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EXAME FÍSICO
CABEÇA E PESCOÇO
Disciplina de Propedêutica
F.C.M.S.
SEGMENTO
CEFÁLICO
SEGMENTO CEFÁLICO
• INSPEÇÃO E PALPAÇÃO
• POSIÇÃO DA CABEÇA
• MOVIMENTOS ANORMAIS (Insuficiência
Aórtica, Mal de Parkinson, Coréia)
SEGMENTO CEFÁLICO
(CRANIO)
 TAMANHO
* Variável conforme o biótipo
* Microcefalia
* Macrocefalia
* Hidrocefalia
 DEFORMIDADES
* Cistos sebáceos, hematomas pós-traumáticos, tumores do
couro cabeludo ou do tecido ósseo, mudanças nas
características dos cabelos.
OBSERVAÇÕES:
- Palpação é importante na pesquisa de pontos dolorosos,
estado das fontanelas e tumores localizados.
- Ausculta pode revelar sopros (fístulas arteriovenosas ou
aneurismas intracranianos
SEGMENTO CEFÁLICO
(CRANIO)
MICROCEFALIA
à esquerda crianças de Chernobyl
à direita indivíduo adulto
SEGMENTO CEFÁLICO
(CRANIO)
MACROCEFALIA
SEGMENTO CEFÁLICO
(CRANIO)
HIDROCEFALIA
ESQUEMA MOSTRANDO AUMENTO DO
L.C.R. NOS VENTICULOS
SEGMENTO CEFÁLICO
(FACE)
 COR
* Palidez (anemias);
* Cianose (DPOC’s, cardiopatias congênitas);
* Icterícia (Hepatopatias);
* Eritema malar (Lúpus eritematoso – “asa de
borboleta”).
 ALTERAÇÕES TRÓFICAS
* Acne juvenil;
* Hipertiroidismo;
* Paralisia facial
SEGMENTO CEFÁLICO
(FACE)
 PÁLPEBRAS
* Edema: moléstia renais, endócrinas (mixedema), alérgicas ou
inflamatórias (picadas de insetos, blefarites, traumas);
* Edema unilateral: “Sinal de Chagas-Romaña” ou Chagoma de
inoculação (D. de Chagas);
* Ptose palpebral: “Sínd de Claude Bernard-Horner” [acomphanada
de enoftalmia e miose (tumores de ápice pulmonar, com
compressão de cadeia simpática cervical inferior)];
* Dificuldade em fechar as pálpebras: “Doença de Basedow-Graves”,
paralisia facial periférica (Lagoftalmia: dificuldade de fechamento
do olho afetado – comprometimento do músculo orbicular);
* Hordéolos: processos inflamatórios agudos das glând de Zeis e
folículos pilosos de cílios;
* Calázios: nódulos duros, por obstrução do canal excretor das glând
de Melbomius;
* Xantelasmas: depósitos de lipídeos em forma de placas.
ALTERAÇÕES PALPEBRAIS
1-) Edema palpebral traumático;
2-) Edema por uso abusivo de álcool.
Figura 01
Figura 02
ALTERAÇÕES PALPEBRAIS
ENOFTALMIA POR NEUROFIBROMATOSE
LAGOFTALMIA (Paralisia Facial)
ALTERAÇÕES PALPEBRAIS
SINAL DE CHAGAS-ROMAÑA
(Chagoma de inoculação)
EXOFTALMIA
(Doença de Basedow-Graves)
ALTERAÇÕES PALPEBRAIS
CALÁZIO HORDÉOLO
SEGMENTO CEFÁLICO
 OLHOS
* Alterações locais
Inflamações conjuntivais;
Hemorragias subconjuntivais (discrasia sanguínea,
traumatismo, expontânea);
Pterígio (tecido fibromuscular recoberto pela conjuntiva);
Halo senil (halo cinzento na periferia da córnea, em idosos).
* Alterações em doenças sistêmicas
Icterícia;
Exoftalmia;
Sinal de Moebios (incapacidade de manter convergência de
globos oculares);
Tremor do globo ocular sob as pálpebras quando fechadas;
Nistagmos (horizontal e vertical).
SEGMENTO CEFÁLICO
OLHOS
 PUPILAS: normalmente arredondadas e com mesmo
diâmetro (isocóricas). Inervadas pelo vago e motor
ocular comum (constrição) e simpático (dilatação).
Miose – pupila contraída (paralisia do simpático).
Ocorre bilateralmente na neurolues, coma urêmico,
intoxicações alcoólicas, morfina e pilocarpina, sedação
(fentanila, midazolan, propofol).
Midríase – pupila dilatada (musc dilatador se contrai ou
há paralisia do esfíncter). Ocorre bilateralmente na
atropinização, intoxicação anestésica, traumatismos
cranioencefálicos graves, meningoencefalites.
Anisocoria – pupilas com diâmetros diferentes. Ocorre
em enfermidades neurológicas, na Sínd de Claude
Bernard-Horne.
SEGMENTO CEFÁLICO
OLHOS
 REFLEXOS PUPILARES
* Fotomotor - feixe luminoso nos olhos produz contração da pupila
(ausência dele pode significar lesão de centros nervosos, glaucoma,
comprometimento do nervo óptico);
* Consensual - contração da pupila do olho oposto ao estimulado
(ausente nos dois olhos quando fotomotor também ausente;
ausente em um dos olhos quando há atrofia do n. óptico
contralateral);
* Acomodação - fixar o olhar em ponto distante (03 a 05 mts) produz
midríase; aproxima-se objeto (~ 40 cm) produz-se miose. Estará
ausente nas mesmas circunstâncias do fotomotor (exceção à
neurolues, alcoolismo crônico, tumores cerebrais);
* Corneopalpebral – cont do músc orbicular quando se estimula a
córnea. Via aferente pelo trigêmio e eferente pelo facial. Ausente
nos comas profundos (importante na anestesia pois seu
desaparecimento indica superdosagem anestésica). Esta abolido
unilateralmente nas paralisias de trigêmio e facial.
SEGMENTO CEFÁLICO
OLHOS
CONJUNTIVITES
SEGMENTO CEFÁLICO
OLHOS
PTERÍGIO HALO SENIL
SEGMENTO CEFÁLICO
OLHOS
MIOSE MIDRÍASE
SEGMENTO CEFÁLICO
OLHOS
ANISOCORIA
SEGMENTO CEFÁLICO
 NARIZ
* Forma variável com a raça.
* Deformidades:“Nariz em sela” (sífilis), acromegalia,
traumatismos.
* Coloração: “Azulada” (moléstias com cianose); hiperemia
(alcoólatras crônicos).
* Exame endonasal (com espéculo): Epistaxes, secreções
purulentas (rinites), integridade de septo e mucosa.
 ORELHA
* Deformidades congênitas ou adquiridas (nódulos úricos,
quistos, hematomas, etc...)
* Exame do conduto auditivo externo (cerume, eczemas,
corpos estranhos, furúnculos, micoses)
SEGMENTO CEFÁLICO
 BOCA
* Lábios – alterações congênitas (lábio leporino) ou adquiridas
(cancro sifilítico, ulcerações neoplásicas, herpes labial, edema de
várias etiologias).
* Gengivas e dentes – dentes curtos e estreitos (em “chave de
fenda”- sífilis congênita); intoxicações por chumbo ou bismuto –
linha negra nas gengivas junto ao colo dos dentes; hiperplasia
gengival (neoplasias e uso prolongado de anticonvulsivantes);
piorréia alveolar (queda dos dentes).
* Língua – hiperemia e hipertrofia de papilas (“língua em
framboesa”- Escarlatina); pálida lisa e despapilada (“língua careca”-
anemia perniciosa e espru); aumento de tamanho (“Macrogrossia”-
Hipotiroidismo); processos inflamatórios (cancro sifilítico, aftas e
glossites); tumores malignos e benignos (carcinomas e
hemangiomas).
* Cavidade bucal – “manchas de Koplik” (sarampo); perfuração de
palato mole (lues); faringites; amigdalites; difteria.
SEGMENTO CEFÁLICO
NARIZ EM SELA LEISHMANIOSE
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CARCINOMAS DE NARIZ (BASOCELULARES)
SEGMENTO CEFÁLICO
DIFTERIA LINGUA ESCROTAL- sem significado
patológico
TUMOR DE PALATO TUMOR DE BASE DE LÍNGUA
EXAME FÍSICO
PESCOÇO
PESCOÇO
 FORMA: cilíndrica com comprimento variando com o
biotipo.
 POSIÇÃO: normalmente vertical. Inclinações podem
ocorrer por contraturas (torcicolo) ou paralisias
musculares. Processos meníngeos (contratura de
muscul post do pescoço provocando rigidez de nuca –
sinal propedêutico importante).
 ALTERAÇÕES CUTÂNEAS: cicatrizes (tiroidectomia);
cianose + turgência jugular + edema da base do
pescoço e regiões superiores do tórax – “edema de
pelerine”(sínd mediastinais com compressão de veia
cava superior). Fístulas e quistos branquiais
(decorrentes de fechamento anômalo das fendas
branquiais).
PESCOÇO
 TIREOIDE
* Normalmente não é visível (exceto em indivíduos muito
magros).
* Aumento da glândula (Bócio) pode ser difuso (Doença de
Basedow-Graves) ou nodular (bócio adenomatoso);
acompanhado de sinais flogísticos (tireoidites), batimentos
arteriais exagerados (hipertiroidismo).
* Palpação é o método propedêutico eletivo: observar
forma, consistência, sensibilidade e mobilidade.
a) paciente de pé ou sentado, com examinador à sua
frente. Com polegar direito e esquerdo, afasta-se o
esternocleidomastoideo (e contra movimento de
deglutição) palpa-se lobo direito e esquerdo
alternadamente.
b) paciente sentado, com examinador às costas, faz-se a
palpação com ambas as mãos.
TIREOIDE
A
B
C
D
DE CIMA PARA BAIXO: A) OSSO IOIDE; B) CAR-
TILAGEM TOROIDEA; C) CARTILAGEM CRICÓIDE;
D) TRAQUÉIA.
FORMAS DE BÓCIO (SENTIDO HORÁRIO):
DIFUSOS, MULTINODULAR E UNINODULAR.
TIREOIDE (PALPAÇÃO)
PESCOÇO
 LARINGE
* Visível e palpável na região mediana do pescoço.
* Pode desviar-se lateralmente nos processos tumorais do pescoço e
mediastino, assim como em afecções retráteis dos pulmões.
 JUGULARES
* Normalmente visíveis em posição supina (ou decúbito dorsal),
desaparecendo com elevação de decúbito em 30° ou mais.
* Turgência (ou estase) jugular pode ser uni ou bilateral:
a) Unilateral: obstrução de tronco braquiocefálico homolateral (D ou
E), com abaulamento da fossa supraclavicular correspondente, sem
pulso venoso.
b) Bilateral: obstrução de veia cava superior, acompanhada de
edema e cianose de face e pescoço, também se pulso venoso.
c) Na Insuficiência Cardíaca e Pericardite constritiva haverá estase
bilateral, acompanhada de pulso venoso.
PESCOÇO (LARINGE)
PESCOÇO (JUGULARES)
B
A
C
A) Posição para avaliação de estase jugular
B) Estase jugular importante em ICC
C) Turgência jugular (compressão de V. Cava
por Linfoma.
PESCOÇO
 CARÓTIDAS:
* Pulsações de vasos arteriais normalmente não são visíveis
(exceto indivíduo muito magro).
* Visíveis em condições patológicas: hipertiroidismo,
persistência do canal arterial, fístulas arteriovenosas
periféricas e insuficiência aórtica (“dança das artérias”).
* Palpação é o método propedêutico de eleição para sua
avaliação:
- Diminuição ou ausência de pulso carotídeo pode indicar
obstrução parcial ou total da artéria lesada
- Na obstrução parcial, aneurismas ou aterosclerose das
carótidas, pode-se palpar frêmitos e na ausculta sopros
(distinguir do sopro aórtico irradiado).
 CROSSA DA AORTA: palpa-se com a mão direita na fúrcula
external (paciente de pé e cabeça levemente fletida).
PESCOÇO (CARÓTIDAS)
FIG.: 01 – Obstrução de carótida observada
ao doppler.
FIG.: 02 – Aneurismas íntegros (01, 03 e 04) e
roto (02).

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Exame fisico cabeça e pescoço

  • 1. EXAME FÍSICO CABEÇA E PESCOÇO Disciplina de Propedêutica F.C.M.S.
  • 3. SEGMENTO CEFÁLICO • INSPEÇÃO E PALPAÇÃO • POSIÇÃO DA CABEÇA • MOVIMENTOS ANORMAIS (Insuficiência Aórtica, Mal de Parkinson, Coréia)
  • 4. SEGMENTO CEFÁLICO (CRANIO)  TAMANHO * Variável conforme o biótipo * Microcefalia * Macrocefalia * Hidrocefalia  DEFORMIDADES * Cistos sebáceos, hematomas pós-traumáticos, tumores do couro cabeludo ou do tecido ósseo, mudanças nas características dos cabelos. OBSERVAÇÕES: - Palpação é importante na pesquisa de pontos dolorosos, estado das fontanelas e tumores localizados. - Ausculta pode revelar sopros (fístulas arteriovenosas ou aneurismas intracranianos
  • 5. SEGMENTO CEFÁLICO (CRANIO) MICROCEFALIA à esquerda crianças de Chernobyl à direita indivíduo adulto
  • 8. SEGMENTO CEFÁLICO (FACE)  COR * Palidez (anemias); * Cianose (DPOC’s, cardiopatias congênitas); * Icterícia (Hepatopatias); * Eritema malar (Lúpus eritematoso – “asa de borboleta”).  ALTERAÇÕES TRÓFICAS * Acne juvenil; * Hipertiroidismo; * Paralisia facial
  • 9. SEGMENTO CEFÁLICO (FACE)  PÁLPEBRAS * Edema: moléstia renais, endócrinas (mixedema), alérgicas ou inflamatórias (picadas de insetos, blefarites, traumas); * Edema unilateral: “Sinal de Chagas-Romaña” ou Chagoma de inoculação (D. de Chagas); * Ptose palpebral: “Sínd de Claude Bernard-Horner” [acomphanada de enoftalmia e miose (tumores de ápice pulmonar, com compressão de cadeia simpática cervical inferior)]; * Dificuldade em fechar as pálpebras: “Doença de Basedow-Graves”, paralisia facial periférica (Lagoftalmia: dificuldade de fechamento do olho afetado – comprometimento do músculo orbicular); * Hordéolos: processos inflamatórios agudos das glând de Zeis e folículos pilosos de cílios; * Calázios: nódulos duros, por obstrução do canal excretor das glând de Melbomius; * Xantelasmas: depósitos de lipídeos em forma de placas.
  • 10. ALTERAÇÕES PALPEBRAIS 1-) Edema palpebral traumático; 2-) Edema por uso abusivo de álcool. Figura 01 Figura 02
  • 11. ALTERAÇÕES PALPEBRAIS ENOFTALMIA POR NEUROFIBROMATOSE LAGOFTALMIA (Paralisia Facial)
  • 12. ALTERAÇÕES PALPEBRAIS SINAL DE CHAGAS-ROMAÑA (Chagoma de inoculação) EXOFTALMIA (Doença de Basedow-Graves)
  • 14. SEGMENTO CEFÁLICO  OLHOS * Alterações locais Inflamações conjuntivais; Hemorragias subconjuntivais (discrasia sanguínea, traumatismo, expontânea); Pterígio (tecido fibromuscular recoberto pela conjuntiva); Halo senil (halo cinzento na periferia da córnea, em idosos). * Alterações em doenças sistêmicas Icterícia; Exoftalmia; Sinal de Moebios (incapacidade de manter convergência de globos oculares); Tremor do globo ocular sob as pálpebras quando fechadas; Nistagmos (horizontal e vertical).
  • 15. SEGMENTO CEFÁLICO OLHOS  PUPILAS: normalmente arredondadas e com mesmo diâmetro (isocóricas). Inervadas pelo vago e motor ocular comum (constrição) e simpático (dilatação). Miose – pupila contraída (paralisia do simpático). Ocorre bilateralmente na neurolues, coma urêmico, intoxicações alcoólicas, morfina e pilocarpina, sedação (fentanila, midazolan, propofol). Midríase – pupila dilatada (musc dilatador se contrai ou há paralisia do esfíncter). Ocorre bilateralmente na atropinização, intoxicação anestésica, traumatismos cranioencefálicos graves, meningoencefalites. Anisocoria – pupilas com diâmetros diferentes. Ocorre em enfermidades neurológicas, na Sínd de Claude Bernard-Horne.
  • 16. SEGMENTO CEFÁLICO OLHOS  REFLEXOS PUPILARES * Fotomotor - feixe luminoso nos olhos produz contração da pupila (ausência dele pode significar lesão de centros nervosos, glaucoma, comprometimento do nervo óptico); * Consensual - contração da pupila do olho oposto ao estimulado (ausente nos dois olhos quando fotomotor também ausente; ausente em um dos olhos quando há atrofia do n. óptico contralateral); * Acomodação - fixar o olhar em ponto distante (03 a 05 mts) produz midríase; aproxima-se objeto (~ 40 cm) produz-se miose. Estará ausente nas mesmas circunstâncias do fotomotor (exceção à neurolues, alcoolismo crônico, tumores cerebrais); * Corneopalpebral – cont do músc orbicular quando se estimula a córnea. Via aferente pelo trigêmio e eferente pelo facial. Ausente nos comas profundos (importante na anestesia pois seu desaparecimento indica superdosagem anestésica). Esta abolido unilateralmente nas paralisias de trigêmio e facial.
  • 21. SEGMENTO CEFÁLICO  NARIZ * Forma variável com a raça. * Deformidades:“Nariz em sela” (sífilis), acromegalia, traumatismos. * Coloração: “Azulada” (moléstias com cianose); hiperemia (alcoólatras crônicos). * Exame endonasal (com espéculo): Epistaxes, secreções purulentas (rinites), integridade de septo e mucosa.  ORELHA * Deformidades congênitas ou adquiridas (nódulos úricos, quistos, hematomas, etc...) * Exame do conduto auditivo externo (cerume, eczemas, corpos estranhos, furúnculos, micoses)
  • 22. SEGMENTO CEFÁLICO  BOCA * Lábios – alterações congênitas (lábio leporino) ou adquiridas (cancro sifilítico, ulcerações neoplásicas, herpes labial, edema de várias etiologias). * Gengivas e dentes – dentes curtos e estreitos (em “chave de fenda”- sífilis congênita); intoxicações por chumbo ou bismuto – linha negra nas gengivas junto ao colo dos dentes; hiperplasia gengival (neoplasias e uso prolongado de anticonvulsivantes); piorréia alveolar (queda dos dentes). * Língua – hiperemia e hipertrofia de papilas (“língua em framboesa”- Escarlatina); pálida lisa e despapilada (“língua careca”- anemia perniciosa e espru); aumento de tamanho (“Macrogrossia”- Hipotiroidismo); processos inflamatórios (cancro sifilítico, aftas e glossites); tumores malignos e benignos (carcinomas e hemangiomas). * Cavidade bucal – “manchas de Koplik” (sarampo); perfuração de palato mole (lues); faringites; amigdalites; difteria.
  • 23. SEGMENTO CEFÁLICO NARIZ EM SELA LEISHMANIOSE
  • 24. SEGMENTO CEFÁLICO CARCINOMAS DE NARIZ (BASOCELULARES)
  • 25. SEGMENTO CEFÁLICO DIFTERIA LINGUA ESCROTAL- sem significado patológico TUMOR DE PALATO TUMOR DE BASE DE LÍNGUA
  • 27. PESCOÇO  FORMA: cilíndrica com comprimento variando com o biotipo.  POSIÇÃO: normalmente vertical. Inclinações podem ocorrer por contraturas (torcicolo) ou paralisias musculares. Processos meníngeos (contratura de muscul post do pescoço provocando rigidez de nuca – sinal propedêutico importante).  ALTERAÇÕES CUTÂNEAS: cicatrizes (tiroidectomia); cianose + turgência jugular + edema da base do pescoço e regiões superiores do tórax – “edema de pelerine”(sínd mediastinais com compressão de veia cava superior). Fístulas e quistos branquiais (decorrentes de fechamento anômalo das fendas branquiais).
  • 28. PESCOÇO  TIREOIDE * Normalmente não é visível (exceto em indivíduos muito magros). * Aumento da glândula (Bócio) pode ser difuso (Doença de Basedow-Graves) ou nodular (bócio adenomatoso); acompanhado de sinais flogísticos (tireoidites), batimentos arteriais exagerados (hipertiroidismo). * Palpação é o método propedêutico eletivo: observar forma, consistência, sensibilidade e mobilidade. a) paciente de pé ou sentado, com examinador à sua frente. Com polegar direito e esquerdo, afasta-se o esternocleidomastoideo (e contra movimento de deglutição) palpa-se lobo direito e esquerdo alternadamente. b) paciente sentado, com examinador às costas, faz-se a palpação com ambas as mãos.
  • 29. TIREOIDE A B C D DE CIMA PARA BAIXO: A) OSSO IOIDE; B) CAR- TILAGEM TOROIDEA; C) CARTILAGEM CRICÓIDE; D) TRAQUÉIA. FORMAS DE BÓCIO (SENTIDO HORÁRIO): DIFUSOS, MULTINODULAR E UNINODULAR.
  • 31. PESCOÇO  LARINGE * Visível e palpável na região mediana do pescoço. * Pode desviar-se lateralmente nos processos tumorais do pescoço e mediastino, assim como em afecções retráteis dos pulmões.  JUGULARES * Normalmente visíveis em posição supina (ou decúbito dorsal), desaparecendo com elevação de decúbito em 30° ou mais. * Turgência (ou estase) jugular pode ser uni ou bilateral: a) Unilateral: obstrução de tronco braquiocefálico homolateral (D ou E), com abaulamento da fossa supraclavicular correspondente, sem pulso venoso. b) Bilateral: obstrução de veia cava superior, acompanhada de edema e cianose de face e pescoço, também se pulso venoso. c) Na Insuficiência Cardíaca e Pericardite constritiva haverá estase bilateral, acompanhada de pulso venoso.
  • 33. PESCOÇO (JUGULARES) B A C A) Posição para avaliação de estase jugular B) Estase jugular importante em ICC C) Turgência jugular (compressão de V. Cava por Linfoma.
  • 34. PESCOÇO  CARÓTIDAS: * Pulsações de vasos arteriais normalmente não são visíveis (exceto indivíduo muito magro). * Visíveis em condições patológicas: hipertiroidismo, persistência do canal arterial, fístulas arteriovenosas periféricas e insuficiência aórtica (“dança das artérias”). * Palpação é o método propedêutico de eleição para sua avaliação: - Diminuição ou ausência de pulso carotídeo pode indicar obstrução parcial ou total da artéria lesada - Na obstrução parcial, aneurismas ou aterosclerose das carótidas, pode-se palpar frêmitos e na ausculta sopros (distinguir do sopro aórtico irradiado).  CROSSA DA AORTA: palpa-se com a mão direita na fúrcula external (paciente de pé e cabeça levemente fletida).
  • 35. PESCOÇO (CARÓTIDAS) FIG.: 01 – Obstrução de carótida observada ao doppler. FIG.: 02 – Aneurismas íntegros (01, 03 e 04) e roto (02).