O documento descreve o choque hemorrágico, definindo-o como um estado de hipoperfusão orgânica generalizada resultante do desequilíbrio entre oferta e consumo de oxigênio. Detalha suas causas, fisiopatologia, manifestações clínicas, órgãos envolvidos, diagnóstico e abordagem terapêutica, que inclui fluidoterapia e transfusão sanguínea com monitoramento cuidadoso.
3. Definição
• Choque é um estado de hipoperfusão orgânica efectiva generalizada,
resultante do desequílibrio entre a oferta e o consumo de oxigênio,
levando a disfunção celular.
• A perfusão efetiva de um órgão ou tecido depende de dois fatores:
(1) fluxo sanguíneo total para este órgão;
(2) distribuição adequada deste fluxo através do órgão ou tecido, de
forma que todas as suas células recebam um suprimento adequado de
oxigênio
7. Manifestacoes clínicas
• A apresentação clínica depende de:
• causas
• Rapidez
• volume e
• duração do sangramento/perdas de líquidos
8. SINAS DE CHOQUE
1. Pré-choque:
• muitas vezes sem sinais.
2. Choque compensado
• por estimulação simpática:
• suor e taquicardia
• pálido e frio
• pulso fino
10. Disfunção orgânica
• Se o distúrbio hemodinâmico não for prontamente controlado e o
factor etiológico não for corrigido, a tendência é que o processo evolua
para a síndrome de disfunção de múltiplos órgãos e sistemas, definida
como a presença de três ou mais comprometimentos orgânicos.
13. Critérios para Diagnostico
• 1.“Fácies de Sofrimento” ou alteração do estado mental.
• 2. Taquicardia (FC > 100 bpm).
• 3. Taquipnéia (FR > 22 ipm) ou PaCO2 < 32 mmHg.
• 4. Base Excess < - 5 mEq/L ou lactato sérico > 4 mM.
• 5. Débito Urinário < 0,5 ml/kg/h.
• 6. Hipotensão Arterial (PA sistólica < 90 mmHg) por um período >
20min.
• NB: Para confirmar o diagnóstico da síndrome, quatro critérios desses
seis devem ser preenchidos.
15. Abordagem terapêutica
• Em geral, ABC e tratamento de suporte
• Oxigenação/Ventilação
• Acesso IV (2 cateteres perifericos)
• Monitoramento
• Ressuscitação com Fluidos
• Transfusão de sangue
*Triade: OXIGENIO-VEIA-MONITOR
16. monitoracao
• Frequência cardíaca
• Pressão arterial
• Enchimento capilar
• Saída de urina
• Pressão Venosa Central
• Saturação venosa de O2
• Lactato sérico
17. • É importante que se defina o grau de perda sanguínea, uma vez que
este parâmetro serve para determinar a gravidade das manifestações e
auxiliar na reposição volemica inicial.
18. Classe I Classe II Classe III Classe IV
Perda sanguinea
(ml)
Ate 750 750-1500 1500-2000 >2000
Perda sanguinea (%
vol. sanguineo)
Ate 15% 15-30% 30-40% >40%
Pilso (bpm) <100% 100-120 120-140 >140
Pressao arterial
sistolica
Normal Normal Diminuida Diminuida
Pressao de pulso (PA
Sistolica-PA
Diastolica)
Normal ou
aumentada
Diminuida Diminnuida Diminuida
Frequencia
respiratoria
14-20 20-30 30-40 >35
Diurese (ml/h) >30 20-30 5-15 Desprezivel
Estado mental Levemente ansioso Moderadamente
ansioso
Ansioso, confuso Confuso, letargico
Reposicao volemica
(regra 3 para 1)
Cristaloide Cristaloide Cristaloide e sangue Cristaloide e sangue
19. Bibliografia
• Harrison 18 ed
• Cecil - Medicina Interna - 23ªEd.
• Cardiologia no Internato - Bases Teórico-Práticas
• Medcurso 18