Os grandes dilemas de carreira segundo a revista VOCÊ/SA
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Aula 3 – PLANEJAMENTO DE CARREIRAS.
Tema: Lições Para a Carreira.
Prof. Angelo Peres
Fonte: Revista VOCESA, Fev. 2013.
CARREIRA significava originalmente,
na língua inglesa, uma estrada para
carruagens.
No mundo do trabalho,
modernamente, acabou sendo usada
como um canal para atividades
econômicas de alguém durante a vida
inteira.
Fonte: Sennett, 2003.
Para CHIAVENATO, carreira
significa a sequência de
posições e atividades
desenvolvidas por uma
pessoa ao longo do tempo em
uma organização.
Fonte: Chiavenato, 2008.
A palavra serviço (ou
emprego), em inglês do
século XIV, queria dizer um
bloco ou parte de alguma
coisa, que não se podia
transportar numa carroça de
um lado para o outro.
Fonte: Sennett, 2003.
Tradicionalmente as empresas
traçavam PCs para preparar as
pessoas no sentido de
ocuparem os cargos mais
altos (ao longo dos anos)
dentro da hierarquia da
organização.
Fonte: Chiavenato, 2008.
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Contemporaneamente o PC
está cedendo espaço para o
autogerenciamento da
carreira. Ou seja, quem tem
que cuidar da carreira (da
gestão dela) é o próprio
trabalhador.
Fonte: Chiavenato, 2008.
Dessa forma, modernamente,
cada pessoa deverá conhecer
seus próprios talentos e saber
como aprimorá-los e aplicá-los ao
longo da vida profissional a fim
de aproveitar as oportunidades
que surgirem.
Dito de outra forma, cada
pessoa é que terá que cuidar
(administrar) sua própria
carreira; e saber como ajustála às demandas (e as
exigências) do mercado de
trabalho.
Fonte: Chiavenato, 2008.
Filme: Planejar a Carreira, com
Mário Persona.
Fonte: Chiavenato, 2008.
Ampliar as competências;
Compromisso com os
objetivos e metas;
Ampliar seu campo de
ação/ atuação; e levar
em consideração suas
limitações e fraquezas
Dar guinadas radicais na
carreira ;
PC tem que ser flexível;
O pior inimigo do
planejamento de carreira
é a autopiedade e a
inveja.
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Segundo a revista VOCÊ/SA para
os postos mais qualificados há
sempre vagas em aberto.
Porém, há dificuldade de se
encontrar profissionais
qualificados.
Um dos problemas, segundo a
revista, é o descompasso entre a
formação oferecida pelas
faculdades e o conhecimento
exigido pelo mercado de trabalho.
Fonte: McKinsey & Company, 2012.
Por outro lado, Peter Cappelli (2012)*
aponta que parte do problema (desse
problema) está nas empresas. Ou
seja, elas querem alguém que
preencha todos os requisitos de
imediato, sem passar por um
treinamento. Ou, ainda, não tem
paciência de esperar que o novo
trabalhador se adapte
adequadamente ao ambiente.
Para a McKinsey aponta em sua
pesquisa 13 qualidades
(características) mais valorizadas e
menos encontradas pelas empresas.
* Livro: Why good people can`t Get jobs (Por que as pessoas não conseguem emprego), 2012.
O fato é que as empresas estão muito
exigentes na hora de contratar.
Certo ou errado é assim que o
mercado está agindo.
Isto provoca certa distância entre o
que os centros de ensino oferecem e
o que as empresas exigem.
Fonte:Revista VOCESA, fev. 2013.
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Outro ponto importante é que as empresas
estão muito criteriosas nas questões
comportamentais e nos valores pessoais.
No limite, as empresas querem profissionais
que possam fazer (estabelecer ) conexões
entre as áreas da organização, que
conheçam o negócio, que encontrem
soluções e que gerem os resultados, no
mínimo, pretendidos pelas empresas.
Fonte: Ricardo Loureiro, SERASA EXPERIAN.
Uma das estratégias utilizadas pelas
empresas está sendo driblar a falta de
qualificação de profissionais mais sêniores
concentrando esforços na contratação de
níveis iniciais de carreira, ou com
programas de estágio ou trainee.
Esta alternativa as empresas tem a
possibilidade de educar o jovem do modo
que consideram mais adequado, bem como
controlam a folha de pagamento.
A verdade é que pairam grandes dilemas
para quem busca uma nova posição e⁄ou
novo desafio em sua carreira.
Estes dilemas são diversos. E para cada
nova questão novos desafios deverão
ser enfrentados.
OS GRANDES DILEMAS DE CARREIRA,
SEGUNDO A REVISTA VOCÊ/SA.
I - BUSCAR UMA POSIÇAO MAIS ALTA
OU FICAR NA ATUAL?
Janeiro, 2013.
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Para a CATHO busca-se novos postos,
em muitos casos, na procura de mais
responsabilidade.
Porém, em geral, pessoas acima de 35
anos recusam promoções (ou procura
evitá-las).
II - MANTENHO MINHA REMUNERAÇÃO
OU OPTO POR UMA VIDA MAIS
EQUILIBRADA?
Segundo pesquisas recentes 36% dos
profissionais abaixo de 30 anos
consideram a QV um quesito tão
importante quanto a remuneração, na
decisão de manter ou não o emprego.
Profissionais com mais idade também
prezam um ritmo de trabalho mais light.
Nesta questão específica o que vai ditar
sua decisão será qual é seu objetivo de
vida (ambição de carreira); e o que
realmente dá significado à sua vida.
Segundo a FIRJAN, 66% dos municípios
brasileiros oferecem boas condições de
desenvolvimento (emprego, renda,
educação e saúde).
III - OPTO POR TRABALHAR NUMA
CIDADE GRANDE OU NUMA MENOR?
O estudo aponta a quase erradicação
das localidade com baixo
desenvolvimento.
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Para a Mckinsey, até 2020, em 13 dos 26
estados brasileiros o consumo deve
aumentar mais no interior do que nas
capitais.
Isto aponta para uma nova realidade: O
Brasil terá uma situação inédita de oferta
de empregos temporários fora das
capitais.
Trabalhar no interior (hoje) aponta para
uma nova realidade: oportunidade de
crescimento; e uma vida mais saudável
equilibrada.
Segundo pesquisadores, o novo
trabalhador deve mais do que ver onde
está trabalhando (o local) e, mais: se tem
autonomia no trabalho; se o aprendizado
é contínuo e de qualidade; e se há
importante aumento de responsabilidade
na atividade que desempenha.
Porém, um ponto deve ser levado em
consideração: a família vai com você ?
Esta é uma realidade
por que todos
passamos. Na verdade
é um dilema muito
estressante.
IV - OPTO POR PROLONGAR MINHA
CARREIRA ATÉ SER DEMITIDO OU
FAÇO UMA MUDANÇA RADICAL?
Como saber se seu cargo
corre risco?
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Perda de competência;
Demissões frequentes na empresa;
Etc..
O que fazer?
Converse com colegas que já
passaram por esta situação;
Ler sobre o assunto e fale com um
mentor; e
Prepare-se para a transição na sua
carreira enquanto está empregado.
V - TER UM EMPREGO ESTÁVELCOM
UMA REMUNERAÇÃO BAIXA OU
PROCURAR UM TRABALHO CHEIO DE
RISCOS MAS COM UMA
REMUNERAÇÃO ALTA?
A solução (em que alternativa você
estiver) é retomar o controle (e o
comando) de sua carreira. Gerir sua
carreira.
Segundos todos os
estudos sérios sobre
este tema aponta-nos
para: remuneração não
é fator que mais pesa
na decisão de uma
pessoa.
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A grande fonte de
retenção de talentos
tem sido: as
oportunidades de
carreira, o clima da
empresa, entre outros.
Nestes casos, quem optar
por esta situação deverá ter
em mente o seguinte: mesmo
que o negócio fracasse a
experiência trará importante
aprendizado.
Em negócios comuns (empresas
que tenham uma atividade normal e
a atividade oferecida seja normal) é
importante desconfiar da proposta
de trabalho. As empresas que
oferecem mais dinheiro (salários
muito acima da média do mercado)
geralmente estão com dificuldades
de contratar ou de reter.
Determinadas estratégias de
atração de talentos, de
algumas empresas, têm
realmente sido esta: fisgar o
profissional pretendido com
uma remuneração acima do
mercado. Porém, isto é um
risco e o futuro, em alguns
casos, é incerto.
IMPORTANTE RESSALTAR:
VI - NO TRABALHO POSSO
REVELAR-ME (COMO SOU NA
MINHA INTIMIDADE) OU
MANTENHO-ME FRIO?
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A cultura das empresas
brasileiras, em geral, é
sentimentalista.
A amizade construída no
trabalho não pode ser
confundida, e nem pode
atrapalhar as relações de
trabalho; e, muito menos ao
profissionalismo.
VII - FAZER UMA CARREIRA LONGA
NUMA MESMA EMPRESA OU
CIRCULAR POR VÁRIAS?
Sugere-se, nestes casos, uma
postura amistosa e colaborativa.
Porém, filtre as informações que
pretende partilhar, bem como tenha
cuidado com quem quer (tenciona)
fazer esta compartilhação.
Você poderá se arrepender
terrivelmente.
A ideia de fidelidade a empresa que
trabalha não existe mais. Ou seja,
ser fiel a uma empresa (hoje) chega
a ser ingenuidade. Assim, mudar de
desafio ao longo da carreira é coisa
normal e saudável.
O importante é você verificar se
suas mudanças de emprego estão
dentro de uma lógica de carreira.
Ou seja, se estas mudanças te
proporcionaram aprendizado,
crescimento e aumento de
responsabilidade.
E se elas (as mudanças) resultaram
no desenvolvimento de novas
habilidades
VIII - SEGUIR NUMA EMPRESA
COMO FUNCIONÁRIO OU SER UM
EMPREENDEDOR?
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Ser executivo tem
sua sedução; e, sair
de um emprego
estável é algo mais
que arriscado.
Ser um empreendedor requer
excepcional noção de
gerenciamento, entender de custos,
e compreender os movimentos do
mercado.
Optar por uma empresa em crescimento
(em formação) tem muito a ver com o
perfil da pessoa. Em geral, elas são
mais agressivas, dinâmicas e ousadas
(e mais afeitas a inovação e ao risco).
Optam por empresas startups
startups.
Neste tipo de negócio, geralmente, a
remuneração é diferenciada e a
visibilidade é muito maior. Fora que se
aprende muito mais.
Ser empreendedor requer que você
seja: vendedor, marqueteiro, cuidar
de finanças, RH, etc.
IX - FICAR EM UMA GRANDE
COMPANHIA OU IR PARA UMA
PEQUENA?
Para uma pessoa jovem esta é uma
boa forma de começar no MT. Este
tipo de empresa dá a este
trabalhador uma visão global do
negócio. O risco é embarcar num
negócio que pode fechar.
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Neste tipo de negócio (empresa startup a
startup)
mudança é constante; porém, quando a
empresa amadurece, fatores, tais como:
motivação pessoal, pioneirismo e
autonomia, em alguns casos, ficam mais
raros. Nestes casos a própria empresa vai
carecer de um profissional com outro tipo
de perfil. Ou seja, profissionais
acostumados a viver em empresas com
um crescimento menos acelerado.
X - JÁ QUE TEREI DE TRABALHAR ATÉ
UMA IDADE MAIS AVANÇADA, DEVO
SEGUIR NA MESMA PROFISSÃO OU
MUDAR DE CARREIRA?
Quando isto ocorre é hora de
mudar de ares. Caso você esteja
em outra fase em sua
carreira(numa fase menos
arrojada), sugere-se seguir a
empresa.
No caso de pessoas com uma
idade mais avançada, geralmente,
a motivação está na busca da QV.
Porém, a mudança de uma
ocupação para outra gera
estresse e angústia. Fora que,
exige esforço extra (emocional e
financeiro).
O que devemos fazer é, sempre, revisar a
carreira (ver se ela está ficando obsoleta
em relação as mudanças do MT).
Mito Importante Que Temos
Que Apagar: não é verdade
que temos uma única vocação.
Nunca tenha UM ÚNICO PLANO DE
CARREIRA.
Numa idade madura, por exemplo, é
importante ter a percepção de um trabalho
significativo, que dá sentido vida.
Fonte: Prof. Rogério Chér (FGV).
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Em alguns casos, nosso hobby pode se
transformar numa nova carreira. Tais
como, escrever, cozinhar, costurar,
internet, entre outros.
Experiência internacional é sabido por
todos como muito enriquecedora para
o profissional, bem como muito bem
vista pelas empresas.
Esta experiência (também) pode ser
construída em escolas de negócios
do exterior
XI – FICAR NO BRASIL OU
BUSCAR UMA EXPERIÊNCIA
INTERNACIONAL?
A aquisição de conhecimento (experiência
internacional) valoriza o CV. É bem-vinda
em qualquer fase da carreira.
Porém, deve-se ressaltar que o Brasil está
sendo destino de muitos investimentos
externos; e há a perspectiva de
crescimento em setores-chaves
(infraestrutura, petróleo e gás, serviços,
varejo, etc.). Assim, conhecer o mercado
brasileiro tornou-se uma competência. E
você só consegue desenvolver esta
competência ficando aqui.
REFERÊNCIAS:
CHIAVENATO, I. Gestão de Pessoas. 3. ed. Rio de
Janeiro: Elsevier, 2008.
SENNETT, R. A Corrosão do Caráter. 7. ed. Rio de
Janeiro: Record, 2003.
Revista VOCÊ/SA. Como Encantar as Empresas.
São Paulo: Fev., 2013.
_________. As Melhores Respostas para Seus
Grandes Dilemas de Carreira. São Paulo: Abril,
2013.
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