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ENVELHECIMENTO ATIVO E PROMOÇÃO DA SAÚDE
Elisabete Machado, Rolanda Gomes, &Teresa Vilaça
1
Unidade Curricular Projeto e Seminário – Dispositivos e Metodologias de Formação e Mediação, Instituto da
Educação – Universidade do Minho
Noutros tempos ser velho significava sabedoria e experiência e o papel do idoso na sociedade
era reconhecido e valorizado socialmente. Nesse tempo o processo de envelhecer era
encarado como sendo um processo natural da vida humana. Nos dias de hoje, quando
ouvimos falar em envelhecimento, automaticamente ligamos este processo a vários conceitos
que achamos serem os que o caracterizam: velho, doenças, vulnerabilidade, rugas,
dependência, solidão, entre outros. Não é verdade! Atualmente, nas sociedades com um
desenvolvimento sustentado, envelhecer também pode significar um acumular de
experiências e vivências pessoais, traduzindo-se na construção de uma história individual,
familiar e social (Oliveira, 2005) (Figura 1).
Figura 1
Promoção da saúde no envelhecimento ativo
Este conjunto de conceitos antigos que na sua grande maioria tinham conotação negativa,
estão totalmente ultrapassados nas sociedades sustentadas. Na sociedade portuguesa atual,
parece-nos que ser velho se tornou um problema, tanto para os que alcançam esta nova fase, a
terceira idade, como para os que os rodeiam. Verifica-se uma proliferação de conflitos entre
gerações, fruto de uma sociedade cada vez mais competitiva e complexa na busca de uma
satisfação essencialmente pessoal e material, descurando o lado socializador e afetivo
essencial ao ser humano. Estes comportamentos deram lugar à solidão dos seniores, a um
maior afastamento entre pessoas e a uma rotura de laços tanto familiares como sociais. Os
valores e os princípios que outrora marcaram e lideraram a sociedade das gerações mais
velhas deixaram de ter lugar na sociedade contemporânea. Assim, como tantas outras coisas,
o idoso deixou de ocupar um lugar de destaque. Se antes desempenhava um papel
fundamental na educação dos mais jovens, as mudanças que ocorreram vieram dificultar a
vivência de relações capazes de propiciar o convivo saudável entre as diferentes gerações.
Este distanciamento dificulta o olhar dos mais novos face ao idoso e a aceitação do
envelhecimento como um processo natural e integrante da vida do ser humano. Tal como
refere Simões (2010), verifica-se “ (…) um vazio cultural e social em relação ao papel do
ancião na atual sociedade, o que impõe a urgência de se pensar em políticas que facilitem a
integração do idoso e a sua valorização” (p.486).
Consideramos que um dos maiores desafios dos Licenciados em Educação no que respeita a
esta temática, é o de criar um ambiente de respeito e tolerância entre as diferentes gerações,
de forma a evitar o afastamento de duas gerações que se podem enriquecer uma à outra,
através da partilha de conhecimentos, experiências e visões – uma troca intergeracional em
que ambas saem fortalecidas.
Para encarar a velhice como uma fase crítica do desenvolvimento humano, é necessário
realçar os aspetos positivos que este processo tem de forma a desvanecer a conotação
negativa que o processo de envelhecimento normalmente acarreta. Esta é a chave basilar do
nosso trabalho.
O processo de envelhecimento, negativamente associado a aspetos como doenças,
improdutividade, vulnerabilidade, limitações e incapacidades de vária ordem, leva ao
empenhamento dos investigadores no sentido de transformar esta visão limitativa numa visão
holística que encare a velhice como mais uma etapa da vida do ser humano, que pode ser
ultrapassada com sucesso (Oliveira, 2005). Este processo deve ter em consideração as
circunstâncias individuais, sociais e ambientais que envolvem a pessoa idosa. É importante
perceber que envelhecer bem transpõe a objetividade da saúde física, expandindo-se o
envelhecimento num processo contínuo e multifuncional que inclui um conjunto de processos
de ordem física, psicológica e social, capazes de produzir mudanças nas pessoas,
influenciando a sua posição social perante os outros. Exercemos a nossa prática profissional
para atingir este objetivo e contribuir para que a sociedade portuguesa seja mais uma
sociedade onde se atinjam os valores do desenvolvimento social sustentável. Educamos e
trabalhamos neste sentido. Esta é a nossa missão como Licenciadas em Supervisão na
especialização de Mediação Educacional, Formação e Supervisão (Figura 2).
Figura 2
Missão do Licenciado em Educação, na especialização de Mediação Educacional, Formação e Supervisão, a
trabalhar em envelhecimento ativo e promoção da saúde
Podemos perceber que o envelhecimento é influenciado por diversos fatores que não ocorrem
de forma similar em todos os indivíduos. Estes fatores podem influenciar o modo como o
envelhecimento se processa, conduzindo ao sucesso ou insucesso do mesmo. Seguindo a
perspetiva apresentada por Oliveira (2005), uma velhice bem-sucedida traduz-se
fundamentalmente a nível pessoal, associada à saúde, à conservação de um nível elevado do
funcionamento cognitivo e físico, da sua participação ativa na sociedade e manutenção das
suas relações sociais, mesmo após a reforma. Estas diferentes condicionantes visam,
essencialmente, o bem-estar da pessoa idosa e abarcam, como já referido, todas as dimensões
do indivíduo. Esta etapa pode ser caraterizada frequentemente pela crise de identidade por
parte do próprio idoso e pela sociedade que o rodeia, traduzindo-se pela diminuição da
autoestima e dificuldades em adaptar-se à sua nova condição como pessoa idosa, levando-o a
ter comportamentos não muito característicos da sua idade. É nesse sentido que a
preocupação central das Organizações (OMS, Governos, Instituições) é a de promover um
envelhecimento ativo e bem-sucedido. Como tal, é fulcral educar tanto o idoso para a velhice,
como também as pessoas que o rodeiam, os jovens e a própria sociedade. Tal como refere
Oliveira (2005):
(…) é necessário que, quer os idosos, quer a sociedade envolvente, os ajude a envelhecer
criativamente, não apenas desmistificando os diversos mitos ou estereótipos (de improdutividade, de
incapacidade, de degenerescência, de amargura, etc.), mas promovendo de todos os modos as suas
capacidades e criando uma cultura de respeito pela ancianidade, ao mesmo tempo que cuidam mais
da sua saúde física e psíquica. (Oliveira, 2005, p.27)
Porém, é de extrema importância que o idoso saiba e tenha em consideração a sua
responsabilidade pessoal e social, de modo a que possa orientar a sua velhice de uma forma
mais positiva e agradável, proporcionando a vivência desta sua última etapa de vida com
mais nobreza e interesse pelos assuntos e atividades que o motivam (Figura 3).
Figura 3
Responsabilidade pessoal e social do idoso com a família e a sociedade
Tal como afirma Simões (2010):
Saber envelhecer com dignidade é uma tarefa que cabe a cada um. O modo de
defrontar-se com a velhice depende muito da maneira como se enfrentou a vida.
Trata-se portanto de uma tarefa que atualmente é cada vez mais da responsabilidade
exclusivamente individual (p.486).
Neste sentido, defende-se que a pessoa idosa deve assumir uma postura participativa e ativa
nos mais variados assuntos e nos diversos contextos do meio em que se encontra inserido,
criando oportunidades para preencher o seu quotidiano e expressar o seu valor como pessoa.
O idoso deve ser educado e estimulado em todas as suas dimensões, através de exercícios
práticos de estimulação física (ex: ginástica, aulas de dança, jardinagem, etc.), psíquica (ex:
exercícios de memória, atenção, autoestima, aulas de informática, aulas de alfabetização, etc.)
e social (ex: pertencer a clubes diversos, convivência, viajar, etc.).
Figura 4
O convívio com os outros é chave para o sucesso do bem-estar mental dos seniores
Esta reeducação, embora em paralelo com outros profissionais, deve ser realizada por
profissionais de educação, através de atividades/terapias ocupacionais adequadas e que
permitam ao idoso de uma forma saudável e agradável, ocupar e passar o seu tempo. George
(2012) considera que “ (…) a prevenção evita o sofrimento e promove a qualidade de vida
dos cidadãos, das famílias e das comunidades” (p.62). Neste seguimento, Oliveira (2008)
apresenta-nos várias formas de proceder à educabilidade do idoso, onde, uma vez mais, os
Licenciados em Educação, podem intervir e ajudar. Enquanto Licenciadas em Educação,
partilhamos da opinião de Oliveira (2008) quando este defende que “se o idoso é educado da
melhor forma, nas diversas dimensões da sua inteligência, personalidade, relações sociais e
mesmo no confronto com a doença e a morte, pode afirmar-se que está mais apto a viver a
velhice de forma positiva” (p.74).
O envelhecimento apresenta desafios para a sociedade, mas também cria muitas
oportunidades (Figura 5).
Figura 5
Oportunidades criadas pelo envelhecimento: crianças aprendem com os seniores a desenvolver a sua cidadania
A Organização Mundial de Saúde (WHO, 2012), alerta que o envelhecimento da população
vai desafiar a sociedade, aumentando as necessidades de procura dos cuidados de saúde
primários, sobrecarregando os sistemas de pensões e de segurança social e aumentando a
necessidade de ter assistência social a longo prazo. No entanto, encoraja as sociedades a
voltar a dar o devido valor às pessoas mais velhas: elas também podem dar contribuições
importantes aos familiares e podem ser voluntários e participantes ativos no mercado de
trabalho. Em sociedades com um desenvolvimento social sustentável, os seniores são um
recurso social e económico significativo e uma maior expectativa de vida significa um maior
oportunidade de contribuir para a sociedade.
“Onde se situa o equilíbrio entre estes desafios e oportunidades será determinado
pela forma como a sociedade reage.”
(WHO, 2012, p.6)
Referências bibliográficas
George, F. (2012). Causas de morte em Portugal e Desafios na Prevenção. Ata Medica
Portuguesa, 25 (2), 61-63. Retirado em 12 de janeiro de 2013, de:
www.actamedicaportuguesa.com
Oliveira, J. (2005). Psicologia do Envelhecimento e do Idoso. Porto: LEGIS EDITORA
Oliveira, J. (2008). Psicologia do Idoso. Temas complementares. Porto: LEGIS EDITORA.
Simões, J. (2010). Reflexão bioética sobre a situação do idoso e sua família. Ata Medica
Portuguesa, 23 (3), 483-492. Retirado em 12 de janeiro de 2013, de:
www.actamedicaportuguesa.com
World Health Organization. (2012). Good Health adds life to years – Global brief for World
Health Day 2012. WHO Document Production Services. Geneva, Switzerland:
WHO.

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Envelhecimento Ativo e Promoção da Saúde

  • 1. ENVELHECIMENTO ATIVO E PROMOÇÃO DA SAÚDE Elisabete Machado, Rolanda Gomes, &Teresa Vilaça 1 Unidade Curricular Projeto e Seminário – Dispositivos e Metodologias de Formação e Mediação, Instituto da Educação – Universidade do Minho Noutros tempos ser velho significava sabedoria e experiência e o papel do idoso na sociedade era reconhecido e valorizado socialmente. Nesse tempo o processo de envelhecer era encarado como sendo um processo natural da vida humana. Nos dias de hoje, quando ouvimos falar em envelhecimento, automaticamente ligamos este processo a vários conceitos que achamos serem os que o caracterizam: velho, doenças, vulnerabilidade, rugas, dependência, solidão, entre outros. Não é verdade! Atualmente, nas sociedades com um desenvolvimento sustentado, envelhecer também pode significar um acumular de experiências e vivências pessoais, traduzindo-se na construção de uma história individual, familiar e social (Oliveira, 2005) (Figura 1). Figura 1 Promoção da saúde no envelhecimento ativo Este conjunto de conceitos antigos que na sua grande maioria tinham conotação negativa, estão totalmente ultrapassados nas sociedades sustentadas. Na sociedade portuguesa atual, parece-nos que ser velho se tornou um problema, tanto para os que alcançam esta nova fase, a terceira idade, como para os que os rodeiam. Verifica-se uma proliferação de conflitos entre gerações, fruto de uma sociedade cada vez mais competitiva e complexa na busca de uma
  • 2. satisfação essencialmente pessoal e material, descurando o lado socializador e afetivo essencial ao ser humano. Estes comportamentos deram lugar à solidão dos seniores, a um maior afastamento entre pessoas e a uma rotura de laços tanto familiares como sociais. Os valores e os princípios que outrora marcaram e lideraram a sociedade das gerações mais velhas deixaram de ter lugar na sociedade contemporânea. Assim, como tantas outras coisas, o idoso deixou de ocupar um lugar de destaque. Se antes desempenhava um papel fundamental na educação dos mais jovens, as mudanças que ocorreram vieram dificultar a vivência de relações capazes de propiciar o convivo saudável entre as diferentes gerações. Este distanciamento dificulta o olhar dos mais novos face ao idoso e a aceitação do envelhecimento como um processo natural e integrante da vida do ser humano. Tal como refere Simões (2010), verifica-se “ (…) um vazio cultural e social em relação ao papel do ancião na atual sociedade, o que impõe a urgência de se pensar em políticas que facilitem a integração do idoso e a sua valorização” (p.486). Consideramos que um dos maiores desafios dos Licenciados em Educação no que respeita a esta temática, é o de criar um ambiente de respeito e tolerância entre as diferentes gerações, de forma a evitar o afastamento de duas gerações que se podem enriquecer uma à outra, através da partilha de conhecimentos, experiências e visões – uma troca intergeracional em que ambas saem fortalecidas. Para encarar a velhice como uma fase crítica do desenvolvimento humano, é necessário realçar os aspetos positivos que este processo tem de forma a desvanecer a conotação negativa que o processo de envelhecimento normalmente acarreta. Esta é a chave basilar do nosso trabalho. O processo de envelhecimento, negativamente associado a aspetos como doenças, improdutividade, vulnerabilidade, limitações e incapacidades de vária ordem, leva ao empenhamento dos investigadores no sentido de transformar esta visão limitativa numa visão holística que encare a velhice como mais uma etapa da vida do ser humano, que pode ser ultrapassada com sucesso (Oliveira, 2005). Este processo deve ter em consideração as circunstâncias individuais, sociais e ambientais que envolvem a pessoa idosa. É importante perceber que envelhecer bem transpõe a objetividade da saúde física, expandindo-se o envelhecimento num processo contínuo e multifuncional que inclui um conjunto de processos de ordem física, psicológica e social, capazes de produzir mudanças nas pessoas, influenciando a sua posição social perante os outros. Exercemos a nossa prática profissional
  • 3. para atingir este objetivo e contribuir para que a sociedade portuguesa seja mais uma sociedade onde se atinjam os valores do desenvolvimento social sustentável. Educamos e trabalhamos neste sentido. Esta é a nossa missão como Licenciadas em Supervisão na especialização de Mediação Educacional, Formação e Supervisão (Figura 2). Figura 2 Missão do Licenciado em Educação, na especialização de Mediação Educacional, Formação e Supervisão, a trabalhar em envelhecimento ativo e promoção da saúde Podemos perceber que o envelhecimento é influenciado por diversos fatores que não ocorrem de forma similar em todos os indivíduos. Estes fatores podem influenciar o modo como o envelhecimento se processa, conduzindo ao sucesso ou insucesso do mesmo. Seguindo a perspetiva apresentada por Oliveira (2005), uma velhice bem-sucedida traduz-se fundamentalmente a nível pessoal, associada à saúde, à conservação de um nível elevado do funcionamento cognitivo e físico, da sua participação ativa na sociedade e manutenção das suas relações sociais, mesmo após a reforma. Estas diferentes condicionantes visam, essencialmente, o bem-estar da pessoa idosa e abarcam, como já referido, todas as dimensões do indivíduo. Esta etapa pode ser caraterizada frequentemente pela crise de identidade por parte do próprio idoso e pela sociedade que o rodeia, traduzindo-se pela diminuição da autoestima e dificuldades em adaptar-se à sua nova condição como pessoa idosa, levando-o a ter comportamentos não muito característicos da sua idade. É nesse sentido que a preocupação central das Organizações (OMS, Governos, Instituições) é a de promover um envelhecimento ativo e bem-sucedido. Como tal, é fulcral educar tanto o idoso para a velhice,
  • 4. como também as pessoas que o rodeiam, os jovens e a própria sociedade. Tal como refere Oliveira (2005): (…) é necessário que, quer os idosos, quer a sociedade envolvente, os ajude a envelhecer criativamente, não apenas desmistificando os diversos mitos ou estereótipos (de improdutividade, de incapacidade, de degenerescência, de amargura, etc.), mas promovendo de todos os modos as suas capacidades e criando uma cultura de respeito pela ancianidade, ao mesmo tempo que cuidam mais da sua saúde física e psíquica. (Oliveira, 2005, p.27) Porém, é de extrema importância que o idoso saiba e tenha em consideração a sua responsabilidade pessoal e social, de modo a que possa orientar a sua velhice de uma forma mais positiva e agradável, proporcionando a vivência desta sua última etapa de vida com mais nobreza e interesse pelos assuntos e atividades que o motivam (Figura 3). Figura 3 Responsabilidade pessoal e social do idoso com a família e a sociedade Tal como afirma Simões (2010): Saber envelhecer com dignidade é uma tarefa que cabe a cada um. O modo de defrontar-se com a velhice depende muito da maneira como se enfrentou a vida. Trata-se portanto de uma tarefa que atualmente é cada vez mais da responsabilidade exclusivamente individual (p.486).
  • 5. Neste sentido, defende-se que a pessoa idosa deve assumir uma postura participativa e ativa nos mais variados assuntos e nos diversos contextos do meio em que se encontra inserido, criando oportunidades para preencher o seu quotidiano e expressar o seu valor como pessoa. O idoso deve ser educado e estimulado em todas as suas dimensões, através de exercícios práticos de estimulação física (ex: ginástica, aulas de dança, jardinagem, etc.), psíquica (ex: exercícios de memória, atenção, autoestima, aulas de informática, aulas de alfabetização, etc.) e social (ex: pertencer a clubes diversos, convivência, viajar, etc.). Figura 4 O convívio com os outros é chave para o sucesso do bem-estar mental dos seniores Esta reeducação, embora em paralelo com outros profissionais, deve ser realizada por profissionais de educação, através de atividades/terapias ocupacionais adequadas e que permitam ao idoso de uma forma saudável e agradável, ocupar e passar o seu tempo. George (2012) considera que “ (…) a prevenção evita o sofrimento e promove a qualidade de vida dos cidadãos, das famílias e das comunidades” (p.62). Neste seguimento, Oliveira (2008) apresenta-nos várias formas de proceder à educabilidade do idoso, onde, uma vez mais, os Licenciados em Educação, podem intervir e ajudar. Enquanto Licenciadas em Educação, partilhamos da opinião de Oliveira (2008) quando este defende que “se o idoso é educado da melhor forma, nas diversas dimensões da sua inteligência, personalidade, relações sociais e mesmo no confronto com a doença e a morte, pode afirmar-se que está mais apto a viver a velhice de forma positiva” (p.74). O envelhecimento apresenta desafios para a sociedade, mas também cria muitas oportunidades (Figura 5).
  • 6. Figura 5 Oportunidades criadas pelo envelhecimento: crianças aprendem com os seniores a desenvolver a sua cidadania A Organização Mundial de Saúde (WHO, 2012), alerta que o envelhecimento da população vai desafiar a sociedade, aumentando as necessidades de procura dos cuidados de saúde primários, sobrecarregando os sistemas de pensões e de segurança social e aumentando a necessidade de ter assistência social a longo prazo. No entanto, encoraja as sociedades a voltar a dar o devido valor às pessoas mais velhas: elas também podem dar contribuições importantes aos familiares e podem ser voluntários e participantes ativos no mercado de trabalho. Em sociedades com um desenvolvimento social sustentável, os seniores são um recurso social e económico significativo e uma maior expectativa de vida significa um maior oportunidade de contribuir para a sociedade. “Onde se situa o equilíbrio entre estes desafios e oportunidades será determinado pela forma como a sociedade reage.” (WHO, 2012, p.6) Referências bibliográficas
  • 7. George, F. (2012). Causas de morte em Portugal e Desafios na Prevenção. Ata Medica Portuguesa, 25 (2), 61-63. Retirado em 12 de janeiro de 2013, de: www.actamedicaportuguesa.com Oliveira, J. (2005). Psicologia do Envelhecimento e do Idoso. Porto: LEGIS EDITORA Oliveira, J. (2008). Psicologia do Idoso. Temas complementares. Porto: LEGIS EDITORA. Simões, J. (2010). Reflexão bioética sobre a situação do idoso e sua família. Ata Medica Portuguesa, 23 (3), 483-492. Retirado em 12 de janeiro de 2013, de: www.actamedicaportuguesa.com World Health Organization. (2012). Good Health adds life to years – Global brief for World Health Day 2012. WHO Document Production Services. Geneva, Switzerland: WHO.