SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 24
L I T E R A T U R A M E D I E V A L – P A R T E I
Trovadorismo
Origens da Literatura Portuguesa - Contexto
Histórico
1ª Época Medieval
Trovadorismo: corresponde à primeira fase da
história de Portugal e está intimamente ligado à
formação do país como reino independente.
Origens da Literatura Portuguesa - Contexto
Histórico
 Origem de Portugal (fundação do reino de
Portucale, 1179);
 Reconquista da Península Ibérica (expulsão do
árabes);
 Surge a linguagem de Portugal e Galiza (galego-
portuguesa);
Em meados do
século XII,
Portugal se
constitui como
um estado
independente =
início de sua
história literária.
Origens da Literatura Portuguesa - Contexto
Histórico
Início da expansão ultra marítima e do
desenvolvimento Náutico;
 Conquistas coloniais;
Fundação da universidade de Coimbra (1290);
Origens da Literatura Portuguesa - Contexto
Histórico
Teocentrismo = visão de mundo cristã que afirma a
perfeição e superioridade de Deus, centro de todas
as coisas, e vê o ser humano como imperfeito e
pecador. A Igreja Católica domina o pensamento da
época.
Feudalismo: senhor feudal x vassalagem
Idade Média: entre o mosteiro e a corte
Os grandes proprietários de terra da Idade Média
(membros empobrecidos da nobreza, cavaleiro e
servos livres) são chamados senhores feudais.
Subordinados a eles estão os vassalos. Essa relação
– a vassalagem – se baseia na lealdade, na honra, na
bravura e na cortesia, aspectos principais das regras
de conduta medieval.
IDADE MÉDIA – SOCIEDADE DA
ÉPOCA
Características
O trovadorismo foi a primeira manifestação
literária da língua portuguesa. Surgiu em Portugal,
junto com a ideia de nação (reino) portuguesa
independente, no século XII, em plena Idade
Média.
Origem: Provença (Sul da França)
Poeta = trouvère
em Português: trovador - trouver (achar)
O nascimento da literatura portuguesa
A literatura portuguesa surge com a independência do
Estado português. Desenvolve-se nas cortes dos reis e
magnatas portugueses, galegos e castelhanos, através
dos quais germina o galego-português, língua em que se
produzia a lírica amorosa, influenciada pela literatura
provençal. Presume-se que a primeira obra em galego-
português seja a “Cantiga da Ribeirinha” ou “Cantiga da
Guarvaia”, composta possivelmente em 1198.
http://tbn0.google.com/images?q=tbn:iIvENFiTpDqxFM:http://bp3.blogger.com/_pn8WzwbR
Rz4/RgCPjAOx47I/AAAAAAAAAAU/uiCe9aGS7Ak/s320/trovadorismo.JPG
OS
TROVADORES
Os poetas da Idade Média eram conhecidos como TROVADORES.
Trouver significa “achar”, “encontrar”. Cada poeta deveria “achar” uma música
e adequá-la aos versos. Nessa época as composições eram feitas para serem
cantadas ao som de instrumentos como a lira, a cítara, harpa ou viola, daí
serem chamadas de CANTIGAS.
A transmissão dos textos se dava por meio de dois
agentes principais. Tais artistas medievais eram
classificados como:
Trovadores
Nobres que compunham as
cantigas apresentadas pelos
jograis. Não tinha remunera-
ção.
Jograis
Recitadores, cantores e
músicos ambulantes contrata-
dos pelo senhor para divertir
a corte.
Trovadorismo
Local de produção
Corte
Modo de
circulação
Oral
Público a que se
destina
Homens e
mulheres da
nobreza
Contexto de produção da literatura medieval
Paralelamente à literatura trovadoresca, verificava-se
nos mosteiros outro tipo de produção que circulava
por meio da escrita. Observe o diagrama:
Contexto de produção da literatura
medieval
Local Corte Mosteiros
Modo de
circulação
Oral
Textos
escritos
MESSINA, Antonello da. São
Jerônimo em seu estúdio,
1460.
Mosteiro
Corte
AFONSO X. Miniatura do manuscrito das
Cantigas de Santa Maria. Século XIII.
Literatura portuguesa
1140
galego-português
“Cantiga da Ribeirinha” ou “Cantiga
da Guarvaia”
Início
Língua de produção
Primeira obra
PRODUÇÃO
POÉTICA
CANTIGAS
LÍRICAS
SATÍRICAS
DE AMOR
DE AMIGO
DE ESCÁRNIO
DE MALDIZER
CANTIGA DE
AMOR
CANTIGA DE
AMIGO
• eu lírico masculino
• objeto desejado: a dama,
a “senhor”
• o homem presta a
vassalagem amorosa, pelo
amor não correspondido
(“coita”)
• mulher idealizada,
superior
• ambiente palaciano
• eu lírico feminino
• objeto desejado: o amigo
• a mulher sofre pelo
amante, namorado
ausente
• mulher real, mais
concreta
• ambiente rural
CANTIGA DE
ESCÁRNIO
CANTIGA DE
MALDIZER
• Ataque indireto
• Predomínio da ironia e do
sarcasmo
• Críticas a costumes, pessoas,
acontecimentos
• Não declaração de nomes
• Ataque direto
• Predomínio de palavras
chulas (baixo nível)
• Críticas a costumes, pessoas,
acontecimentos
• Declaração do nome da
pessoa
criticada
As novelas de cavalaria
As novelas de cavalaria são os primeiros
romances, ou seja, longas narrativas em verso,
surgidas no século XII. Elas contam as aventuras
vividas pelos cavaleiros andantes e tiveram origem no
declínio do prestígio da poesia dos trovadores. Tinham
intensa circulação pelas cortes medievais, ajudando a
divulgar os valores de mundo característicos da
sociedade da época.
Textos de
caráter mais
documental
Cronicões
Nobiliários
Haliografias
registros de
acontecimentos
marcantes na vida
dos nobres e reis
em ordem
cronológica
registros de
nascimentos,
casamentos e
mortes de famílias
nobres
relato da vida dos
santos

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Geração de 1945
Geração de 1945Geração de 1945
Geração de 1945Lourdinas
 
Romantismo - As 3 gerações - Resumo Completo
Romantismo - As 3 gerações - Resumo CompletoRomantismo - As 3 gerações - Resumo Completo
Romantismo - As 3 gerações - Resumo CompletoFaell Vasconcelos
 
Trovadorismo
TrovadorismoTrovadorismo
TrovadorismoRaisaa20
 
Os Lusíadas - epopeia e estrutura (revisões)
Os Lusíadas - epopeia e estrutura (revisões)Os Lusíadas - epopeia e estrutura (revisões)
Os Lusíadas - epopeia e estrutura (revisões)lurdesmartins
 
Resumo das escola literárias.
Resumo das escola literárias.Resumo das escola literárias.
Resumo das escola literárias.Ajudar Pessoas
 
Arcadismo - Estilo Iluminista
Arcadismo - Estilo IluministaArcadismo - Estilo Iluminista
Arcadismo - Estilo IluministaTays Souza
 
Romantismo em portugal aula 03
Romantismo em portugal   aula 03Romantismo em portugal   aula 03
Romantismo em portugal aula 03xipolito
 
Aula 04 camões épico - os lusíadas
Aula 04   camões épico - os lusíadasAula 04   camões épico - os lusíadas
Aula 04 camões épico - os lusíadasJonatas Carlos
 
Simbolismo em Portugal
Simbolismo em PortugalSimbolismo em Portugal
Simbolismo em PortugalMarcelleLG
 

Mais procurados (20)

Humanismo - Literatura
Humanismo - LiteraturaHumanismo - Literatura
Humanismo - Literatura
 
Geração de 1945
Geração de 1945Geração de 1945
Geração de 1945
 
Trovadorismo
TrovadorismoTrovadorismo
Trovadorismo
 
Romantismo - As 3 gerações - Resumo Completo
Romantismo - As 3 gerações - Resumo CompletoRomantismo - As 3 gerações - Resumo Completo
Romantismo - As 3 gerações - Resumo Completo
 
Humanismo
HumanismoHumanismo
Humanismo
 
Quinhentismo
Quinhentismo Quinhentismo
Quinhentismo
 
Trovadorismo
TrovadorismoTrovadorismo
Trovadorismo
 
Arcadismo
ArcadismoArcadismo
Arcadismo
 
AnáLise Do Texto PoéTico
AnáLise Do Texto PoéTicoAnáLise Do Texto PoéTico
AnáLise Do Texto PoéTico
 
Os Lusíadas - epopeia e estrutura (revisões)
Os Lusíadas - epopeia e estrutura (revisões)Os Lusíadas - epopeia e estrutura (revisões)
Os Lusíadas - epopeia e estrutura (revisões)
 
Resumo das escola literárias.
Resumo das escola literárias.Resumo das escola literárias.
Resumo das escola literárias.
 
Arcadismo - Estilo Iluminista
Arcadismo - Estilo IluministaArcadismo - Estilo Iluminista
Arcadismo - Estilo Iluminista
 
Camões lírico-épico-vb
Camões lírico-épico-vbCamões lírico-épico-vb
Camões lírico-épico-vb
 
1.1 humanismo
1.1   humanismo1.1   humanismo
1.1 humanismo
 
Romantismo em portugal aula 03
Romantismo em portugal   aula 03Romantismo em portugal   aula 03
Romantismo em portugal aula 03
 
Cantigas trovadorescas
Cantigas trovadorescasCantigas trovadorescas
Cantigas trovadorescas
 
Cantigas de amor
Cantigas de amorCantigas de amor
Cantigas de amor
 
Aula 04 camões épico - os lusíadas
Aula 04   camões épico - os lusíadasAula 04   camões épico - os lusíadas
Aula 04 camões épico - os lusíadas
 
Humanismo aula 1
Humanismo aula 1Humanismo aula 1
Humanismo aula 1
 
Simbolismo em Portugal
Simbolismo em PortugalSimbolismo em Portugal
Simbolismo em Portugal
 

Semelhante a Literatura Medieval Portuguesa e o Trovadorismo

As origens da literatura portuguesa - Parte 1: Trovadorismo
As origens da literatura portuguesa - Parte 1: TrovadorismoAs origens da literatura portuguesa - Parte 1: Trovadorismo
As origens da literatura portuguesa - Parte 1: TrovadorismoKaren Olivan
 
As origens da literatura portuguesa-trovadorismo-.pptx
As origens da literatura portuguesa-trovadorismo-.pptxAs origens da literatura portuguesa-trovadorismo-.pptx
As origens da literatura portuguesa-trovadorismo-.pptxEdilmaBrando1
 
Humanismo
HumanismoHumanismo
HumanismoLikaa
 
A literatura portuguesa. moises, massaud
A literatura portuguesa. moises, massaudA literatura portuguesa. moises, massaud
A literatura portuguesa. moises, massaudSonia Matias
 
Aula de Literatura: Do Trovadorismo ao Barroco
Aula de Literatura: Do Trovadorismo ao  Barroco Aula de Literatura: Do Trovadorismo ao  Barroco
Aula de Literatura: Do Trovadorismo ao Barroco Nivaldo Marques
 
origens-da-literatura-brasileira 201.ppt
origens-da-literatura-brasileira 201.pptorigens-da-literatura-brasileira 201.ppt
origens-da-literatura-brasileira 201.pptMarcosAndr619069
 
Origens da literatura brasileira.ppt
Origens da literatura brasileira.pptOrigens da literatura brasileira.ppt
Origens da literatura brasileira.pptMichellyMadalena1
 
O Quinhentismo
O QuinhentismoO Quinhentismo
O Quinhentismohsjval
 
Aula 01 introdução e trovadorismo
Aula 01   introdução e trovadorismoAula 01   introdução e trovadorismo
Aula 01 introdução e trovadorismoJonatas Carlos
 
Trovadorismo humanismo, literatura brasileira
Trovadorismo humanismo, literatura brasileiraTrovadorismo humanismo, literatura brasileira
Trovadorismo humanismo, literatura brasileiraRosenildaAparecidaLa
 

Semelhante a Literatura Medieval Portuguesa e o Trovadorismo (20)

As origens da literatura portuguesa - Parte 1: Trovadorismo
As origens da literatura portuguesa - Parte 1: TrovadorismoAs origens da literatura portuguesa - Parte 1: Trovadorismo
As origens da literatura portuguesa - Parte 1: Trovadorismo
 
As origens da literatura portuguesa-trovadorismo-.pptx
As origens da literatura portuguesa-trovadorismo-.pptxAs origens da literatura portuguesa-trovadorismo-.pptx
As origens da literatura portuguesa-trovadorismo-.pptx
 
Aula 4 Humanismo em Portugal.pptx
Aula 4 Humanismo em Portugal.pptxAula 4 Humanismo em Portugal.pptx
Aula 4 Humanismo em Portugal.pptx
 
Trovadorismo ao Barroco
Trovadorismo ao BarrocoTrovadorismo ao Barroco
Trovadorismo ao Barroco
 
Humanismo
HumanismoHumanismo
Humanismo
 
Trovadorismo
TrovadorismoTrovadorismo
Trovadorismo
 
Trovadorismo
Trovadorismo Trovadorismo
Trovadorismo
 
A literatura portuguesa. moises, massaud
A literatura portuguesa. moises, massaudA literatura portuguesa. moises, massaud
A literatura portuguesa. moises, massaud
 
Aula de Literatura: Do Trovadorismo ao Barroco
Aula de Literatura: Do Trovadorismo ao  Barroco Aula de Literatura: Do Trovadorismo ao  Barroco
Aula de Literatura: Do Trovadorismo ao Barroco
 
Slides barroco
Slides barrocoSlides barroco
Slides barroco
 
Renascimento e Classicismo
Renascimento e ClassicismoRenascimento e Classicismo
Renascimento e Classicismo
 
origens-da-literatura-brasileira 201.ppt
origens-da-literatura-brasileira 201.pptorigens-da-literatura-brasileira 201.ppt
origens-da-literatura-brasileira 201.ppt
 
Origens da literatura brasileira.ppt
Origens da literatura brasileira.pptOrigens da literatura brasileira.ppt
Origens da literatura brasileira.ppt
 
O Quinhentismo
O QuinhentismoO Quinhentismo
O Quinhentismo
 
Trovadorismo
TrovadorismoTrovadorismo
Trovadorismo
 
Escolas literárias .pdf
Escolas literárias   .pdfEscolas literárias   .pdf
Escolas literárias .pdf
 
Revisão – literatura II
Revisão – literatura IIRevisão – literatura II
Revisão – literatura II
 
Revisão – literatura
Revisão – literatura Revisão – literatura
Revisão – literatura
 
Aula 01 introdução e trovadorismo
Aula 01   introdução e trovadorismoAula 01   introdução e trovadorismo
Aula 01 introdução e trovadorismo
 
Trovadorismo humanismo, literatura brasileira
Trovadorismo humanismo, literatura brasileiraTrovadorismo humanismo, literatura brasileira
Trovadorismo humanismo, literatura brasileira
 

Último

“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptxthaisamaral9365923
 
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptxAD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptxkarinedarozabatista
 
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADOactivIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADOcarolinacespedes23
 
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOLEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOColégio Santa Teresinha
 
Nova BNCC Atualizada para novas pesquisas
Nova BNCC Atualizada para novas pesquisasNova BNCC Atualizada para novas pesquisas
Nova BNCC Atualizada para novas pesquisasraveccavp
 
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxSlides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Slide língua portuguesa português 8 ano.pptx
Slide língua portuguesa português 8 ano.pptxSlide língua portuguesa português 8 ano.pptx
Slide língua portuguesa português 8 ano.pptxssuserf54fa01
 
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docxMapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docxBeatrizLittig1
 
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?Rosalina Simão Nunes
 
AULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptx
AULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptxAULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptx
AULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptxLaurindo6
 
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfWilliam J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfAdrianaCunha84
 
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.silves15
 
1.ª Fase do Modernismo Brasileira - Contexto histórico, autores e obras.
1.ª Fase do Modernismo Brasileira - Contexto histórico, autores e obras.1.ª Fase do Modernismo Brasileira - Contexto histórico, autores e obras.
1.ª Fase do Modernismo Brasileira - Contexto histórico, autores e obras.MrPitobaldo
 
Livro O QUE É LUGAR DE FALA - Autora Djamila Ribeiro
Livro O QUE É LUGAR DE FALA  - Autora Djamila RibeiroLivro O QUE É LUGAR DE FALA  - Autora Djamila Ribeiro
Livro O QUE É LUGAR DE FALA - Autora Djamila RibeiroMarcele Ravasio
 
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxOsnilReis1
 
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresLilianPiola
 
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxSlides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManuais Formação
 

Último (20)

“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
 
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptxAD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
 
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
 
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADOactivIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
 
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOLEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
 
Nova BNCC Atualizada para novas pesquisas
Nova BNCC Atualizada para novas pesquisasNova BNCC Atualizada para novas pesquisas
Nova BNCC Atualizada para novas pesquisas
 
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxSlides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
 
Slide língua portuguesa português 8 ano.pptx
Slide língua portuguesa português 8 ano.pptxSlide língua portuguesa português 8 ano.pptx
Slide língua portuguesa português 8 ano.pptx
 
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docxMapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
 
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
 
AULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptx
AULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptxAULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptx
AULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptx
 
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfWilliam J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
 
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
 
1.ª Fase do Modernismo Brasileira - Contexto histórico, autores e obras.
1.ª Fase do Modernismo Brasileira - Contexto histórico, autores e obras.1.ª Fase do Modernismo Brasileira - Contexto histórico, autores e obras.
1.ª Fase do Modernismo Brasileira - Contexto histórico, autores e obras.
 
Bullying, sai pra lá
Bullying,  sai pra láBullying,  sai pra lá
Bullying, sai pra lá
 
Livro O QUE É LUGAR DE FALA - Autora Djamila Ribeiro
Livro O QUE É LUGAR DE FALA  - Autora Djamila RibeiroLivro O QUE É LUGAR DE FALA  - Autora Djamila Ribeiro
Livro O QUE É LUGAR DE FALA - Autora Djamila Ribeiro
 
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
 
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
 
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxSlides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
 
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
 

Literatura Medieval Portuguesa e o Trovadorismo

  • 1. L I T E R A T U R A M E D I E V A L – P A R T E I Trovadorismo
  • 2. Origens da Literatura Portuguesa - Contexto Histórico 1ª Época Medieval Trovadorismo: corresponde à primeira fase da história de Portugal e está intimamente ligado à formação do país como reino independente.
  • 3. Origens da Literatura Portuguesa - Contexto Histórico  Origem de Portugal (fundação do reino de Portucale, 1179);  Reconquista da Península Ibérica (expulsão do árabes);  Surge a linguagem de Portugal e Galiza (galego- portuguesa);
  • 4. Em meados do século XII, Portugal se constitui como um estado independente = início de sua história literária.
  • 5. Origens da Literatura Portuguesa - Contexto Histórico Início da expansão ultra marítima e do desenvolvimento Náutico;  Conquistas coloniais; Fundação da universidade de Coimbra (1290);
  • 6. Origens da Literatura Portuguesa - Contexto Histórico Teocentrismo = visão de mundo cristã que afirma a perfeição e superioridade de Deus, centro de todas as coisas, e vê o ser humano como imperfeito e pecador. A Igreja Católica domina o pensamento da época. Feudalismo: senhor feudal x vassalagem
  • 7. Idade Média: entre o mosteiro e a corte Os grandes proprietários de terra da Idade Média (membros empobrecidos da nobreza, cavaleiro e servos livres) são chamados senhores feudais. Subordinados a eles estão os vassalos. Essa relação – a vassalagem – se baseia na lealdade, na honra, na bravura e na cortesia, aspectos principais das regras de conduta medieval.
  • 8. IDADE MÉDIA – SOCIEDADE DA ÉPOCA
  • 9. Características O trovadorismo foi a primeira manifestação literária da língua portuguesa. Surgiu em Portugal, junto com a ideia de nação (reino) portuguesa independente, no século XII, em plena Idade Média. Origem: Provença (Sul da França) Poeta = trouvère em Português: trovador - trouver (achar)
  • 10. O nascimento da literatura portuguesa A literatura portuguesa surge com a independência do Estado português. Desenvolve-se nas cortes dos reis e magnatas portugueses, galegos e castelhanos, através dos quais germina o galego-português, língua em que se produzia a lírica amorosa, influenciada pela literatura provençal. Presume-se que a primeira obra em galego- português seja a “Cantiga da Ribeirinha” ou “Cantiga da Guarvaia”, composta possivelmente em 1198.
  • 11. http://tbn0.google.com/images?q=tbn:iIvENFiTpDqxFM:http://bp3.blogger.com/_pn8WzwbR Rz4/RgCPjAOx47I/AAAAAAAAAAU/uiCe9aGS7Ak/s320/trovadorismo.JPG OS TROVADORES Os poetas da Idade Média eram conhecidos como TROVADORES. Trouver significa “achar”, “encontrar”. Cada poeta deveria “achar” uma música e adequá-la aos versos. Nessa época as composições eram feitas para serem cantadas ao som de instrumentos como a lira, a cítara, harpa ou viola, daí serem chamadas de CANTIGAS.
  • 12. A transmissão dos textos se dava por meio de dois agentes principais. Tais artistas medievais eram classificados como: Trovadores Nobres que compunham as cantigas apresentadas pelos jograis. Não tinha remunera- ção. Jograis Recitadores, cantores e músicos ambulantes contrata- dos pelo senhor para divertir a corte.
  • 13. Trovadorismo Local de produção Corte Modo de circulação Oral Público a que se destina Homens e mulheres da nobreza
  • 14. Contexto de produção da literatura medieval Paralelamente à literatura trovadoresca, verificava-se nos mosteiros outro tipo de produção que circulava por meio da escrita. Observe o diagrama:
  • 15. Contexto de produção da literatura medieval Local Corte Mosteiros Modo de circulação Oral Textos escritos
  • 16. MESSINA, Antonello da. São Jerônimo em seu estúdio, 1460. Mosteiro
  • 17. Corte AFONSO X. Miniatura do manuscrito das Cantigas de Santa Maria. Século XIII.
  • 18.
  • 19. Literatura portuguesa 1140 galego-português “Cantiga da Ribeirinha” ou “Cantiga da Guarvaia” Início Língua de produção Primeira obra
  • 21. CANTIGA DE AMOR CANTIGA DE AMIGO • eu lírico masculino • objeto desejado: a dama, a “senhor” • o homem presta a vassalagem amorosa, pelo amor não correspondido (“coita”) • mulher idealizada, superior • ambiente palaciano • eu lírico feminino • objeto desejado: o amigo • a mulher sofre pelo amante, namorado ausente • mulher real, mais concreta • ambiente rural
  • 22. CANTIGA DE ESCÁRNIO CANTIGA DE MALDIZER • Ataque indireto • Predomínio da ironia e do sarcasmo • Críticas a costumes, pessoas, acontecimentos • Não declaração de nomes • Ataque direto • Predomínio de palavras chulas (baixo nível) • Críticas a costumes, pessoas, acontecimentos • Declaração do nome da pessoa criticada
  • 23. As novelas de cavalaria As novelas de cavalaria são os primeiros romances, ou seja, longas narrativas em verso, surgidas no século XII. Elas contam as aventuras vividas pelos cavaleiros andantes e tiveram origem no declínio do prestígio da poesia dos trovadores. Tinham intensa circulação pelas cortes medievais, ajudando a divulgar os valores de mundo característicos da sociedade da época.
  • 24. Textos de caráter mais documental Cronicões Nobiliários Haliografias registros de acontecimentos marcantes na vida dos nobres e reis em ordem cronológica registros de nascimentos, casamentos e mortes de famílias nobres relato da vida dos santos