O documento discute cárie dentária, incluindo sua definição como uma doença infecciosa influenciada por carboidratos e saliva, sua história de mais de 500.000 anos, e os fatores locais e sistêmicos que contribuem para sua etiologia, como bactérias, placa dentária e dieta.
2. Conceito
Doença infecciosa oportunista de carácter
multifactorial fortemente influenciado pelos
carbohidratos da dieta e pela acção dos
componentes salivares.
Ocorre uma destruição localizada do dente:
progressiva; longa e irreversível.
3. História da Cárie
Doença com pelo menos 500000 anos de
idade, como evidenciam os registos
esqueléticos.
Remonta aos tempos Bíblicos.
Foi detectada em todos os povos, em todas as
raças e em todas épocas
4. Etiologia
A causa da cárie dentária pode ser explicada por
duas ordens de factores:
I. Locais
A cárie é um fenómeno essencialmente de
superfície e nele intervém obrigatoriamente os
microorganismos.
5. Na produção de cárie, exige-se o
contacto entre os microorganismos
envolvidos e o substrato glicídico na
superfície do dente. Deste contacto
resulta a produção da placa dentária
e na intimidade dela ocorre a
fermentação do material glicídio e
protéico, resultando em ácidos que
iniciam a descalcificação do esmalte
dentário.
6. O Trinômio: dente-microorganismos-
glicídios é condição sine qua non para a
produção da cárie dental
Rompida esta cadeia, a cárie não se
produz
Os factores locais são, pois, mais
importantes que os factores gerais ou
sistémicos em relação à etiologia da cárie
dental
8. II. Factores Gerais ou sistémicos
São factores coadjuvantes que
predispõem o organismo à instalação
da cárie dentária.
9. Factores hereditários
A hereditariedade é muito importante, pois o
património genético herdado dos pais
determina o biótipo constitucional
característico, aparecendo descendentes que
são mais ou menos resistentes à cárie dental,
como as observações clínicas demostram.
10. Nutricionais ou dietéticos
Estes factores são especialmente
importantes, principalmente durante a
odontogênese, influindo decisivamente na
maior ou menor resistência das estruturas
dentárias à cárie.
16. BACTERIAS DA CARIE
STREPTOCOCOS:
- S. Mutans
- S. Salivaris
- S. Mitior
- S. Sanguis
- S. Sobrinus
O Streptococos Mutans e Sobrinus os mais
largamente aceites como mais importantes
causador da Cárie.
LACTOBACILOS é o Outro microorganismo
envolvido
17. Placa Dento bacteriana
É um acumulo microbiano heterogéneo
constituído de bactérias aeróbicas e
anaeróbicas e de uma matriz intercelular.
É um biofilm constituído:
- Fase viscosa hidratada formada por
bactérias
- Matriz extracelular polissacaridica
18. Formação da Placa
Minutos após a escovagem
Inicialmente chamada de “ Película Adquirida”
de origem salivar constituída de
Glicoproteinas em película de 0.1-0.5 mc
de espessura.
20. Localização da Placa
Distribui-se:
- Tecidos moles: Mucosa e Língua
- Tecidos duros: Dentes; sulco gengival
Distingue-se então:
- Placa Supragengival
- Placa Subgengival
21. Clinicamente a Placa Dento bacteriana:
- Deposito tenaciosamente aderente na
superfície do dente
- Resiste a fricção durante a mastigação
- Pode ser removido pela escovagem
- A placa pode ser visível na face labial dos
incisivos quando não escovado 12-24h
22. Factores do Hospedeiro para Cárie
Os factores do hospedeiro que favorecem a
cárie:
I. Contornos anatómicos e a forma da
Arcada dentária
II. Saliva que contem:
- Moleculas de defesa Activos: Lisozima;
Lactoferrina; Lactoperoxidase.
- Agentes de defesa Passivos: IgA
Secretora; Glicoproteinas salivares;
Bicarbonato salivar.
23. Patogênese
A desmineralização dos tecidos dentários
(esmalte, dentina ou cemento) é causada por
ácidos, especialmente o ácido lático, produzido
pela fermentação bacteriana dos carbohidratos
da dieta, geralmente a sacarose.
A baixa do pH ocasiona dissolução do esmalte
e transporte do cálcio e fosfato para o meio
ambiente bucal.
25. Evolução
Aguda
Segue um curso clínico de
desenvolvimento rápido, e resulta em
comprometimento precoce da polpa
dentária.
26. Ocorre mais frequentemente em
crianças e adultos jovens,
presumivelmente, porque os
canalículos dentinários possuem maior
diâmetro, sem apresentar esclerose,
tornando a dentina altamente
permeável aos ácidos. Em razão da
rápida evolução do processo carioso,
não há formação de dentina de reacção
por parte da polpa dental.
28. É de evolução lenta, permitindo a
esclerose dos canalículos
dentinários, com consequente
menor permeabilidade dentinária e
formação de dentina de reacção.
Possui, frequentemente, coloração
castanho-escuro. A dor não é
característica comum da cárie
crónica, ao contrário da cárie
aguda.
29. Localização da cárie
- Superfícies oclusais dos molares e pré-
molares
- Terços oclusais das superfícies
palatinas dos incisivos e caninos
superiores
- Superfícies lisas do terço cervical das
superfícies vestibulares e lingual de
todos os dentes e nas superfícies
proximais de incisivos e caninos.
30. Sinal da cárie
- Presença manchas esbranquiçadas ou
escurecidas
- Sem tratamento progressão para:
- Dentina
- Polpa- causando PULPITE
- Abcessos, Celulites ou
Osteomelites
32. PREVENÇÃO
I - Higiene oral
- Escovar correctamente dentes,
massageando as gengivas usando
pastas dentífricas com flúor após as
refeições
- Uso do fio dental após as
refeições e especialmente antes de
dormir.
33. - Evitar o consumo de bebidas ou
alimentos açucarados
- Enxaguar ( bochechar ) após
consumo de refrigerantes
- Procurar o dentista ou higienista
Oral pelo menos 1 vez em cada 6
meses
34. II. Uso de SELANTES
- Programas Preventivos e
Terapêuticos
TRATAMENTO
- Restauração