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Cuidados pré e pós-operatórios em
Cirurgia de Cabeça e Pescoço
Jônatas Catunda de Freitas
Médico Residente de Cirurgia de Cabeça e Pescoço, R3
Fortaleza - Outubro de 2016 1
Enfoque Multidisciplinar
Introdução
• Equipe de referência
– Multidisciplinar
– Definir estratégias para melhorar o cuidado com o paciente de
cabeça e pescoço
– Capacitar profissionais envolvidos
• Fluxogramas - padronizar as condutas do Serviço
• Livro do Serviço
• Simpósio multidisciplinar em CCP
2
• Novembro/2015
3
Pré-operatório
• Estadiar - Indicar - Planejar o melhor tratamento
• Principal objetivo: segurança do paciente
• Avaliar doenças já conhecidas e identificar “novas”
doenças
• Reduzir morbimortalidade trans e pós-operatória
• Ressecável Vs Operável
• Preparo psicológico - consentimento
4
Manual do residente de ccp USP - 2a ed. - 2013
Consulta pré-operatória
• Anamnese objetiva
• Avaliação de comorbidades e uso de medicamentos
• Cirurgias prévias, alergias , tabagismo, alcoolismo
• Avaliação do perfil psicológico e social
• Exame locorregional
• Exames complementares ao estadiamento / pre-op.
• Encaminhamento para avaliação de outras
especialidades e equipe multidisciplinar
5
Manual do residente de ccp USP - 2a ed. - 2013Jônatas Catunda
Consulta pré-operatória
• Equipe multidisciplinar
– Nutrição – avaliar estado nutricional pré-
operatório e necessidades nutricionais no pós
– Psicologia – preparo emocional do paciente e
familiares
– Fonoaudiologia – planejar reabilitação vocal /
deglutição
– Odontologia – tratamento dentário precoce
– Enfermagem
– Fisioterapia
– Assistente social
6
Tratamento
7
Manual de Condutas - AC Camargo
Cuidados pós-operatórios Gerais
8
Cuidados pós-operatórios gerais
• Imediato:
• Hidratação / correção de eletrólitos
• Analgesia
• Diminuir pressão venosa em região cervical
• Cabeceira elevada
• Antieméticos
• Nebulização
9
Manual do residente de ccp USP - 2a ed. - 2013
• Iniciar dieta enteral precocemente, 1º PO
– Reduzir hidratação venosa ao iniciar dieta pela SNE, hidratar com
água livre pela SNE
– Ensinar paciente e familiares a cuidar da sonda
• Sentar o paciente e estimular deambulação precoce
– Evita complicações pulmonares e tromboembólicas
– Manter um mínimo de devices presos ao paciente para facilitar
deambulação (equipo, SVD, SNE, drenos)
• Em cirurgias maiores pacientes recebem alta após
– retirada dos drenos
– troca do tqt pelo metálico
10
Manual do residente de ccp USP - 2a ed. - 2013
Cuidados pós-operatórios gerais
Drenos
• Indicado usar quando houver grande área de dissecção Ex. Esvaziamentos
cervicais / tireoidectomias por bócio volumoso / grandes retalhos
• Sistema aberto (penrose) X fechado (portovac / blake)
• Laminar / Tubular / tubulo-laminar
• Em geral – remover quando debito < 70ml/24h (desfazer aspiração antes de
retirar)
• Débito elevado ou persistente – suspeitar de fístulas
11
Sabiston 19a ed. 2012
Traqueostomia
• Necessária em cirurgias maiores
– garantir via aérea no pós-operatório
– Reconstrução com retalhos – risco de obstrução de VA
• Se Trismo / volume tumoral – TQT antes da indução anestésica
• Ter um baixo limiar. Na dúvida = TQT
• De maneira geral os pacientes da cabeça e pescoço recebem
alta com o traqueóstomo
The Open Access Atlas of Otolaryngology, Head & Neck Operative Surgery - Johan Fagan 12
Traqueostomia
• Enquanto permanecer traqueostomizado:
– Fisioterapia respiratória
– Nebulização intermitente ou contínua
– Aspirar VA se muito secretivo
– Trocar tqt descartável se sinais de rolha - ruído inspiratório ou
dispnéia
– Cuidados com tqt metálico – ensinar paciente e familiares
• 1º PO ou 2º PO – paciente sentado, desinsuflar Cuff e avaliar se tolera –
tosse persistente por mais de 5 minutos – reinsuflar
• Tolerou cuff desinsuflado por 24h
– Se previsão de decanulação precoce, iniciar oclusão
• Tolerou oclusão por 24h - decanular
– se previsão de alta com tqt, trocar pelo tqt metálico – ensinar os
cuidados
13
The Open Access Atlas of Otolaryngology, Head & Neck Operative Surgery - Johan Fagan
Alta Hospitalar
• Na alta, o paciente deve receber todas as orientações
de como continuar o tratamento em casa
• Orientações sobre:
– Medicações
– Possíveis complicações e o que fazer
– Curativos
– Dieta enteral e uso de medicações pela SNE
– Seguimento ambulatorial
– Cuidados com o traqueóstomo e possíveis
intercorrências (decanulação acidental /
obstrução)
14
Cuidados pós-operatórios específicos
por procedimento
15
Tireoidectomias
• Em geral, pacientes evoluem muito bem
• Alta no 1º PO com reposição de hormônio tireoidiano e
cálcio
• Retirar dreno penrose
• Maior porte = recuperação mais lenta / uso de drenos
– Bócio volumoso / mergulhante
– Esvaziamento cervical lateral
16
Tireoidectomias
• Possíveis complicações pós-operatórias
• Hematoma
– Primeiras 12h. Compressão de VA e dispneia importante.
Risco de vida
– Desaparecimento das pregas cervicais / edema cervical –
sinais alarmantes – fazer curativo pequeno
– Conduta: abrir os pontos no leito / levar para cc
• Lesão do nervo laringeo recorrente = paralisia de prega vocal.
– Se unilateral = rouquidão
– se bilateral = dispneia grave com estridor ou afonia e
broncoaspiração. Conduta: traqueostomia
17
Manual do residente de ccp USP - 2a ed. - 2013
Tireoidectomias
• Hipocalcemia
– Alta precoce com cálcio oral ou alta após valores
normais de Ca e PTH
• Se hipocalcemia sintomática (parestesias periorais e
extremidades, cãimbras, vômitos, ansiedade, tetania)
• Gluconato de cálcio 10% 1 ou 2 amp. em 100ml SG
• 10 amp + 900ml SG em BIC 50ml/h ate limite inferior do
cálcio
• Repor magnésio
18
Manual do residente de ccp USP - 2a ed. - 2013
Paratireoidectomias
• Controle do hiperpara primário ou secundário
• Pré-operatório – corrigir hipercalcemia
• Hidratação adequada / furosemida / alendronato
• Pós-operatório – manejo semelhantes às tireoidectomias
• Hipocalcemia aguda - fome óssea
• Repor cálcio, magnésio e vitamina D
19
Manual do residente de ccp USP - 2a ed. - 2013
Laringectomia Total
• 2 tipos de paciente – virgem de tratamento / resgate
após radioterapia e quimioterapia – complicam mais
• Traqueostoma definitivo – Trocar precocemente por
metálico
• Dieta por SNE por pelo menos 10 dias – prevenir fístula
• Remover drenos <70ml/24h
• 1º PO – retirar svd / iniciar dieta / sentar o paciente fora
do leito / fisioterapia respiratória
• Cuidados para prevenir fístula salivar
20The Open Access Atlas of Otolaryngology, Head & Neck Operative Surgery - Johan Fagan
Glossectomia total
• Traqueostomia
• Dieta enteral por pelo menos 15 dias – até
reabilitar deglutição com fonoterapia
• Remover drenos <70ml/24h
• 1º PO – retirar svd / iniciar dieta / sentar o
paciente fora do leito / fisioterapia respiratória
• Cuidados com o retalho – reconstrução do
assoalho da boca
• Cuidados para prevenir fístula salivar
21
Tumores de pele
• Geralmente cirurgias ambulatoriais
• Retalhos / enxertos
• Curativo com Kollagenase / Atb
• Sangramento discreto nas primeiras 24h é
comum – compressão local
• Edema facial – compressa gelada
• Retirar os pontos – 7 a 15 dias
22
Cirurgias de base do crânio
• Geralmente cirurgias de grande porte
– Traqueostomia
– SNE
– Drenos
– Retalhos – locais ou microcirúrgicos
– Atb
• Vigilância do estado neurológico, reflexos, pupilas,
aparecimento de cefaléia
– Hematoma intracraniano, pneumoencéfalo,
meningite, fístula liquórica = aumento da pressão
intracraniana
23
Manejo das principais complicações
pós-operatórias em cirurgia de cabeça
e pescoço
24
Principais complicações
• Hematoma
• Seroma
• Infecção de SC
• Fístula salivar
• Fístula quilosa
• Lesão de nervos
25
Fístulas salivares
• Fatores de risco – Radioterapia prévia, anemia, desnutrição, estadio avançado,
infecção, DPOC, diabetes
• Prevenção e tratamento de fístulas salivares
• SNE
• ATB
• Amitriptilina e buscopam simples (efeito colateral anticolinérgico -
xerostomia)
• Diagnóstico
• Persistência ou aumento do débito do dreno
• Teste com azul de metileno
• Tratamento
• Curativo compressivo
• Óleo de girassol
• Cânula se Shiley 26
Fístula quilosa
• Esvaziamento cervical à esquerda - lesão do duto
torácico
– Drena toda a linfa do corpo na junção da veia
jugular interna esquerda com v. Subclávia
– Tratamento:
– Dieta pobre em ácidos graxos de cadeia longa
– Curativo compressivo / ocluir dreno por 24h
27
Lesões de nervos
• Reabilitação para recuperar motilidade / reduzir
atrofia / tratar dor crônica
• Fisioterapia
– N. Acessório – elevação do ombro
• Fonoaudiologia
– N. Facial – músculos da mímica
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– N. Laringeo recorrente / N. Vago – pregas vocais
28
Seguimento ambulatorial pós-
operatório
29
Seguimento
• Seguimento regular para paciente oncológico
– Ate 3º ano consultas 3-3 meses
– 3º ao 5º ano consultas 6-6 meses
– Após 5 anos – consultas anuais
• 1ª TC 3 meses após concluir tratamento e 6/6 meses
• Tratamento adjuvante - RIT / RT / QT
30
Manual do residente de ccp USP - 2a ed. - 2013Jônatas Catunda
Seguimento
• Encaminhamentos pós-operatórios
• Nutrição – dieta enteral / desnutrição
• Fisioterapia - esvaziamentos cervicais - lesão n. acessório /
traqueostomia / DPOC
• Fonoaudiologia - disfagia / disfonia / voz esofágica / paralisia
facial
• Enfermagem – se curativos especiais / infecção de FO / fístulas
• Protesista - obturatória / órbita / rinectomia
• Psicologia
31
Obrigado!
32
Bibliografia
• Manual do Residente de Cirurgia de Cabeça e
Pescoço USP. 2a edição, 2013. Vergilius JF
Araújo, Lenine Garcia et al
• Head and Neck – Surgery and Oncology, 4th ed
2012 - Jatin Shah
• Sabiston Textbook of Surgery 19th ed. 2012
33
Jônatas Catunda

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Equipe multidisciplinar - cuidados pre e pós-operatórios

  • 1. Cuidados pré e pós-operatórios em Cirurgia de Cabeça e Pescoço Jônatas Catunda de Freitas Médico Residente de Cirurgia de Cabeça e Pescoço, R3 Fortaleza - Outubro de 2016 1 Enfoque Multidisciplinar
  • 2. Introdução • Equipe de referência – Multidisciplinar – Definir estratégias para melhorar o cuidado com o paciente de cabeça e pescoço – Capacitar profissionais envolvidos • Fluxogramas - padronizar as condutas do Serviço • Livro do Serviço • Simpósio multidisciplinar em CCP 2
  • 4. Pré-operatório • Estadiar - Indicar - Planejar o melhor tratamento • Principal objetivo: segurança do paciente • Avaliar doenças já conhecidas e identificar “novas” doenças • Reduzir morbimortalidade trans e pós-operatória • Ressecável Vs Operável • Preparo psicológico - consentimento 4 Manual do residente de ccp USP - 2a ed. - 2013
  • 5. Consulta pré-operatória • Anamnese objetiva • Avaliação de comorbidades e uso de medicamentos • Cirurgias prévias, alergias , tabagismo, alcoolismo • Avaliação do perfil psicológico e social • Exame locorregional • Exames complementares ao estadiamento / pre-op. • Encaminhamento para avaliação de outras especialidades e equipe multidisciplinar 5 Manual do residente de ccp USP - 2a ed. - 2013Jônatas Catunda
  • 6. Consulta pré-operatória • Equipe multidisciplinar – Nutrição – avaliar estado nutricional pré- operatório e necessidades nutricionais no pós – Psicologia – preparo emocional do paciente e familiares – Fonoaudiologia – planejar reabilitação vocal / deglutição – Odontologia – tratamento dentário precoce – Enfermagem – Fisioterapia – Assistente social 6
  • 9. Cuidados pós-operatórios gerais • Imediato: • Hidratação / correção de eletrólitos • Analgesia • Diminuir pressão venosa em região cervical • Cabeceira elevada • Antieméticos • Nebulização 9 Manual do residente de ccp USP - 2a ed. - 2013
  • 10. • Iniciar dieta enteral precocemente, 1º PO – Reduzir hidratação venosa ao iniciar dieta pela SNE, hidratar com água livre pela SNE – Ensinar paciente e familiares a cuidar da sonda • Sentar o paciente e estimular deambulação precoce – Evita complicações pulmonares e tromboembólicas – Manter um mínimo de devices presos ao paciente para facilitar deambulação (equipo, SVD, SNE, drenos) • Em cirurgias maiores pacientes recebem alta após – retirada dos drenos – troca do tqt pelo metálico 10 Manual do residente de ccp USP - 2a ed. - 2013 Cuidados pós-operatórios gerais
  • 11. Drenos • Indicado usar quando houver grande área de dissecção Ex. Esvaziamentos cervicais / tireoidectomias por bócio volumoso / grandes retalhos • Sistema aberto (penrose) X fechado (portovac / blake) • Laminar / Tubular / tubulo-laminar • Em geral – remover quando debito < 70ml/24h (desfazer aspiração antes de retirar) • Débito elevado ou persistente – suspeitar de fístulas 11 Sabiston 19a ed. 2012
  • 12. Traqueostomia • Necessária em cirurgias maiores – garantir via aérea no pós-operatório – Reconstrução com retalhos – risco de obstrução de VA • Se Trismo / volume tumoral – TQT antes da indução anestésica • Ter um baixo limiar. Na dúvida = TQT • De maneira geral os pacientes da cabeça e pescoço recebem alta com o traqueóstomo The Open Access Atlas of Otolaryngology, Head & Neck Operative Surgery - Johan Fagan 12
  • 13. Traqueostomia • Enquanto permanecer traqueostomizado: – Fisioterapia respiratória – Nebulização intermitente ou contínua – Aspirar VA se muito secretivo – Trocar tqt descartável se sinais de rolha - ruído inspiratório ou dispnéia – Cuidados com tqt metálico – ensinar paciente e familiares • 1º PO ou 2º PO – paciente sentado, desinsuflar Cuff e avaliar se tolera – tosse persistente por mais de 5 minutos – reinsuflar • Tolerou cuff desinsuflado por 24h – Se previsão de decanulação precoce, iniciar oclusão • Tolerou oclusão por 24h - decanular – se previsão de alta com tqt, trocar pelo tqt metálico – ensinar os cuidados 13 The Open Access Atlas of Otolaryngology, Head & Neck Operative Surgery - Johan Fagan
  • 14. Alta Hospitalar • Na alta, o paciente deve receber todas as orientações de como continuar o tratamento em casa • Orientações sobre: – Medicações – Possíveis complicações e o que fazer – Curativos – Dieta enteral e uso de medicações pela SNE – Seguimento ambulatorial – Cuidados com o traqueóstomo e possíveis intercorrências (decanulação acidental / obstrução) 14
  • 16. Tireoidectomias • Em geral, pacientes evoluem muito bem • Alta no 1º PO com reposição de hormônio tireoidiano e cálcio • Retirar dreno penrose • Maior porte = recuperação mais lenta / uso de drenos – Bócio volumoso / mergulhante – Esvaziamento cervical lateral 16
  • 17. Tireoidectomias • Possíveis complicações pós-operatórias • Hematoma – Primeiras 12h. Compressão de VA e dispneia importante. Risco de vida – Desaparecimento das pregas cervicais / edema cervical – sinais alarmantes – fazer curativo pequeno – Conduta: abrir os pontos no leito / levar para cc • Lesão do nervo laringeo recorrente = paralisia de prega vocal. – Se unilateral = rouquidão – se bilateral = dispneia grave com estridor ou afonia e broncoaspiração. Conduta: traqueostomia 17 Manual do residente de ccp USP - 2a ed. - 2013
  • 18. Tireoidectomias • Hipocalcemia – Alta precoce com cálcio oral ou alta após valores normais de Ca e PTH • Se hipocalcemia sintomática (parestesias periorais e extremidades, cãimbras, vômitos, ansiedade, tetania) • Gluconato de cálcio 10% 1 ou 2 amp. em 100ml SG • 10 amp + 900ml SG em BIC 50ml/h ate limite inferior do cálcio • Repor magnésio 18 Manual do residente de ccp USP - 2a ed. - 2013
  • 19. Paratireoidectomias • Controle do hiperpara primário ou secundário • Pré-operatório – corrigir hipercalcemia • Hidratação adequada / furosemida / alendronato • Pós-operatório – manejo semelhantes às tireoidectomias • Hipocalcemia aguda - fome óssea • Repor cálcio, magnésio e vitamina D 19 Manual do residente de ccp USP - 2a ed. - 2013
  • 20. Laringectomia Total • 2 tipos de paciente – virgem de tratamento / resgate após radioterapia e quimioterapia – complicam mais • Traqueostoma definitivo – Trocar precocemente por metálico • Dieta por SNE por pelo menos 10 dias – prevenir fístula • Remover drenos <70ml/24h • 1º PO – retirar svd / iniciar dieta / sentar o paciente fora do leito / fisioterapia respiratória • Cuidados para prevenir fístula salivar 20The Open Access Atlas of Otolaryngology, Head & Neck Operative Surgery - Johan Fagan
  • 21. Glossectomia total • Traqueostomia • Dieta enteral por pelo menos 15 dias – até reabilitar deglutição com fonoterapia • Remover drenos <70ml/24h • 1º PO – retirar svd / iniciar dieta / sentar o paciente fora do leito / fisioterapia respiratória • Cuidados com o retalho – reconstrução do assoalho da boca • Cuidados para prevenir fístula salivar 21
  • 22. Tumores de pele • Geralmente cirurgias ambulatoriais • Retalhos / enxertos • Curativo com Kollagenase / Atb • Sangramento discreto nas primeiras 24h é comum – compressão local • Edema facial – compressa gelada • Retirar os pontos – 7 a 15 dias 22
  • 23. Cirurgias de base do crânio • Geralmente cirurgias de grande porte – Traqueostomia – SNE – Drenos – Retalhos – locais ou microcirúrgicos – Atb • Vigilância do estado neurológico, reflexos, pupilas, aparecimento de cefaléia – Hematoma intracraniano, pneumoencéfalo, meningite, fístula liquórica = aumento da pressão intracraniana 23
  • 24. Manejo das principais complicações pós-operatórias em cirurgia de cabeça e pescoço 24
  • 25. Principais complicações • Hematoma • Seroma • Infecção de SC • Fístula salivar • Fístula quilosa • Lesão de nervos 25
  • 26. Fístulas salivares • Fatores de risco – Radioterapia prévia, anemia, desnutrição, estadio avançado, infecção, DPOC, diabetes • Prevenção e tratamento de fístulas salivares • SNE • ATB • Amitriptilina e buscopam simples (efeito colateral anticolinérgico - xerostomia) • Diagnóstico • Persistência ou aumento do débito do dreno • Teste com azul de metileno • Tratamento • Curativo compressivo • Óleo de girassol • Cânula se Shiley 26
  • 27. Fístula quilosa • Esvaziamento cervical à esquerda - lesão do duto torácico – Drena toda a linfa do corpo na junção da veia jugular interna esquerda com v. Subclávia – Tratamento: – Dieta pobre em ácidos graxos de cadeia longa – Curativo compressivo / ocluir dreno por 24h 27
  • 28. Lesões de nervos • Reabilitação para recuperar motilidade / reduzir atrofia / tratar dor crônica • Fisioterapia – N. Acessório – elevação do ombro • Fonoaudiologia – N. Facial – músculos da mímica – N. Hipoglosso – músculos da língua – N. Laringeo recorrente / N. Vago – pregas vocais 28
  • 30. Seguimento • Seguimento regular para paciente oncológico – Ate 3º ano consultas 3-3 meses – 3º ao 5º ano consultas 6-6 meses – Após 5 anos – consultas anuais • 1ª TC 3 meses após concluir tratamento e 6/6 meses • Tratamento adjuvante - RIT / RT / QT 30 Manual do residente de ccp USP - 2a ed. - 2013Jônatas Catunda
  • 31. Seguimento • Encaminhamentos pós-operatórios • Nutrição – dieta enteral / desnutrição • Fisioterapia - esvaziamentos cervicais - lesão n. acessório / traqueostomia / DPOC • Fonoaudiologia - disfagia / disfonia / voz esofágica / paralisia facial • Enfermagem – se curativos especiais / infecção de FO / fístulas • Protesista - obturatória / órbita / rinectomia • Psicologia 31
  • 33. Bibliografia • Manual do Residente de Cirurgia de Cabeça e Pescoço USP. 2a edição, 2013. Vergilius JF Araújo, Lenine Garcia et al • Head and Neck – Surgery and Oncology, 4th ed 2012 - Jatin Shah • Sabiston Textbook of Surgery 19th ed. 2012 33 Jônatas Catunda

Notas do Editor

  1. Elective operation should be performed under optimal condition with full physical and psychological preparation of a fully informed patient. Emergency operation may have to be done in less than ideal circumstances .