2. O que é a placa bacteriana?
A placa bacteriana, ou biofilme dental é uma película aderente e transparente, constituída por
bactérias e seus produtos, formando-se constantemente sobre dentes e gengiva
Inicialmente esta película assume uma consistência mole e, se não for removida nesta fase, vai se
mineralizar, tornando-se dura (tártaro ou cálculo).
Esse acúmulo é mais intenso nos locais onde a higiene bucal não está sendo feita de maneira
adequada. A placa bacteriana, que não é removida, provoca inflamação gengival, conduzindo às
doenças periodontais e a cárie (através da desmineralização ocasionada por essas bactérias)
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4. Formação:
Durante a dentição decídua, a placa bacteriana se caracteriza pela presença de microorganismos
de menor potencial patogênico
A partir da dentição mista, as reações aos microorganismos fica mais exacerbada.
Porém, foram observadas bactérias anaeróbicas Gram-negativas, em crianças com idade média
de 6 meses, provenientes da superfície da mucosa e saliva, assim demonstrando que algumas
espécies bacterianas anaeróbicas não necessitam de dentes ou sítios subgengivais para a sua
colonização.
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6. Dieta e placa bacteriana:
CONSISTÊNCIA:
Alimentos mais fibrosos ajudam na limpeza dental,
enquanto alimentos mais pegajosos dificultam a higiene e
possibilitam a propagação bacteriana.
COMPOSIÇÃO :
Existe íntima relação com a presença de sacarose e a
formação mais rápida de placa bacteriana e formação de
ácidos na superfície dentária e no periodonto, produzindo
a descalcificação.
Familiares de pacientes portadores de doenças
periodontais mais agressivas devem ser examinados
regularmente, com o objetivo de detectar precocemente
qualquer sinal de doença periodontal, pois há indícios
fortes das possíveis fontes de infecção.
A formação de placa bacteriana, pode
ser influenciada pelo tipo de dieta, que
deve ser analisado em relação a
consistência e a composição.
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8. Controle químico:
Ainda não existe uma substância ideal em relação ao controle químico.
Tetraclina e metronidazol além de outros antibióticos, são formas sistêmicas de tentar este controle,
porém devem ser usados em casos específicos
As melhores possibilidades são através do Controle tópico, como o degluconato de clorexidina, 0,12%,
que tem uma boa efetividade, levando controle completo da placa bacteriana e gengivite, porém seu
uso deve ser feito em condições especiais, como no caso de pacientes excepcionais ou pacientes sem
a possibilidade de realizar a higienização, como no caso de pacientes acidentados.
Além dos efeitos colaterais, uma vez suspenso seu uso, permite uma rápida repopulação bacteriana e
eventualmente mutações, fazendo com que as mesmas tornem-se invisíveis aos quimioterápicos.
Ou seja a maneira mais eficiente é a remoção mecânica, escovas dentais para as faces livres e fio
dental para as faces proximais, prevenindo a formação de doenças periodontais e da cárie.
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10. Evidenciadores de placa bacteriana:
São agentes auxiliares que objetivam corar a placa bacteriana presente, tornando-a visível para
que os pacientes possam eliminá-la mais facilmente durante a escovação. Também são utilizados
pelos pacientes para detecção da placa bacteriana remanescente após a escovação
Existem vários tipos de evidenciadores, os quais podem ser encontradas nas formas de gel,
pastilhas, pasta e soluções,por eritrosina a 2% , entre outros
O uso dos evidenciadores pode ser muito útil como recurso de estimulação para o controle do
biofilme dental em crianças.
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12. Dentifrício fluoretado:
Quantidade de dentifrício fluoretado de acordo com a idade
1- Bebês (0 a 3 anos) – metade de um grão de arroz
cru (0,05g)
2- Crianças que não sabem cuspir (3 a 7 anos de idade)
– um grão de arroz (0,1g)
3- Crianças que já sabem cuspir (acima de 7 anos de
idade) – um grão de ervilha (0,3g)
O creme dental com flúor (1.100
ppm/flúor) deve ser usado, no mínimo
2x ao dia como auxiliar de limpeza dos
dentes de todas as crianças. Enquanto
a criança não tiver condições de
escovar seus próprios dentes
adequadamente, o uso do dentifrício
fluoretado é de responsabilidade dos
pais.
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14. Técnicas de escovação:
Pais escovarem seus próprios dentes na frente do filho.
Fazer com que a criança entenda, que a escovação é
uma extensão da alimentação.
Motivação do profissional.
Auxiliar pais e filhos, ao mesmo tempo (como por
exemplo em relação a alimentação)
Manutenção de tratamento após 3 a 6 meses.
Os pais devem realizar a escovação de seus filhos até a
idade escolar e, depois de 7 ou 8 anos supervisionar a
escovação.
Primeiramente a criança deve ser
motivada, de diversas maneiras, como
por exemplo:
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16. Posição de Starkey:
A criança fica em pé, de costas para a mãe, que por
sua vez estará atrás do filho, e usará a mão esquerda
para estabilizar a mandíbula da criança e com os
dedos da mesma mão, afasta os lábios e bochechas e
com a mão direita faz os movimentos com a escova.
Para a escovação da arcada inferior a mandíbula ficará
em plano Horizontal e para a arcada superior, a cabeça
da criança ficará inclinada para trás, para a mãe ter
visualização da cavidade oral.
Os movimentos da escovação podem ser da Técnica
de Fones ou de Stillman modificada.
Idade pré escolar (com pouca habilidade
manual)
Maiores a 3 anos de idade
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18. Técnicas para idade Escolar.
Com os dentes cerrados.
Faz movimentos circulares, nas faces de todos os
dentes superiores e inferiores.
Indo de um último dente de um hemiarco, ao outro.
Nas faces lingual e palatina os movimentos também
são circulares.
Já nas faces oclusais e incisais os movimentos são
ântero-posterior.
(em média 4 anos de idade)
Técnica de Fones:
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20. Técnicas para idade Escolar
Longo eixo das cerdas da escova colocados
lateralmente contra gengiva, assim deslizando da
gengiva, para a incisal ou oclusal, fazendo movimentos
vibratórios nos pontos de contato dos dentes.
O movimento é igual para arcada superior e inferior.
Esta técnica remove a placa e massageia a gengiva.
Técnica utilizada para todas as faces (vestibular, lingual
e palatina).
(em média 6 anos de idade)
Técnicas mais complexas e eficientes
Técnica de Stillman modificada:
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22. Técnicas para idade Escolar
Recomendado para crianças que usem aparelho
ortodôntico fixo.
As cerdas são forçadas no sulco gengival, (em um
ângulo de 45 graus, com o eixo do dente),
Faz- se movimentos curtos, para frente e para trás e
vibratórios.
Nas faces oclusais e incisais os movimentos serão para
frente e para trás.
Técnicas mais complexas e eficientes
Técnica de Bass:
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24. Fio dental:
Deve ser utilizado com cuidado pelos pais,para não
machucar a papilas dental.
Deve ter de 25 a 45 centímetros.
O fio deve ser enrolado no dedo médio de uma das
mãos e posicionado com as pontas dos dedos
indicadores. A distância dos dedos indicadores deve
ser de 2cm a 3cm
O fio deve ser esticado, porém não tensionado.
Fazendo movimentos vestbulo-linguais até a área de
contato, sendo então trabalhado apicalmente dentro
do sulco gengival, não traumatizando a gengiva.
O fio deve fazer movimentos de cima para baixo,
abraçando o dente, para que seja feita a limpeza
interproximal.
O que não pode ser dispensado também,
é a utilização do fio dental, para a
limpeza interdental.