3. SEGMENTO CEFÁLICO
• INSPEÇÃO E PALPAÇÃO
• POSIÇÃO DA CABEÇA
• MOVIMENTOS ANORMAIS (Insuficiência
Aórtica, Mal de Parkinson, Coréia)
4. SEGMENTO CEFÁLICO
(CRANIO)
TAMANHO
* Variável conforme o biótipo
* Microcefalia
* Macrocefalia
* Hidrocefalia
DEFORMIDADES
* Cistos sebáceos, hematomas pós-traumáticos, tumores do
couro cabeludo ou do tecido ósseo, mudanças nas
características dos cabelos.
OBSERVAÇÕES:
- Palpação é importante na pesquisa de pontos dolorosos,
estado das fontanelas e tumores localizados.
- Ausculta pode revelar sopros (fístulas arteriovenosas ou
aneurismas intracranianos
9. SEGMENTO CEFÁLICO
(FACE)
PÁLPEBRAS
* Edema: moléstia renais, endócrinas (mixedema), alérgicas ou
inflamatórias (picadas de insetos, blefarites, traumas);
* Edema unilateral: “Sinal de Chagas-Romaña” ou Chagoma de
inoculação (D. de Chagas);
* Ptose palpebral: “Sínd de Claude Bernard-Horner” [acomphanada
de enoftalmia e miose (tumores de ápice pulmonar, com
compressão de cadeia simpática cervical inferior)];
* Dificuldade em fechar as pálpebras: “Doença de Basedow-Graves”,
paralisia facial periférica (Lagoftalmia: dificuldade de fechamento
do olho afetado – comprometimento do músculo orbicular);
* Hordéolos: processos inflamatórios agudos das glând de Zeis e
folículos pilosos de cílios;
* Calázios: nódulos duros, por obstrução do canal excretor das glând
de Melbomius;
* Xantelasmas: depósitos de lipídeos em forma de placas.
14. SEGMENTO CEFÁLICO
OLHOS
* Alterações locais
Inflamações conjuntivais;
Hemorragias subconjuntivais (discrasia sanguínea,
traumatismo, expontânea);
Pterígio (tecido fibromuscular recoberto pela conjuntiva);
Halo senil (halo cinzento na periferia da córnea, em idosos).
* Alterações em doenças sistêmicas
Icterícia;
Exoftalmia;
Sinal de Moebios (incapacidade de manter convergência de
globos oculares);
Tremor do globo ocular sob as pálpebras quando fechadas;
Nistagmos (horizontal e vertical).
15. SEGMENTO CEFÁLICO
OLHOS
PUPILAS: normalmente arredondadas e com mesmo
diâmetro (isocóricas). Inervadas pelo vago e motor
ocular comum (constrição) e simpático (dilatação).
Miose – pupila contraída (paralisia do simpático).
Ocorre bilateralmente na neurolues, coma urêmico,
intoxicações alcoólicas, morfina e pilocarpina, sedação
(fentanila, midazolan, propofol).
Midríase – pupila dilatada (musc dilatador se contrai ou
há paralisia do esfíncter). Ocorre bilateralmente na
atropinização, intoxicação anestésica, traumatismos
cranioencefálicos graves, meningoencefalites.
Anisocoria – pupilas com diâmetros diferentes. Ocorre
em enfermidades neurológicas, na Sínd de Claude
Bernard-Horne.
16. SEGMENTO CEFÁLICO
OLHOS
REFLEXOS PUPILARES
* Fotomotor - feixe luminoso nos olhos produz contração da pupila
(ausência dele pode significar lesão de centros nervosos, glaucoma,
comprometimento do nervo óptico);
* Consensual - contração da pupila do olho oposto ao estimulado
(ausente nos dois olhos quando fotomotor também ausente;
ausente em um dos olhos quando há atrofia do n. óptico
contralateral);
* Acomodação - fixar o olhar em ponto distante (03 a 05 mts) produz
midríase; aproxima-se objeto (~ 40 cm) produz-se miose. Estará
ausente nas mesmas circunstâncias do fotomotor (exceção à
neurolues, alcoolismo crônico, tumores cerebrais);
* Corneopalpebral – cont do músc orbicular quando se estimula a
córnea. Via aferente pelo trigêmio e eferente pelo facial. Ausente
nos comas profundos (importante na anestesia pois seu
desaparecimento indica superdosagem anestésica). Esta abolido
unilateralmente nas paralisias de trigêmio e facial.
21. SEGMENTO CEFÁLICO
NARIZ
* Forma variável com a raça.
* Deformidades:“Nariz em sela” (sífilis), acromegalia,
traumatismos.
* Coloração: “Azulada” (moléstias com cianose); hiperemia
(alcoólatras crônicos).
* Exame endonasal (com espéculo): Epistaxes, secreções
purulentas (rinites), integridade de septo e mucosa.
ORELHA
* Deformidades congênitas ou adquiridas (nódulos úricos,
quistos, hematomas, etc...)
* Exame do conduto auditivo externo (cerume, eczemas,
corpos estranhos, furúnculos, micoses)
22. SEGMENTO CEFÁLICO
BOCA
* Lábios – alterações congênitas (lábio leporino) ou adquiridas
(cancro sifilítico, ulcerações neoplásicas, herpes labial, edema de
várias etiologias).
* Gengivas e dentes – dentes curtos e estreitos (em “chave de
fenda”- sífilis congênita); intoxicações por chumbo ou bismuto –
linha negra nas gengivas junto ao colo dos dentes; hiperplasia
gengival (neoplasias e uso prolongado de anticonvulsivantes);
piorréia alveolar (queda dos dentes).
* Língua – hiperemia e hipertrofia de papilas (“língua em
framboesa”- Escarlatina); pálida lisa e despapilada (“língua careca”-
anemia perniciosa e espru); aumento de tamanho (“Macrogrossia”-
Hipotiroidismo); processos inflamatórios (cancro sifilítico, aftas e
glossites); tumores malignos e benignos (carcinomas e
hemangiomas).
* Cavidade bucal – “manchas de Koplik” (sarampo); perfuração de
palato mole (lues); faringites; amigdalites; difteria.
27. PESCOÇO
FORMA: cilíndrica com comprimento variando com o
biotipo.
POSIÇÃO: normalmente vertical. Inclinações podem
ocorrer por contraturas (torcicolo) ou paralisias
musculares. Processos meníngeos (contratura de
muscul post do pescoço provocando rigidez de nuca –
sinal propedêutico importante).
ALTERAÇÕES CUTÂNEAS: cicatrizes (tiroidectomia);
cianose + turgência jugular + edema da base do
pescoço e regiões superiores do tórax – “edema de
pelerine”(sínd mediastinais com compressão de veia
cava superior). Fístulas e quistos branquiais
(decorrentes de fechamento anômalo das fendas
branquiais).
28. PESCOÇO
TIREOIDE
* Normalmente não é visível (exceto em indivíduos muito
magros).
* Aumento da glândula (Bócio) pode ser difuso (Doença de
Basedow-Graves) ou nodular (bócio adenomatoso);
acompanhado de sinais flogísticos (tireoidites), batimentos
arteriais exagerados (hipertiroidismo).
* Palpação é o método propedêutico eletivo: observar
forma, consistência, sensibilidade e mobilidade.
a) paciente de pé ou sentado, com examinador à sua
frente. Com polegar direito e esquerdo, afasta-se o
esternocleidomastoideo (e contra movimento de
deglutição) palpa-se lobo direito e esquerdo
alternadamente.
b) paciente sentado, com examinador às costas, faz-se a
palpação com ambas as mãos.
29. TIREOIDE
A
B
C
D
DE CIMA PARA BAIXO: A) OSSO IOIDE; B) CAR-
TILAGEM TOROIDEA; C) CARTILAGEM CRICÓIDE;
D) TRAQUÉIA.
FORMAS DE BÓCIO (SENTIDO HORÁRIO):
DIFUSOS, MULTINODULAR E UNINODULAR.
31. PESCOÇO
LARINGE
* Visível e palpável na região mediana do pescoço.
* Pode desviar-se lateralmente nos processos tumorais do pescoço e
mediastino, assim como em afecções retráteis dos pulmões.
JUGULARES
* Normalmente visíveis em posição supina (ou decúbito dorsal),
desaparecendo com elevação de decúbito em 30° ou mais.
* Turgência (ou estase) jugular pode ser uni ou bilateral:
a) Unilateral: obstrução de tronco braquiocefálico homolateral (D ou
E), com abaulamento da fossa supraclavicular correspondente, sem
pulso venoso.
b) Bilateral: obstrução de veia cava superior, acompanhada de
edema e cianose de face e pescoço, também se pulso venoso.
c) Na Insuficiência Cardíaca e Pericardite constritiva haverá estase
bilateral, acompanhada de pulso venoso.
33. PESCOÇO (JUGULARES)
B
A
C
A) Posição para avaliação de estase jugular
B) Estase jugular importante em ICC
C) Turgência jugular (compressão de V. Cava
por Linfoma.
34. PESCOÇO
CARÓTIDAS:
* Pulsações de vasos arteriais normalmente não são visíveis
(exceto indivíduo muito magro).
* Visíveis em condições patológicas: hipertiroidismo,
persistência do canal arterial, fístulas arteriovenosas
periféricas e insuficiência aórtica (“dança das artérias”).
* Palpação é o método propedêutico de eleição para sua
avaliação:
- Diminuição ou ausência de pulso carotídeo pode indicar
obstrução parcial ou total da artéria lesada
- Na obstrução parcial, aneurismas ou aterosclerose das
carótidas, pode-se palpar frêmitos e na ausculta sopros
(distinguir do sopro aórtico irradiado).
CROSSA DA AORTA: palpa-se com a mão direita na fúrcula
external (paciente de pé e cabeça levemente fletida).
35. PESCOÇO (CARÓTIDAS)
FIG.: 01 – Obstrução de carótida observada
ao doppler.
FIG.: 02 – Aneurismas íntegros (01, 03 e 04) e
roto (02).