2. +
A literatura brasileira, em suas primeiras
manifestações, prende-se aos modelos
literários trazidos pelos colonizadores
portugueses. Esses modelos formaram-se
em Portugal entre os séculos XII e XVI, ou
seja, durante a Baixa Idade Média e o
Renascimento.
3. ERA MEDIEVAL ERA CLÁSSICA
PRIMEIRA ÉPOCA:
TROVADORISMO
(SÉCULOS XII A XIV)
SEGUNDA ÉPOCA
(SÉCULO XV E INÍCIO DO
SÉCULO XVI)
SÉCULO XVI
Poesia
Cantigas de amigo
Lírica Cantigas de amor
Cantigas de escárnio
Satírica Cantigas de maldizer
Poesia palaciana
Cancioneiro geral, de Garcia
de Resende
Lírica: Luís de Camões
Épica: Os lusíadas, de Luís de
Camões
Prosa
Novelas de cavalaria
Hagiografias
Cronições
Nobiliários
Crônicas de Fernão Lopes Novela sentimental: Bernardim
Ribeiro, com Menina e moça
Novelas de cavalaria: João de
Barros
Crônica histórica: João de Barros
Crônica de viagem: Fernão
Mendes Pinto, com Peregrinação
Teatro
Mistérios
Milagres
Moralidades
Autos
Sotties
O Teatro leigo de Gil Vicente Antônio Ferreira:nA Castro (a
primeira peça de influência
clássica no teatro português)
4. +
AS ORIGENS DA LITERATURA
PORTUGUESA
A SEGUNDA ÉPOCA MEDIEVAL
Transição do mundo medieval para o mundo
moderno, que se inicia com o Renascimento (século
XVI).
A literatura desse momento registra a consolidação
da prosa historiográfica e do teatro.
A poesia, por sua vez, afasta-se do
acompanhamento musical e enriquece-se do ponto
de vista formal.
5. +
AS ORIGENS DA LITERATURA
PORTUGUESA
O HUMANISMO
Desenvolveu-se na literatura, na pintura e na
escultura.
Tendência antropocêntrica.
Produção de crônicas históricas (Fernão Lopes),
teatro (Gil Vicente), além de poesias palacianas, nas
quais era registrado o cotidiano de nobres.
6. +
AS ORIGENS DA LITERATURA
PORTUGUESA
POESIA PALACIANA
Mais elaborada que as cantigas.
Uso de redondilhas
No plano amoroso, pode
apresentar tanto certa sensualidade
e intimidade em relação à mulher
amada quanto uma visão
idealizada e platônica da mulher.
TEATRO
Durante a primeira época
medieval, esteve ligado à
Igreja.
Com Gil Vicente, surgiu o
teatro leigo, isto é, não
religioso, praticado for a da
Igreja.
PROSA HISTORIOGRÁFICA
Crônicas históricas, voltadas
para os acontecimentos de
Portugal.
Principal nome: Fernão Lopes.
7. +
GILVICENTE:vivo
Gil vicente não é apenas o fundador do teatro
português.
Suas peças fundaram uma tradição que deu
outros frutos na Europa e no Brasil.
Aqui, Pe. José de Anchieta escreveu autos
voltados à catequese dos índios, no século
XVI.
No século XX, Morte e vida severina, de João
Cabral de Melo Neto, e Auto da Compadecida,
de Ariano Suassuna, por exemplo, apresentam
vários pontos em comum com os autos
vicentinos.
8. +
GILVICENTE:umolharparabaixo
Gil vicente voltou-se para o homem em sua
enorme diversidade: o fidalgo, o rei, o papa, o
clérigo, o burguês comerciante, o médico
incompetente, a mulher adúltera, a moça
casamenteira, o nobre decadente, o velho
devasso, o juiz desonesto etc.
Gil Vicente tinha para si uma missão
moralizante e reformadora.
Não visava atingir as instituições, mas as
pessoas que as compunham.
9. +
GILVICENTE:umolharparabaixo
Embora tenha escrito peças de fundo religioso,
elas não almejavam difundir a religão nem
converter os pecadores.
Seu obejtivo era mostrar como o ser humano é
egoísta, falso, mentiroso, orgulhoso e frágil
diante dos apelos da carne e do dinheiro.
Destacam-se de sua produção: Auto das
Barcas (Auto da barca do inferno, Auto do
purgatório, Auto da barca da glória), O velho da
horta, Auto da Índia e Farsa de Inês Pereira.
10. +
GILVICENTE:umolharparabaixo
Em Auto da barca do
inferno, uma de suas
peças mais conhecidas,
as cenas ocorrem à
margem de um rio, onde
estão ancorados dois
barcos: um é dirigido por
um anjo e leva as almas
que, de acordo com o
julgamento, serão
conduzidas ao céu; o
outro é dirigido pelo diabo,
que levará as almas
condenadas para o
inferno.
11. +
GILVICENTE:umolharparabaixo
Entre o começo e o final da
peça, desfila uma verdadeira
galeria de tipos sociais – um
nobre, um frade, um sapateiro,
um judeu, uma lacoviteira, um
enforcado, entre outrso – ,
compondo um rico painel das
fraquezas humanas.
Para o barco do paraíso vão
apenas o parvo (um bobo) e
os cruzados; todos os demais
são condenados ao inferno.