1. O barroco
• O barroco acompanhou importantes mudanças sociais, religiosas, políticas e
artísticas.
• O barroco nasceu em Roma, durante os finais do século XVI.
• O Barroco estava ligado à Igreja – Contra – Reforma.
• Espalhou – se, também, em países do Norte da Europa protestante.
• A linguagem barroca virou-se para os sentidos, para o movimento e para o
espectacular.
• Estendeu-se à literatura, onde se utilizavam os jogos de palavras e ideias
• Música – ópera, sonata e o concerto.
• Obras de Mozart, Haendel, Bach e Vivaldi.
• Teatro, utilizando-se cenários e fatos exuberantes.
A arte barroca
• A arte barroca apelava aos sentidos e emoções.
• Desejo de provocar, de fascinar, de impressionar através do movimento,
intensidade decorativa e ornamental, intensidade teatral.
• Jogo da luz e da sombra.
1. A pintura
• Contrastes, movimento, dramatismo e exuberância.
• Jogos de luz/sombra, jogos com a cor, as formas e a perspectiva.
• Leis da perspectiva dominavam nos frescos de paredes e tectos, em
efeitos de ilusão óptica.
• Grandes pintores – Velázquez, Rubens e Rembrandt.
2. A escultura
• Grande rigor técnico.
• Movimento, contrastes de luz/sombra, cénico.
• Fixa as personagens em gestos e atitudes teatrais e em cenas de
grande intensidade dramática (ex: obras de Bernini).
• Jogos de água através das fontes.
3. A arquitectura
• Recurso a plantas curvas e elípticas.
• Movimento através do jogo das curvas e contracurvas
• Uso de elementos clássicos – entablamentos e frontões, de formas
ondulantes e quebradas.
• Ordens – coluna torsa ou salomónica.
• Decoração exuberante.
2. • Interiores projectados de forma a acentuar o dramatismo e o efeito cénico
através do jogo luz/sombra.
• Fusão da arquitectura com escultura e pintura (mistura).
• Grandes arquitectos – Bernini e Barromini.
• Grande desenvolvimento de artes decorativas – talha dourada, azulejo,
cerâmica, mobiliário, tapeçaria e ourivesaria.
O barroco em Portugal
• Manifesta-se desde o século XVII.
Na literatura:
• Padre António Vieira, D. Francisco Manuel de Melo.
Na arquitectura:
• O barroco demorou a implantar-se em Portugal – a maior parte dos edifícios do
séc.XVII são austeros e sem inovações ou influências estrangeiras modernas.
Devido às dificuldades financeiras de Portugal, que estava em
Guerra com Espanha – Guerra da Independência, e depois uma
Crise Comercial
• Muitas mulheres participaram em produções culturais – Poesia e Pintura –
Josefa d’Óbidos.
O período áureo do barroco em Portugal:
• Após 1690 – grande desenvolvimento do barroco em Portugal.
• Na arquitectura – Igreja de Santa Engrácia, em Lisboa.
• Reinado de D. João V – grande desenvolvimento da arte barroca, devido à
riqueza que havia em Portugal.
• A corte portuguesa copiava o modelo de luxo das grandes cortes estrangeiras
• Portugal era um país preferido por muitos artistas estrangeiros, porque havia
muita riqueza em Portugal.
• O Rei mandou fazer:
Palácio de Mafra – Ludovice (Áustria)
No norte de Portugal – decoração e construção de Igrejas,
Templos e Palácios – Nasoni (Itália)
• Pintores e arquitectos estrangeiros em Portugal influenciam a escultura:
Machado de Castro.
• Artes decorativas: Talha dourada (Igrejas) e Azulejos
3. O Despotismo Pombalino:
Política
• Em 1750 subiu ao trono o Rei D. José I
• Nomeou para seu secretário Sebastião José de Carvalho e Melo – Marquês de
Pombal.
• Marquês de Pombal tinha como objectivo restabelecer a autoridade do Rei e do
Estado.
• Impôs um regime político que se baseava na ideia de que o poder do rei era
absoluto.
• O governo devia orientar-se pela razão, com o objectivo do progresso e do bem
comum – o despotismo esclarecido.
• O despotismo esclarecido veio chocar com os privilégios que alguns grupos
sociais e instituições tinham adquirido na sociedade portuguesa.
• Nomeou sempre para os cargos públicos elementos da burguesia e da pequena
nobreza, (afastando do poder a grande nobreza).
• 1758 – Tentativa de assassínio do rei – foram incriminados todos os
responsáveis directos, todos os inimigos políticos do marquês, e algumas
pessoas de importantes famílias nobres foram condenadas à morte.
• Também os Jesuítas foram acusados de conspirar contra o rei
Tinham grande influência na sociedade portuguesa e no Brasil
Foram condenados e perseguidos
Foram expulsos do Brasil e de Portugal
Reorganização do Estado
• Fez-se uma grande reforma do Estado – objectivo de tornar o Estado mais
eficaz e com estruturas modernas e actualizadas:
Reorganização do Exército
Fundação do Erário Régio
(departamento do Estado que
controla todas as despesas e
receitas)
Criação da Real Mesa Censória
(controlava a Imprensa)
Abolição da diferença entre
Cristão-Novos e Cristãos-Velhos
Reforma da Inquisição, ficando
mais dependente do Estado
Reforma global do Ensino –
Colégio dos Nobres (formação de
pessoas com o objectivo de
4. desenvolver a economia e as novas
funções do Estado moderno)
Economia
O Comércio
• O marquês de Pombal procurou valorizar e incentivar as actividades mercantis
• O comércio era importante, porque dava riqueza ao país e porque as receitas do
Estado dependiam dos direitos (impostos) de entrada e saída das mercadorias
dos portos portugueses e brasileiros.
• O marquês de Pombal tomou algumas decisões:
Declarou o comércio como
actividade nobre;
Fundou a Junta de Comércio;
Criou Companhias de Comércio e
Sociedades por acções, com
monopólios comerciais ou
regionais (acabar com o pequeno
comercio de contrabando, tentando
atrair os capitais de grandes
investidores);
Companhias monopolistas –
produção e venda do vinho do
Douro (Companhia dos Vinhos do
Alto Douro) e a pesca no Algarve
(Companhia da Pesca do Algarve)
As manufacturas
• A política económica do marquês de Pombal foi orientada para o
mercantilismo – interdependência da metrópole e das colónias; grande
preocupação com os metais preciosos; proibição da exportação de ouro.
• Portugal continuava a importar grandes quantidades de produtos
manufacturados.
• Desde 1760 – crise comercial – no Brasil: baixou a quantidade de ouro, baixou
a produção de açúcar e baixou a venda de escravos:
• Medidas de Fomento Manufactureiro:
• Substituir importações pela produção nacional;
• Concessão de monopólios de fabrico de algumas
mercadorias;
5. • Redução dos direitos alfandegários sobre as importações
de matérias-primas;
• Aumento dos direitos sobre as manufacturas.
• Desenvolveu-se a produção de tecidos de algodão.
• As indústrias já criadas tiveram um novo impulso:
• Os vidros da Marinha Grande;
• O papel da Lousã, os lanifícios de Portalegre, as sedas e outras manufacturas de
produtos de luxo sobreviventes da política industrializadora do conde da
Ericeira.
• Beneficiou não apenas do mercado metropolitano, mas também do brasileiro, ao
longo do século XVIII.
O urbanismo pombalino
Uma nova concepção de espaço urbano
• O terramoto de 1755 devastou uma série de povoações no litoral português, em
particular a cidade de Lisboa, área mais nobre e de mais intensa actividade
económica.
• Necessidade de decisões muito importantes sobre a reorganização do espaço
urbano.
• O marquês de Pombal revelou-se nesse momento como o grande obreiro da
reconstrução urbana de Lisboa:
• A reconstrução da cidade, com o objectivo de criar um novo centro económico;
• Os planos de reconstrução da cidade obedeceram princípios de racionalidade e
de traçado geométrico, símbolos do rigor e da autoridade do despotismo
esclarecido, cujo objectivo último era o desenvolvimento e o bem-estar da
comunidade.
• Os planos de reconstrução de Lisboa (projecto de uma cidade nova e moderna) –
engenheiros e arquitectos Eugénio dos Santos, Manuel da Maia e Carlos Mardel:
Ruas largas e direitas, perpendiculares entre si, para
facilitar a circulação;
Passeios calcetados;
Rede de esgotos – melhorar a higiene e o conforto dos
moradores;
Habitações com sistema de protecção anti-sísmica
(sistema da gaiola) e contra incêndios (corta-fogos);
Edifícios com o mesmo desenho arquitectónico – piso
térreo para comércio;
Novo centro – Praça do Comércio – com estátua do Rei.
As ruas partiam da Praça do Comércio e estavam
agrupadas por actividades económicas e profissionais.
• O «estilo pombalino» foi aplicado noutras cidades do país, como por exemplo,
Vila Real de Santo António, que foi projectada de raiz para atrair a população de
pescadores e criar um local de desenvolvimento económico.