O que é Patologia:
Patologia é o estudo das alterações estruturais, bioquímicas e funcionais nas células, tecidos e órgãos, que visa explicar os mecanismos pelos quais surgem os sinais e os sintomas das doenças.
A palavra "patologia" significa literalmente "estudo da doença" e tem origem no grego, onde Pathos = doença e Logos = estudo.
No entanto, "patologia" também é usada como sinônimo de doença.
Na medicina, a patologia está dividida em:
Patologia Geral: Estudo das reações aos estímulos anormais que ocorrem em todas as células e tecidos;
Patologia Sistêmica ou Especial: Estudo das reações específicas de cada tecido ou órgão a determinada agressão.
Patologia Clínica
Patologia clínica é a especialidade médica responsável por atribuir, identificar e quantificar a presença de substâncias, células, moléculas e elementos anormais no sangue, urina, fezes e em outros liquídos biológicos.
Anatomia Patológica
Anatomia patológica é a especialidade médica responsável por atribuir e analisar as alterações causadas pelas mais variadas doenças nas células e nos tecidos.
Patologia Cirúrgica
Patologia cirúrgica é a análise de espécimes cirúrgicos sólidos, visando a detecção de alterações em suas células e tecidos.
Citopatologia
Citopatologia é a análise de líquidos e secreções corporais, que visa avaliar a presença de alterações celulares.
A odontogênese (graysanatomy) solidente
3. O conhecimento da odontogênese é fundamental para o
entendimento dos distúrbios do crescimento e
desenvolvimento dentários.
ODONTOGÊNESE
Os dentes decíduos e permanentes, para alcançarem sua
maturidade morfológica ou funcional, passam por um CICLO
VITAL característico.
PROCESSO FISIOLÓGICO DE
EVOLUÇÃO CONTÍNUA
4. ODONTOGÊNESE
Quando o embrião está com 6 a 7 semanas de V.I.U., certas áreas
do epitélio bucal começam a proliferar numa proporção mais
rápida do que as células das áreas adjacentes, formando uma faixa
de epitélio, que será o futuro arco dentário.
5. ODONTOGÊNESE
AS DIVERSAS FASES SÃO SENSÍVEIS
À TERATOGÊNESE, GERANDO, CADA
UMA DELAS, ANOMALIAS VARIADAS E
CLINICAMENTE DISTINTAS.
6. As células epiteliais da camada basal
se multiplicam, invaginam em direção
ao ectomesênquima, que começa a
sofrer uma condensação.
7. LÂMINA DENTÁRIA
Ao longo do comprimento da lâmina dentária, a atividade
proliferativa contínua levará à formação de uma série de
tumefações epiteliais localizadas:
10 no arco superior
10 no arco inferior
POSIÇÕES DOS FUTUROS
DENTES DECÍDUOS
8. ETAPAS DA LÂMINA DENTÁRIA
1- Lâmina Primária (6-7 semana V.I.U. até o 2° mês
de V.I.U) – Formação da Dentição Decídua
2 – Lâmina Secundária (4° mês de V.I.U. até o 10°
mês de idade) – Formação dos dentes permanentes
de substituição
3 - Lâmina Terciária (4° mês de V.I.U. até os 5 anos
de idade) - Formação dos molares permanentes que
NÃO são dentes de substituição
10. Fase de Botão
esboço inicial da fase do desenvolvimento do órgão dentário
o ectoderma forma maciços celulares arredondados em 10
pontos diferentes da lâmina dentária, que correspondem a
posição dos futuros dentes decíduos, em cada futuro arco
dentário, superior e inferior
11. Fase de Botão
embrião de 23 mm aproximadamente
os botões correspondentes aos vários dentes
os primeiros a aparecerem são da região anterior da
mandíbula, que corresponderão aos futuros incisivos inferiores
12. Proliferação do botão → aumento da forma e tamanho
Crescimento → formação do capuz
embrião de 35 a 60mm
Fase de Capuz (Proliferação)
13. aumento da densidade do ectomesênquima
aparecimento dos elementos formadores do dente e dos
tecidos de suporte
Fase de Capuz (Proliferação)
14. O conjunto de células ectodérmicas, que lembram um capuz, é
denominado Órgão Dental, responsável pela formação do
esmalte dentário, pela estabelecimento da forma da coroa e pelo
inicio da formação da dentina.
15. 1-ÓRGÃO DO ESMALTE
proliferação interna do epitélio em forma de capuz forma o
esmalte;
2-PAPILA DENTÁRIA
Formada pelo mesênquima encerrado pelo órgão do esmalte
forma dentina e polpa;
3-FOLÍCULO DENTÁRIO
envolve a papila dentária e o órgão dentário forma cemento, lig.
Periodontal e osso alveolar.
16. Embrião de 70mm
Crescimento mais exagerado das bordas do capuz
Maior diferenciação das células epiteliais
Fase de Campânula (Histo/Morfodiferenciação)
Epitélio Dental Interno
Estrato Intermediário
Retículo Estrelado
Epitélio Dental Externo
17. Fase de Campânula (Histo/Morfodiferenciação)
Epitélio Interno do OE (FUNÇÃO FORMADORA E INDUTORA)
- Ameloblastos – células formadoras de esmalte
- Influência organizadora sobre as células mesenquimais da
papila – se diferenciam em odontoblastos
Estrato Intermediário
- Entre o epitélio interno e o retículo estrelado
- Grande importância para a formação do esmalte
- Juntamente com o EDI – Entidade funcional – FORMAÇÃO
DO ESMALTE
18. Fase de Campânula (Histo/Morfodiferenciação)
Retículo Estrelado
- Parte central do Órgão Dental
- Consistência almofadada – proteção das delicadas células
formadoras de esmalte
Epitélio Externo do OE
- Apresentava superfície lisa – agora dispõe-se em pregas
- Suprimento nutritivo rico – para a intensa atividade metabólica
do esmalte
20. CONSIDERAÇÕES CLÍNICAS E
HISTOFISIOLÓGICAS
Lâmina Dentária
Fase de Botão
Fase de Capuz
Fase Inicial de Câmpanula
Fase Avançada de Campânula
Formação do Esmalte e Dentina
PROLIFERAÇÃO
HISTODIFERENC.
MORFODIFERENC.
INICIAÇÃO
APOSIÇÃO
21. CONSIDERAÇÕES CLÍNICAS E
HISTOFISIOLÓGICAS
Lâmina Dentária INICIAÇÃO
Potencial para a formação de dentes
Fatores que induzem ou iniciam o desenvolvimento dos dentes
- AUSÊNCIA DE UM OU MAIS DENTES ou ANODONTIA
(ILS/ 3° molares e 2° Pré Inf.)
- DENTES SUPRANUMERÁRIOS
FALHAS NESSE PROCESSO
22. ANODONTIA
Ausência de dentes
Resultante de distúrbios nos primeiros períodos do ciclo vital
dos dentes
Falha no processo que origina a lâmina dentária e os brotos dentais
O processo de iniciação NÃO ocorre devido à não-multiplicação das
células do ectoderma
Lâmina Dentária INICIAÇÃO
23. SUPRANUMERÁRIO
Etiologia ainda desconhecida
Hiperatividade da lâmina dentária
Hereditariedade
Traumas
Anomalias de desenvolvimento
Problemas que podem causar: erupção ectópica, mal posicionamento
dentário, formação de cistos, etc...
Lâmina Dentária INICIAÇÃO
24. CONSIDERAÇÕES CLÍNICAS E
HISTOFISIOLÓGICAS
Fase de Botão/ Capuz/ Campânula PROLIFERAÇÃO
Nos pontos onde ocorreu a iniciação – Proliferação destes pontos
- MUDANÇAS NO TAMANHO E PROPORÇÃO DOS GERMES
EM DESENVOLVIMENTO ( Odontomas)
FALHAS NESSE PROCESSO
25. Tumores odontogênicos mistos – diferenciação funcional a
ponto de formar esmalte e dentina
Brotamento contínuo do germe do decíduo ou permanente
Proliferação anormal das células do germe dentário
Etiologia desconhecida
Foi sugerido: infecção local, hereditariedade, trauma...
ODONTOMA
Fase de Botão/ Capuz/ Campânula PROLIFERAÇÃO
26. Fase de Botão/ Capuz/ Campânula PROLIFERAÇÃO
GEMINAÇÃO
Tentativa de divisão de um germe dentário por uma
invaginação, resultando na formação incompleta de dois dentes
Etiologia: processos inflamatórios, endócrinos, hereditários e
mecânicos
Pressão interfolicular na falta de espaço
Rx: coroa bífida com uma única raiz e um único canal radicular
Pode causar: mal posicionamento dentário, acúmulo de
biofilme e alteração na estética
27. Fase de Botão/ Capuz/ Campânula PROLIFERAÇÃO
FUSÃO
União embriológica de dois órgãos dentários
Pode ocorrer entre dois dentes normais ou entre um dente
normal e um supranumerário
Etiologia não esclarecida
Clinicamente: número de dentes na arcada é menor
Rx: fusão limitada à coroa, à raiz ou a ambas – câmaras
pulpares e canais radiculares separados
28. CONSIDERAÇÕES CLÍNICAS E
HISTOFISIOLÓGICAS
Fase de Campânula HISTODIFERENC.
Marcantes modificações morfológicas e funcionais
As células tornam-se restritas em suas funções
Diferenciação dos odontoblastos
Após a deposição da 1° camada de dentina → PRIMEIRA
CAMADA DE ESMALTE
- AMELOGÊNESE OU DENTINOGÊNESE IMPERFEITA
FALHAS NESSE PROCESSO
29. AMELOGÊNESE IMPERFEITA
Fase de Campânula HISTODIFERENC.
Anomalia da estrutura do esmalte dental, resultante da má-
formação ameloblástica
Etiologia: hereditariedade e defeitos congênitos
Hipoplásica: defeito na formação da matriz orgânica do
esmalte, SEM alterar a mineralização
Hipomineralizada: maior alteração no conteúdo de minerais,
principalmente do cálcio
30. DENTINOGÊNESE IMPERFEITA
Fase de Campânula HISTODIFERENC.
Displasia em que apenas parte do ectomesênquima dental é
afetada
Relativamente rara – 1:8000 nascimentos e é herdada por um
gene autossômico dominante
Pode haver perda precoce do esmalte em virtude de fratura, já
que a junção amelo-dentinária é ANORMAL
Rx: raízes mais curtas que o normal, câmaras pulpares e
canais radiculares muito reduzidos ou até mesmo ausentes.
31. CONSIDERAÇÕES CLÍNICAS E
HISTOFISIOLÓGICAS
Fase de Câmpanula Avançada MORFODIFERENC.
Definição do padrão morfológico e tamanho dos dentes
É impossível sem a proliferação
Morfodiferenciação das coroas: futura junção amelodentinária
- FORMAS E TAMANHOS ANORMAIS DOS DENTES (microdontia,
macrodontia, dentes conóides)
FALHAS NESSE PROCESSO
32. Fase de Câmpanula Avançada MORFODIFERENC.
MACRODONTIA
Dentes com dimensões acima do normal
Etiologia: hereditariedade e causas idiopáticas
Generalizada verdadeira: rara; associada ao gigantismo
pituitário
Generalizada relativa: comum; dentes de tamanho normal ou
ligeiramente maiores em maxilares pequenos
Unidentária: rara; etiologia idiopática, podendo abranger todo
o dente ou somente afetar a coroa.
Diagnóstico: considerar diâmetros mésio-distais dos dentes
Pode estar associada: S. de Down.
33. Fase de Campânula Avançada MORFODIFERENC.
MICRODONTIA
Dentes menores que o normal – desenvolvimento insuficiente
do germe dentário
Generalizada verdadeira: todos os dentes são menores que o
normal (comum no nanismo pituitário)
Generalizada relativa: dentes de tamanho normal ou um pouco
menores, em maxilares maiores
Unidentária: apenas um dente é envolvido (padrão familiar)
Pode estar associada: doenças cardíacas e síndrome de Down
34. CONSIDERAÇÕES CLÍNICAS E
HISTOFISIOLÓGICAS
APOSIÇÃO – deposição de matriz das estruturas dentárias duras
Crescimento aditivo – em camadas
Concretização dos projeto delineado nas etapas de Histo. e
Morfodiferenciação
Fatores Genéticos e do meio – podem perturbar a síntese e
secreção normais da matriz
- HIPOPLASIA DE ESMALTE
FALHAS NESSE PROCESSO
35. HIPOPLASIA DO ESMALTE
APOSIÇÃO – deposição de matriz das estruturas dentárias duras
Formação incompleta ou defeituosa da matriz orgânica do
esmalte dental
Defeito congênito do esmalte provocado por fatores
ambientais, tanto de natureza sistêmica, quanto local
Qualquer transtorno capaz de lesar os ameloblastos durante a
formação do esmalte, DETENHA a aposição da matriz a
PRODUZA a hipoplasia
Afeta ambas as dentições
Dentes com sulcos, depressões ou fissuras em sua superfície
(intensidade ou extensão da agressão)
36. HIPOPLASIA DO ESMALTE
Pode estar associada a outras condições:
Trauma ao nascimento (passagem do intra para o extra-
uterino)
Complicações durante ou após o parto
Infecção (“dente de Turner”) ou trauma local (intrusões)
Irradiação
Terapia anti-neoplásica (potencial para a formação anormal do
esmalte)
Palato e lábios fissurados
37. CALCIFICAÇÃO – influxo de sais minerais na matriz depositada
estrutura química do esmalte: 96% material inorgânico e 4% de
material orgânico e água
a calcificação do esmalte e da dentina – processo sensível que
ocorre por um longo período de tempo
irregularidades na calcificação – pode ser freqüentemente
atribuído a um distúrbio sistêmico específico
CONSIDERAÇÕES CLÍNICAS E
HISTOFISIOLÓGICAS
- AMELOGÊNESE IMPERFEITA DO TIPO CALCIFICADO
FALHAS NESSE PROCESSO
39. Comum em locais de baixa renda e países
subdesenvolvidos.
Os vários efeitos adversos da subnutrição tem sido
relacionados com diferentes aspectos do
crescimento humano e seu desenvolvimento e pode
desencadear seqüelas na qualidade e textura de
certos tecidos ósseos (ossos, ligamentos e dentes).
Defeitos Nutricionais
40. Sífilis congênita
Causador: Treponemma pallidum;
É caracterizada por uma hipoplasia generalizada, que
altera significativamente a formação e o tamanho
da coroa.
Dentes mais afetados:
incisivos centrais superiores bordas marginais
convergindo para a incisal;
coroas dos molares permanentes também estão
envolvidas.
41. Fatores Locais
Trauma local ou infecção;
Laringoscopia ou intubação;
Ingestão de flúor;
Radiação X.
42. Trauma local ou infecção
BRAIDO & YASSUDA, 1991:
Dentes permanentes podem desenvolver
hipoplasia devido a trauma ou infecção do antecessor
decíduo, ocorrendo mais comumente em incisivos
superiores
após os 4 anos de idade, a ocorrência de um
trauma em dente anterior tende a causar mais
hipomineralizações do que hipoplasias.
43. Laringoscopia e Intubação
Estes fatores contribuem para o desenvolvimento de
defeitos no esmalte nos dentes anteriores da dentição decídua,
uma vez que levam à pressão nas estruturas do germe e alvéolo,
devido a maleabilidade do alvéolo e ao baixo peso da criança.
44. Ingestão de flúor
A fluorose endêmica é um distúrbio afetando ameloblastos
durante o estágio aposicional. Em níveis de flúor
extremamente elevados pode também haver interferência com
o processo de calcificação.
Aspecto opaco do esmalte branco na forma mais branda
e amarelo ou marrom nas formas mais graves. O grau de
pigmentação é extremamente dependente da quantidade de
flúor ingerida.
45. Ingestão de flúor
Nas formas mais severas pode haver alteração na
morfologia da coroa. Nestes casos, o esmalte fratura-se com
facilidade, desgastando-se rapidamente, pois sua superfície é
hipomineralizada. Ocorre com mais freqüência nos dentes
permanentes.
Ingestão de flúor doses superiores a 2 ppm.
46. Radiação X
Crianças que receberam radiação em excesso no
tratamento de malignidades apresentam hipoplasia de
esmalte, que poderá ser observada como uma linha de
esmalte hipoplásico, que se desenvolve na época do
tratamento.
47. -Marketing e Gestão de Consultório Odontológico
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