SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 14
 
 
 
É marcante do século X ao início do século XV e tem grande influência no século XVI. A princípio são encenados dramas litúrgicos em latim, escritos e representados por membros do clero. Os fiéis participam como figurantes e, mais tarde, como atores e misturam ao latim a língua falada no país. As peças, sobre o ciclo da Páscoa ou da Paixão, são longas, podendo durar vários dias. A partir dos dramas religiosos, formam-se grupos semiprofissionais e leigos, que se apresentam na rua. Os temas ainda são religiosos, mas o texto tem tom popular e inclui situações tiradas do cotidiano.
Na França, os jeux (jogos) contam histórias bíblicas. A proibição dos mistérios pela Igreja, em 1548 já na idade moderna, tenta pôr fim à mistura abusiva do litúrgico e do profano. Essa medida consolida o teatro popular. Os grupos se profissionalizam e dois gêneros se fixam: as comédias bufas, chamadas de soties (tolices), com intenções políticas ou sociais; e a farsa, como a de Mestre Pathelin, que satiriza o cotidiano. Seus personagens estereotipados e a forma como são ironizados os acontecimentos do dia-a-dia reaparecem no vaudeville, que no século XVII será apresentado nos teatros de feira.
Autores medievais - No século XII,  Jean Bodel  é o autor do ''Jogo de Adam'' e do ''Jogo de Saint Nicolas''. Os miracles (milagres), como o de ''Notre-Dame'' (século XV), de  Théophile Rutebeuf , contam a vida dos santos. E, nos mistérios, como o da ''Paixão'' (1450), de  Arnoul Gréban , temas religiosos e profanos se misturam. A comédia é profana, entremeada de canções. ''O Jogo de Robin et de Marion'' (1272), de  Adam de la Halle , é um dos precursores da ópera cômica.
Espaço cênico medieval - O interior das igrejas é usado inicialmente como teatro. Quando as peças tornam-se mais elaboradas e exigem mais espaço, passam para a praça em frente à igreja. Palcos largos dão credibilidade aos cenários extremamente simples. Uma porta simboliza a cidade; uma pequena elevação, uma montanha; uma boca de dragão, à esquerda, indica o inferno; e uma elevação, à direita, o paraíso. Surgem grupos populares que improvisam o palco em carroças e se deslocam de uma praça a outra.
 
 
[object Object],[object Object],[object Object]
TROVADORISMO  O marco inicial do Trovadorismo é a “Cantiga da Ribeirinha” (conhecida também como “Cantiga da Garvaia”), escrita por Paio Soares de Taveirós no ano de 1189. Esta fase da literatura portuguesa vai até o ano de 1418, quando começa o Quinhentismo. Na lírica medieval, os trovadores eram os artistas de origem nobre, que compunham e cantavam, com o acompanhamento de instrumentos musicais, as cantigas (poesias cantadas). Estas cantigas eram manuscritas e reunidas em livros, conhecidos como Cancioneiros. Temos conhecimento de apenas três Cancioneiros. São eles: “Cancioneiro da Biblioteca”, “Cancioneiro da Ajuda” e “Cancioneiro da Vaticana”. Os trovadores de maior destaque na lírica galego-portuguesa são: Dom Duarte, Dom Dinis, Paio Soares de Taveirós, João Garcia de Guilhade, Aires Nunes e Meendinho. No trovadorismo galego-português, as cantigas são divididas em: Satíricas (Cantigas de Maldizer e Cantigas de Escárnio) e Líricas (Cantigas de Amor e Cantigas de Amigo). Cantigas de Maldizer : através delas, os trovadores faziam sátiras diretas, chegando muitas vezes a agressões verbais. Em algumas situações eram utilizados palavrões. O nome da pessoa satirizada podia aparecer explicitamente na cantiga ou não. Cantigas de Escárnio : nestas cantigas o nome da pessoa satirizada não aparecia. As sátiras eram feitas de forma indireta, utilizando-se de duplos sentidos. Cantigas de Amor : neste tipo de cantiga o trovador destaca todas as qualidades da mulher amada, colocando-se numa posição inferior (de vassalo) a ela. O tema mais comum é o amor não correspondido. As cantigas de amor reproduzem o sistema hierárquico na época do feudalismo, pois o trovador passa a ser o vassalo da amada (suserana) e espera receber um benefício em troca de seus “serviços” (as trovas, o amor dispensado, sofrimento pelo amor não correspondido). Cantigas de Amigo : enquanto nas Cantigas de Amor o eu-lírico é um homem, nas de Amigo é uma mulher (embora os escritores fossem homens). A palavra amigo nestas cantigas tem o significado de namorado. O tema principal é a lamentação da mulher pela falta do amado.
 
Romance de cavalaria Os romances ou novelas de cavalaria são de origem medieval, e constituem uma das manifestações literárias de ficção em prosa mais ricas da literatura peninsular. Podemos considerá-las, sobretudo as da matéria da Bretanha (ligadas às aventuras da corte do rei Artur e da Távola Redonda), verdadeiros códigos de conduta medieval e cavaleiresca. Costumam agrupar-se em ciclos, isto é, conjuntos de novelas que giram à volta do mesmo assunto e movimentam as mesmas personagens. De carácter místico e simbólico, relatam aventuras penetradas de espiritualidade cristã e subordinam-se a um ideal místico, que sublima o amor profano.
No geral, a idade m é dia, mostra a preocupa ç ão religiosa do homem de retratar sua  é poca. Na poesia procurou-se mostrar os valores e as virtudes do cavaleiro entre elas a justi ç a, o mor e a cortesia. Destacou-se a poesia  é pica, ou seja, que fala das a ç ões corajosas dos cavaleiros; e a poesia l í rica que fala do amor cortês, dos sentimentos dos cavaleiros em rela ç ão as suas amadas damas.  Um destaque da literatura desse per í odo foi: Dante Alighieri, autor de A Divina Com é dia.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Slides parnasianismo
Slides parnasianismoSlides parnasianismo
Slides parnasianismo
charlotex3
 

Mais procurados (20)

1 arcadismo power meire
1 arcadismo power meire 1 arcadismo power meire
1 arcadismo power meire
 
Romantismo
RomantismoRomantismo
Romantismo
 
Teatro brasileiro
Teatro brasileiroTeatro brasileiro
Teatro brasileiro
 
Arcadismo
ArcadismoArcadismo
Arcadismo
 
Trovadorismo, Novelas de Cavalaria e Humanismo
Trovadorismo,  Novelas de Cavalaria e HumanismoTrovadorismo,  Novelas de Cavalaria e Humanismo
Trovadorismo, Novelas de Cavalaria e Humanismo
 
Romantismo - Prosa
Romantismo - ProsaRomantismo - Prosa
Romantismo - Prosa
 
História da Arte - Barroco
História da Arte - BarrocoHistória da Arte - Barroco
História da Arte - Barroco
 
Romantismo
RomantismoRomantismo
Romantismo
 
Arcadismo no Brasil
Arcadismo no BrasilArcadismo no Brasil
Arcadismo no Brasil
 
Prova de arte.2 ano.barrocoe renasciemnto
Prova de arte.2 ano.barrocoe renasciemntoProva de arte.2 ano.barrocoe renasciemnto
Prova de arte.2 ano.barrocoe renasciemnto
 
Romantismo português
Romantismo portuguêsRomantismo português
Romantismo português
 
As origens da literatura portuguesa - Parte 1: Trovadorismo
As origens da literatura portuguesa - Parte 1: TrovadorismoAs origens da literatura portuguesa - Parte 1: Trovadorismo
As origens da literatura portuguesa - Parte 1: Trovadorismo
 
Trovadorismo humanismo
Trovadorismo humanismoTrovadorismo humanismo
Trovadorismo humanismo
 
Arcadismo
ArcadismoArcadismo
Arcadismo
 
Trovadorismo
TrovadorismoTrovadorismo
Trovadorismo
 
Romantismo e suas gerações.
Romantismo e suas gerações. Romantismo e suas gerações.
Romantismo e suas gerações.
 
Romantismo no Brasil - Prosa
Romantismo no Brasil - ProsaRomantismo no Brasil - Prosa
Romantismo no Brasil - Prosa
 
Classicismo
ClassicismoClassicismo
Classicismo
 
Slides parnasianismo
Slides parnasianismoSlides parnasianismo
Slides parnasianismo
 
Personificação (figura de linguagem)
Personificação (figura de linguagem)Personificação (figura de linguagem)
Personificação (figura de linguagem)
 

Destaque

Trovadorismo
TrovadorismoTrovadorismo
Trovadorismo
Seduc/AM
 
A VIDA NA IDADE MÉDIA
A VIDA NA IDADE MÉDIAA VIDA NA IDADE MÉDIA
A VIDA NA IDADE MÉDIA
Dahistoria
 
Pintura na idade media
Pintura na idade mediaPintura na idade media
Pintura na idade media
Sofia Yuna
 
Literatura Medieval
Literatura MedievalLiteratura Medieval
Literatura Medieval
Zofia Santos
 
Baixa idade média i
Baixa idade média   iBaixa idade média   i
Baixa idade média i
Auxiliadora
 

Destaque (19)

Música, Artes Visuais, Dança e Teatro - Idade Média, Renascimento e Barroco
Música, Artes Visuais, Dança e Teatro - Idade Média, Renascimento e BarrocoMúsica, Artes Visuais, Dança e Teatro - Idade Média, Renascimento e Barroco
Música, Artes Visuais, Dança e Teatro - Idade Média, Renascimento e Barroco
 
Trovadorismo
TrovadorismoTrovadorismo
Trovadorismo
 
A VIDA NA IDADE MÉDIA
A VIDA NA IDADE MÉDIAA VIDA NA IDADE MÉDIA
A VIDA NA IDADE MÉDIA
 
A literatura na idade média e o humanismo
A literatura na idade média e o humanismoA literatura na idade média e o humanismo
A literatura na idade média e o humanismo
 
Trovadorismo
TrovadorismoTrovadorismo
Trovadorismo
 
Idade média igreja e cultura
Idade média   igreja e culturaIdade média   igreja e cultura
Idade média igreja e cultura
 
Pintura na idade media
Pintura na idade mediaPintura na idade media
Pintura na idade media
 
SEMINÁRIO DE LITERATURA - TEATRO BRASILEIRO
SEMINÁRIO DE LITERATURA - TEATRO BRASILEIROSEMINÁRIO DE LITERATURA - TEATRO BRASILEIRO
SEMINÁRIO DE LITERATURA - TEATRO BRASILEIRO
 
Literatura Medieval
Literatura MedievalLiteratura Medieval
Literatura Medieval
 
Arte, literatura e representação - 1° ano - php
Arte, literatura e representação - 1° ano - phpArte, literatura e representação - 1° ano - php
Arte, literatura e representação - 1° ano - php
 
Baixa idade média i
Baixa idade média   iBaixa idade média   i
Baixa idade média i
 
Feudalimo Baixa Idade Média
Feudalimo Baixa Idade MédiaFeudalimo Baixa Idade Média
Feudalimo Baixa Idade Média
 
Romantismo Brasileiro - poesia e prosa
Romantismo Brasileiro - poesia e prosaRomantismo Brasileiro - poesia e prosa
Romantismo Brasileiro - poesia e prosa
 
Baixa Idade Media - Prof Iair
Baixa Idade Media - Prof IairBaixa Idade Media - Prof Iair
Baixa Idade Media - Prof Iair
 
Baixa idade média
Baixa idade médiaBaixa idade média
Baixa idade média
 
Igreja na idade media
Igreja na idade mediaIgreja na idade media
Igreja na idade media
 
Idade Média - História Geral - Prof. Marco Aurélio Gondim [www.gondim.net]
Idade Média - História Geral -  Prof. Marco Aurélio Gondim [www.gondim.net]Idade Média - História Geral -  Prof. Marco Aurélio Gondim [www.gondim.net]
Idade Média - História Geral - Prof. Marco Aurélio Gondim [www.gondim.net]
 
Trovadorismo I
Trovadorismo ITrovadorismo I
Trovadorismo I
 
A Idade Média
A Idade MédiaA Idade Média
A Idade Média
 

Semelhante a Literatura E Teatro Na Idade Média

Resumo literatura portuguesa20143anoEM
Resumo literatura portuguesa20143anoEMResumo literatura portuguesa20143anoEM
Resumo literatura portuguesa20143anoEM
Marly Rodrigues
 
O romantismo em_portugal
O romantismo em_portugalO romantismo em_portugal
O romantismo em_portugal
DaianniSilv
 
Trovadorismo e humanismo
Trovadorismo e humanismoTrovadorismo e humanismo
Trovadorismo e humanismo
BriefCase
 

Semelhante a Literatura E Teatro Na Idade Média (20)

O trovadorismo
O trovadorismoO trovadorismo
O trovadorismo
 
Revisão de literatura
Revisão de literaturaRevisão de literatura
Revisão de literatura
 
Trovadorismo
TrovadorismoTrovadorismo
Trovadorismo
 
Resumo literatura portuguesa20143anoEM
Resumo literatura portuguesa20143anoEMResumo literatura portuguesa20143anoEM
Resumo literatura portuguesa20143anoEM
 
As origens da literatura portuguesa - Parte 2 - Humanismo
As origens da literatura portuguesa - Parte 2 - HumanismoAs origens da literatura portuguesa - Parte 2 - Humanismo
As origens da literatura portuguesa - Parte 2 - Humanismo
 
Literatura Idade Média
Literatura Idade Média Literatura Idade Média
Literatura Idade Média
 
Trovadorismo
Trovadorismo Trovadorismo
Trovadorismo
 
Trovadorismo ao Barroco
Trovadorismo ao BarrocoTrovadorismo ao Barroco
Trovadorismo ao Barroco
 
Trovadorismo
TrovadorismoTrovadorismo
Trovadorismo
 
Trovadorismo trabalho 1
Trovadorismo trabalho 1Trovadorismo trabalho 1
Trovadorismo trabalho 1
 
Literatura 1) Trovadorismo
Literatura 1) TrovadorismoLiteratura 1) Trovadorismo
Literatura 1) Trovadorismo
 
Autores e Obras do Romantismo brasileiro.pdf
Autores e Obras do Romantismo brasileiro.pdfAutores e Obras do Romantismo brasileiro.pdf
Autores e Obras do Romantismo brasileiro.pdf
 
Herança portuguesa - resumo dos movimentos portugueses
Herança portuguesa - resumo dos movimentos portuguesesHerança portuguesa - resumo dos movimentos portugueses
Herança portuguesa - resumo dos movimentos portugueses
 
Apoesiatrovadoresca.pdf
Apoesiatrovadoresca.pdfApoesiatrovadoresca.pdf
Apoesiatrovadoresca.pdf
 
Teatro medieval
Teatro medievalTeatro medieval
Teatro medieval
 
O romantismo em_portugal
O romantismo em_portugalO romantismo em_portugal
O romantismo em_portugal
 
Trovadorismo e humanismo
Trovadorismo e humanismoTrovadorismo e humanismo
Trovadorismo e humanismo
 
Cantigas do Trovadorismo.docx
Cantigas do Trovadorismo.docxCantigas do Trovadorismo.docx
Cantigas do Trovadorismo.docx
 
Teatro medieval
Teatro medievalTeatro medieval
Teatro medieval
 
Trovadorismo
TrovadorismoTrovadorismo
Trovadorismo
 

Mais de kelvin45170

Quadros A RevoluçãO ArtíStica Do IníCio Do SéCulo Xx
Quadros A RevoluçãO ArtíStica Do IníCio Do SéCulo XxQuadros A RevoluçãO ArtíStica Do IníCio Do SéCulo Xx
Quadros A RevoluçãO ArtíStica Do IníCio Do SéCulo Xx
kelvin45170
 
Immediate Future
Immediate FutureImmediate Future
Immediate Future
kelvin45170
 
A Colonização Da América Inglesa
A Colonização Da América InglesaA Colonização Da América Inglesa
A Colonização Da América Inglesa
kelvin45170
 
AscensãO Dos Regimes TotalitáRios Na Europa 3
AscensãO Dos Regimes TotalitáRios Na Europa 3AscensãO Dos Regimes TotalitáRios Na Europa 3
AscensãO Dos Regimes TotalitáRios Na Europa 3
kelvin45170
 

Mais de kelvin45170 (6)

Quadros A RevoluçãO ArtíStica Do IníCio Do SéCulo Xx
Quadros A RevoluçãO ArtíStica Do IníCio Do SéCulo XxQuadros A RevoluçãO ArtíStica Do IníCio Do SéCulo Xx
Quadros A RevoluçãO ArtíStica Do IníCio Do SéCulo Xx
 
Immediate Future
Immediate FutureImmediate Future
Immediate Future
 
A Colonização Da América Inglesa
A Colonização Da América InglesaA Colonização Da América Inglesa
A Colonização Da América Inglesa
 
Fungos
FungosFungos
Fungos
 
AscensãO Dos Regimes TotalitáRios Na Europa 3
AscensãO Dos Regimes TotalitáRios Na Europa 3AscensãO Dos Regimes TotalitáRios Na Europa 3
AscensãO Dos Regimes TotalitáRios Na Europa 3
 
A Crise De 1929
A Crise De 1929A Crise De 1929
A Crise De 1929
 

Literatura E Teatro Na Idade Média

  • 1.  
  • 2.  
  • 3.  
  • 4. É marcante do século X ao início do século XV e tem grande influência no século XVI. A princípio são encenados dramas litúrgicos em latim, escritos e representados por membros do clero. Os fiéis participam como figurantes e, mais tarde, como atores e misturam ao latim a língua falada no país. As peças, sobre o ciclo da Páscoa ou da Paixão, são longas, podendo durar vários dias. A partir dos dramas religiosos, formam-se grupos semiprofissionais e leigos, que se apresentam na rua. Os temas ainda são religiosos, mas o texto tem tom popular e inclui situações tiradas do cotidiano.
  • 5. Na França, os jeux (jogos) contam histórias bíblicas. A proibição dos mistérios pela Igreja, em 1548 já na idade moderna, tenta pôr fim à mistura abusiva do litúrgico e do profano. Essa medida consolida o teatro popular. Os grupos se profissionalizam e dois gêneros se fixam: as comédias bufas, chamadas de soties (tolices), com intenções políticas ou sociais; e a farsa, como a de Mestre Pathelin, que satiriza o cotidiano. Seus personagens estereotipados e a forma como são ironizados os acontecimentos do dia-a-dia reaparecem no vaudeville, que no século XVII será apresentado nos teatros de feira.
  • 6. Autores medievais - No século XII, Jean Bodel é o autor do ''Jogo de Adam'' e do ''Jogo de Saint Nicolas''. Os miracles (milagres), como o de ''Notre-Dame'' (século XV), de Théophile Rutebeuf , contam a vida dos santos. E, nos mistérios, como o da ''Paixão'' (1450), de Arnoul Gréban , temas religiosos e profanos se misturam. A comédia é profana, entremeada de canções. ''O Jogo de Robin et de Marion'' (1272), de Adam de la Halle , é um dos precursores da ópera cômica.
  • 7. Espaço cênico medieval - O interior das igrejas é usado inicialmente como teatro. Quando as peças tornam-se mais elaboradas e exigem mais espaço, passam para a praça em frente à igreja. Palcos largos dão credibilidade aos cenários extremamente simples. Uma porta simboliza a cidade; uma pequena elevação, uma montanha; uma boca de dragão, à esquerda, indica o inferno; e uma elevação, à direita, o paraíso. Surgem grupos populares que improvisam o palco em carroças e se deslocam de uma praça a outra.
  • 8.  
  • 9.  
  • 10.
  • 11. TROVADORISMO O marco inicial do Trovadorismo é a “Cantiga da Ribeirinha” (conhecida também como “Cantiga da Garvaia”), escrita por Paio Soares de Taveirós no ano de 1189. Esta fase da literatura portuguesa vai até o ano de 1418, quando começa o Quinhentismo. Na lírica medieval, os trovadores eram os artistas de origem nobre, que compunham e cantavam, com o acompanhamento de instrumentos musicais, as cantigas (poesias cantadas). Estas cantigas eram manuscritas e reunidas em livros, conhecidos como Cancioneiros. Temos conhecimento de apenas três Cancioneiros. São eles: “Cancioneiro da Biblioteca”, “Cancioneiro da Ajuda” e “Cancioneiro da Vaticana”. Os trovadores de maior destaque na lírica galego-portuguesa são: Dom Duarte, Dom Dinis, Paio Soares de Taveirós, João Garcia de Guilhade, Aires Nunes e Meendinho. No trovadorismo galego-português, as cantigas são divididas em: Satíricas (Cantigas de Maldizer e Cantigas de Escárnio) e Líricas (Cantigas de Amor e Cantigas de Amigo). Cantigas de Maldizer : através delas, os trovadores faziam sátiras diretas, chegando muitas vezes a agressões verbais. Em algumas situações eram utilizados palavrões. O nome da pessoa satirizada podia aparecer explicitamente na cantiga ou não. Cantigas de Escárnio : nestas cantigas o nome da pessoa satirizada não aparecia. As sátiras eram feitas de forma indireta, utilizando-se de duplos sentidos. Cantigas de Amor : neste tipo de cantiga o trovador destaca todas as qualidades da mulher amada, colocando-se numa posição inferior (de vassalo) a ela. O tema mais comum é o amor não correspondido. As cantigas de amor reproduzem o sistema hierárquico na época do feudalismo, pois o trovador passa a ser o vassalo da amada (suserana) e espera receber um benefício em troca de seus “serviços” (as trovas, o amor dispensado, sofrimento pelo amor não correspondido). Cantigas de Amigo : enquanto nas Cantigas de Amor o eu-lírico é um homem, nas de Amigo é uma mulher (embora os escritores fossem homens). A palavra amigo nestas cantigas tem o significado de namorado. O tema principal é a lamentação da mulher pela falta do amado.
  • 12.  
  • 13. Romance de cavalaria Os romances ou novelas de cavalaria são de origem medieval, e constituem uma das manifestações literárias de ficção em prosa mais ricas da literatura peninsular. Podemos considerá-las, sobretudo as da matéria da Bretanha (ligadas às aventuras da corte do rei Artur e da Távola Redonda), verdadeiros códigos de conduta medieval e cavaleiresca. Costumam agrupar-se em ciclos, isto é, conjuntos de novelas que giram à volta do mesmo assunto e movimentam as mesmas personagens. De carácter místico e simbólico, relatam aventuras penetradas de espiritualidade cristã e subordinam-se a um ideal místico, que sublima o amor profano.
  • 14. No geral, a idade m é dia, mostra a preocupa ç ão religiosa do homem de retratar sua é poca. Na poesia procurou-se mostrar os valores e as virtudes do cavaleiro entre elas a justi ç a, o mor e a cortesia. Destacou-se a poesia é pica, ou seja, que fala das a ç ões corajosas dos cavaleiros; e a poesia l í rica que fala do amor cortês, dos sentimentos dos cavaleiros em rela ç ão as suas amadas damas. Um destaque da literatura desse per í odo foi: Dante Alighieri, autor de A Divina Com é dia.