O relatório descreve como a professora realizou uma avaliação inicial dos alunos para identificar em que nível de conhecimento sobre a escrita cada um se encontrava, como planejou atividades individuais com base nos resultados e como usou observações contínuas para acompanhar o progresso de cada aluno ao longo do ano letivo.
Avaliação inicial da alfabetização para planejamento adequado da rotina de ensino
1. UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO
CENTRO DE EDUCAÇÃO
NÚCLEO DE ESTUDOS E PESQUISAS EM ALFABETIZAÇÃO, LEITURA E ESCRITA
DO ESPÍRITO SANTO
PACTO NACIONAL ALFABETIZAÇÃO NA IDADE CERTA
ANEXO 2: PRÁTICAS AVALIATIVAS NA ALFABETIZAÇÃO
PRIMEIRO RELATO
Nos primeiros dias de aula deste ano letivo foi estabelecido pela coordenação da escola, juntamente com todos os
professores, um período de sondagem inicial (ou diagnóstico da turma), para que pudéssemos descobrir o que cada
aluno sabia sobre o sistema de escrita, bem como identificar quais hipóteses da língua escrita em que as crianças
encontravam-se, para que pudéssemos adequar o planejamento das aulas de acordo com as necessidades de
aprendizagem do grupo. Essa avaliação inicial me permite acompanhar os avanços na apropriação do Sistema de
Escrita Alfabética durante todo o ano. A sondagem inicial foi realizada através de uma atividade feita individualmente
com a produção espontânea de uma lista de palavras de um mesmo grupo semântico, e no caso desta turma escolhi
nome de alguns animais (SAPO, CAVALO, MACACO, CORUJA, VACA, GATO). Em outro momento fiz aplicação de uma
avaliação elaborada pela coordenadora para aplicação nas turmas do 1° ano, em seguida foram tabulados os acertos
de cada criança de acordo com os descritores estabelecidos pela escola. Com base nessa tabela, foi possível fazer
uma análise crítica de como deveria ser a rotina e quais atividades seriam contempladas para que cada criança
avançasse do seu estágio inicial de escrita. Com o resultado desta sondagem organizei as primeiras atividades para
que pudesse fazer as intervenções adequadas à diversidade de saberes da turma. Como, no grupo de dezessete
alunos, doze estavam no nível pré-silábico, iniciei as atividades partindo do nome das crianças, para que as crianças
entrassem em contato com a leitura e a escrita através do que lhe pertence, que é o seu nome. Elaborei também um
quadro, para que, no final de cada bimestre, pudesse manter um registro criterioso do processo de evolução das
hipóteses de escrita das crianças, pois é através das sondagens e da observação cuidadosa e constante das produções
dos alunos durante o ano que eu posso saber em que momento se encontra cada um, e se a minha rotina está
funcionando, e como posso ajustar o planejamento do meu trabalho para que, no final do ano letivo, todos estejam
alfabetizados. (CADERNOS DO PNAIC, UNIDADE I, ANO 1, p. 19: Relato de Ana Cristina Bezerra da Silva, professora do
1° Ano da Escola Municipal Maurício de Nassau - Recife/PE)
1. De acordo com o relato, qual o objetivo dessa avaliação?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
2. A partir de qual unidade da língua é realizado o diagnóstico?
________________________________________________________________________
2. 3. Qual eixo de trabalho com a língua é privilegiado nesse diagnóstico? Quais
conhecimentos são diagnosticados?
________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
4. Qual abordagem de alfabetização sustenta esse tipo de diagnóstico?
________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
5. Como a língua é compreendida nessa abordagem?
________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
6. Como a criança é compreendida?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
7. Se tomássemos os instrumentos para registros das aprendizagens sugeridos na
Unidade I (p. 30-33), quais conhecimentos poderiam ser avaliados?
________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
8. Você concorda que esse tipo de diagnóstico possibilita uma análise crítica e a retomada
da rotina com vistas aos conhecimentos da alfabetização, previstos nos quadros dos
direitos de aprendizagem das crianças? Por quê?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
3. SEGUNDO RELATO
Na escola onde trabalho, temos buscado alternativas para diagnosticar as aprendizagens das crianças como um
todo, considerando os objetivos do processo ensino-aprendizagem. Nesse sentido, realizar diagnósticos com textos
me ajudou a planejar melhor minhas aulas a partir das necessidades de cada aluno. Ao trabalhar a unidade texto,
pude perceber onde meus alunos necessitavam de intervenção, não apenas com relação aos conhecimentos sobre a
escrita, mas também na leitura e na produção textual. Com uma ficha diagnóstica analisei cada item dentro da
unidade que trabalhei, podendo assim detectar onde meu aluno precisava de uma atenção especial. Com uma
mesma unidade de texto pude observar o sistema de escrita, se ele emprega a letra maiúscula, consegue fazer seu
próprio nome completo, identifica parágrafos, compreende categorização gráfica, distingue letras, palavras, sílabas,
quais relações sons e letras domina e quais precisa aprender, se identifica título e autor, localiza informações
explícitas e implícitas, se produz texto considerando tema, objetivo... Desta forma foi melhor para planejar minhas
aulas, porque sabia a necessidade individual e coletiva dos alunos. Ao final do ano letivo observei o grande avanço
que a turma teve, isso devido a um trabalho contextualizado. (Relato de Mirian Pinel Berbert da Silva, professora do
2º ano da Escola Municipal de Ensino Fundamental “Juscelino Kubitschek de Oliveira” – Vitória /ES).
1. Comparando esse relato com o anterior podemos notar semelhanças nas práticas
avaliativas das professoras? Quais?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
2. E diferenças? Quais?
________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
3. Na sua opinião, em qual das duas práticas podemos encontrar mais elementos para
repensar a rotina de sala de aula, com vistas aos conhecimentos da alfabetização
previstos nos quadros dos direitos de aprendizagem das crianças? Por quê?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________