenir doenças e viver mais? Tipo de atividade e o consumo de quilocalorias por minuto 26 Atividade Kcal/minuto Andar por prazer 3.5 Andar depressa 4-5 Correr 8 Andar de bicicleta-devagar 4 Andar de bicicleta-rápido 10 Exercícios de condicionamento 5.5 Nadar devagar 4 Futebol 7 Tênis 7-8 Squash 12
  • 27. Atividades não olímpicas Atividades não olímpicas: Ioga / Tai-chi-chuam / Pilates/ Dança Sedentarismo: o lado perverso do processo • Entre 70% a 80% dos adultos brasileiros são sedentários. • A atividade física tem a capacidade de modificar a evolução de muitas doenças. • Os sedentários aumentam em 50% a chance de morrerem antes da hora. • A taxa de mortalidade geral entre pessoas que praticam exercícios regularmente é 60% menor do que em sedentários. • Outros benefícios: diminui em três vezes a incidência de câncer do colo e em cerca de 1/3 o câncer de mama/ aumenta a sensibilidade à insulina/melhora o sono/melhora a memória/contribui para o alívio de depressão e ansiedade. 27 Tempo gasto em atividade física é tempo a mais de vida
  • 28. Investimento emocional Convocação da senhora de todos nós: a Mente Corpo e mente não podem ser dissociados. A saúde mental de homens e mulheres pode aumentar durante a viagem no tempo. 28 Confúcio nos ensina: “ Aos 15, abri meu coração para aprender Aos 30, plantei meus pés no chão Aos 40, não mais sofria de perplexidades Aos 50, sabia quais eram as ligações com o céu Aos 60, eu as escutava como doçura Aos 70, podia seguir os ditames do meu próprio coração, pelos quais eu não mais desejava ir além do limite do correto”. Podemos continuar seguindo os ditames do coração por 15 anos mais, além dos setenta.
  • 29. Investimento emocional O nosso capital emocional pode mudar para melhor, se escolhermos os caminhos certos e seguirmos um programa de vida emocional positivo: – ser otimista – sublimação – bom humor – Altruísmo – saber esquecer e adiar – vida a dois – Criatividade – Desapego – driblar o estresse – indignar-se sem perder a ternura 29
  • 30. Como diminuir o capital da saúde 30 Comportamento e ações que ajudam a encurtar a viagem no tempo: • Ignorância (em relação à própria saúde: doenças silenciosas, depressão, em relação ao envelhecimento) • Fatalismo – Lógica Aristotélica: • O homem envelhece e morre. Eu estou ficando velho. Logo, vou morrer. – Comigo ninguém pode – O fenômeno Titanic – Falta de motivação
  • 31. Aposentadoria • Sintonia com a maturidade – Pesquisas (Borders Group, Buck Consultants, Centro de Envelhecimento e Trabalho do Boston College) provam que funcionários mais velhos são tão produtivos quanto os jovens 31 – As empresas que compreenderem o processo de envelhecimento podem fazê-los ainda mais produtivos.
  • 32. Aposentadoria Opiniões diferentes quando os profissionais cruzam a ponte da meia idade: • jogadores de futebol ficam mais velhos na casa dos 30 anos • controladores de tráfego aéreo têm que se aposentar aos 56 • fiscais federais aos 57 • economistas da área do trabalho costumam tomar os 50 anos como base • geriatras e gerontologistas seguem o critério da OMS – 60 anos (mulheres) e 65 anos (homens) 32 Fonte: Melhor: gestão de pessoas. Revista oficial da ABRH-Nacional- ano 16/no. 247/junho de 2008.
  • 33. Aposentadoria Há uma mudança brusca entre a imagem que temos de profissionais mais velhos e a realidade. Se não, basta lembrar a vitalidade do ator Harrison Ford. 33 Mitos e realidades - Os trabalhadores mais velhos custam mais? Verdade - Eles faltam mais? Mito - Gasta-se mais com saúde? Verdade - São mais difíceis de treinar? Mito e realidade - Eles se encostam ? Mito
  • 34. Aposentadoria Quando o termo “ trabalhador mais velho” é usado, imagina-se alguém em seus 70 anos,mais vigoroso do que seus amigos que jogam golfe ou cartas. 34 O que diz a pesquisa realizada entre a Fundação Perseu Abramo, o SESC Nacional e o SESC São Paulo. (publicação: Idosos no Brasil, vivências, desafios e expectativas na terceira idade) • Amostra: — 2136 idosos com 60 anos e mais — 1608 jovens e adultos de 16 a 59 anos — Residentes em 204 municípios, grandes, médios e pequenos das 5 macrorregiões do país (Sudeste, Nordeste, Sul, Norte e Centro Oeste) • Idade em que se chega à velhice — jovens de 16 a 24 anos e adultos de 25 a 59 anos- entre 66 anos e 3 meses a 68 anos e 11 meses — Idosos (60 anos ou mais)- 70 anos e 7 meses.
  • 35. Aposentadoria • Atinge 64% dos idosos: 80% homens (tempo de serviço) 52% mulheres (por idade) • 67% desejaram a aposentadoria (43% dos idosos) • 11% não queriam se aposentar (7% dos idosos) Preparação para a aposentadoria • 95% dos idosos aposentados não foram preparados • Dos que obtiveram preparo: 2% empresas privadas 3% empresas do governo 35 Pesquisa realizada pela ABQV com 27 empresas que receberam o Prêmio Nacional de QV- 14,8% desenvolvem ações para preparo para a aposentadoria. (54,5% de capital nacional, 31,8% multinacionais e 13,6%, misto) O que fazer com os anos de bonificação? Tem um plano definido para este período? A morte social o espera?
  • 36. Existe vida certa? “Acrescentar vida aos anos e não anos à vida” OMS 36
  • 37. “A percepção do indivíduo de sua posição na vida, no contexto da cultura e dos sistemas de valores em que está inserido e em relação aos seus objetivos, expectativas, normas e preocupações”. (THE WHOQOL GROUP, 1995) Definição de Q.V. da OMS SMRLA
  • 38. QUESTÕES ASSOCIADAS À QUALIDADE DE VIDA DOS IDOSOS SMRLA
  • 39. Qualidade de vida do idoso • Processo de envelhecimento da população brasileira (transição demográfica) • Processo de transição epidemiológica • Qualidade de vida na velhice - meta a ser alcançada Idosos • Ceticismo • Desesperança • Falta de perspectiva de vida • Certeza de que não têm nenhum papel a cumprir SMRLA
  • 40. Qualidade de vida do idoso SMRLA • Alguns estão felizes - vivendo de forma plena esta etapa de vida • Qual é o destino desta população? • Viver mais desde que tenham vida boa, alegria de viver • Determinante de uma boa e má qualidade de vida O que é bem-estar, satisfação, desejos, sonhos, do que eles têm medo
  • 41. Determinante de uma boa qualidade de vida SMRLA Psicosociais • Respeito • Família • Amizade • Bem-viver • Solidariedade • Adaptabilidade • Lazer • Segurança Econômicos • Boa aposentadoria • Ter o necessário para viver • Casa própria Saúde Acesso a serviços de saúde
  • 42. • Problemas de saúde • Falta de memória, visão • Baixo poder aquisitivo • Não ter o necessário • Não ter família, nem amizades • Problemas com a família • Dependência (em geral) • Falta de respeito, abandono, desprezo • Solidão, viver sozinho • Ficar reclamando da vida • Rabugice • Não se adaptar às perdas Determinante de uma má qualidade de vida
  • 43. Maior Medo • Ficar dependente • Perder a vida • Morrer (sozinho) • Perder a saúde • Solidão • Violência Desejos • Saúde • Família • Companhia • Dinheiro • Casa própria • Viajar • Bem viver • Ajudar os filhos • Ajudar os outros • Outros desejos (para si, para a família, para os outros) Desejo de PAZ Transformar esta etapa de vida nos melhores anos da vida SMRLA PASCHOAL, S.M.
  • 44. 44 Depoimentos dos idosos ENVELHECIMENTO COMO ÉPOCA DE COLHEITA: “Acho que estou colhendo o que procurei plantar. Eu levei uma vida saudável e gosto de mim como estou.” ASPECTOS FÍSICOS: ”As rugas que aparecem, é a minha vida. São as minhas marcas”. QUEBRA DE PARADIGMA: “Eu diria aos meus colegas da 3ª. Idade: percam o medo das mulheres e venham participar das atividades, que geralmente envolvem o sexo oposto e é muito bom isso!” Pesquisa qualitativa realizada em 2003 com idosos do Gamia e do CSGPS por Albuquerque, SMRL
  • 45. 45 LIMITAÇÕES: “A única coisa que me perturba é a perda da memória, me deixa irritado.” IMPORTÂNCIA DA PREVENÇÃO: “Até os 60 anos eu fazia exames periódicos, eu cuidei dessa parte, não desleixei”. CONCEITO DE SAÚDE: “Saúde não é só tomar conta do corpo, porque tem que ver com a alma e o espírito”. CONCEITO DE QUALIDADE DE VIDA: “Qualidade de vida é estar bem com a família e consigo mesma. Essa parte também espiritual e essa atividade que a gente tem com o convívio com outras pessoas, com a sociedade”. Depoimentos dos idosos Pesquisa qualitativa realizada em 2003 com idosos do Gamia e do CSGPS por Albuquerque, SMRL
  • 46. 46 Contextualização A questão do idoso no Brasil permaneceu articulada à saúde e à previdência social por muito tempo A velhice aparecia como doença e considerava-se a aplicação de recursos financeiro em políticas públicas sociais para o idoso como gasto e não como investimento O rápido envelhecimento a partir dos anos 1960 acarreta novas demandas e a necessidade da sociedade civil se organizar em torno dos idosos, buscando novas formas de políticas públicas que atendam essas novas demandas. POLÍTICAS PÚBLICAS DE ATENÇÃO AO IDOSO
  • 47. 47 POLÍTICAS PÚBLICAS DE ATENÇÃO AO IDOSO As questões referentes ao envelhecimento populacional e ao entendimento do processo de envelhecer devem ser observadas como um processo histórico-socioeconômico SESC inicia trabalho com um pequeno grupo de idosos em São Paulo. 1963 Primeira iniciativa do governo para assistência aos idosos: portaria MPAS por intermédio do INPS Criação da renda mensal vitalícia- auxílio no valor de 50% do salário mínimo a maiores de 70 anos que não recebiam benefício da Previdência Social. 1974 MPAS – Direito de percepção de renda, em dinheiro, de valor não superior ao da renda mensal vitalícia, residência em casa de outrem e condições de internato ou asilado. 1975
  • 48. POLÍTICAS PÚBLICAS DE ATENÇÃO AO IDOSO 48 Marco histórico e legal I Assembléia Mundial do Envelhecimento – ONU - Aprovou plano de ação internacional de Viena . Início do programa internacional de ação e instalação de sistema de redes de proteção e prestação de serviços 1982 Constituição cidadã – preconiza direito ao idoso1988 LOAS – Lei no. 8742 de 07/12/1993 - benefícios, programas e projetos de atenção ao idoso. Reconhecimento da Assistência Social como política pública, direito e dever do Estado. Emite diretrizes. 1993
  • 49. POLÍTICAS PÚBLICAS DE ATENÇÃO AO IDOSO 49 Marco histórico e legal PNSI- portaria no. 1395, de 09/12/1999 Propósito: “Manutenção e melhoria, ao máximo, da capacidade funcional dos idosos, prevenção de doenças, recuperação da saúde dos que adoecem e a reabilitação daqueles que venham a ter sua capacidade funcional comprometida” 1999 Estatuto do Idoso- Objetivo: regular os direitos assegurados às pessoas com idade igual ou superior a sessenta anos. É um instrumento operacional. 2003 PNI – Lei no. 8842 de 04/01/1994. Objetivo: garantia dos direitos sociais dos idosos(autonomia,integração e participação). Emite diretrizes e sugere sanções 1994
  • 50. POLÍTICAS PÚBLICAS DE ATENÇÃO AO IDOSO 50 Alguns Direitos do Estatuto do Idoso • Atenção integral, por meio de atendimento especializado – SUS – Sistema Único de Saúde • Transporte coletivo público gratuito (municipal) • No caso de transporte intermunicipal e interestadual: 02 vagas gratuitas por veículo • Descontos de no mínimo 50% nas atividades de lazer, culturais e esportivas • Reajuste das aposentadorias na mesma data de reajuste do salário mínimo • Beneficio da Prestação Continuada – idade mínima passa de 67 para 65 anos
  • 51. Elementos que orientam a atuação das políticas públicas à pessoa idosa 51 Atuação das Políticas Públicas Trabalho em Equipe Qualidade do cuidado Realização Profissional Redes de Apoio Social Organização da Demanda Definição de Fluxos Agenda Protegida
  • 52. 52 Etapas que orientam o planejamento das políticas públicas à pessoa idosa Diagnóstico Da Realidade: Situação Atual Objetivos pretendidos: situação desejada Estratégias adotadas: meios institucionais, operacionais, gerenciais e financeiros
  • 53. Ambiente favorável à reflexão sobre a práxis nos serviços 53 aprimoramento contínuo; e apropriação do papel de cada um dos atores. Práxis educação permanente; identificação de parceiros; e fortalecimento da atuação em rede Formação aproximação; instrumentos; e organização de agenda específica para a atenção à população idosa. Gestão Questões socioculturais específicas
  • 54. 54 DESAFIOS PARA O SÉCULO XXI (para o Estado, para a Sociedade e para a Família) • Tornar efetivas as políticas públicas; • Ligar os avanços em ciência básica e pesquisa clínica ao cuidado clínico efetivo; • Criar um sistema de cuidados em saúde com profissionais treinados para prover assistência para o número crescente de idosos, integrar a promoção da saúde à assistência. • Promover o envelhecimento ativo. • Investir na captação, estudo e integração de informações. GRANDE QUESTÃO: COMO DEVEMOS NOS PREPARAR PARA O INEGÁVEL ENVELHECIMENTO DA NOSSA POPULAÇÃO?
  • 55. 55
  • 56. 56
  • 57. Referências • Albuquerque, SMRL. Envelhecimento ativo: desafio do século. São Paulo: Andreoli;2008. 200 p. • Guimarães, RM. Decida você, como e quanto viver. Brasília: Renato Maia Saúde e Letras, 2ª. Ed.;2008. 247p. • Lombardi TM, Simurro SAB, Arellano EB (org.). Prêmio Nacional de Qualidade de Vida: a trajetória de uma década. São Paulo:Associação Brasileira de Qualidade de Vida; 2007. • Neri AL (org.). Idosos no Brasil: vivências, desafios e expectativas na terceira idade. São Paulo: Editora Fundação Perseu Abramo, Edições SESC SP, 2007. 288 p. • Senge P. Melhor: gestão de pessoas. Revista oficial da ABRH- Nacional. Ed. Segmento. Ano 16, no. 247, junho de 2008.p. 56-63. • Alcântara A.O., Camarano A.A., Giacomin K.C (org). Política Nacional do Idoso Velhas e Novas Questões. IPEA Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada; 2016. 57