Friedrich Froebel foi um pedagogo alemão que viveu de 1782 a 1852. Ele criou o primeiro jardim de infância em 1837, baseado em sua concepção de que a infância é uma idade criativa e fantástica que deve ser desenvolvida por meio de atividades como jogos e brinquedos. Os jardins de infância de Froebel se tornaram populares e se espalharam internacionalmente na segunda metade do século XIX.
2. Biografia
Nasceu na Alemanha em 21 de abril de 1782.
Perdeu a mãe com pouco mais de um ano.
Mudou-se para a casa de um tio e frequentou uma
escola municipal.
Foi aprendiz de guarda florestal por 3 anos.
Foi aluno nos cursos de ciências, filosofia e
mineralogia na Faculdade de Jena.
Em 1805, vai para Frankfurt e se torna professor de
uma escola-modelo de um discípulo de Pestalozzi.
3. Contexto histórico, social e político
Duas tendências históricas são essenciais para a
compreensão da obra de Froebel: a valorização da
infância e o individualismo burguês.
Acontecimentos históricos:
- Revolução Industrial (Séculos XVIII e XIX);
- Revolução Francesa – séc. XVIII;
- Iluminismo (Início do século XVIII).
A educação passou a ser o único instrumento capaz
de formar o cidadão para o modelo liberal burguês.
4. A pedagogia romântica
O período romântico produziu uma profunda
renovação teórica, que ativou, por um lado, uma
nova ideia de formação ligada a uma nova
concepção do espírito humano; por outro lado, uma
reafirmação da educação, da relação educativa, da
escola e da família como momentos centrais de toda
formação humana.
5. A pedagogia Froebeliana
É com Froebel que a pedagogia romântica atinge seu
ápice. Ele é o pedagogo do romantismo.
Depois de Rousseau, F. Foi o pedagogo que redefiniu
a imagem da infância - como idade criativa e
fantástica - e teorizou a da sua escola.
Três aspectos de destaque no pensamento educativo
de Froebel:
1. a concepção de infância;
2. a organização dos “jardins de infância”;
3. a didática para a primeira infância.
6. A concepção de infância
Partindo de um pressuposto religioso, F. acredita que
a voz de Deus está depositada na infância, por isso,
a educação deve apenas deixá-la se desenvolver.
Necessidade de reforçar na criança a sua capacidade
criativa, com o sentimento e com a arte. Assim, a
atividade específica da criança é o jogo.
7. Jardim de Infância
1837 – Froebel cria o primeiro “Jardim de Infância”
(“kindergarten”)
Froebel tinha convicção de que a chave para o
sucesso do pleno desenvolvimento do homem
estava nos primeiros anos de vida.
Locais de espaços aparelhados para o jogo e o
trabalho infantil, organizados por uma professora
especializada que orienta as atividades
8. “Pedagogia e rotinas no Jardim de
Infância” Moysés Kuhlmann Jr.
Refletir sobre aspectos históricos da rotina nas
instituições de educação infantil;
Análise das programações propostas para o Jardim de
Infância Caetano de Campos em SP (criado em
1896), a partir da leitura sistemática dos dois
volumes da Revista do Jardim da Infância;
Articulação das concepções educacionais de Froebel
com os processos históricos que levaram à difusão
internacional dos jardins de infância na segunda
metade do século XIX.
9. Propostas pedagógicas da Caetano
de Campos
Prescrições da Revista do Jardim da Infância
Preocupação com o planejamento das atividades
Controle das crianças; vigilância dos adultos
Divisão do tempo
10. Rotina
1. Entrada: saudação, revisão, canto
2. Conversação ou linguagem
3.Atividade física
4. Repouso
5.Atividade dirigida: dons
6. Refeição na classe
7. Recreio ou recreio na jardim
8.Trabalhos manuais
9. Atividades dirigidas
10. Música
11. Brinquedos e jogos organizados
12. Desenho
13. Pensamentos, méritos e cantos de despedida
11.
12. A didática para a primeira infância
As atividades cotidianas
Linguagem
Os brinquedos e os jogos organizados
Os dons
Atividades de expressão
13. Discussões
Aceitação generalizada do jardim de infância
froebeliano como a instituição educacional a se
adotar para a educação da criança de 3 a 6 anos.
O que nesta pedagogia dava motivo a tão amplo
consenso?
14. Religião manifesta na formação moral;
Formação dos bons hábitos, docilidade, vigilância
por parte dos adultos;
Educação moral em especial dos pobres;
Assistencialismo;
Obediência do corpo;
Castigo e rigidez;
Do simples e complexo;
Repetição;
Ritualização (reconhecimento da fantasia das
crianças x caminho da moralidade)
Receituário
15. Reconhecimento da especificidade do atendimento
educacional a uma criança em idade anterior à
escolar;
Contribuição para a renovação de um currículo
próprio para essa faixa etária
16. Referências bibliográficas
CAMBI, Franco. Burguesia e povo: entre ideologias
pedagógicas e conflitos educativos. IN: CAMBI,
Franco. História da pedagogia. São Paulo. Editora
UNESP.
FILHO, Aristeo G. L. História da educação infantil
– Heloísa Marinho: uma tradição esquecida.
Petrópolis, RJ. De Petrus, 2011.
KUHLMANN, Moysés Jr. Pedagogia e rotinas no
jardim de infância. IN: KUHLMANN, Moysés Jr.
Infância e educação infantil. Ed. Mediação, 1998.