1. O documento discute conceitos relacionados ao envelhecimento como geriatria, gerontologia e gerontologia social.
2. Aborda o conceito de envelhecimento ativo e a importância de promover a independência, participação e dignidade dos idosos.
3. Aponta que o século 21 é o século do idoso devido ao crescimento da população idosa no mundo.
O Futuro do Branding, das Marcas e da Comunicação até 2050
Gestão do envelhecimento ativo: desafio do século
1. 1
Dra. Sandra Márcia Ribeiro Lins de Albuquerque
email:sandramarcia.lins@gmail.com
ENVELHECIMENTO ATIVO:
DESAFIO DO SÉCULO
2. CONCEITOS
• GERIATRIA
Ramo da Medicina que se ocupa com os aspectos
biológicos(doenças)do idoso exercida por médicos.
• GERONTOLOGIA
Ramo da ciência que se propõe a estudar o processo de
envelhecimento e os múltiplos problemas que envolvem a
pessoa idosa.
É mais abrangente que a Geriatria
Exercida por outras categorias profissionais
Preocupação acadêmica ainda recente
• GERONTOLOGIA SOCIAL
Área da Gerontologia que se ocupa do impacto das
condições sociais e socioculturais sobre o processo de
envelhecimento e das conseqüências sociais desse
processo.
2
3. CONCEITOS
• PUERICULTURA
Conjunto de técnicas empregadas para assegurar o perfeito
desenvolvimento físico, mental e moral da criança desde o
período de gestação até a puberdade.
• SENECULTURA
Tem os mesmos princípios mas voltados para a pessoa
idosa.
• SENILIDADE
Pessoa velha, senil, portadora de doenças.
• SENESCÊNCIA
É processo de envelhecimento.
3
4. CONCEITOS
• QUEM É O IDOSO
60 anos ou mais ( países em desenvolvimento)
65 anos ou mais ( países desenvolvidos)
Muito idoso – mais de 80 anos
• IDOSO SAUDÁVEL
UBS – 3 a 4 doenças crônicas
Programas de promoção de saúde
• IDOSO COM CO-MORBIDADES
Centros de Referência
PSF
Programas de Atenção Secundária
• IDOSO FRÁGIL DEPENDENTE
Centro-Dia
Assistência Domiciliar
Hospital- Dia
Hospital
4
5. CONCEITOS
ENVELHECIMENTO( bio-gerontológica)
“ Processo dinâmico e progressivo no qual há
modificações morfológicas, funcionais, bioquímicas e
psicológicas que determinam a perda da capacidade de
adaptação do indivíduo ao meio ambiente, ocasionando
maior vulnerabilidade e maior incidência de processos
patológicos que determinam por levá-lo à morte”.
(Papaléo, 1996)
5
6. Envelhecimento Ativo
• É um processo de otimização de oportunidades
de bem-estar físico, mental e social através do
curso de vida, de forma a aumentar a expectativa
de vida saudável e a qualidade de vida na
velhice. ( ONU 1999).
• O envelhecimento ativo é baseado no
reconhecimento dos direitos humanos dos idosos
e dos princípios de independência, participação,
dignidade, cuidados e autodesempenho
6
7. 7
O século do idoso
Envelhecimento populacional
Grande desafio mundial
• 12 % da população mundial (ONU).
• Brasil (IBGE)
• Entre 1950 e 2020 crescimento 15x.
• População total crescimento de 5x.
• Hoje: 29,9 milhões idosos/ 193,9 milhões habitantes.
• Em 2020: 31,8 milhões de idosos – 6ª população
mundial (IBGE 2012).
8. Razões para o envelhecimento
Fecundidade Total e Esperança de vida ao nascer
8
UN Population Division World Population Ageing, 1950-2050
Fecundidade Total e Esperança de vida ao nascer
6
5
4
3
2
1
0 0
20
40
60
Totalfertilityrate
(childrenperwoman)
Lifeexpectancyatbirth(years)
Total fertility rate
Life expectancy at birth
1950-55 1975-80 2000-05 2025-30 2045-50
10. A maior população de idosos
10
450 UBS em São Paulo
93 núcleos de convivência de idosos (6540 vagas)
Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo
• 11,23% da população de São Paulo (12.038.175) é
constituída por pessoas com mais de 60 anos.
• Ao todo são 1.352.725.
Fonte: DATASUS 2012
11. Decida você, como e quanto
você quer viver
“É um paradoxo que
a idéia de ter vida
longa agrade a
todos, e a idéia de
envelhecer não
agrade a ninguém”
Andy Rooney
11
12. Envelhecer...
• Sou uma pessoa comum, desejo uma vida longa sem ter
que adotar dietas malucas, me entupir de vitaminas,
juntar dinheiro durante muito tempo para gastar em uma
clínica na Suíça e voltar com a mesma idade, estando
convicto de que estou mais jovem.
• Não acredito em tratamentos milagrosos
• Não tenho tempo para fazer 3 hs de exercícios/dia
• Não quero adotar uma dieta tibetana
• Autonomia: discurso bonito mas na prática é difícil
• Envelhecimento hoje com alta tecnologia de saúde –
discutível
• Começar agora e não aos 80 anos
12
13. • Ficar velho e depender dos outros - o que os
idosos mais temem
• Cada um vive como quer, mas...
Decida você como e quanto
quer viver
13
Morrer prematuramente,
Sofrer desnecessariamente ou
apenas sobreviver
NÃO É VIVER
14. Envelhecer...
• Marcos temporais assumem , na
maioria das vezes, características
mais restritivas
“ Você já passou da idade”-
limitador da ação
“ 30 anos e não se casou...
Não teve filhos”
“ namorando aos 60?”
“ ele está mal... mas também,
tem 80 anos...
14
A idade, medida pelo relógio,
deprecia, justifica a perda –
“ageism”
15. Envelhecer...
A juventude é bela
Referencial de beleza
15
- social e culturalmente
imposto
- mais cruel para as mulheres
Bonita – Engraçadinha - Simpática
É necessário despir-se do
preconceito para ver a beleza além
da juventude
16. Envelhecer...
• Padrão de beleza
– pode e deve ser adaptado
ao longo da vida
– não significa “glamorizar”
o mau gosto e nem se
esconder atrás do
argumento “beleza
interior”
16
17. Envelhecer...
• O “não” passa a reger nossas ações:
- não arrisque
- não abuse
- não tente
- não vale a pena
Quando aplicado à situações de risco para a vida
são válidos – podem interferir na liberdade
17
É como sair do palco antes da peça acabar...
É proibido rir de si mesmo
É proibido tornar a vida mais leve, menos séria
18. Ser humano perfeito
• Ideal de boa saúde e disciplina
-Acorda cedo
-Faz 2 horas de exercício
-Alimenta-se frugalmente
-Não fuma
-Não bebe
-Não faz nada que cause estresse
-Dorme cedo
18
Vida mais longa... Será ela melhor?
Talvez o melhor seja...
Transpor as proibições
19. Envelhecer...
Quando começa a “ descida da serra”?
• Início do declínio funcional associado ao
envelhecimento
• Ser humano – homo sapiens
(determinação biológica)
Processo de evolução
• 10 aos 15 anos – puberdade
• Próximos 15 anos – condições ideais de
reprodução
• Processo de depreciação do organismo
19
20. O sexo forte
• O sexo forte – teorias
• Hormônio feminino – estrógeno – protege a mulher durante o
período fértil (até a menopausa)
• Perda de sangue (menstruação) eliminação do ferro
20
Homens
Mulheres
H X M
• Ser pré-histórico – caça, coleta de frutos – diferença de
gêneros
• Guerreiros – defesa e saque
Mais importante- prioriza a alimentação, mais força muscular.
• Mais tarde... Mulheres: mais aptas. É + forte quem morre +
tarde.
22. Capital de saúde
Investimento em saúde
Grossman, 1972
22
Maior/ Melhor
Saúde é um capital duradouro que tem como produto
o tempo de vida saudável
Capital de saúde Melhor desempenho funcional
do indivíduo
30% patrimônio genético
20% condições socioeconômicas, históricas e sorte
50% podem ser administradas pelo indivíduo
depende do indivíduo
23. Capital de saúde
Biológico
Seu melhor investimento: VOCE MESMO
Velhice: processo seqüencial e cumulativo
processo individual
A maioria dos investimentos vai exigir escolhas:
- dormir mais ou levantar-se para caminhar
- usar ou não uma medicação
- comer doce ou controlar a glicemia
- “ largar tudo” para viver uma paixão
23
Dizer sim ou não
Depende de você como e quanto viver
24. Cardápio do dia: alimentação e saúde
• A dieta é um componente fundamental para o bem-estar,
um investimento produtivo no capital de saúde.
• Índice glicêmico de alguns alimentos
24
Baixo Médio-elevado
cereais integrais (pães, massas, arroz) pão e arroz branco
laranja com bagaço farinhas refinadas ou polvilho
cenoura cozida Banana
maçã Abacaxi
uva Batatas
Pêssego flocos de milho
Amendoim Biscoitos, inclusive cream-cracher
Pêra Mel
Ervilhas Manga
Morango pão de hambúrguer
arroz selvagem mamão papaia
iogurt natural Melão
Flocos de milho
25. A dieta do bem
25
1. Seja seletivo, pense antes de aceitar ou ingerir um alimento.
2. Coma menos, nunca repita um prato. Nunca se alimente
rapidamente. Fast food= fast death.
3. Siga o ditado: “Tome o café da manhã sozinho, para pensar
sobre o seu dia. Almoce com um amigo, para comer pouco e
doe seu jantar aos inimigos”
4. Alimente-se em períodos regulares.
5. Prefira arroz integral e pão feito com trigo integral.Limite o
consumo de farinha de mandioca e batata. Abuse das saladas.
6. Coma peixe grelhado pelo menos duas vezes na semana.
7. Abandone alimentos gordurosos e as frituras. Coma castanhas
três vezes na semana.
8. Doce? Só no filme de Fellini. Um pouco de chocolate amargo
vai bem.
9. Coma frutas sempre que puder
10.Bebidas alcoólicas só durante as refeições.
Água e chá nos intervalos
26. Quanto custa em calorias prevenir
doenças e viver mais?
Tipo de atividade e o consumo de quilocalorias por minuto
26
Atividade Kcal/minuto
Andar por prazer 3.5
Andar depressa 4-5
Correr 8
Andar de bicicleta-devagar 4
Andar de bicicleta-rápido 10
Exercícios de condicionamento 5.5
Nadar devagar 4
Futebol 7
Tênis 7-8
Squash 12
27. Atividades não olímpicas
Atividades não olímpicas: Ioga / Tai-chi-chuam /
Pilates/ Dança
Sedentarismo: o lado perverso do processo
• Entre 70% a 80% dos adultos brasileiros são
sedentários.
• A atividade física tem a capacidade de modificar a
evolução de muitas doenças.
• Os sedentários aumentam em 50% a chance de
morrerem antes da hora.
• A taxa de mortalidade geral entre pessoas que
praticam exercícios regularmente é 60% menor do
que em sedentários.
• Outros benefícios: diminui em três vezes a incidência
de câncer do colo e em cerca de 1/3 o câncer de
mama/ aumenta a sensibilidade à insulina/melhora o
sono/melhora a memória/contribui para o alívio de
depressão e ansiedade.
27
Tempo gasto em atividade física é tempo a mais de vida
28. Investimento emocional
Convocação da senhora de todos nós: a Mente
Corpo e mente não podem ser dissociados.
A saúde mental de homens e mulheres pode aumentar
durante a viagem no tempo.
28
Confúcio nos ensina:
“ Aos 15, abri meu coração para aprender
Aos 30, plantei meus pés no chão
Aos 40, não mais sofria de perplexidades
Aos 50, sabia quais eram as ligações com o céu
Aos 60, eu as escutava como doçura
Aos 70, podia seguir os ditames do meu próprio coração,
pelos quais eu não mais desejava ir além do limite do
correto”.
Podemos continuar seguindo os ditames do coração por
15 anos mais, além dos setenta.
29. Investimento emocional
O nosso capital emocional pode mudar para melhor,
se escolhermos os caminhos certos e seguirmos um
programa de vida emocional positivo:
– ser otimista
– sublimação
– bom humor
– Altruísmo
– saber esquecer e adiar
– vida a dois
– Criatividade
– Desapego
– driblar o estresse
– indignar-se sem
perder a ternura
29
30. Como diminuir o capital da saúde
30
Comportamento e ações que ajudam a encurtar a
viagem no tempo:
• Ignorância (em relação à própria saúde: doenças
silenciosas, depressão, em relação ao
envelhecimento)
• Fatalismo
– Lógica Aristotélica:
• O homem envelhece e morre.
Eu estou ficando velho.
Logo, vou morrer.
– Comigo ninguém pode
– O fenômeno Titanic
– Falta de motivação
31. Aposentadoria
• Sintonia com a maturidade
– Pesquisas (Borders Group, Buck
Consultants, Centro de Envelhecimento e
Trabalho do Boston College) provam que
funcionários mais velhos são tão
produtivos quanto os jovens
31
– As empresas que
compreenderem o
processo de
envelhecimento podem
fazê-los ainda mais
produtivos.
32. Aposentadoria
Opiniões diferentes quando os profissionais cruzam a
ponte da meia idade:
• jogadores de futebol ficam mais velhos na casa dos 30
anos
• controladores de tráfego aéreo têm que se aposentar
aos 56
• fiscais federais aos 57
• economistas da área do trabalho costumam tomar os 50
anos como base
• geriatras e gerontologistas seguem o critério da OMS –
60 anos (mulheres) e 65 anos (homens)
32
Fonte: Melhor: gestão de pessoas. Revista oficial da ABRH-Nacional-
ano 16/no. 247/junho de 2008.
33. Aposentadoria
Há uma mudança brusca entre a imagem
que temos de profissionais mais velhos e
a realidade. Se não, basta lembrar a
vitalidade do ator Harrison Ford.
33
Mitos e realidades
- Os trabalhadores mais velhos
custam mais? Verdade
- Eles faltam mais? Mito
- Gasta-se mais com saúde?
Verdade
- São mais difíceis de treinar?
Mito e realidade
- Eles se encostam ? Mito
34. Aposentadoria
Quando o termo “ trabalhador mais velho” é usado,
imagina-se alguém em seus 70 anos,mais vigoroso
do que seus amigos que jogam golfe ou cartas.
34
O que diz a pesquisa realizada entre a Fundação
Perseu Abramo, o SESC Nacional e o SESC São
Paulo. (publicação: Idosos no Brasil, vivências, desafios e
expectativas na terceira idade)
• Amostra:
— 2136 idosos com 60 anos e mais
— 1608 jovens e adultos de 16 a 59 anos
— Residentes em 204 municípios, grandes, médios e
pequenos das 5 macrorregiões do país
(Sudeste, Nordeste, Sul, Norte e Centro Oeste)
• Idade em que se chega à velhice
— jovens de 16 a 24 anos e adultos de 25 a 59 anos- entre 66
anos e 3 meses a 68 anos e 11 meses
— Idosos (60 anos ou mais)- 70 anos e 7 meses.
35. Aposentadoria
• Atinge 64% dos idosos: 80% homens (tempo de serviço)
52% mulheres (por idade)
• 67% desejaram a aposentadoria (43% dos idosos)
• 11% não queriam se aposentar (7% dos idosos)
Preparação para a aposentadoria
• 95% dos idosos aposentados não foram preparados
• Dos que obtiveram preparo: 2% empresas privadas
3% empresas do governo
35
Pesquisa realizada pela ABQV com 27 empresas que
receberam o Prêmio Nacional de QV- 14,8% desenvolvem
ações para preparo para a aposentadoria. (54,5% de capital
nacional, 31,8% multinacionais e 13,6%, misto)
O que fazer com os anos de bonificação?
Tem um plano definido para este período?
A morte social o espera?
37. “A percepção do indivíduo de sua posição na vida, no
contexto da cultura e dos sistemas de valores em que
está inserido e em relação aos seus objetivos,
expectativas, normas e preocupações”.
(THE WHOQOL GROUP, 1995)
Definição de Q.V. da OMS
SMRLA
39. Qualidade de vida do idoso
• Processo de envelhecimento da população
brasileira (transição demográfica)
• Processo de transição epidemiológica
• Qualidade de vida na velhice - meta a ser
alcançada
Idosos
• Ceticismo
• Desesperança
• Falta de perspectiva de vida
• Certeza de que não têm nenhum papel a cumprir
SMRLA
40. Qualidade de vida do idoso
SMRLA
• Alguns estão felizes -
vivendo de forma plena esta
etapa de vida
• Qual é o destino desta
população?
• Viver mais desde que
tenham vida boa, alegria de
viver
• Determinante de uma boa e
má qualidade de vida
O que é bem-estar, satisfação,
desejos, sonhos, do que eles
têm medo
41. Determinante de uma boa
qualidade de vida
SMRLA
Psicosociais
• Respeito
• Família
• Amizade
• Bem-viver
• Solidariedade
• Adaptabilidade
• Lazer
• Segurança
Econômicos
• Boa aposentadoria
• Ter o necessário para viver
• Casa própria
Saúde
Acesso a serviços de saúde
42. • Problemas de saúde
• Falta de memória, visão
• Baixo poder aquisitivo
• Não ter o necessário
• Não ter família, nem amizades
• Problemas com a família
• Dependência (em geral)
• Falta de respeito, abandono,
desprezo
• Solidão, viver sozinho
• Ficar reclamando da vida
• Rabugice
• Não se adaptar às perdas
Determinante de uma má
qualidade de vida
43. Maior Medo
• Ficar dependente
• Perder a vida
• Morrer (sozinho)
• Perder a saúde
• Solidão
• Violência
Desejos
• Saúde
• Família
• Companhia
• Dinheiro
• Casa própria
• Viajar
• Bem viver
• Ajudar os filhos
• Ajudar os outros
• Outros desejos (para si,
para a família, para os outros)
Desejo de PAZ
Transformar esta
etapa de vida nos
melhores anos da vida
SMRLA
PASCHOAL, S.M.
44. 44
Depoimentos dos idosos
ENVELHECIMENTO COMO ÉPOCA DE COLHEITA:
“Acho que estou colhendo o que procurei plantar. Eu levei
uma vida saudável e gosto de mim como estou.”
ASPECTOS FÍSICOS:
”As rugas que aparecem, é a minha vida.
São as minhas marcas”.
QUEBRA DE PARADIGMA:
“Eu diria aos meus colegas da 3ª. Idade: percam o medo das
mulheres e venham participar das atividades, que geralmente
envolvem o sexo oposto e é muito bom isso!”
Pesquisa qualitativa realizada em 2003 com idosos do Gamia e do CSGPS
por Albuquerque, SMRL
45. 45
LIMITAÇÕES:
“A única coisa que me perturba é a perda da memória, me
deixa irritado.”
IMPORTÂNCIA DA PREVENÇÃO:
“Até os 60 anos eu fazia exames periódicos, eu cuidei dessa
parte, não desleixei”.
CONCEITO DE SAÚDE:
“Saúde não é só tomar conta do corpo, porque tem que ver
com a alma e o espírito”.
CONCEITO DE QUALIDADE DE VIDA:
“Qualidade de vida é estar bem com a família e consigo
mesma. Essa parte também espiritual e essa atividade que a
gente tem com o convívio com outras pessoas, com a
sociedade”.
Depoimentos dos idosos
Pesquisa qualitativa realizada em 2003 com idosos do Gamia e do CSGPS
por Albuquerque, SMRL
46. 46
Contextualização
A questão do idoso no Brasil permaneceu articulada à saúde e à
previdência social por muito tempo
A velhice aparecia como doença e considerava-se a aplicação de
recursos financeiro em políticas públicas sociais para o idoso
como gasto e não como investimento
O rápido envelhecimento a partir dos anos 1960 acarreta novas
demandas e a necessidade da sociedade civil se organizar em
torno dos idosos, buscando novas formas de políticas públicas
que atendam essas novas demandas.
POLÍTICAS PÚBLICAS DE ATENÇÃO AO IDOSO
47. 47
POLÍTICAS PÚBLICAS DE ATENÇÃO AO IDOSO
As questões referentes ao envelhecimento populacional e
ao entendimento do processo de envelhecer devem ser
observadas como um processo histórico-socioeconômico
SESC inicia trabalho com um pequeno grupo de idosos
em São Paulo.
1963
Primeira iniciativa do governo para assistência aos
idosos: portaria MPAS por intermédio do INPS
Criação da renda mensal vitalícia- auxílio no valor de
50% do salário mínimo a maiores de 70 anos que não
recebiam benefício da Previdência Social.
1974
MPAS – Direito de percepção de renda, em dinheiro, de
valor não superior ao da renda mensal vitalícia, residência
em casa de outrem e condições de internato ou asilado.
1975
48. POLÍTICAS PÚBLICAS DE ATENÇÃO AO IDOSO
48
Marco histórico e legal
I Assembléia Mundial do Envelhecimento – ONU -
Aprovou plano de ação internacional de Viena . Início
do programa internacional de ação e instalação de
sistema de redes de proteção e prestação de serviços
1982
Constituição cidadã – preconiza direito ao idoso1988
LOAS – Lei no. 8742 de 07/12/1993 - benefícios,
programas e projetos de atenção ao idoso.
Reconhecimento da Assistência Social como política
pública, direito e dever do Estado.
Emite diretrizes.
1993
49. POLÍTICAS PÚBLICAS DE ATENÇÃO AO IDOSO
49
Marco histórico e legal
PNSI- portaria no. 1395, de 09/12/1999
Propósito: “Manutenção e melhoria, ao máximo, da
capacidade funcional dos idosos, prevenção de
doenças, recuperação da saúde dos que adoecem e a
reabilitação daqueles que venham a ter sua capacidade
funcional comprometida”
1999
Estatuto do Idoso- Objetivo: regular os direitos
assegurados às pessoas com idade igual ou superior a
sessenta anos. É um instrumento operacional.
2003
PNI – Lei no. 8842 de 04/01/1994. Objetivo: garantia dos
direitos sociais dos idosos(autonomia,integração e
participação).
Emite diretrizes e sugere sanções
1994
50. POLÍTICAS PÚBLICAS DE ATENÇÃO AO IDOSO
50
Alguns Direitos do Estatuto do Idoso
• Atenção integral, por meio de atendimento
especializado – SUS – Sistema Único de Saúde
• Transporte coletivo público gratuito (municipal)
• No caso de transporte intermunicipal e interestadual: 02
vagas gratuitas por veículo
• Descontos de no mínimo 50% nas atividades de lazer,
culturais e esportivas
• Reajuste das aposentadorias na mesma data de reajuste
do salário mínimo
• Beneficio da Prestação Continuada – idade mínima
passa de 67 para 65 anos
51. Elementos que orientam a atuação das políticas
públicas à pessoa idosa
51
Atuação das
Políticas
Públicas
Trabalho
em
Equipe
Qualidade
do
cuidado
Realização
Profissional
Redes de
Apoio
Social
Organização
da Demanda
Definição
de Fluxos
Agenda
Protegida
52. 52
Etapas que orientam o planejamento das
políticas públicas à pessoa idosa
Diagnóstico
Da Realidade:
Situação Atual
Objetivos
pretendidos:
situação
desejada
Estratégias
adotadas:
meios
institucionais,
operacionais,
gerenciais e
financeiros
53. Ambiente favorável à reflexão sobre a práxis
nos serviços
53
aprimoramento
contínuo; e
apropriação do
papel de cada
um
dos atores.
Práxis
educação permanente;
identificação de
parceiros; e
fortalecimento da
atuação
em rede
Formação
aproximação;
instrumentos; e
organização de
agenda
específica para a
atenção
à população
idosa.
Gestão
Questões socioculturais específicas
54. 54
DESAFIOS PARA O SÉCULO XXI
(para o Estado, para a Sociedade e para a Família)
• Tornar efetivas as políticas públicas;
• Ligar os avanços em ciência básica e pesquisa clínica ao
cuidado clínico efetivo;
• Criar um sistema de cuidados em saúde com profissionais
treinados para prover assistência para o número crescente de
idosos, integrar a promoção da saúde à assistência.
• Promover o envelhecimento ativo.
• Investir na captação, estudo e integração de informações.
GRANDE QUESTÃO: COMO DEVEMOS NOS
PREPARAR PARA O INEGÁVEL ENVELHECIMENTO DA
NOSSA POPULAÇÃO?
57. Referências
• Albuquerque, SMRL. Envelhecimento ativo: desafio do século. São
Paulo: Andreoli;2008. 200 p.
• Guimarães, RM. Decida você, como e quanto viver. Brasília: Renato
Maia Saúde e Letras, 2ª. Ed.;2008. 247p.
• Lombardi TM, Simurro SAB, Arellano EB (org.). Prêmio Nacional de
Qualidade de Vida: a trajetória de uma década. São
Paulo:Associação Brasileira de Qualidade de Vida; 2007.
• Neri AL (org.). Idosos no Brasil: vivências, desafios e expectativas
na terceira idade. São Paulo: Editora Fundação Perseu Abramo,
Edições SESC SP, 2007. 288 p.
• Senge P. Melhor: gestão de pessoas. Revista oficial da ABRH-
Nacional. Ed. Segmento. Ano 16, no. 247, junho de 2008.p. 56-63.
• Alcântara A.O., Camarano A.A., Giacomin K.C (org). Política
Nacional do Idoso Velhas e Novas Questões. IPEA Instituto de
Pesquisa Econômica Aplicada; 2016.
57