Paulo Freire nasceu em 1921 no Recife. Ele desenvolveu métodos populares de alfabetização de adultos em Pernambuco nos anos 1950-1960, mas foi exilado pela ditadura militar em 1964. Após trabalhar em vários países, ele retornou ao Brasil em 1980 onde continuou seu trabalho em educação popular. Freire faleceu em 1997, deixando um legado de contribuições para a educação.
1. PAULO REGLUS NEVES FREIRE
Acadêmicas: Andréia de Brito
Andressa Dresch
Jéssica Silva
Tatiana Souza
2. Paulo Freire nasceu no dia 19 de setembro de 1921, em
Recife (PE).
Foi alfabetizado pela sua mãe, no quintal de sua casa.
Aos 6 anos entra para escola particular da sua primeira
professora Eunice Vasconcelos. Criando uma amizade
que se prolongou por muitos anos, inclusive durante o
exilio.
Infância
3. Juventude e Universidade
Com a crise de 1929, a família de Paulo Freire, mudou-se para
uma cidadezinha chamada Jaboatão dos Guararapes, á 18
km de Recife.
Aos 13 anos seu pai morre e a sua mãe começa a sustentar a
casa sozinha, passando por muitas dificuldades financeiras.
Nessa época começou a se socializar com a camada mais
pobre da cidade, e com isso descobriu uma nova forma
diferente de pensar e de se expressar. Mais tarde essa mesma
forma, seria utilizada por ele como educador.
4. Aos 22 anos, entra para a faculdade de direito, pois na época era sua
única alternativa na área de ciências humanas.
Casou-se com uma educadora, Elza Maia Costa Oliveira, e teve 5
filhos.
O colégio Oswaldo Cruz que o acolheu como bolsista na
adolescência, contratou-o como professor de língua portuguesa.
Em 1947, Paulo Freire assumiu o cargo de Diretor do Setor de
Educação do SESI, de Recife.
Sua primeira experiência como professor universitário, foi na Escola de
Serviço Social, lecionando Filosofia da Educação.
5. Em 1959, doutorou-se em Filosofia e Historia da Educação.
Sua tese era: “EDUCAÇÃO E ATUALIDADE BRASILEIRA”
6. Por mais de 15 anos, entre 1950 e 1960, dedicou-se ás experiências no campo
da educação de adultos em áreas urbanas e rurais, em Pernambuco.
Seu método de alfabetização nasceu dentro do MCP – Movimento de Cultura
Popular, com a campanha chamada “ DE PÉ NO CHÃO TAMBÉM SE APRENDE
A LER”.
Freire, acreditava que a educação tem um papel imprescindível no
processo de conscientização e nos movimentos de massa.
Para ele educador e o educando se movimentam no mesmo cenário,
tendo uma relação em que a liberdade do educando não é proibida
de exercer-se.
Na sua concepção, a educação é um momento de processo de
humanização, um ato politico de conhecimento e de criação.
7. Antes de ser mandando para o EXILIO, o seu método educacional ficou mais
reconhecido.
Criado no Centro de Cultura Dona Alegarinha, “ POVO APRENDE A LER, DEBATENDO
PROBLEMAS” , foi um método que Paulo Freire trabalhou discutindo problemas
cotidianos de uma forma sistemática, o que viria a ser chamado de método de
alfabetização.
Com os seus dois métodos de ensino, “ DE PÉ NO CHÃO TAMBÉM SE APRENDE A LER”
e “POVO APRENDE A LER, DEBATENDO PROBLEMAS, Paulo Freire juntamente com
alguns governadores pretendiam alfabetizar 5 milhões de adultos em mais de 20 mil
círculos de cultura.
Mas, com a Ditadura Militar , Paulo Freire foi preso por duas vezes e então exilado.
Em setembro de 1964, o único país que aceitou-o como refugiado politico foi a
Bolívia.
8. O Exilio
Em setembro de 1964, Paulo Freire partiu para a Bolívia levando a experiência para
com alfabetização de adultos, de grande alcance social, tendo reconhecimento e
respeito por parte dos governos, educadores e intelectuais de todo o MUNDO.
Sua passagem pela Bolívia foi rápida, devido a vários fatores.
Em novembro de 1964, foi para o Chile, ficando lá até abril de 1969.
Até então foi convidado para ir lecionar nos ESTADOS UNIDOS e também atuar no
Conselho Mundial das Igrejas.
Neste período escreveu dois de seus livros mais conhecidos:
Educação como Pratica da Liberdade;
Pedagogia do Oprimido;
9. Entre 1975 e 1980, Freire trabalhou também em São Tomé e Príncipe, Cabo Verde
e Angola, ajudando o governo e seus povos a construírem suas nações recém
libertadas do julgo português, através de um trabalho de educação popular.
Andou por muitos países dos continentes, Africano, Asiático, Europeu, Americano
e da Oceania, exercendo atividades politicas educativas.
10. “ Reaprendendo o Brasil ”
“Dezesseis anos de ausência exigem uma aprendizagem e uma maior intimidade
com o Brasil de hoje. Vim para reaprender o Brasil.”
(Paulo Freire, ainda no aeroporto, quando do seu retorno ao Brasil. In Paulo Freire: uma
biobibliogfrafia.)
11. Em junho de 1980, Paulo Freire retorna ao Brasil, com desejo de
reassumir as funções na universidade de Pernambuco.
Aceitou o convite para lecionar na faculdade de Educação da
UNICAMP-Campinas.
Participou da Fundação do Vereda Centro de Estudos em
Educação, cujo era desenvolver pesquisas, prestar assessória e
atuar na formação de professores, dedicados a pratica da
educação popular.
Com a chegada ao poder do partido dos trabalhadores que
ajudou a fundar, ele assumi o cargo de secretario da educação
da cidade de São Paulo.
12. Em parcerias com os movimentos populares, Paulo Freire criou o
MOVA-SP Movimento de Alfabetização da cidade de São Paulo,
destinados a jovens de adultos.
A partir de 1987, tornou se um dos membros do júri internacional da
UNESCO.
No dia 22 de maio de 1991 Freire se afasta do cargo de secretario,
mais continua ativo como colaborador.
13. O METODO PAULO FREIRE
O “MÉTODO PAULO FREIRE” ESTÁ ESTRUTURADO EM TRÊS
ETAPAS:
1) Etapa de Investigação: aluno e professor buscam, no
universo vocabular do aluno e da sociedade onde ele vive,
as palavras e temas centrais de sua biografia.
2) Etapa de Tematização: aqui eles codificam e decodificam
esses temas, buscando o seu significado social, tomando
assim consciência do mundo vivido.
3) Etapa de Problematização: aluno e professor buscam
superar uma primeira visão mágica por uma visão crítica do
mundo, partindo para a transformação do contexto vivido.
14. MORTE DE PAULO FREIRE
Cessou de movimentar no dia 2 de maio de 1997. Um infarto silenciou
Paulo Freire aos 75 anos de idade, mas não encerrou sua obra.
Ele deixou um legado de imensa contribuição para a educação, com
reflexos em áreas como a filosofia, a arte, a física, a matemática, a
geografia, a história, a literatura, entre outras.
Será para sempre um mestre, um expressivo homem de todos os tempos.